Pauper: Kuldotha Red - Deck Tech e Guia de Sideboard

Alguns meses após a intervenção mais recente no formato, o Pauper ainda tem um Metagame ditado por velocidade. Sua lista precisa estar pronta para lidar com ameaças rápidas nos primeiros turnos, ou segurar a partida por tempo suficiente até estabelecer seu plano de jogo - duas propostas das quais, no atual cenário, tem se tornado cada vez mais difícil.

Hoje, dois arquétipos são os principais fatores que definem a velocidade do Metagame: o Azorius Affinity, com sua combinação de card advantage, sinergia e um combo-kill com All That Glitters e o Kuldotha Red, cuja sinergia com artefatos e proposta de “go wide” possibilita manter seu fluxo de ameaças por muitos turnos.

Com nenhuma mudança no anúncio de banidas e restritas de 11 de março, podemos concluir que o Pauper manterá sua estrutura competitiva pautada por esses dois decks durante mais alguns meses, e neste artigo, apresento um guia da atual estratégia mais famosa do formato - o Kuldotha Red.

O Kuldotha Red é um deck agressivo com proposta de “go wide” através da sinergia entre Kuldotha Rebirth com artefatos que oferecem benefícios quando deixam o campo de batalha, como Experimental Synthesizer e Implement of Combustion.

Ele começou a ganhar popularidade quando Experimental Synthesizer foi lançado em Kamigawa: Neon Dynasty, se consagrando como melhor estratégia agressiva do formato com o downshift de Monastery Swiftspear em Ultimate Masters, hoje banida por deixar o formato “rápido demais”.

Na ausência de Swiftspear, o Kuldotha Red adotou uma base composta por Goblins de custo baixo e poder alto somado com Goblin Bushwhacker, possibilitando alguns ataques para dez ou mais de dano tão cedo quanto no terceiro turno, aos moldes de como o Boros Convoke faz no Pioneer, e o Pauper não se trata de um formato bem-preparado para lidar com tamanha velocidade sem concessões muito pesadas.

Seu conjunto eficiente de dano direto e controle de mesa soma-se com a eficácia de suas ameaças para amplificar seu clock, criando um dos arquétipos mais poderosos e mais populares do Pauper em 2024.

Por que jogar com Kuldotha Red?

A principal razão para jogar de Kuldotha Red é a maneira como seus jogos são rápidos, mas sem abrir tantas concessões caso a partida se estenda. Este é um deck aggro capaz de manter a pressão durante oito ou mais ciclos de turnos sem perder o fôlego, quase o dobro do Burn tradicional.

Além disso, dada sua velocidade e estratégia objetiva, este arquétipo é uma escolha excelente para jogadores que não conhecem tanto do formato e também para quem deseja jogar Ligas rápidas com uma boa taxa de vitórias, tornando sua representatividade no Metagame bem alta até se comparado ao Affinity.

Essa é a decklist que tenho utilizado nas Ligas de Pauper desde a popularização do Azorius Affinity como principal variante do arquétipo.

Ela é bem objetiva e não requer muitas explicações para os seus espaços, enquanto também conta com alguns slots flexíveis a depender de qual Metagame um jogador espera.

End the Festivities, por exemplo, é excelente quando esperamos enfrentar a mirror com alguma frequência, mas piora bastante quando temos mais Affinity no formato. Podemos reduzir o número Reckless Impulse ou até retirá-lo se precisarmos apostar em mais velocidade, e Seal of Fire pode ser muito útil em partidas onde Goblin Blast-Runner é uma boa ameaça.

Avalie seu Metagame e considere quais cards são realmente necessários. O Kuldotha Red possui uma média de cinco espaços flexíveis, e o que adicionamos nelas podem ser a diferença entre uma Liga boa ou ruim.

Maindeck

Goblin Tomb Raider e Goblin Blast-Runner interagem com a proposta deste deck enquanto são ameaças com dois de resistência, permitindo-as sobreviver em trocas contra criaturas menores e não serem alvos fáceis de cada como End the Festivities ou Electrickery.

Voldaren Epicure é o principal habilitador que temos em forma de criatura enquanto também deixa um corpo na mesa. Sua ficha pode ser utilizada para desencadear Goblin Blast-Runner, habilitar Goblin Tomb Raider e garantir o metalcraft para Galvanic Blast.

Goblin Bushwhacker possibilita alguns turnos muito explosivos quando o sequenciamos com uma criatura no primeiro turno e Kuldotha Rebirth + qualquer artefato no segundo, totalizando dez de dano no terceiro turno, além de permitir vitórias repentinas com Kuldotha Rebirth em qualquer estágio da partida.

Nosso pacote de artefatos.

Implement of Combustion e Experimental Synthesizer dão ao Kuldotha Red o principal motivo para conjurar Kuldotha Rebirth e extrair valor delas, enquanto coloca três corpos no campo de batalha com um só card. Ambos também podem ser utilizados por conta própria e garantem o Metalcraft de Galvanic Blast.

Nosso pacote clássico de mágicas.

Lightning Bolt e Chain Lightning se explicam por conta própria como as melhores mágicas de dano por uma mana da história do jogo, com Chain Lightning sendo uma opção pior contra arquétipos vermelhos, mas ainda muito eficiente em garantir alcance.

Galvanic Blast funciona como um Flame Javelin por apenas uma mana se tivermos três ou mais artefatos em jogo, do qual não é tão difícil de conseguir nessa lista, e mesmo quando não está com o Metalcraft ativado, ele ainda é uma forma de puxar mais dano no decorrer da partida.

Nossos espaços flexíveis.

Fireblast é uma free spell da qual garante ainda mais alcance em turnos mais explosivos do Kuldotha Red. Ele é majoritariamente usado contra o oponente, e nunca queremos mais do que uma cópia dele na partida.

End the Festivities é excelente para segurar a mirror, lidar com fadas indesejadas e evitar que as criaturas do Caw-Gates segurem a partida por tempo demais, ou que Sacred Cat encerre o jogo com Basilisk Gate.

Reckless Impulse é nosso meio de ter mais fôlego na partida e funciona, na prática, como um draw 2 por duas manas. Excelente para jogos mais longos, mas perde espaço contra decks agressivos.

Great Furnace colabora com as propostas do Kuldotha Red e não existe qualquer concessão em utilizá-lo nessa lista. É comum, inclusive, jogadores tentarem adicionar hate de artefatos nos jogos 2 e 3 na expectativa de evitar Kuldotha Rebirth e Galvanic Blast de serem utilizados, gerando uma vantagem virtual, pois eles são péssimos side in para essa partida.

Sideboard

Cópias extras de End the Festivities ajudam na mirror e contra decks com muitas criaturas X/1, então é natural termos mais delas em nosso Sideboard. Electrickery, no entanto, é uma resposta mais condicional que adentra a lista para jogos contra Faeries, além de se manter como uma resposta viável contra Bogles e similares.

Smash to Smithereens é nosso principal hate de artefatos e remoção contra Myr Enforcer e outros bloqueadores grandes do arquétipo.

Alguns jogadores optam por Gorilla Shaman, mas ele parece um side in horrendo até quando conseguimos conjurá-lo no segundo turno, pois é um ciclo a mais que estamos dando para nosso oponente se recuperar enquanto ele se torna majoritariamente irrelevante uma vez que nosso oponente tenha estabilizado a mesa.

Pyroblast é a clássica resposta do Pauper para qualquer deck com azul, mas use-o com cautela e não o coloque em toda partida onde ela pode parecer útil, pois existem jogos onde precisamos investir mais na velocidade ao invés de focarmos na disrupção.

Relic of Progenitus colabora com nosso plano de jogo enquanto pune decks como o Dimir Terror, além de evitar que determinados combos, c como o Cycling Storm ou Dredge, possam apertar o botão de “free-win” sem jogar em torno do nosso hate, além de responder a Gnaw to the Bone.

Flaring Pain é uma necessidade contra Prismatic Strands enquanto também dobra de valor contra algumas cópias ocasionais de Moment’s Peace que ainda vemos no formato.

Kuldotha Red

IN

OUT

Azorius Affinity

IN

OUT

Dimir Terror

IN

OUT

Caw-Gates

IN

OUT

Dimir Faeries

IN

OUT

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