Magic: the Gathering

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Modern: MTG Vegas - Análise dos Decks no Top 8

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No artigo de hoje vamos dar uma olhada nos oito decks que chegaram mais longe no MTG Vegas conforme classificação do suíco , um dos primeiros eventos abertos de Magic IRL depois de anos!

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revisado por Tabata Marques

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E finalmente, depois de praticamente dois anos, pudemos ver um campeonato grande de Magic Físico! MTG Vegas foi o Open nos moldes do saudoso MagicFest (ou mais saudoso ainda Grand Prix) que recebeu milhares de jogadores em Las Vegas com uma premiação pesada em dinheiro, e obviamente esse retorno ao jogo na sua versão mais clássica é algo no mínimo relevante. Assim sendo, vamos analisar os decks do Top 8 em ordem do suiço (que trouxe listas bem interessantes) e mais alguns detalhes do ambiente do evento!

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Análise do Top 8

Oitavo Lugar: Steven Pearlman, 4c Creativity

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Começamos com um combo! O baralho que começou a cair no hype desde o lançamento de Velomachus Lorehold, aparece aqui em uma versão sem o dragão Boros, que acabou caindo em desuso por precisar de mais um setup de turnos extras. Aqui, Pearlman veio com Emrakul, the Aeons Torn e Serra's Emissary para serem trazidos pela Indomitable Creativity, duas opções interessantes, que não ganham o jogo no turno em que entram, mas são resilientes e dificultam bastante o jogo do oponente. Emrakul é difícil de sair de campo e assim que conseguir atacar, seu annihilator 6 causará um grande estrago (além de ser uma 15/15 voadora atacando), já a Emissária traz uma proteção tanto para ela, quanto para tudo em seu lado do campo. E, principalmente, para você.

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Num geral, a lista é a versão padrão mais atualizada do baralho, que junta disrupções (como Lightning Bolt, Remand e Prismatic Ending), peças de card advantage (como Prismari Command e Faithful Mending) e Planeswalkers de valor (Nahiri, the Harbinger, Teferi, Time Raveler, Wrenn and Six e Jace, the Mind Sculptor).

A grande força do baralho é a sinergia dessas peças com o avanço do nosso combo, Teferi impedindo o oponente de interagir, Nahiri funcionando como uma forma alternativa de trazer nossas winconditions, Prismari Command criando tokens para possibilitar alvos ao Indomitable Creativity, além de diversas interações que nos compram cartas para cavarmos as peças necessárias, como Remand e Fire//Ice. Todas as peças acabam se encaixando nesse combo com diversos pontos de control.

Sétimo Lugar: Ivan Espinosa, 4c Omnath Control

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Sim, temos aqui mais um deck de quatro cores, só que bem mais voltado para um good stuff, trazendo grandes peças com valor individual que podem carregar jogos, além de remoções e anulações que trazem um aspecto de controle ao deck.

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Por mais que esse baralho não tenha todas as interações que o 5c Elementals possui, fica claro como eles são importantes para o baralho, com um grande foco no Omnath, Locus of Creation, que gera muito valor sozinho, além de servir como custo alternativo para todas as pitch spells do deck, já que possui todas as cores que usamos.

Falando em pitch spells, temos o restante do nosso pacote de elementais: Fury e Solitude, que servem muito bem no começo do jogo como disrrupção e no fim do jogo como condição de vitória.

Em conclusão, essa série de cartas poderosas com função no começo e fim do jogo, aliadas as melhores cartas de controle nas quatro cores, fazem o deck ganhar muitas partidas na base do grind.

Sexto Lugar: Edwin Colleran, Rakdos Lurrus

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E é claro que teríamos um deck com o nosso gatinho! Lurrus of the Dream-Den é uma carta que impactou muito no Modern desde seu lançamento e moldou uma série de decks pensados em otimização de mana, sua trajetória ganhou ainda mais força após o lançamento de drops 1 e 2 poderosíssimos, como o nosso famigerado Ragavan, Nimble Pilferer e a igualmente famosa Dragon's Rage Channeler, que entraram no formato com tudo desde Modern Horizons II. Inclusive, alguns diriam que são cartas que ditaram o ritmo do Modern atual, causando uma necessidade de velocidade em resposta ou recursos desde o primeiro turno do jogo.

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Porém, pensando em otimização de mana, alguns syncs são necessários, e aqui Colleran trouxe opções simples e efetivas com Kroxa, Titan of Death's Hunger trazendo uma vantagem inevitável para o lategame e Tourach, Dread Cantor agindo como uma criatura exponencial e interação caso tenha mana sobrando, além escapar de remoções relevantes, como Solitude e Prismatic Ending.

De fato é um baralho que mostra todo o ritmo atual do Modern, além de utilizar cartas especialmente bem posicionadas, como o já citado Tourach, Dread Cantor e também o Dauthi Voidwalker que é ótimo em um metagame tão carregado em cemitérios.

Quinto Lugar: Nathan Steuer, Jund Saga

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O gato e seus amigos atacam novamente! Assim como o deck que acabamos de citar, o Jund utiliza todo o pacote de Lurrus of the Dream-Den, Ragavan, Nimble Pilferer e Dragon's Rage Channeler, mas com a adição do verde temos também Tarmogoyf que segue solidamente como uma das melhores criaturas do Magic em relação a custo/benefício, e Wrenn and Six que é a melhor planeswalker possível de se usar com o gato (convenhamos que não tem tanta competição, né Tibalt?).

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Mas o nome do deck não é Jund Saga a toa, e claramente na base de mana do deck, Steuer utilizou quatro cópias de Urza's Saga. O terreno gera um valor enorme sozinho criando dois tokens exponenciais, além de tutorar artefatos que vão desde uma carta a mais na mão (Mishra's Bauble) até silver bullets que estão no main ou side (Como Nihil Spellbomb ou Pithing Needle). Fato é que o objetivo da maioria dos Junds Midrange ao longo da história do formato sempre foi ganhar na base do valor, e para isso, todas essas cartas novas ajudam de forma magistral.

Quarto Lugar: Andy Wilson, Amulet Titan

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E agora no Top 4 temos algumas participações interessantes, começando com o Amulet Titan! Um clássico em comparação aos outros decks citados até agora, o nosso querido Titã nunca realmente sumiu do meta. Mesmo correndo mais por fora, é comum encontrar o big mana em ligas ou challenges, até porque o deck se beneficiou bem com as últimas coleções, também ganhando acesso a Urza's Saga, que nesse baralho mostra consistência em trazer uma peça importante para o campo, o Amulet of Vigor, garantindo assim o ramp explosivo que junto ao Primeval Titan provavelmente finalizará o jogo.

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Porém, não só de ramps explosivos e titãs o deck vive, e para ajudar em partidas mais longas, Karn, the Great Creator e seu kit de artefatos no sideboard são muito benéficos, aproveitando o flood de mana para conseguir vantagem sempre puxando a carta certa para dificultar a vida do oponente.

Terceiro Lugar: Levi Sprung, Amulet Titan

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Sim, temos dois titãs seguidos! Nada mal para um deck "sumido", né? Um ponto interessante é que no top 32 do evento tivemos quatro Amulet Titans, que empatado com o Hammer Time é a maior presença no campeonato. Pensando no metagame do evento, realmente um baralho de ramp explosivo com o Karn como artificio para o lategame (e peça de "controle", já que parar habilidades ativadas de artefatos pode ser bem útil contra um Hammer ou até contra qualquer outro baralho de Urza's Saga) pode ter sido uma boa pedida.

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Comparando os dois decks do top 8, a única diferença mais relevante é que Levi trouxe duas cópias de Explore no lugar das outras duas cópias de Azusa, Lost but Seeking, o que mostra uma preocupação maior com card advantage, mas nesse caso é uma questão de gosto pessoal.

Segundo Lugar: Jeff Jao, Infect

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Eu disse que teriam surpresas! Infect é um baralho querido por muitos por seu setup explosivo capaz de acabar com a partida em um único turno, mas convenhamos que o baralho realmente não estava aparecendo tanto faz um bom tempo.

É refrescante ver o combo chegando tão longe em um open desse porte, inclusive essa versão engenhosa do baralho, usando 8 dorks com exaltado, a Noble Hierarch e seu primo goblin distante, Ignoble Hierarch. Essa combinação além de ajudar na otimização de mana, cria um volume maior de buffs de exalted, o que nesse deck é extremamente importante.

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Só que a adição melhor posicionada e certeira de longe foi o Phyrexian Crusader, que mesmo sendo a criatura mais pesada do baralho, tem proteções extremamente importantes atualmente, escapando de Unholy Heat, Prismatic Ending, Lightning Bolt, Fury e Solitude, ou seja, praticamente as remoções mais presentes do formato. Essa proteção aliada a uma criatura com iniciativa beneficiou muito o Cruzado em relação a combate, o que foi ótimo para o Infect.

Primeiro Lugar: Joel Lapray, Hardened Scales

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E aqui temos um resultado que me deixou pessoalmente feliz. Scales é um dos baralhos que eu mais tenho carinho e ver que o arquétipo segue possível é reconfortante! O baralho foi um dos mais testados e explorados no começo de Modern Horizons II, já que foi uma coleção com diversas cartas com a habilidade de modular, como Zabaz, the Glimmerwasp que faz praticamente tudo para o deck, mas um pouco antes o deck já havia ganho uma grande adição com The Ozolith que veio em Ikoria. Suportes como esses aumentaram muito a resiliência e potencial das listas de Scales (para compensar um pouco a quantidade de bans que o baralho já levou, talvez?).

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Um ponto importante também é como o Scales consegue usar naturalmente duas das melhores cartas do formato. Urza's Saga é extremamente bem utilizada aqui, podendo tutorar uma quantidade considerável do baralho, variando entre criaturas, equipamentos e artefatos-chave, como o já citado The Ozolith, além do fato de que os tokens gerados pela saga tem um poder destrutivo bem maior aqui, já que estamos falando de um baralho baseado em artefatos. Já o Lurrus acaba sendo um plano B ou C, mas ainda sim, é um recurso praticamente de graça, já que a curva do baralho sempre foi naturalmente focada em drops de custo 0, 1 e 2.

Menções Honrosas

É relevante termos em mente que o Top 8 não é o único ponto de vista que reflete o ambiente de um campeonato, inclusive, alguns baralhos mais presentes no meta do Magic Online (MTGO) não apareceram no corte, mas marcaram presença no campeonato, em especial o Hammer Time, com quatro decks dentre o Top 32, e o Crashing Footfalls, que teve três decks nesse corte mais abrangente.

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Conclusão

Um evento aberto desse porte é uma ótima régua do formato, tanto para testar a eficácia de estratégias já consolidadas, quanto para nos mostrar que ainda sim, no ambiente que temos hoje, é possível que tenhamos algumas inovações e surpresas, como por exemplo o uso muito bem posicionado do Phyrexian Crusader no Infect, que ganhou força graças à maioria das remoções do formato estarem nas cores vermelha ou branca (além de impedir tranquilamente que Ragavans gerem algum valor).

Outra carta que ditou bem o metagame do evento, como pudemos ver, foi Urza's Saga, que foi utilizada de diferentes modos, tanto como peça de valor, quanto como tutor de peças específicas. O uso extensivo do terreno também trouxe destaque para a primeira posição do suíço, Hardened Scales, que como eu disse, utilizava a saga melhor que os outros baralhos em ambos os âmbitos.

A aparição de ambos os Titans também nos mostra uma tentativa de passar por cima de decks interativos com opções explosivas e rápidas demais para serem respondidas, como pudemos ver também na semana passada. quando falamos sobre o Belcherlink outside website.

Por fim, esse evento foi um ótimo exemplo do ritmo do formato, focado em trocas de baixo custo e/ou alto impacto, aonde os decks mais "justos" focam em respostas de 0, 1 ou 2 manas que aparecem com tanta frequência que puderam ser previstas por criaturas seletas.

E aqui eu me despeço de vocês, até a próxima!