Apresentação
Saudações, meus amigos do Legacy! Seguimos, firmes e fortes, com mais uma análise de um deck que foi turbinado com as adições recentes de Modern Horizons 3: Cloudpost Ramp (também conhecido como 12-Post). Esse, ao lado do Eldrazi Aggro, é um dos decks das antiguidades que melhor se aproveitou da leva de novas cartas da edição para galgar alguns degraus para fora da obscuridade e voltar à relevância no formato.
Na lista apresentada, que ganhou um MTGO Challenge 64 nas mãos do jogador TrueFuturism, temos 6 cartas diferentes dessa expansão!
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O Cloudpost Ramp lembra muito o seu irmão do Modern, o Urzatron. Ambos os decks buscam uma combinação de terrenos que geram muito mais mana do que o normal. Esse mana pode ser usado para acelerar um monstro Eldrazi, trancar o jogo via Karn, the Great Creator + Mycosynth Lattice ou simplesmente usar The One Ring para gerar cartas o suficiente para eventualmente chegar a uma condição de vitória. A grande diferença, é que no Legacy ele tem que lidar com a existência de Wasteland, que é um problema que o deck antes resolvia com Pithing Needle, mas agora usa a mais versátil Disruptor Flute para esse fim.
Construção do Deck
Embora a base do deck ainda seja acumular uma quantidade suficiente de terrenos do tipo Locus (Trenchpost e Glimmerpost) para que o Cloudpost gere uma quantidade obscena de mana, antigamente o deck recorria a Vesuva para atingir massa crítica - mas MH3 trouxe Planar Nexus, que além de habilitar os Posts, adiciona um novo ângulo ao deck através da sua interação com Urza’s Tower: o Nexus conta como todos os tipos de terrenos de Urza e, portanto, a Tower gera 3 manas sem a necessidade das outras partes do Tron.
O restante dos terrenos, graças à presença de Crop Rotation, são uma verdadeira caixa de ferramentas. Além dos terrenos da lista abaixo, também costumam aparecer como opções Dark Depths, Echoing Deeps, Maze of Ith, Talon Gates of Madara, Thespian’s Stage e Vesuva.
Além da base de Terrenos, o deck é composto de maneiras de encontrá-los – o já citado Crop Rotation, a banida em vários formatos Once Upon a Time e o excelente Sowing Mycospawn; de cartas de utilidade – Vexing Bauble ajuda a parar uma infinidade de coisas no formato, desde contramágicas de custo alternativo como decks de combo, Kozilek’s Command que consegue ser aqui ainda mais forte do que no Eldrazi Aggro, já que há o potencial de pagar o X por valores bastante grandes, e Disruptor Flute, que ajuda a parar a sua grande inimiga Wasteland mas que tem usos contra qualquer deck – nomear Blood Moon pode ser o diferencial em alguns jogos.
The One Ring e Karn, the Great Creator servem para manter o fluxo de carta do deck constante.
Por fim, você tem uma cópia de Emrakul, the Aeons Torn, tutorável por Eye of Ugin, como condição alternativa de vitória; e Elvish Spirit Guide para acelerar/corrigir seu mana.
Cartas que também podem aparecer no arquétipo: Elvish Reclaimer, Magus of the Candelabra, Ulamog, the Ceaseless Hunger, Candelabra of Tawnos, Green Sun’s Zenith, Kozilek’s Return, Rise of the Eldrazi, Spelunking e Swords to Plowshares
Mulligan
Embora esse deck penda para lado Control do espectro dos arquétipos de Magic, ele não é tão liberal quanto às mãos que você pode manter, ao contrário de decks como o Bant Control, por exemplo.
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A sua combinação de Terrenos iniciais e como desenvolvê-los é quem vai indicar o rumo do seu jogo – É mão de Cloudpost? É mão de Urza’s Tower? Vou acelerar um Sowing Mycospawn com Kicker? Vai ser um lock de Karn, the Great Creator? Once Upon a Time é uma carta que ajuda a manter mãos menos objetivas, já que pode, a custo 0, olhar a mais do seu deck.
Exemplos de mãos:
Essa é uma mão bem perigosa: embora tenha Once Upon a Time para achar mais ação, na prática, ela já é um Mulligan para 5 já que Glacial Chasm e Bojuka Bog não são cartas que você quer comprar normalmente. Nem fazer a Vexing Bauble no 1 você consegue. Veredito: Mulligan, não vale a pena o risco.
Já aqui temos uma mão bem interessante. Você pode abrir de Once Upon a Time, Boseiju, Bauble no turno 1, o que abre a possibilidade de fazer o Cloudpost no 2 com mana aberto para Crop Rotation em um segundo Cloudpost, o que já abre um terceiro turno com acesso a 4 manas com potencial de mais se você achar um outro Locus. A partir daí, mesmo sem ter comprado nenhuma carta de ação específica, você já tem Command e a segunda Bauble para procurar por mais gás. Veredito: Keep, tem um plano de jogo.
Essa mão não tem nenhum encaminhamento, embora 2 Flute sejam tentadoras contra alguns decks em particular. Veredito: Mulligan na maioria das vezes. Contra alguns decks mais vulneráveis a Disruptor Flute, é possível considerar manter.
Essa mão tem basicamente o que você espera do deck: Once Upon a Time para ter mais informação, Cloudpost que já pode ser acelerado por Planar Nexus, Command para lidar com criaturas ou para comprar carta/gerar ficha de Eldrazi Spawn já no segundo turno. Ou Yavimaya para Crop Rotation, dependendo do adversário (e de duas compras). Veredito: Keep tranquilo.
Construindo o Sideboard
Como esse é um deck de Karn, the Great Creator, seu sideboard é limitado, pois uma boa parte do espaço é ocupado com alvos para a habilidade do Planeswalker. A principal carta dessa lista da caixa de ferramentas é Mycosynth Lattice, que em conjunção com o Karn, trava toda a geração de mana do oponente – Lattice transforma todas as cartas, incluindo Terrenos, em Artefatos. Karn trava todas as habilidades, incluindo de mana, de todos os Artefatos.
Nas opções seguintes, temos Ensnaring Bridge, capaz de travar mesas inteiras de criaturas; Tormod’s Crypt e Grafdigger’s Cage contra táticas de cemitério; Expedition Map oferece um tutor extra para terrenos, que em jogos de atrito onde a opção de Lattice não se mostre viável, pode achar Eye of Ugin; e Walking Ballista, que com o acesso ao mana que esse deck tem, é uma ameaça de respeito.
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Outros artefatos que levantei nas listas com Karn são Boompile, Cityscape Leveler, Cursed Totem, Haywire Mite, Liquimetal Coating, Phyrexian Metamorph e uma eventual 4ª cópia de The One Ring.
No deck que estamos analisando, a opção mais interessante que temos fora do escopo do Karn são as 4 Swords to Plowshares e a 1 Plains para invocá-las. Com a onipresença do Psychic Frog, Plowshares – que já era a melhor remoção disponível no mercado – está ainda melhor posicionada e isso indica o porquê da escolha. De quebra, elas são bastante úteis contra Eldrazi e Red Prison, dois decks de grande presença no formato. De resto, ele usa uma resposta extra de cemitério com Surgical Extraction e 2 Force of Vigor, a melhor resposta contra a arqui-inimiga Blood Moon.
A lista de cartas que aparecem nesse espaço em outros decks inclui Carpet of Flowers, Choke, Endurance, Krosan Grip, Leyline of the Void e Veil of Summer.
Sideboard
Frognator
O deck mais popular do formato não é um adversário nem um pouco tranquilo, pois eles têm acesso a Wasteland (e eventualmente, Harbinger of the Seas no sideboard), descartes, counters, a possibilidade combar rápido e o Psychic Frog se tudo mais falhar.
Vexing Bauble resolve o problema dos counters e, pós-side, Swords to Plowshares ajuda a evitar que o Sapo sai de controle. Você apara algumas arestas para abrir espaço.
Entra:
Sai:
Eldrazi Aggro
Eles precisam de Wasteland para te colocar pra fora de combate, então pense em manter mãos que não sejam derrota instantânea contra ela. Karn, the Great Creator achando Ensnaring Bridge era uma condição de vitória automática contra o antigo Eldrazi, mas a lista nova consegue explodir a ponte com Wastescape Battlemage ou passar dano por cima dela com Glaring Fleshraker, então cuidado. The One Ring, por outro lado, pode comprar tempo o suficiente para tirá-los do jogo.
Entra:
Sai:
Red Stompy
4 Blood Moon no main deck. Prepare-se para um jogo trabalhoso. O game 1 depende basicamente da presença ou não do Encantamento e de sua capacidade de respondê-lo com Boseiju, Who Endures. Em caso negativo, é muito difícil segurar a pressão. Pós-side, você tem Force of Vigor, uma carta que eu, como jogador de Red Prison, tenho pesadelos até hoje.
Entra:
Sai:
Control
Esse é seu adversário favorito! Você gera mana demais e muito das suas ameças não pode ser anulada, seja porque são habilidades desencadeadas ou porque Vexing Bauble trava Force of Will.
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De qualquer maneira, entre The One Ring e Sowing Mycospawn, é muito valor que você acaba gerando e eles acabam ficando sem recursos. Você sequer sidebordeia contra eles – dá pra justificar trazer 1 Plains no lugar de Glacial Chasm.
Entra:
nada
Sai:
nada
Painter
Você tem uma proteção natural contra o combo deles pela presença de Emrakul, the Aeons Torn. Karn, the Great Creator é também outra bomba contra a estratégia deles. Dito isso, eles têm maneiras de lidar com isso – seja via Pyroblast com Painter’s Servant ou simplesmente mudando para agressão com Broadside Bombardiers e Phyrexian Dragon Engine.
O plano aqui é aproveitar o tempo que Emrakul fornece para conseguir forçar sua vantagem de mana e gerar recursos com o Anel para que eventualmente Karn coloque eles para fora de circulação.
Entra:
Sai:
Conclusão
Enquanto eu estava pesquisando sobre esse deck, eu achei um vídeo no YouTube de um jogador falando que tinha dado uma pausa no Magic, tinha a lista antiga do 12-Post e resolveu atualizá-la. Em um momento bem incomum pro Legacy, ele mostrou que quase metade do deck antigo teve que voltar para a pasta de cartas! É isso, Cloudpost Ramp é um deck novo e antigo ao mesmo tempo, demonstrando bem o nível de poder que Modern Horizons 3 trouxe para o formato.
Então se você gosta de fazer um trizilhão (eu não inventei, é um número de verdade!) de mana, esse é o deck pra você! Eu fico por aqui, um abraço de um trizilhão de manas e até a próxima!
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