Magic: the Gathering

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Metagame da Semana: Modern inovando, Pauper quebrando, Legacy estabilizando

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Esta semana, podemos ver o Standard e o Pioneer estabilizados, enquanto o Modern continua trazendo inovações, o Legacy está se estabilizando e o Pauper está definitivamente quebrado!

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revisado por Tabata Marques

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Jogadores e jogadoras, estamos de volta com o Metagame da Semana.

Nessa semana, estarei novamente abordando o Top 32 dos eventos deste fim de semana, visto que nos traz uma visão mais ampla de como os formatos estão se desenvolvendo, enquanto também nos permite observar como estão os formatos que já se establizaram.

Gostaria sempre de ressaltar que fazemos uma análise de todos os formatos competitivos com base nos resultados dos Challenges e de outros torneios oficiais ou de grande porte.

Portanto, o Metagame de eventos menores ou de ligas podem diferir já que estes possuem o seu próprio ciclo e/ou sua própria base de jogadores.

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Dito isso, vamos ao que interessa:

Standard

Como de costume, primeiro listaremos o Top 32 e o Top 8 de ambos os Challenges antes de dissertarmos sobre o formato em questão.

O Top 32 do Standard Challenge de Sábado, 19 de Junho, foi composto por:

8 Naya Adventures

7 Prismari Dragons

6 Jeskai Cycling

3 Temur Adventures

2 Mono-Red Aggro

2 Temur Lukka

1 Gruul Magda

1 Sultai Ultimatum

1 Dimir Rogues

Já o Top 8 teve os seguintes decks:

4 Naya Adventures

3 Jeskai Cycling

1 Sultai Control

No Domingo, o Top 32 teve os seguintes arquétipos:

8 Naya Adventures

5 Jeskai Cycling

5 Mono-Red Aggro

4 Sultai Ultimatum

3 Dimir Rogues

2 Prismari Dragons

2 Temur Adventures

1 Temur Lukka

1 Gruul Magda

1 Rakdos Sacrifice

Com o Top 8:

3 Jeskai Cycling

1 Naya Adventures

1 Mono-Red Aggro

1 Gruul Magda

1 Rakdos Sacrifice

1 Sultai Ultimatum

O fato mais notório deste fim de semana com certeza vou uma parcela ainda menor do Sultai Ultimatum no Top 32 e a ascensão gigantesca do Naya Adventures.

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O Naya Adventures já havia demonstrado, desde o Strixhaven Championship, que possuía uma matchup boa contra o Izzet Dragons e o Sultai Ultimatum enquanto se destacava contra outros dos principais decks do formato.

A mistura de Card Advantage com um clock rápido e acesso a algumas das melhores criaturas do formato como Bonecrusher Giant e Elite Spellbinder, além de uma manabase robusta que ainda conta com o apoio de Jaspera Sentinel torna do Naya Adventures um deck capaz de estabelecer pressão o suficiente contra o Sultai Ultimatum e que consegue trocar recursos valorosamente contra o Izzet Dragons.

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Outro deck que tem se destacado é o Jeskai Cycling, o que provavelmente tem algo a ver com o fato dos tokens de Improbabel Alliance bloquearem muito bem pelo ar, o fato do deck atacar por diversos ângulos com um plano de jogo rápido e o fato de que Zenith Flare é um perfeito botão de inevitabilidade em praticamente todas as partidas.

Infelizmente, não há muito a ser dito sobre o Standard. O formato está estável enquanto fica se reciclando entre qual deck se destaca mais a cada semana e permanecerá assim até o lançamento de Adventures in the Forgotten Realms.

Historic

O Top 32 do Insight E-sports 5K deste fim de semana foi composto por:

12 Izzet Phoenix

4 Jeskai Control

3 Temur Creativity

2 Izzet Creativity

2 Five-Color Niv-Mizzet

2 Azorius Auras

1 Mono-Black Aggro

1 Mono-Red Aggro

1 Jeskai Cycling

1 Mono-Black Ramp

1 Simic Aggro

1 Orzhov Aggro

1 Selesnya Company

E o evento terminou com o seguinte Top 8:

3 Izzet Phoenix

1 Azorius Auras

1 Mono-Black Aggro

1 Mono-Red Aggro

1 Izzet Creativity

1 Temur Creativity

O que podemos concluir do primeiro grande evento de Historic após o banimento de Time Warp?

A primeira coisa é que os Blue-Red Decks continuam sendo a melhor opção para o formato.

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Hoje, o Izzet Phoenix é definitivamente o melhor deck do formato, com um total de 12 cópias no Top 32 e 3 cópias no Top 8, o deck se destaca como extremamente eficiente, já que o formato possui cards como Brainstorm e Faithless Looting que permitem ao arquétipo funcionar com todo o seu potencial.

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A dúvida que fica é se o Izzet Phoenix é um bom melhor deck do formato, como é o caso de outros Blue-Based decks em outros metagames como o do Legacy.

Para um deck ser um “bom” melhor deck do formato, é necessário que funcione como uma espécie de “Fun Police”. Ou seja, ser o deck que dita o rumo do formato, pressionando os decks que procuram fazer coisas mirabolantes como os Combo decks, enquanto possui uma partida equilibrada contra os decks justos.

O Izzet Phoenix é, na realidade, muito bom contra os fair decks, enquanto interage mal contra decks de combo ou decks não-interativos como o Auras.

Hoje, o deck possui uma média de 60% de winrate contra o resto do Metagame, o que é um número significativo até para um fair deck.

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Já no outro espectro dos decks URx, temos os decks de Indomitable Creativity.

Seguindo os moldes do Pioneer, os decks de Creativity deixaram de procurar ganhar o jogo com base em fazer Velomachus Lorehold e ganhar o jogo com uma sequência de turnos extras para tentar uma aproximação com ameaças difíceis de remover e/ou com o combo de Sage of the Falls com The Locust God.

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Um deck que tem se destacado nas últimas semanas é o Azorius Auras, que possui uma matchup positiva contra a maioria dos decks URx.

Com Thoughtseize e os demais descartes sendo opções ruins para lidar com Izzet Phoenix e o formato ter tomado um rumo onde disrupções reativas são melhores que as proativas, a versão Azorius ganhou mais espaço já que possui um plano de jogo mais dedicado e que pode estabelecer um clock mais rápido enquanto também pode produzir bastante valor.

Pioneer

Sábado:

5 Bant Spirits

4 Gruul Aggro

3 Izzet Phoenix

3 Jund Food

2 Mono-Black Aggro

2 Rakdos Pyromancer

2 Grixis Arcanist

2 Lotus Combo

1 Lotus Turns

1 Mono-Green Devotion

1 Dimir Control

1 Orzhov Auras

1 Selesnya Company

1 Azorius Control

1 Jeskai Creativity

1 Temur Opus

E o Top 8 foi composto por:

2 Jund Food

2 Izzet Phoenix

1 Mono-Black Aggro

1 Mono-Green Devotion

1 Lotus Combo

1 Bant Spirits

No Domingo, tivemos:

6 Bant Spirits

4 Mono-Black Aggro

4 Izzet Phoenix

3 Mono-Green Devotion

2 Niv-to-Light

2 Rakdos Pyromancer

2 Boros Burn

2 Izzet Prowess

2 Lotus Combo

1 Jund Sacrifice

1 Dimir Control

1 Azorius Yorion

1 Gruul Aggro

1 Izzet Creativity

E o Top 8 foi composto por:

3 Mono-Black Aggro

2 Bant Spirits

1 Izzet Phoenix

1 Niv-to-Light

1 Mono-Green Devotion

O Pioneer continua com um Metagame diversificado e saudável ao que tudo indica.

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O Bant Spirits e suas variantes crescem em popularidade faz algumas semanas, e hoje possui em torno de 11% do Metagame nos últimos 30 dias.

O deck apresenta um plano de Tempo, utilizando um pack de criaturas proativas e uma fortíssima sinergia tribal acoplado a cards que possuem bons efeitos disruptivos como Mausoleum Wanderer, Shacklegeist e Spell Queller, criando uma lista extremamente robusta que ainda pode utilizar Collected Company para fechar o jogo rapidamente ou obter mais valor.

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Mas a lista que mais se destacou para mim esta semana foi o Mono-Black Aggro do jogador bolov0, que ganhou ambos os Challenges.

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O Mono-Black tem estado presente no Pioneer desde a sua origem, inclusive se tornando o melhor deck por algum tempo até banirem Smuggler’s Copter e, apesar de não ser a máquina de sinergia que era com o veículo, o deck ainda apresenta muita resiliência e um plano de jogo com diversos ângulos de ataque.

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Outro arquétipo que se destacou essa semana foram as variantes de Gruul Aggro, que cresceram em números no último sábado e possuem um plano de jogo altamente explosivo numa mistura de mana dorks eficientes e criaturas impactantes de curva baixa, acoplados a turnos ainda mais explosivos com Burning-Tree Emissary e um fortíssimo botão de “free-win” com Embercleave.

Modern

O Top 32 do Modern Challenge de sábado foi composto por:

4 Gruul Ponza

3 Izzet Tempo

3 Dimir Urza

2 Golgari Lantern

2 Four-Color Turns

2 Amulet Titan

2 Hammer Time

2 Golgari Yawgmoth

1 Grixis Urza

1 Izzet Delver

1 Merfolk

1 Esper Control

1 Ad Nauseam

1 Living End

1 Niv-to-Light

1 Hardened Scales

1 Jund Arcanist

1 Four-color Valki

1 Living End

E o evento terminou com o seguinte Top 8:

2 Four-Color Turns

1 Grixis Urza

1 Amulet Titan

1 Jeskai Monkeyblade

1 Izzet Delver

1 Dimir Urza

1 Gruul Ponza

Já no domingo, tivemos:

4 Hammer Time

3 Dimir Urza

2 Jeskai Monkeyblade

2 Living End

2 Izzet Blitz

1 Golgari Yawgmoth

1 Amulet Titan

1 Izzet Delver

1 Eldrazi Tron

1 Jund

1 Enchantress

1 Tron

1 Niv-to-Light

1 Rakdos Shadow

1 Boros Death & Taxes

1 Gruul Ponza

1 Humans

1 Esper Control

1 Ad Nauseam

1 Azorius Spirits

1 Grixis Urza

1 Mono-Red Aggro

1 Soulflayer

1 Esper Stoneblade

E o Top 8 foi levado por:

1 Izzet Blitz

1 Golgari Yawgmoth

1 Izzet Delver

1 Amulet Titan

1 Hammer Time

1 Grixis Urza

1 Eldrazi Tron

1 Jeskai Monkeyblade

Modern Horizons II continua trazendo novidades para o formato enquanto os jogadores exploram novas opções e possibilidades com os novos cards da coleção.

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Unir Urza, Lord High Artificer com Urza’s Saga é quase poético e predestinado, mas que tal adicionar Asmoranomardicadaistinaculdacar e The Underworld Cookbook à receita, junto de Emry, Lurker of the Loch para mais interações com Mishra’s Bauble e outros cards descartados, e por fim, porque não adicionar Thought Monitor como uma versão criatura de Thoughtcast e criar uma engine extremamente sinérgica e que consegue ter valor e grindar o jogo com muita facilidade enquanto os tokens produzidos por Urza e sua saga se tornam ameaças gigantescas?

E que tal adicionar vermelho e jogar com Ragavan, Nimble Pilferer que pode levar o jogo por conta própria se não for respondido e interage bem com o plano de jogo do deck já que cria tokens de Tesouro?

Honestamente, apesar de não ser exatamente qual nome dar a esse deck (e, portanto, chamá-los de Urza decks), este arquétipo parece um fortíssimo competidor no Modern atual e não me surpreenderia vê-lo no Tier 1 do formato nas próximas semanas!

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Falando em artefatos, outro deck que voltou ao Metagame do Modern é o famoso torturador de oponentes: o Lantern.

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A inclusão de Urza’s Saga deu ao deck um card que serve tanto como um tutor para suas principais peças como Lantern of Insight e Codex Shrededer, e também deu um misto de wincondition alternativa com os tokens que podem ser produzidos pela carta E um aspecto de toolbox com cards como Grafdigger’s Cage, Pithing Needle, Pyrite Spellbomb, entre outros.

O deck agora adota uma base Golgari para funcionar, com descartes pontuais como Thoughtseize e Inquisition of Kozilek sendo o principal meio de interação, enquanto Assassin’s Trophy responde às ameaças que caírem na mesa do oponente.

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Com o aumento significativo de artefatos, mágicas de custo baixo e com a interação de Blood Moon com Urza’s Saga, o Ponza parece bem posicionado para impactar o Metagame e servir como uma maneira de policiar estas novas sinergias.

A lista acima, por exemplo, possui uma abundância de cards dedicados a interromper as mágicas de custo baixo do oponente, além de destruir seus artefatos. De quebra, o deck possui uma ótima interação entre Gorilla Shaman e Liquimetal Coating, onde você pode transformar os terrenos do oponente em artefatos e então destruí-los por uma mana.

O deck também faz uso de Fury, o elemental menos valorizado do novo ciclo de Modern Horizons II, mas que funciona muito bem neste arquétipo, onde o seu jogo tende a se prolongar e você consegue rampar o suficiente para jogá-lo pelo cast ainda no turno 3. E um 3/3 Double Strike que potencialmente limpa a mesa do oponente não é ruim.

Por fim, Obsidian Charmaw tem aparecido nas listas e potencialmente custa 4 manas nas partidas onde ele realmente importa, sendo um corpo evasivo que apresenta um clock rápido enquanto destrói uma land essencial do oponente.

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Outro deck que se destacou e fez dois Top 8 nos Challenges foi o Izzet Delver.

Essa lista segue moldes parecidos com o que o deck tenta fazer no Legacy, mas, sem acesso a cards como Force of Will, o deck acaba tendo uma natureza mais voltada para como o arquétipo funciona no Pauper, com o Dimir Delver, onde na ausência das free spells, você utiliza diversas mágicas com o custo baixo para manter a vantagem sobre seu oponente enquanto ataca com ameaças e mantém um Counterspell de backup.

Ter a consistência de 8 “Delvers” com Dragon’s Rage Channeler é uma boa maneira de manter a pressão contra o oponente e, como Mishra’s Bauble é a melhor cantrip do formato, não me surpreende que este plano de jogo funcione tão bem.

O deck também conta com Thought Scour para agilizar que Murktide Regent entre em jogo, e o card é um verdadeiro monstro evasivo neste arquétipo, já que você comumente terá 4 ou mais mágicas instantâneas, ou feitiços no cemitério.

Outro card que se destaca é Unholy Heat, que mata praticamente tudo no formato por apenas uma mana quando o Delirium está ativo.

Pauper

Falando em Pauper, como anda o formato na terceira semana de Modern Horizons II?

No sábado, o Top 32 do Pauper Challenge foi composto por:

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11 Affinity

5 Dimir Delver

5 Rakdos Storm

2 Gruul Storm

2 Grixis Cascade

1 Dimir Faeries

1 Izzet Delver

1 Orzhov Pestilence

1 Tron

E o Top 8 foi com os seguintes decks:

4 Rakdos Storm

1 Gruul Storm

1 Affinity

1 Dimir Delver

1 Grixis Cascade

Já no domingo, tivemos este Top 32:

10 Affinity

9 Rakdos Cascade

5 Dimir Delver

2 Gruul Strom

2 Burn

1 Tron

1 Elves

1 Izzet Faeries

1 Dimir Faeries

E o Top 8 terminou dessa maneira:

3 Rakdos Storm

3 Affinity

1 Dimir Delver

1 Gruul Storm

Por mais que eu realmente goste de jogar com decks injustos e esteja aproveitando esse período para jogar de Storm, realmente precisamos de mais uma semana para concluirmos que o Pauper está quebrado?

Todos sabiam que adicionar Chatterstorm seria problemático para o formato, e todos sabiam que mexer com o Affinity poderia ser perigoso. Se a própria Wizards estava ciente dos riscos que isso trazia para o formato, por qual motivo estão demorando tanto para tomar uma atitude a respeito disso?

É um pouco lamentável que isso esteja acontecendo justamente no mês em que a ManaTraders resolveu fazer um evento de Pauper. E é ainda mais lamentável que o evento vá ocorrer dentro deste formato polarizado, já que este evento e os classificatórios dele ao decorrer do mês eram uma ótima maneira de fazer jogadores que normalmente não se interessariam no formato verem como o Pauper pode ser divertido, competitivo e extremamente intensivo de habilidade e conhecimento do formato.

Porém, com o formato da maneira que está, a impressão que fica é negativa: A de um formato que possui apenas três, talvez quatro decks viáveis e o resto fica ali no limbo porque os principais decks da atualidade são absurdamente quebrados e/ou tentam se apresar da fraqueza dos decks quebrados.

Isso definitivamente vai fazer o Pauper parecer desinteressante e os jogadores que estão jogando o formato por conta do ManaTraders Series deste fim de semana com certeza não terão motivações para continuar jogando o formato.

Portanto, pelo bem do formato e de um evento que pode introduzir muita gente ao Pauper, eu realmente esperava um anúncio de banidas e restritas esta semana. O Storm é eficiente e rápido demais e o Affinity está consistente demais.

Já passou da hora.

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Mas não importa o quanto eu ou outras pessoas reclamem do formato, temos de analisar as coisas como elas são.

Esta semana, surgiu o Gruul Storm, que é teoricamente um turno mais rápido do que o Rakdos Storm e possui uma manabase mais robusta contra o hate do oponente.

O deck opta por utilizar apenas 6 Florestas na sua manabase, e inclui Land Grant para servir como “Lands” adicionais já que tutora uma Floresta e aumenta o contador de Storm.

O deck então utiliza de uma base muito parecida com a do Rakdos Storm, mas investe no uso de Wild Cantor como mais um manafixer e “free spell” e Tinder Wall como mais um “ritual”, e une estes cards com Bequethal para comprar cards ao sacrificá-los, o que confesso ser uma interação que eu nunca havia visto no formato.

Dessa maneira, o deck tende a ser mais explosivo que as versões Rakdos, compra menos cartas mortas já que possui menos lands E troca alguma redundância por velocidade, o que é muito importante quando se trata da Mirror match.

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Quando temos um formato polarizado e jogado em torno de um ou dois decks quebrados, é natural surgirem os que chamamos de “Hate Decks”. Ou seja, decks que são exclusivamente dedicados a lidar e responder ao o que os decks opressivos do formato jogam.

Um exemplo dessa ocasião que me lembro até hoje foi na época do Standard onde o Caw-Blade era de longe o melhor deck do formato (o que eventualmente levou ao então evento raro de um banimento do Standard de Stoneforge Mystic e Jace, the Mind Sculptor), e jogadores tentaram utilizar diversas listas com os mais diferentes tipos de hates para lidar com o arquétipo, como, por exemplo, as versões de Stoneblade utilizando uma base Selesnya para ter acesso a Vengevine e hates de artefato no Maindeck.

Este parece ser o caso do Grixis Cascade que fez resultados em ambos os Challenges desse fim de semana.

Como os principais decks do formato são Affinity e Storm, este deck aposta em ter sempre as melhores respostas para lidar com esses decks.

Para atacar o Storm, o deck possui um playset de Cleansing Wildfire e Geomancer’s Gambit, além de Fiery Cannonade.

Para atacar o Affinity, o deck conta, além dos LDs, com Galvanic Blast e Snuff Out para lidar com as criaturas, além de Chainer’s Edict que sempre será um removal útil se o que seu oponente faz é ter um exército de criaturas 4/4 na mesa.

O deck também conta com a interação entre Corrupted Zendikon e as Lands Artefato para sempre ter acesso a um bloqueador contra as criaturas do deck, além de servir como uma criatura atacante em mesas vazias.

Mas nem só de respostas se vive um deck, ele precisa ganhar o jogo de alguma maneira e Boarding Party é uma maneira eficiente de estabelecer um clock após ter respondido ao que seu oponente tiver na mesa, e conjurá-lo não é tão difícil quando você pode rampar com suas mágicas utilizando-as em seus terrenos artefato.

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Por fim, ao que tudo indica, o Dimir Delver é a melhor versão dos decks Blue-Based para lidar com este Metagame atual. A capacidade de estabelecer um clock rápido e responder ao que seu oponente joga utilizando pouca ou nenhuma mana parece se favorecer em comparação ao constante 2-por-1 que as listas de Faeries propõem.

Legacy

No sábado, o Legacy Challenge terminou com o seguinte Top 32:

3 Izzet Delver

3 Doomsday

3 Mono-Red Stompy

2 Sneak and Show

2 Temur Delver

2 Omni-Tell

1 Bant Standstill

1 Bomberman

1 Jeskai Midrange

1 Selesnya Depths

1 Mono-Green Post

1 Death & Taxes

1 Temur Uro

1 Dimir Shadow

1 Jund

1 Painter Stone

1 Azorius Urza

1 Witherbloom Combo

1 Kiki-Twin

1 Hogaak

1 Lands

1 Infect

E com o Top 8:

2 Doomsday

1 Jeskai Midrange

1 Bomberman

1 Mono-Red Stompy

1 Selesnya Depths

1 Sneak and Show

1 Izzet Delver

Já no Domingo, o Top 8 do Legacy Challenge terminou com os seguintes decks:

4 Izzet Delver

3 Mono-Green Post

3 Doomsday

2 Snow Miracles

2 Sneak and Show

2 Mono-Red Prison

2 Elves

2 The Epic Storm

2 Bant Uro

1 Grixis Delver

1 Bomberman

1 Mono-Red Stompy

1 Maverick

1 Azorius Urza

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1 Hogaak

1 Niv-to-Light

1 Hollow One

1 Selesnya Depths

1 Golgari Depths

1 Lands

E com o seguinte Top 8:

1 Snow Miracles

1 Azorius Urza

1 The Epic Storm

1 Maverick

1 Izzet Delver

1 Bant Uro

1 Sneak and Show

1 Hogaak

A primeira coisa que podemos perceber é que o Izzet Delver já não tem mais se mostrado o monstro do Metagame do qual ele se mostrou duas semanas atrás. O que é um ótimo exemplo de porque devemos esperar antes de reagir antecipadamente a um determinado card ou arquétipo, já que o Metagame pode sempre se adaptar e novos arquétipos podem surgir para manter o deck ou o card em cheque, além de ser necessário também ver o impacto que as demais adições trarão ao formato.

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Decks de Urza’s Saga continuam surgindo no Legacy semana após semana de maneiras diferentes. Essa semana, foi a vez do Legacy acompanhar o Modern e decks com Urza, Lord High Artificer surgirem no formato com bons resultados.

Como o Legacy é um formato muito mais intensivo de mana e mágicas, a versão do Legacy pode fazer melhor uso de cards como Chalice of the Void, Esper Sentinel e Ethersworn Canonist para punir os decks de Tempo enquanto também servem significativamente bem como respostas para outros arquétipos.

A inclusão de Mox Opal e Lotus Petal, além de Ancient Tomb deixam o deck ainda mais explosivo e habilitam ainda ótimas interações com Emry, Lurker of the Loch.

Outro ponto interessante é a inclusão de Cavern of Souls, já que a maioria dos cards relevantes do deck são Humanos, e também a inclusão de Karakas, que serve como uma proteção para as principais criaturas do deck, além de ter uma interação muito boa com Urza, já que você pode dar bounce nele e jogá-lo novamente repetidas vezes para criar um exército de tokens de Construto.

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Outro deck que tem se detacado na última semana é o Mono-Red Stompy, que utiliza das conhecidas “Sol Lands”, City of Traitors e Ancient Tomb e também de acelerações como Chrome Mox e Simian Spirit Guide para utilizar mágicas impactantes nos primeiros turnos como Hanweir Garrison, Goblin Rabblemaster e Fireflux Squad, ou para jogar efeitos que são altamente punitivos para muitos dos decks que jogam no formato hoje como Chalice of the Void e Trinisphere.

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Já nas listas que chamaram a atenção nesta semana, temos esta lista Izzet que utiliza um toolbox com Imperial Recruiter e inclui muitos cards adicionados em Modern Horizons II como Rishadan Dockhand e Flametongue Yearling, que faz um ótimo trabalho em ser um efeito de 2-por-1 já que a maioria das criaturas do Legacy não costumam ter um corpo muito grande.

O deck aparenta funcionar como um fair deck de atrito que tenta ganhar vantagem com os mais diversos efeitos e que, se dado tempo o suficiente, pode fechar o jogo com o combo de Pestermite e Kiki-Jiki, Mirror Breaker, ambos tutoráveis com Imperial Recruiter.

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Para finalizar, outra lista que me chamou a atenção foi esta lista integralmente focada no combo de Chain of Smog com Witherbloom Apprentice, mas que também possui um grande foco em criar uma base disruptiva boa o suficiente para jogar um Grief sem pagar o custo e então reanimá-lo com efeitos como Undying Evil, Malakir Rebirth e Reanimate.

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É bom ressaltar que o Legacy é um formato onde os principais decks tendem a ter alguma dificuldade em estabelecer uma mesa grande, e, portanto, é possível estabelecer um clock com Grief caso você remova as peças certas do oponente com sua habilidade.

Porém, Grief também conta como uma ótima free spell de proteção para caso seu plano de jogo seja combar com Witherbloom Apprentice e Chain of Smog, que se trata de um combo que o oponente precisa respeitar ao decorrer da partida e pode ser facilmente encontrado com o uso de cards como Dark Confidant, Once Upon a Time e Sylvan Library.

Conclusão

Esta foi minha análise do Metagame da Semana.

Ao que tudo indica, o Standard e o Pioneer estão estáveis e saudáveis enquanto o Historic continua sendo ditado por decks URx.

Já o Modern continua recebendo inovação atrás de inovação em cada semana e, apesar de estarmos vendo alguns decks se estabelecendo como competitivos no Metagame, vemos ainda novos arquétipos fazendo resultados e antigos competidores tentando reaparecer.

Talvez Urza’s Saga esteja sendo demasiadamente utilizada no formato, o que pode ser um problema no futuro a depender de como os outros decks vão lidar com isso.

O Legacy, por outro lado, parece estar se estabilizando e as inclusões de Modern Horizons II definitivamente fizeram uma grande diferença no formato, criando mais ideias inovadoras e estabelecendo arquétipos que antes eram pouco viáveis no Metagame como os novos decks voltados para artefatos.

Já o Pauper foi o formato que quebrou com a nova coleção.

Normalmente, eu diria que poderíamos esperar mais uma semana para vermos a adaptação já que novas listas tem surgido para responder aos principais decks, mas estamos falando de um caso onde dois arquétipos estão visivelmente acima dos demais e o formato carece de respostas eficientes para lidar com ambos.

Por fim, um último ponto que gostaria de mencionar é que tenho considerado fazer artigos separados do Metagame da Semana, dividindo-os entre formatos voltados para o Magic Arena (Standard e Historic) e os formatos eternos do Magic Online (Pioneer, Modern, Pauper e Legacy), a fim de atender a ambos os públicos de maneira mais eficiente.

Caso seja de seu interesse que os artigos do Metagame da Semana passem a ser publicados dessa maneira, deixe seu comentário!

Obrigado pela leitura!