Após uma das intervenções mais severas da história do formato, o Standard teve sua primeira leva de torneios competitivos com sete cards banidos que alteraram consideravelmente o Metagame.
Entre a rotação que ocorre em menos de um mês e a despedida de staples estabelecidas, jogadores tentam encontrar novas maneiras de construir seus decks, ou levam os arquétipos que deixarão o formato para uma última volta, criando um Metagame amplo, mas com a predominância e arquétipos mais confiáveis como o Dimir Midrange, Mono White Control e o novo Izzet Cauldron.
Confira abaixo quais foram os principais destaques dos primeiros Challenges do Standard desde a atualização de Banidas e Restritas, e o que eles indicam do Metagame pós-rotação.
A Dominância do Dimir Midrange
De todos os arquétipos que fizeram Top 8 ou Top 32 nos Challenges da última semana, o Dimir Midrange foi de longe a estratégia mais presente e por um bom motivo: em um Metagame instável que passou por grandes mudanças, este deck é uma escolha sólida, confiável e que não sofreu qualquer intervenção na atualização de banidas, resultando em mais de 25% de presença no agregado geral dos Challenges e também em situações onde ele estava compondo seis ou mais dos slots do Top 8 em alguns eventos.

Antes de qualquer discussão sobre o Dimir Midrange ser quebrado no novo Standard, vale lembrar que diversos cards do arquétipo rotacionam com Edge of Eternities, e ainda não temos certeza de como o deck se portará sem peças essenciais como Cut Down, ou se teremos as ferramentas e o Metagame certo para ele continuar predominando na nova temporada — hoje, seus resultados são apenas uma mescla dele ser a escolha mais confiável somado com uma última despedida de alguns dos seus principais cards no Standard.
Izzet Prowess vive!
Dentre todos os arquétipos afetados, o Izzet Prowess parece ser o que melhor se adaptou às mudanças pós-banlist. Apesar de perder Cori-Steel Cutter que essencialmente invalidava todas as remoções pontuais contra ele, o arquétipo ainda tem diversas linhas que pode seguir para manter-se relevante, e jogadores optaram principalmente por Vivi Ornitier como novo cerne do deck.

Sem Monstrous Rage, cartas como Drake Hatcher perdem significância em termos de valor agregado, e opções como Astrologian’s Planisphere tendem a crescer por garantir aumento de poder permanente.
Também tem sido comum as listas optarem por uma ameaça maior além do pacote clássico de Vivi Ornitier e Stormchaser’s Talent, inclusive com Marang River Regent como um pseudo-This Town Ain’t Big Enough que também funciona como condição de vitória.
A Adaptação dos Decks Banidos
Os Aggros vermelhos não estão mortos, mas ainda não encontraram a versão ideal para ressurgir até a rotação.
A versão mais comum tem sido Gruul com Innkeeper’s Talent, que já fazia resultados antes de ser sumariamente substituído pelo Mono Red Mice e depois pelo Izzet Prowess.
Agora, Pawpatch Recruit entra como peça de maindeck no lugar de Heartfire Hero, e apesar de não ter as mesmas interações com Manifold Mouse que seu predecessor, garante mais triggers de Valiant com [[Emberheart Challenger ou a possibilidade de transformar o próprio Manifold em uma ameaça.
O Mono Red está dando os primeiros passos para se adaptar e colocou Greasewrench Goblin como one-drop complementar, além de Viashino Pyromancer como ameaça extra que interage com Rockface Village e Hired Claw enquanto garante mais alcance em determinadas partidas.
Alguns slots parecem um pouco fora do lugar no momento, mas este é um excelente ponto de partida para o Standard pós-rotação, visto que nenhum card do maindeck deixará o formato em agosto.
Agora que Temporary Lockdown deixou de ser um dos melhores cards do formato para se jogar no maindeck, o Orzhov Bounce se adaptou com uma versão mais proativa, utilizando Cecil, Dark Knight e Dark Confidant com uma curva de mana mais baixa, onde nenhum card do maindeck custa mais de duas manas.
Hopeless Nightmare foi substituído por Tinybones Joins Up, que possui pequenas interações com lendárias, mas cuja principal função ainda é de reduzir os recursos do oponente nos primeiros turnos com Nurturing Pixie.
Izzet Cauldron: o Novo Tier 1?
O segundo arquétipo a obter mais resultados neste fim de semana foi o Izzet Cauldron, um Aggro-Combo utilizando Agatha’s Soul Cauldron e Vivi Ornitier para gerar absurdos de mana utilizados para conjurar Winternight Stories, que desencadeia Proft’s Eidetic Memory para colocar mais marcadores +1/+1 em uma criatura, criando um arquétipo sólido, consistente e que não perde o fôlego com facilidade.
Ele perde Voldaren Thrillseeker na rotação, o que pode ser um problema dado como ela é uma ótima ferramenta para fechar jogos, mas a base do arquétipo parece suficientemente sólida para ser uma aposta segura na nova temporada — e, talvez, fazer todos precisarem novamente de Abrade para lidar com Agatha’s Soul Cauldron e criaturas X/3 no mesmo slot.
Yuna e os Big Mana
Mesmo sem Up the Beanstalk, os Big Mana encontraram uma maneira de se manterem no formato, em maioria utilizando a combinação de Yuna, Hope of Spira com o ciclo de Overlords, que deve se tornar a base principal deles a partir da próxima temporada.
A versão Selesnya se destaca por oferecer outro meio de trapacear em custos de mana: Smuggler’s Surprise, que originalmente aparecia em listas com Calamity, Galloping Inferno e Terror of the Peaks. Agora, com Yuna podendo reanimar criaturas-encantamento, seu módulo de Mill se torna mais relevante, enquanto ele também protege as suas criaturas e, na melhor das hipóteses, colocar duas bombas na mesa com um só card.
Outra versão mais tradicional fez resultados em um dos eventos utilizando Brightglass Gearhulk e Phoenix Down somados com Craterhoof Behemoth e diversos mana dorks. O plano é utilizá-los para acelerar a mana com Fecund Greenshell ao ponto de cada uma delas ganhar +2/+2 e se tornarem ameaças na mesa.
Outro ponto importante é que Phoenix Down pode devolver tanto Gearhulk quanto Beza, the Bounding Spring para o campo de batalha, garantindo mais resiliência em jogos de atrito.
Mono White Tokens retorna
Com a velocidade dos Aggros reduzida e a ausência de jogos não-interativos com Omniscience, o Mono White Tokens se torna novamente um arquétipo viável para o Standard competitivo, e deve encontrar espaço também na próxima temporada se tivermos substitutos viáveis para Lay Down Arms, ou se remoções de uma mana não forem tão necessárias no maindeck ao ponto de Elspeth’s Smite fazer o trabalho.
Concluindo
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