Magic: the Gathering

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Banimentos: Sorin e Amalia no Pioneer, Nadu no Modern e Grief no Modern e Legacy

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A nova atualização de banidas e restritas de 26 de agosto retira peças-chave dos formatos eternos de Magic e traz uma mudança nas datas dos anúncios futuros.

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revisado por Romeu

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A Wizards of the Coast lançou na tarde desta segunda-feira (26) a sua nova atualização de Banidas e Restritas para os formatos competitivos de Magic: The Gathering, com mudanças pontuais para os formatos eternos e não-rotativos do jogo.

  • Sorin, Imperious Bloodlord e Amalia Benavides Aguirre estão banidos do Pioneer

  • Nadu, Winged Wisdom e Grief estão banidos do Modern

  • Grief está banido do Legacy

  • Vexing Bauble e Urza's Saga estão restritos do Vintage

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    A empresa também anunciou a mudança nas datas de atualizações e banimentos após a controvérsia em torno deste anúncio, ocorrido no meio da temporada de Regional Championship Qualifiers (RCQs) do formato Modern. A empresa pretende alinhar futuros banimentos com as temporadas de RCs e RCQs ao redor do mundo para evitar intervenções no meio delas, utilizando os dados destes eventos e do Pro Tour para analisar a saúde dos formatos e como eles absorvem cada novo lançamento.

    Essa mudança também significará menos anúncios de banidas e restritas na janela do ano, com a próxima atualização planejada para ocorrer em 16 de dezembro.

    Confira abaixo o resumo da explicação para cada banimento nos formatos escrita por Dan Musser, diretor do Competitive Play Team de Magic: The Gathering

    Pioneer

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    Na seção de Pioneer, Dan explica que o Rakdos Vampires teve um crescimento gradual desde a vitória de Seth Manfield no Pro Tour Murders at Karlov Manor, em 23 de fevereiro. A combinação de Sorin, Imperious Bloodlord para jogar Vein Ripper no terceiro turno é uma jogada problemática da qual muitos outros decks não conseguem interagir, já que remoções tradicionais também requerem uma criatura para sacrificar e pagar o custo do Ward - um desafio contra uma estratégia que remove esses recursos com interações como Thoughtseize e Fatal Push.

    Com mais de 30% de representatividade no Metagame e nos RCQs, ficou evidente que o Rakdos Vampires era um problema para o Pioneer, e apesar de Sorin, Imperious Bloodlord ter passado anos sem ser uma ameaça a um formato, também ficou evidente que basta um vampiro de topo de curva para ele se tornar uma, e dada a possibilidade de outros vampiros poderosos sendo lançados no futuro, o Planeswalker está banido.

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    No anúncio de 24 de junho, a Wizards havia mencionado estar de olho nos resultados do combo de Amalia Benavides Aguirre com Wildgrowth Walker, cuja qualquer interação com ganho de vida e/ou a habilidade de Explorar leva a um looping que, idealmente, termina com Amalia tendo 20 de poder e destruindo as outras criaturas. Na prática, ocorreram diversas situações onde Wildgrowth Walker ganhava indestrutível e iniciava um looping infinito que forçava jogos ao empate - essa não foi a maneira com qual Amalia foi planejada pela equipe de design e nem algo que a equipe de testes tenha percebido antes do lançamento de Lost Caverns of Ixalan.

    Não fosse suficiente, o deck de Amalia também é muito resiliente e possui diversos meios de recursão e interação com o hate do oponente, além de um nível alto de consistência proporcionados por Chord of Calling, Return to the Ranks e Collected Company, e essa combinação de alto nível de poder e consistência leva ao banimento de Amalia Benavides Aguirre no Pioneer.

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    Outros cards poderosos e muito presentes no Metagame do Pioneer foram considerados, em especial Treasure Cruise e Fable of the Mirror-Breaker. Mas a equipe de Competitive Play optou por fazer as mudanças necessárias e importantes nos formatos sem ir longe demais e observar o desenvolvimento deles a partir deste ponto para possíveis mudanças em 16 de dezembro.

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    Modern

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    Michael Majors, designer-chefe de Modern Horizons 3, foi o responsável por explicar o banimento de Nadu. Majors explica como Nadu foi de uma criatura que permitia conjurar permanentes como se tivesse Lampejo e punia as mágicas e habilidades do oponente com seu trigger para sua versão atual devido a uma mudança de última hora ocorrida porque a equipe de design e playtest demonstrou preocupação com a habilidade de Lampejo de Nadu no Commander, e consequentemente, o texto do card foi alterado para torná-lo atrativo de se construir em volta no Commander.

    Por estar próximo do fim da fase de desenvolvimento, nem Majors e nem o restante da equipe percebeu como a interação de Nadu com custos de zero mana era quebrada. A equipe de testes não testou Nadu na sua versão mais recente, e o card foi lançado desta maneira.

    Após o Pro Tour Modern Horizons 3, ficou evidente que Nadu, Winged Wisdom se tornou um problema para o formato Modern conforme jogadores otimizaram suas listas, retirando Thassa's Oracle e iniciando loopings com Springheart Nantuko e Endurance, criando novos meios de responder ao Metagame e, consequentemente, levando a uma situação aonde ele polarizou a temporada de RCQs entre quem tinha certeza que o card seria banido e não jogaria com ele e quem usaria seu deck para ter as maiores chances de vencer sua vaga - por esses motivos, Nadu, Winged Wisdom está banido.

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    Segundo Dan Musser, Grief foi considerado um dos elementos menos divertidos do Magic competitivo dos últimos tempos. A interação da sua habilidade de Evoke com efeitos de reanimar como Not Dead After All ou Ephemerate cria situações onde jogadores já iniciam a partida sem seus dois cards mais importantes da mão inicial, e quando somado a mulligans, o elemental de MH2 cria mais situações de anti-jogo do que o desejável.

    Enquanto Grief não é mais tão amplamente jogado como antes do lançamento de Modern Horizons 3, ainda existem diversos decks voltados para seu uso junto de efeitos para abusar do seu ETB, e no interesse de deixar o formato mais divertido, Grief está banido do Modern.

    Legacy

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    Para o Legacy, Dan explica que apesar do alto nível de poder do formato, com alguns dos cards mais poderosos da história do jogo, é necessário conjurar suas mágicas para esses cards funcionarem. Tal como no Modern, Grief não permite que seu oponente jogue o jogo.

    No Legacy, entretanto, seu problema foi exacerbado porque as mágicas utilizadas para o trazer de volta após o Evoke não são condicionais. Cards como Reanimate e Animate Dead e a proteção oferecida por Daze e Force of Will fizeram com que Grief se transformasse na resposta perfeita para os decks de Reanimator lidarem com o hate, e como o formato não conseguiu se adaptar a essa combinação, Grief está banido do Legacy.

    Vintage

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    Diversos decks no Vintage utilizam Urza's Saga como um recurso sem concessões de deckbuilding. De listas de Tinker, Mishra's Workshop até os decks de Lurrus of the Dream-Den no topo do Metagame, o terreno de MH2 se provou eficiente demais, e uma restrição serve para diminuir a consistência que o card oferece. Com seu banimento, a Wizards planeja que menos jogos sejam decididos por jogadas de Black Lotus no turno três ou quatro e menos Construtos na mesa.

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    Vexing Bauble é uma peça de resposta lançada em Modern Horizons 3 para lidar com cards específicos do Metagame do formato. Mágicas como Grief, Living End e Force of Negation são alguns dos alvos primários do artefato, mas o Vintage é um formato jogado para usar as cartas mais poderosas de Magic, que inclui artefatos de custo Magic Symbol 0 e Force of Will.

    Diferente de Chalice of the Void, Vexing Bauble não causa problema algum em jogar com múltiplas cópias dela, porque podemos sacrificá-la para comprar um card, jogar nossas mágicas e conjurar outra cópia. Para manter a natureza e atrativo do Vintage, Vexing Bauble está restrita.

    Com informações de: DailyMTG.