0 comments
Com o último anúncio de Banidas e Restritas, o Pauper passou por mudanças consideráveis que estão levando jogadores a explorarem novas possibilidades e revisitarem velhos arquétipos para avaliar sua viabilidade no novo Metagame.
Um desses decks é o Boros Synthesizer, estratégia que existe no formato desde 2014 e passou por várias transformações nos últimos dez anos: de versões com Palace Sentinels até listas mais agressivas com All That Glitters, passando pelas interações atuais com Experimental Synthesizer e Makeshift Munitions — variante que conquistou duas colocações no Top 8 dos Challenges da primeira semana pós-banimentos no Magic Online.
Neste artigo, exploramos esta versão de um dos decks mais famosos da história do Pauper, com um guia de Sideboard para as partidas do atual Metagame!
A Decklist
Essa é a lista padrão que tem sido utilizada desde os últimos banimentos no Pauper, e não difere tanto do que já víamos no Boros Synthesizer antes da atualização. Conforme o formato se abrir, acredito que alguns números absolutos precisarão se solidificar ou abrir espaço para outros cards — por exemplo, se Bogles crescer demais, cards como Standard Bearer ou Patrician’s Scorn se tornam mais necessários, e o mesmo vale para todos os arquétipos do novo Metagame.
O Boros Synthesizer é um Midrange sinérgico clássico: você quer jogar criaturas baratas e cards com efeitos de ETB eficientes e reutilizá-los com Glint Hawk e Kor Skyfisher para gerar vantagem em cartas. Suas origens datam 2014, quando Faeries era o melhor deck do formato na época e o arquétipo — outrora chamado Kuldotha Boros devido ao uso da sinergia entre Ichor Wellspring e o agora banido Kuldotha Rebirth — nasceu para combatê-lo.
Como seu histórico indica, esse arquétipo possui uma partida favorável e/ou equilibrada contra Faeries. Além disso, ele lida bem contra a maioria dos Aggros tradicionais e consegue interagir bem contra Affinity e listas de Tolarian Terror.
Ad
Por outro lado, ele sofre consideravelmente contra estratégias não-interativas como Walls, Dredge, Familiars e High Tide, além de arquétipos que consigam jogar por cima dele, como Tron — seu predador natural desde 2017 — e Gruul Ramp, cuja adição de Writhing Chrysalis tornou da partida ainda pior para o Boros Synthesizer.
Maindeck
Glint Hawk e Kor Skyfisher são nossos principais meios de reutilizar os efeitos de ETB das nossas criaturas e artefatos. Além disso, eles são nosso principal beatdown por serem criaturas de custo baixo com evasão.
Thraben Inspector e Novice Inspector são one-drops que colocam artefatos em jogo para habilitar o Metalcraft de Galvanic Blast e garantir vantagem em cartas nos jogos mais longos.
Por conta da natureza do formato e de como o Boros tem precisado ser mais rápido enquanto abdicou de cartas como Prismatic Strands, é possível considerar Voldaren Epicure em um desses slots para complementar Makeshift Munitions no plano de dano direto em detrimento de menos resiliência no bloqueio — menos importante agora que Kuldotha Rebirth não existe mais no formato.
Ad
Experimental Synthesizer foi a adição mais importante para o Boros nos últimos anos, ao ponto de mudar o nome do deck. Ele faz tudo o que o arquétipo desejava com Ichor Wellspring por uma mana a menos, permitindo mais eficiência em extrair o máximo de valor de Kor Skyfisher e Glint Hawk.
Lembas foi outro upgrade dos artefatos com ETB que fez muita diferença nas listas de Synthesizer. Além de garantir filtragem de todo, ele também pode ser sacrificado para ganhar vida e segurar o beatdown dos Aggros por alguns turnos.
Lightning Bolt e Galvanic Blast são os meios de interação primários do Pauper hoje e dobram de função no Boros como um meio de ampliar a pressão que podemos exercer. Por comprarmos muitos cards, fazer setups em nossa mão para levar a vida do oponente a um ponto onde nossos Burns finalizem o jogo é uma linha muito comum.
Thraben Charm oferece muitas opções em um só slot: resposta contra encantamentos — menos importante sem Broodscale Combo, mas ainda essencial contra Bogles ou Gruul Ramp —, hate de cemitério e remoção que lida até com Myr Enforcer se seu controlador tiver duas ou mais criaturas em jogo. Não sei se três slots são o que o deck precisa hoje, mas é um bom começo.
Journey to Nowhere é menos flexível do que as demais remoções, mas opera como principal meio de lidar com Tolarian Terror e Cryptic Serpent, sem abdicar de utilidade contra outras criaturas do atual Metagame.
Ad
Os slots “flexíveis”.
Relic of Progenitus no maindeck pode ser qualquer outro artefato, mas gosto da ideia de ter quatro hates no Game 1 contra Tolarian Terror e também um meio de interromper os loopings de High Tide que, normalmente, precisam de Flood of Recollection e/ou Stream of Thought voltando vários cards para o deck em algum momento para fechar o combo.
Makeshift Munitions faz sentido em um arquétipo onde temos muitos artefatos e criaturas, controla quase permanentemente a mesa contra diversos X/1 em jogo, como contra Faeries, e funciona como outra condição de vitória em conjunto com as mágicas de Burn.
Oito terrenos-artefato são o suficiente para as interações que procuramos com eles, então podemos dedicar os slots de terrenos virados para cards mais flexíveis, e como o Boros Synthesizer precisa ser mais proativo do que em outros tempos, Abraded Bluffs é nossa escolha por causar dano ao oponente quando entra.
Para complementá-lo, Boros Garrison permite reutilizar seu ETB no decorrer dos turnos, interação que também possui com Radiant Fountain para os jogos contra Aggro.
Sideboard
Ad
Respostas contra Affinity.
Este deck nunca teria uma chance justa contra um arquétipo que gera vantagem em cartas muito mais rápido e com um clock bem mais eficiente sem atacar seu recurso primário.
Dust to Dust é nossa melhor opção na play para lidar com Affinity e mantém sua utilidade mesmo na draw para forçar efeitos de dois-por-um contra os principais cards do oponente.
Cast into the Fire complementa este plano de jogo, nos dando uma possibilidade de exilar terrenos e artefatos problemáticos já no segundo turno. Além disso, seu módulo de dano é útil contra Faeries e Elves.
Por falar em Faeries, temos um set completo de Pyroblast e uma cópia de Red Elemental Blast para os jogos contra decks azuis, que incluem também Blue Terror, Tron, Familiars, entre outros.
Cinco efeitos iguais podem parecer exagero — talvez seja — mas são nossas melhores chances contra High Tide, que tem sido obviamente popular no Magic Online por conta do hype em torno do seu desbanimento.
Ad
Mais duas cópias de Relic of Progenitus garantem mais resiliência contra Dredge, Blue Terror e também entram contra High Tide. É possível adicioná-lo contra Affinity se quiser respeitar muito Blood Fountain, mas o fato dele não gerar valor no ETB e já termos Thraben Charm o torna redundante.
Navigator’s Compass é a escolha de interação contra Red Aggro agora que eles possuem menos poder permanente. Reutilizá-lo com Glint Hawk ou Kor Skyfisher já garante seis de vida por um custo baixo e coloca o oponente em uma situação difícil de resolver, especialmente se combinado com Lembas e Radiant Fountain
Guia de Sideboard
Affinity
IN
OUT
Ad
As versões recentes do Affinity tem abdicado de Kenku Artificer e tomar um Reckoner’s Bargain em resposta a Journey to Nowhere é desagradável, mas poder reutilizá-lo com Kor Skyfisher quando isso acontece e ter a segurança da possibilidade de lidar com os terrenos indestrutíveis caso sejam transformados em criatura o tornam um slot de maindeck válido.
Caso haja certeza de que o oponente não está jogando com Kenku Artificer, é possível fazer a troca de três Lightning Bolt por Journey to Nowhere.
Faeries
IN
OUT
Independente da versão, eficiência de mana é a chave dessa partida, então remover os cards com valor de mana mais alto e/ou com velocidade em feitiço em prol de interação instantânea é nossa melhor rota de manter a pressão na mesa enquanto respondemos ao oponente.
Ad
High Tide
IN
OUT
Essa partida demanda timing impecável nas respostas e manter a mana de Thraben Charm desvirada para lidar com o cemitério é uma péssima escolha. Lembre-se de que algumas listas usam Murmuring Mystic nos jogos dois e três, e ele precisa ser respondido imediatamente ou dominará o jogo.
Synthesizer Burn
IN
Ad
OUT
Não há muito para dizer sobre essa partida. Use remoções e bloqueadores para segurar o clock, coloque Lembas e Navigator’s Compass em jogo e comece os loopings com Kor Skyfisher e Glint Hawk para estabilizar a mesa.
Gruul Ramp
Sem mudanças. Nosso Sideboard não é bem-preparado para essa partida e nossa melhor rota é exercer pressão enquanto respondemos aos cards que nos impedem de atacar pelo ar.
Blue Terror
IN
Ad
OUT
O maior desafio nessa partida é contra as versões Dimir que possuem remoção o suficiente para atrasar seu clock já que temos poucas delas na nossa lista e ainda removemos os Makeshift Munitions por serem alvos muito fáceis de Hydroblast.
Elves
IN
OUT
Ad
É importante saber quais são os seus alvos primários nessa partida: Wellwisher, Priest of Titania e Timberwatch Elf são os cards que podem ganhar o jogo, então foque as remoções pontuais neles.
Boros Synthesizer
IN
OUT
Esse side-in só funciona se seu oponente tiver as Bridges na lista dele. Com variantes como a nossa, é preferível não fazer mudanças porque nosso Sideboard não possui tantas respostas para essa partida, e Dust to Dust se torna muito mais condicional quando temos apenas oito terrenos-artefato para atacar.
Ad
Conclusão
Isso é tudo por hoje!
Em caso de dúvidas, fique à vontade para deixar um comentário!
Obrigado pela leitura!
Faça login e participe da conversa
— Comentários0
Seja o primeiro a comentar