Desde o anúncio de Universes Beyond - Doctor Who, eu sabia que esse dia chegaria. É hora de colocar em jogo um baralho com o primeiro Doutor que tive o prazer de assistir, e a primeira companheira que aquele Doutor teve.
No artigo de hoje, falaremos de The Eleventh Doctor, a culminação célebre de todas as últimas vidas que este personagem viveu e a porta para uma nova era desta franquia, além de sua primeira companion, Amy Pond.
Os Comandantes
Este é meu Doutor favorito, interpretado no seriado por Matt Smith, e mais conhecido como o vilão Milo do filme Morbius (2022). The Eleventh Doctor, além de ter um cabelo e uma gravata borboleta incríveis, se tornou um pedacinho de papelão muito divertido no Commander.
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Sua habilidade principal é desencadeada. Quando The Eleventh Doctor causa dano a um oponente, seu controlador pode exilar um card de sua mão e colocar um número de marcadores de tempo nela equivalentes ao seu valor de mana. Também dará a esta carta suspender, e cada marcador eventualmente será retirado ao longo das suas fases de manutenção. Isso serve para qualquer card, incluindo terrenos e cards como Ancestral Vision com custo zero.
Contudo, a regra de suspender afirma que a carta em questão será conjurada assim que o último marcador de tempo for removido. Assim, se exilarmos uma Tundra, uma Lotus Bloom, ou qualquer card com valor de mana zero, ela não será conjurada assim que o último marcador for removido porque a carta em questão não recebeu nenhum contador de tempo para começar. Esse tipo de aceleração não está disponível neste deck.
Amy Pond foi a primeira pessoa que The Eleventh Doctor viu, pouco tempo após regenerar, e foi a última pessoa que ele viu antes de sua regeneração no The Twelfth Doctor. Como ela é essencial para as aventuras do Décimo Primeiro, tem uma sinergia natural com suas habilidades e também é um de meus personagens favoritos, eu a escolhi como a companion deste baralho.
Sua habilidade é tão simples quanto a do Doutor que este deck usa - quando ela causa dano de combate a um jogador, você removerá um número de contadores de tempo equivalente de uma mágica alvo que controlamos suspensa no exílio. Naturalmente, tanto o efeito dela quanto de The Eleventh Doctor interagem com golpe duplo, atropelar e claro, a segunda habilidade de The Eleventh Doctor.
Se gastarmos , tornaremos uma criatura alvo com poder 3 ou menos imbloqueável até o fim do turno. Essa habilidade funciona maravilhosamente neste baralho, já que nos permite causar dano com as nossas criaturas menores e desencadear os efeitos de nossos comandantes ou outras cartas pontuais. Ainda assim, essa habilidade é melhor nas etapas iniciais da partida, pois posteriormente usaremos efeitos para crescer estas criaturas e torná-las mais ameaçadoras no fim do jogo.
Por fim, Amy Pond é a parceira de Rory Williams e, mesmo que ele não seja um comandante, podemos facilmente procurá-lo com ela quando a colocamos em campo. Isto significa que ele é bem acessível nos turnos iniciais e é praticamente um terceiro comandante, mas infelizmente não consegue interagir com cards que beneficiam comandantes, como Flaming Fist.
Ainda assim, o nosso centurião romano favorito é razoável em combate e ajuda as outras mecânicas deste baralho, além de ser interessante quando o tutoramos logo no começo do jogo.
O Deck
Assim que coloquei minhas patinhas no Timey-Wimey, de Universes Beyond - Doctor Who, eu tive uma ideia muito bem formulada em minha cabeça: eu queria usar esses dois comandantes juntos. Infelizmente, simplesmente trocar os comandantes principais daquele baralho, The Tenth Doctor e Rose Tyler, pelos comandantes deste artigo não gerou bons resultados, então fui obrigado a elaborar mais ideias.
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O deck que discutiremos a seguir neste artigo é o meu deck pessoal de The Eleventh Doctor e Amy Pond, construído com a ajuda de meu grande amigo e excelente deckbuilder, Guilherme Ceschini.
Este baralho foca em interações com cards históricos, ou seja, artefatos, cards lendários e sagas, para criar uma estrutura agressiva que nos permitirá atacar de forma cadenciada e assim remover inúmeros marcadores de tempo de nossas cartas com Amy Pond. Isso nos permitirá colocar mais mágicas em campo de graça.
A lista que usaremos é a seguinte:
O Pacote Histórico
Como dito acima, cards históricos são permanentes lendárias, sagas e artefatos. E, de fato, nosso deck funciona muito bem com essa categoria, já que inclui diversos cards históricos ou cards que interagem com eles.
Além disso, devemos admitir que nossos comandantes funcionam apenas em momentos muito específicos da partida - as fases de combate. Então, usar encantamentos do tipo antecedente ajuda muito nossos personagens principais, e os tornam ameaças maiores.
Flaming Fist é um dos melhores exemplos disso, já que permite que as habilidades de nossos comandantes desencadeiem duas vezes em um combate, graças ao golpe duplo. Além disso, Passionate Archaeologist nos permite causar dano com a habilidade de ambos nossos comandantes, pois capitaliza o que eles fazem de melhor: jogar cartas suspensas do exílio. Este encantamento antecedente transforma o custo da carta que saiu da suspensão em dano, e isso se torna ainda melhor quando ambos nossos comandantes ganham esse efeito; com essas cartas em jogo, conjurar uma carta de custo 5 causará dez pontos de dano.
Outro antecedente que escalona muito bem com nossos dois comandantes em campo é Feywild Visitor, que cria um número enorme de fichas.
Fora os encantamentos antecedentes, podemos sempre contar com outras cartas de apoio, como Teshar, Ancestor’s Apostle, que puxa criaturas pequenas do cemitério para o campo, incluindo seus comandantes.
Jhoira, Weatherlight Captain nos compra várias cartas quando mágicas históricas entram em jogo. Gold Forged Thopteryx também foi criado para proteger nossas permanentes lendárias, pois, com esta carta em campo, será mais difícil para seu oponente alvejá-las.
E, claro, Heroes’ Podium é uma maneira excelente de deixar nossas criaturas lendárias enormes e melhorar efeitos como o de Amy Pond, que se baseiam no dano que ela causa.
Evasão
Como dito anteriormente, nossas criaturas principais interagem com dano de combate. Assim, utilizaremos diversos meios para causar dano, como evasão.
Nosso próprio comandante, The Eleventh Doctor, nos permite dar “não posso ser bloqueado” para criaturas com poder 3 ou menos. Isso é perfeito tanto para ele e Amy Pond, que começam o jogo pequenos, como para outras criaturas que queremos que ataquem sempre, como Delina, Wild Mage e The War Doctor.
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Archetype of Imagination e Archetype of Aggression são perfeitos para esse trabalho, pois não só dão a todas as suas criaturas algum tipo de evasão, como também retiram essa mesma palavra-chave das criaturas inimigas, e assim debilitam estratégias que as utilizam, como tribais de espíritos, UW Flyers, dinossauros e outras.
Também temos outros encantamentos e efeitos que nos dão outros tipos de evasão. Street Riot dá atropelar para suas criaturas e Sword Coast Sailor dá a seus comandantes “não posso ser bloqueado”.
Midnight Pathlighter só permite que criaturas lendárias bloqueiem as suas criaturas, e, por fim, Vexilus Praetor dá a nossos comandantes a famosa proteção contra tudo, e as impede de serem bloqueadas ou alvejadas.
Psychic Paper e Prowler’s Helm são dois equipamentos maravilhosos para tornar criaturas imbloqueáveis. Inclusive, Psychic Paper pode mudar o tipo da criatura equipada com ele, algo que usei mais de uma vez ao meu favor para pilotar a TARDIS, que precisa de um Time Lord em campo para ativar seu efeito de cascata.
Por fim, também temos Rogue’s Passage neste baralho para deixar algumas criaturas-chave não bloqueáveis.
Combos
Neste baralho, temos combos pequenos com The Tenth Doctor e alguns cards específicos. Contudo, apesar desses combos terem a tendência de se estender ao infinito, decidi não usar nada que acabasse com o jogo na hora, mas sim usar sinergias fortes que acontecerão com frequência.
The Tenth Doctor exige 7 manas para usar a mecânica de viagem no tempo três vezes seguidas, o que é perfeito para cards como Inspiring Refrain e Chronomantic Escape. Após elas saírem da suspensão, estas cartas se exilarão novamente com exatos três marcadores, o número perfeito para The Tenth Doctor interagir com elas.
Também temos, entre esses cards, Rousing Refrain, que gera mana conforme o número de cartas na mão do oponente alvo. Se considerarmos que nosso oponente tem sete ou mais cartas, poderemos jogar esse efeito diversas vezes. E, se seguirmos a lógica do The Tenth Doctor, que retira três marcadores deste feitiço, ele gerará sete manas ou mais e se exilará novamente com três marcadores, o que mais uma vez será perfeito para o Décimo ativar seu efeito novamente.
Com isso podemos sempre repor a mana que gastamos para ativar esta habilidade, além de comprar quantas cartas quisermos com Inspiring Refrain, voltar quantas permanentes quisermos para a mão de nossos oponentes com Reality Strobe, e todo turno não poderemos ser atacados com Chronomantic Escape.
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Mas, claro, com nossos comandantes na mesa e Passionate Archaeologist, que podemos facilmente colocar em jogo com a mana semi infinita de Rousing Refrain e as compras de Inspiring Refrain, podemos desencadear dano infinitamente em nossos oponentes.
O Deck Budget
A versão abaixo é mais baratinha, e foi construída para aqueles que ousam se aventurar nas ondas do tempo e espaço com a Tardis. A única grande extravagância monetária que resolvi manter é Passionate Archaeologist, justamente porque ela se comunica muito bem com o resto do baralho.
A lista budget deste deck acabou assim:
Considerações Finais
Este é, provavelmente, o meu deck de Magic favorito até hoje. Gosto muito de como ele se comporta e joga, além dele ter o tema de meus personagens favoritos de meu seriado de televisão favorito.
Cada vez que tiro este baralho da caixa é como se eu começasse uma aventura nova com The Eleventh Doctor e Amy Pond, e isso aquece muito o meu coração.
Obrigado pela leitura, e até o próximo!
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