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Pauper: A História do Affinity no Formato

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Um dos decks mais marcantes e, atualmente, um pilar no formato Pauper, o Affinity uma longa história no formato - sendo um dos decks mais antigos. No artigo de hoje, iremos revisitar os pontos decisivos na história do arquétipo e relembrar suas encarnações!

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A História do Affinity no Pauper

Grixis Affinity é sem dúvidas o deck mais importante da história do formato Pauper, existindo desde praticamente o início do formato. O affinity, atualmente, é um deck midrange com uma postura muito mais control que abusa da mecânica que dá nome ao deck, Affinity, para gerar um valor absurdo com uma base de mana de lands artefatos, comprando muitas cartas e usando e abusando da recursão presente no deck.

Mas como será que ele surgiu no formato Pauper? Ele era muito diferente do que é hoje? A história desse deck está intimamente conectada ao desenvolvimento do formato ao longo dos anos, tendo um papel fundamental em diversos momentos-chave para o Pauper como um todo.

Um verdadeiro pilar do formato que, por mais que tenha sofrido com banimentos e mais banimentos, jamais deixa de existir e sempre volta, melhor e mais forte.

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Podemos dizer que a base do Affinity no início era composta pelas lands-artefato originais e Atog. Atog é, talvez, a criatura mais importante na história desse deck, pois sua presença nas listas o definia como um aggro super efetivo com um combo incluso através da interação entre Atog e Fling.

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Essa versão possuía bem menos card advantage que as versões atuais e tinha uma base de mana menos consistente, mas que era suficiente na época. Cards como Witching Well e Prophetic Prism cumpriam bem seu papel. Por ser um deck bem menos presente hates mais pesados como Dust to Dust eram impensáveis na época, mas Gorilla Shaman quase sempre era o suficiente para destruir os sonhos de qualquer jogador de Affinity.

Após o lançamento de Commander Legends decks como Jund Cascade e Tron ganharam bastante destaque e houve até uma breve predominância de decks azuis com Fall From Favor sendo rapidamente banida do formato. Foi mais ou menos nessa época que outra versão do Affinity começou a receber mais atenção, o Grixis com Disciple of the Vault e Makeshift Munitions.

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Essa versão era ainda mais combo do que o Jeskai, tendo Atog e Disciple como centro da estratégia e Munitions como wincon alternativa. Temur Battle-Rage era outra carta que aparecia nas listas, servindo como uma outra condição de vitória ao lado de Atog, quase como um Fling.

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Modern Horizons 2

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Modern Horizons 2 foi o primeiro grande marco para o Affinity, trazendo cartas que não só deixaram o arquétipo muito mais forte como também mudaram o formato completamente e essa talvez tenha sido uma das piores fases do Pauper com o formato sendo composto por basicamente três decks. Os Storms com Chatterstorm, Affinity com Sojourner’s Companion e as famigeradas lands indestrutíveis e os decks de fadas que eram basicamente os únicos anti-meta possíveis.

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Sojourner dava ao Affinity mais quatro cópias de Myr Enforcer que podiam ser usadas para buscar uma land artefato, corrigindo e muito a base de mana. As lands artefato indestrutíveis são um caso a parte: a presença delas no formato foi discutida desde seu lançamento e segue até hoje, sempre surgindo como opção de banimento. Elas dão não só consistência ao deck, mas também possibilitam uma série de outras interações que surgiram não muito tempo depois e que irei me aprofundar mais a seguir.

Pauper Format Panel

Talvez seja uma afirmação forte demais, mas é difícil não pensar que o surgimento do Affinity com as lands indestrutíveis coincide perfeitamente com o nascimento do PFP, o painel que define os banimentos do formato.

O PFP surgiu alguns meses após o lançamento de MH2 e já tomou a iniciativa de banir algumas cartas em pouquíssimo tempo, incluindo o Sojourner, Atog, Disciple of the Vault e até mesmo Prophetic Prism, com o objetivo de nerfar o Affinity. Os Storms acabaram morrendo em meio aos bans, mas o Affinity, inacreditavelmente, permaneceu firme e forte e a cada ban uma nova carta era lançada em alguma coleção e acabava indo parar no deck.

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O problema para a maioria da comunidade era, é claro, as lands indestrutíveis, que continuavam a permitir que a versão Grixis fosse possível e obrigavam os jogadores a usar cartas como Dust to Dust e Revoke Existence ou recorrer a outras estratégias e a presença crescente do Affinity sempre diminuiu decks como Bogles, Heroic, Elves e outras estratégias dependentes de criaturas.

A grande razão que o PFP afirmou em várias ocasiões para não banir as lands indestrutíveis é que elas possibilitam outras estratégias não tão nocivas para o formato, como os decks de Cleansing Wildfire (Cascade, Ephemeral e atualmente o Jund Midrange). Isso sempre foi um ponto polêmico nas discussões e deve continuar sendo enquanto essas cartas forem válidas no formato, mesmo que agora o formato possua diversos mecanismos para lidar com elas sem problemas.

All That Glitters

Mas o Grixis Affinity também já teve seus momentos de baixa. Com o lançamento de Commander Masters, a carta All That Glitters se tornou válida no Pauper e uma nova e mais poderosa versão de Affinity entrou em cena, roubando completamente os holofotes do velho Grixis.

Os Glitter decks foram outro capítulo marcante na história do formato, começando como listas de afinidade até chegarem na versão Boros que em nada se parecia com o Affinity, mas que ainda, sim, só era possível graças à base sólida de artefatos presente no formato.

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Os Glitters criavam um metagame quase tão tóxico quanto o de Atog e All That Glitters lembrava muito o menino sorriso, uma carta capaz de vencer o jogo ao ser jogada não importando o que o oponente tivesse e que obrigava os jogadores a estarem sempre preparados para ela e ainda sim terem em mente que nem isso seria suficiente.

Mais uma vez o PFP precisou banir uma carta, tarde demais talvez, e logo em seguida o Grixis Affinity estava de volta no meta para ocupar seu lugar recebendo mais atualizações.

Modern Horizons 3

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A versão atual do Affinity é talvez uma das mais fortes desde o banimento do Atog, com um plano de jogo bem definido e cartas como Refurbished Familiar e Toxin Analysis que dão ao deck todo um novo range de possibilidades em jogo, atacando recursos importantes do oponente no campo de batalha e na mão. Hoje as listas possuem poucos rivais e o Affinity é considerado por muitos o melhor deck do formato.

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O ponto forte desse Affinity atual é sem dúvidas o card advantage e a redundância, que o tornam consistente e rápido em um nível absurdo. Você compra tantas cartas e possui tantos recursos que o oponente perde pela diferença de turnos. O jogador do Affinity joga avançando turnos e mais turnos, seja comprando várias cartas ou retirando recursos do oponente, o plano do Affinity é o valor e ele é o melhor em seguir esse tipo de estratégia.

Considerações Finais

Affinity é um pilar do formato. Com ele no metagame o Pauper tem uma cara diferente e, sem ele, talvez o formato perca uma parte fundamental de si. É uma questão difícil e gera uma discussão infinita, mas não há dúvidas sobre o assunto. Grixis Affinity é um dos decks mais importantes da história do formato e provavelmente sempre será.

Finalizo aqui mais um artigo. Deixe suas dúvidas ou sugestões nos comentários. Obrigado pela leitura e até a próxima!