Magic: the Gathering

Deck Guide

Legacy: Cradle Control Deck Tech e Sideboard Guide

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O que no passado foi um deck Aggro-Combo bastante popular, se transformou num dos principais Control do novo Legacy. Modern Horizons 3 turbinou o Cradle Control em um dos decks mais fortes do formato. Vamos dar uma olhada!

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revisado por Tabata Marques

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Apresentação

Saudações, meus queridos do Legacy! Como Bloomburrowlink outside website foi lançada recentemente, ainda não tivemos tempo de avaliar o seu impacto no nosso formato, mas o que podemos avaliar é um deck que passou por algumas metamorfoses e que se aproveitou bem de Modern Horizons 3link outside website para cavar um lugar no topo - um lugar que pode se expandir ainda mais com o inevitável banimento de Grief e o terremoto que isso deve causar no Metagame.

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Vamos falar do Cradle Control!

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Construção do Deck

Em análises anteriores de Metagame, eu já tinha comentado sobre esse arquétipo. Assim como um Pokémon, ele não é nada menos do que a evolução de um dos decks mais tradicionais do Legacy: Elfos!

Por anos, o deck de Elfos, turbinado por Glimpse of Nature, Gaea’s Cradle e Natural Order, foi um membro significativo do formato e muito querido por muitos, mas muitos mesmo, jogadores. Mas tudo isso mudou quando a nação dos Orcish Bowmasters invadiu.

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Os Orcs (em uma tremenda ironia para amantes de Senhor dos Anéis) ganharam a guerra contra os Elfos por atacar o deck em dois ângulos: punir as compras de cartas e eliminar eficientemente criaturas com pouca Resistência. Assim, um dos decks mais populares do formato foi jogado para escanteio.

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Só que Gaea’s Cradle e Natural Order ainda são duas cartas extremamente quebradas e se o deck da maneira que era construído não podia se sustentar, então era necessário se adaptar e continuar fazendo bom uso dessas duas cartas. A lista analisada nesse artigo foi pilotada pelo jogador FunkiMunki e conseguiu vencer um Challenge no Magic Online.

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Dessa maneira, o deck abandonou seu núcleo de Elfos: Adeus Glimpse of Nature, Wirewood Symbiote, Quirion Ranger, Heritage Druid, Nettle Sentinel, Elvish Visionary e Allosaurus Shepherd. O que permaneceu foi a dupla Cradle/Order e Green Sun’s Zenith como a cola para manter o que sobrou unido.

Nessa casca foi adicionada Fiend Artisan e Elvish Reclaimer como mecanismos para tutorar várias respostas e invariavalemente criar mesas onde ou Craterhoof Behemoth ou Atraxa, Grand Unifier – ambos encontrados tanto por Natural Order quanto por Green Sun’s Zenith – ganhassem o jogo. Era mais um competidor no formato, mas longe de frequentar os tiers de cima. Entra em cena então Modern Horizons 3.

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A grande adição da edição foi Wight of the Reliquary, uma carta sobre a qual falei durante a temporada de Spoilers. Ele substitui Fiend Artisan de maneira mais eficiente e continua a manter a pressão sem perder sua capacidade de procurar terrenos por ter Vigilance. Para saciar sua fome por sacrifícios, o deck roda 8 mana-dorks (criaturas de 1 mana que viram pra gerar mana) além de 2 Dryad Arbor.

Além de encontrar a carta-nome do deck, Gaea’s Cradle, outra adição ao arsenal de opções é a nova Talon Gates of Madara. Esse novo terreno substitui Sejiri Steppe como proteção tutorável, com a vantagem de não atrasar o seu jogo ao entrar virada nas situações em que você precise baixá-las e também servir para salvar algum camarada de uma remoção global, algo que a Steppe não faz.

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Por fim, a terceira carta de MH3 a fazer o corte no deck é Springheart Nantuko. Esse Monge aparentemente inocente é capaz de gerar uma verdadeira horda de Insetos de uma só vez através de Fetch Lands e Wight of the Reliquary, que por sua vez aumentam o potencial explosivo de Gaea’s Cradle e/ou Craterhoof Behemoth. Eventualmente, você vai até mesmo ter mana para copiar a criatura encantada, gerando ainda mais valor.

O restante do deck é composto do já citado Elvish Reclaimer, que oferece mais redundância ao plano de Wight of the Reliquary; a Encarnação Endurance, muito forte em um ambiente com bastante interação de cemitério e um corpo eficiente contra coisas como Dragon’s Rage Channeler e Delver of Secrets; Once Upon a Time, para aumentar a consistência e Grist, the Hunger Tide como uma excelente opção para remoção que pode ser encontrada via Green Sun’s Zenith.

Outras cartas comumente encontradas nesse deck são Collector Ouphe no main ao invés do side, Fiend Artisan, Quirion Ranger, Sylvan Safekeeper e Boseiju, Who Endures.

Mulligan

Como esse deck oferece bastante manipulação de cartas com Once Upon a Time, Green Sun’s Zenith e a dupla buscadora de terrenos formada por Wight of the Reliquary e Elvish Reclaimer, é bastante comum manter uma boa variação de mãos sem um plano específico, mas que vai sendo construído conforme o jogo avança.

A presença de Lair of the Hydra para ser buscado por Wight/Reclaimer significa que eventualmente o mana excedente de Gaea’s Cradle pode ser gasto ativando esse terreno e batendo bastante.

Exemplos de mãos:

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Essa mão é fraca contra decks de Combo, mas esse deck, ao menos no Game 1, no geral é fraco contra Combo. Contra adversários onde o jogo vai ser decidido no atrito, como contra decks de Tempo azul, essa é uma mão bem razoável, já que você tem acesso a Once Upon a Time sem pagar o custo de mana e Elvish Reclaimer no 1, pronto para ou gerar valor através da sua habilidade no 2 ou ser encantado por Springheart Nantuko. Veredito: Keep ok no vácuo, arriscado contra Combo.

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É uma mão que parece legal, já que pode fazer Reclaimer ou Zenith no 1, mas, na prática, ela já é um mulligan pra 6, com esse Behemoth aí, que você quer no deck e não na mão. Mesmo com a presença das cartas jogáveis no 1, é uma mão bem vulnerável contra Wasteland ou Blood Moon. Na play, dá pra considerar dependendo do oponente, mas na draw não. Veredito: Mulligan – pode se considerar manter na play dependendo do adversário.

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Mana demais, ação de menos. A presença do Once Upon a Time no 1 pode levar a um erro de julgamento e manter essa mão, mas dá pra achar coisa melhor com 6 cartas. Veredito: Mulligan.

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É uma mão arriscada e, na prática, já é uma mão mulligada com esse Behemoth. Só que o restante dessa mão tem basicamente tudo o que você quer e precisa: aceleração no 1, Wight no 2 ameaçando a Natural Order já no 3. Até mesmo o Behemoth não está fora da realidade, já que os tokens gerados através de Springheart Nantuko podem abastecer o Gaea’s Cradle que o Wight encontra facilmente. Veredito: Keep, com alguns riscos.

Construindo o Sideboard

Esse deck foi pensado em um ambiente dominado por decks azuis que empurram decks de combo para fora do formato, portanto não basicamente nada para respondê-los no game 1 além de uma eventual Endurance. Por isso, o Side leva isso em consideração com um set completo de Thoughtseize.

Snuff Out, Dismember e Fatal Push são respostas para os vários decks de criaturas que perambulam por aí, especialmente o Eldrazi Aggro, um arquétipo que subiu significativamente de presença desde a nossa última avaliação. Fechando, temos Faerie Macabre para complementar as Endurance como resposta de cemitério e Collector Ouphe e Force of Vigor para lidar com decks de artefatos e, no caso da Mágica Instantânea, Encantamentos problemáticos como Blood Moon.

Outras opções de sideboard são: Gaddock Teeg, Maze of Ith, Opposition Agent, Pick Your Poison, Toxicrene, Vexing Bauble e Wasteland.

Sideboard

Scaminator

A presença das 4 Endurance no main ajuda demais nesse jogo, embora eles ainda tenham o plano de agressão através do Psychic Frog. Seus mana-dorks são vulneráveis a Orcish Bowmasters, por isso não é bom depender demais deles. P

Pós-side, você aumenta a sua resiliência contra as reanimações e sobe mais respostas contra o Sapo.

Entra:

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Sai:

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Grixis / Dimir Delver

Esse é um adversário que esse deck mira no formato, já que ele é feito para ganhar no atrito e tem geração de mana o suficiente para não se preocupar muito com Wasteland. Psychic Frog ainda é uma ameaça e mais remoções sobem para lidar com o anfíbio.

Entra:

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Saem:

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Red Stompy

Blood Moon é capaz de afetar demais esse deck, especialmente se eles estão na play e você não tiver tempo de ir atrás da Forest básica.

Na play, a coisa fica bem mais tranquila, mas mesmo a presença de algum Hierarch cedo não significa tranquilidade, pois Fury pode eliminar sua mesa bem rapidamente. Definitivamente não é um adversário tranquilo.

Pós-side, Collector Ouphe e Force of Vigor ajudam bastante e Snuff Out oferece resposta contra Broadside Bombardiers mesmo que seus terrenos estejam virados. A ideia aqui é fazer a Atraxa, Grand Unifier quanto antes, pois eles possuem pouquíssimas respostas contra ela.

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Entram:

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Saem:

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Eldrazi Aggro

Eles são capazes de explodir muito rápido, Thought-Knot Seer é uma máquina de pressionar, e o dano de Fleshtaker acumula muito rápido. Quanto antes a Atraxa, Grand Unifier entrar em jogo, melhor as suas chances.

Pós-side, você amplifica o seu arsenal de destruição de criaturas.

Entram:

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Saem:

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Mystic Forge Combo

Esse deck começou a subir de presença no formato, então é bom estar preparado. O jogo 1 é uma corrida que você está na desvantagem, pois sua melhor chance de vitória é através de Craterhoof Behemoth, mas eles têm The One Ring, que pode simplesmente fechar essa porta.

Pós-side, porém, Collector Ouphe é um verdadeiro pesadelo para eles. Force of Vigor também é bem forte, mas eles podem travar o custo alternativo com Vexing Bauble.

Entra:

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Sai:

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Conclusão

Nesse formato atual, um arquétipo que se originou como um Aggro-Combo metamorfoseou-se num dos principais decks Control do Meta. Quando eu vi o spoiler, eu sabia que Wight of the Reliquary encontraria uma casa no formato, já que era muito parecida com Knight of the Reliquary, uma figurinha carimbada do Legacy.

O vindouro ban em Grief pode acabar sendo um problema para esse deck, porém, já que deve estimular uma presença maior de decks de Combo, um problema que essa lista deve ter que se adaptar. Ainda assim, acredito ser um arquétipo com potencial de se manter no caos do formato futuro.

Espero que tenham gostado, um abraço de Gaea e até a próxima!