Magic: the Gathering

Deck Guide

Deck da Semana: Rakdos Cycling (Pauper)

, Comment regular icon0 comments

No artigo de hoje, faço uma análise do Rakdos Cycling , a nova versão do Cycling Storm que fez um ótimo resultado no Pauper Warriors do último fim de semana!

Writer image

revisado por Tabata Marques

Edit Article

Jogadores e Jogadoras, estamos de volta com mais um Deck da Semana, desta vez novamente com uma pequena exceção do que costumamos fazer nesta série de artigos.

Desde o começo da semana, a Wizards não postou (até a conclusão deste artigo) as decklists das ligas e dos Challenges do último fim de semana (motivo pelo qual não tivemos o Metagame da Semana também), e apesar de mencionarem estar tentando resolver o problema, ainda não temos uma previsão de quando teremos acesso às listas desses eventos novamente.

Ad

Portanto, precisei ir atrás de locais alternativos para encontrar uma lista esta semana, torneios do Arena, torneios Free e, apesar de eu não ser o tipo de pessoa que costuma consumir muito conteúdo de Youtubers, o torneio Pauper Warriors, organizado pelos Youtubers Alexandre Weber, GumaNoob e Hamuda me chamou a atenção esta semana por possuir 93 jogadores.

Dentro do Top 8 deste evento, se destacou para mim a lista de Rakdos Cycling, ou melhor, Mono Black com Splash para o Sideboard Cycling, utilizado pelo jogador Luiz0211 para fazer Top 8 no evento, e é dessa lista que vamos falar hoje.

Loading icon

Explicar a construção desse deck é um pouco diferente do habitual porque esse deck é uma das listas mais inusitadas do formato atualmente e uma cuja boa parte de suas interações não é instintivamente óbvia para o jogador.

Por exemplo, veja a quantidade de cards que possuem exatamente a mesma habilidade na lista:

Loading icon

Todos estes cards estão em, no mínimo, 3 cópias no deck e possuem o mesmo propósito: Serem recicladas para compar mais cards para serem reciclados até que as peças do combo estejam devidamente ajustadas no cemitério e na mão.

Mas qual é exatamente o combo do deck?

Loading icon

Antes de chegarmos nele, é necessário entender que o deck utiliza uma grande quantidade de aceleração de mana para aumentar a contagem de Storm e possuir mais recursos para reciclar mais cards.

É muito comum para esse deck conseguir atingir o Threshold de Cabal Ritual antes de precisar jogá-lo. Na realidade, a sequência ideal para este deck no que se trata de Rituais costuma ser Dark Ritual > Cabal Ritual > Songs of the Damned já que esta combinação lhe permite reciclar a maior quantidade de cards possíveis, tornando Songs of the Damned um “super ritual” que comumente pode gerar 6 ou mais manas pretas.

Loading icon

Com toda essa mana, combo do deck envolve jogar ou reanimar um Drannith Stinger e reaproveitar os cards de Cycling com Reaping the Graves, que por sua vez lhe permitirá encontrar mais rituais e mais Reaping the Graves, que buscarão mais cards do cemitério e, dessa maneira, tornarão de Drannith Stinger sua própria versão de Grapeshot.

Loading icon

O deck roda uma quantidade bem pequena de lands, sendo um total de lands comumente utilizadas pra gerar mana apenas 3 Pântanos e 3 Geothermal Crevice , já que este pode gerar mana extra para reciclar mais cards e/ou também para castar da sua mão um Drannith Stinger se for necessário ou jogar cards do Sideboard.

Para auxiliar também nessa ocasional necessidade de filtragem de mana, o deck conta com Chromatic Star para gerar a mana vermelha e ainda comprar mais um card.

Ad

Barren Moor, apesar de poder ser utilizado como terreno no early game, conta como mais um card de Cycling para a lista já que o deck costuma querer evitar ao máximo comprar cartas que não participem ativamente do combo.

Sideboard

O Sideboard do deck é onde o verdadeiro motivo de eu chamar o deck de Rakdos Cycling existe:

Loading icon

Não há muito o que se explicar sobre Duress, o card é sua válvula de segurança para checar se é possível combar no turno necessário, removendo um counter ou removal do oponente para poder resolver seu Drannith Stinger ou rituais com maior tranquilidade.

Apesar de não ter certeza do motivo pelo qual o deck utiliza o quarto Unearth no sideboard, só consigo supor que o card se faz bem mais necessário contra removal decks já que é mais uma forma de manter o seu Drannith Stinger na mesa para realizar o combo.

Loading icon

Shenanigans é um hate bem versátil contra decks já conhecidos como Affinity, mas também é um ótimo meio de “obrigar” seu oponente a estourar sua Relic of Progenitus (que é o principal hate do formato contra este deck) antes do esperado.

Blow Your House Down é praticamente um sweeper contra Cascade Walls, e é uma carta que eu particularmente não esperava um dia ver jogando no Pauper por parecer específico demais, mas que tenho visto até mesmo algumas listas de Izzet Faeries utilizando 1 ou 2 do card no Sideboard.

Loading icon

Essa é sua combinação anti-Faeries, uma matchup que pode se provar difícil se você não combar rápido ou interagir de maneira ruim contra as cartas do oponente pois ele normalmente terá muito mais meios de atrapalhar seu plano de jogo do que você terá de conseguir contornar todas as respostas.

Gut Shot e Suffocating Fumes também são uma boa adição contra Elves, onde ativações de Wellwisher ou Essence Warden podem ser um tanto problemáticas para o deck.

Loading icon

Por fim, temos Gnaw to the Bone como seu package anti-aggro e anti-Burn que te permite ganhar alguns turnos em cima do seu oponente, o que costuma ser o suficiente para contornar a partida por tempo o suficiente para combar já que normalmente você ganhará 8 ou mais de vida.

Flaring Pain é, em resumo, sua proteção contra Prismatic Strands, um card que se jogado no momento certo durante o combo, simplesmente atrapalha toda a matemática e dá ao oponente um ou dois turnos inteiros para responder ao combo ou resolver o jogo.

Análise de Desempenho

Eu pilotei o deck no Tournament Practice do Magic Online para obter o seguinte resultado:

0-2 vs Dimir Faeries

2-1 vs Elves

0-2 vs Gruul Ponza

2-0 vs White Weenie

1-2 vs Mono Blue Faeries

Eu prefiro não utilizar meus resultados como base para a análise de desempenho deste deck pois o Cycling Storm é um deck que necessita de muito treino e muita experiência para ser pilotado com maestria, e como é um arquétipo que pilotei muito pouco, não acredito que eu possa dar uma estimativa de resultados realista baseada na minha experiência individual pois não acredito ter pilotado o deck de maneira otimizada.

Ad

O que posso dizer é que, em comparação com o Cycling Storm, o Rakdos Cycling é bem mais eficiente e possui menos chances de dar “whiff” do que a outra versão pois possui menos cards que “não fazem nada” já que, apesar de utilizar mais lands, o deck não necessita de cards como Tinder Wall, Lotus Petal ou Land Grant, fazendo com que ele rode de maneira mais robusta e mais consistente do que as versões anteriores.

Em contrapartida, o deck muitas vezes conta demais de que o oponente não entenda o que você está fazendo ou que ele não tenha os meios certos de interagir com você quando você tenta combar, o que se prova um desafio especialmente num formato que não mais possui acesso a Gitaxian Probe e não pode gastar slots de maindeck como Duress, além de também contar muito com o fato de que o clock do oponente não vai ser mais rápido do que a quantidade necessária de turnos e setup que você precisa para combar.

Há momentos cruciais onde você, por falta de opção, precisa jogar às cegas e tentar combar enquanto ativa seus rituais e recicla seus cards. E, na ausência de um Tutor para os cards chave, se seu plano falha em algum momento, se você não compra o Drannith Stinger ou o Reaping the Graves ou compra muitos deles sem ter rituais o suficiente ou compra rituais demais, você acaba perdendo para o acaso do shuffle não ter sido bondoso contigo.

Por outro lado, o maior desafio do deck claramente encontra-se e entender todos os seus ins e outs e sequências de jogadas que não são tão óbvias quanto parecem, já que se trata de um baralho que pune o jogador severamente por sequenciar seus cards da maneira errada, fazendo com que ele seja um deck que necessite dedicar muitos dias para aprender a masterizar e seria muito interessante ver, por parte dos jogadores mais experientes, um primer deck do arquétipo para ajudar os jogadores menos familiarizados poderem se animar em pilotar essa lista.

Dito isso, me diverti bastante pilotando o Rakdos Cycling porque o deck parece ser único, singular, diferente do que a grande maioria dos decks do formato se propõem a fazer e realmente parece que você está sequenciando jogadas absurdas quando o deck funciona. Ele com certeza vale o treino e a dedicação necessárias para pilotá-lo com maestria pois cria um novo ângulo de arquétipo que merece mais atenção e, espero eu, mais suporte em edições futuras, e o recomendo para qualquer jogador que goste de decks similares de outros formatos como Storm no Modern ou Legacy, Lotus Combo no Pioneer ou até mesmo o Neoform Combo no Historic.

Conclusão

Esta foi minha análise do Deck da Semana, desta vez apresentando o Rakdos Cycling que fez um ótimo resultado no Pauper Warriors.

Espero eu, com a ajuda da nossa querida Wizards, poder retomar a programação normal na próxima semana, com direito a minha análise semanal de Metagame e ao Deck da Semana.

Mas, infelizmente, isso está fora do meu controle e do que depende unicamente de mim.

Vejo vocês na próxima semana !

Ad