Magic: the Gathering

Deck Guide

Metagame da Semana: Um Modern em evolução e um Pauper ainda quebrado

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Podemos ver o Modern ainda evoluindo e estabilizando, enquanto o Legacy traz novidades e o Pauper ainda quebrado.

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revisado por Tabata Marques

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Jogadores e Jogadoras, estamos de volta com mais um Metagame da Semana, fazendo o nosso levantamento do resultado dos Challenges e demais eventos deste fim de semana.

Eventos, inclusive, que tivemos aos montes: No Historic, tivemos o evento de aniversário de dois anos da The Gaming Stadium. No Modern, tivemos o evento da Insight E-Sports e, no Pauper, tivemos o ManaTraders Series e o Pauper Masters neste fim de semana.

Logo, temos muito o que conversar, analisar e debater nesta análise.

Sem mais delongas, vamos por partes:

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Standard

Como de costume, vamos começar com o Standard, mais necessariamente os Challenges.

No Sabado, o Standard Challenge terminou com o seguinte Top 32:

8 Jeskai Cycling

4 Sultai Ultimatum

4 Naya Adventures

4 Mono-Red Aggro

3 Dimir Rogues

3 Izzet Dragons

2 Temur Lukka

1 Gruul Magda

1 Rakdos Sacrifice

1 Mono-White Aggro

1 Mono-Green Midrange

E o evento fechou com o Top 8:

3 Jeskai Cycling

1 Sultai Ultimatum

1 Rakdos Sacrifice

1 Dimir Rogues

1 Mono-White Aggro

1 Naya Adventures

Já no Domingo, o Top 32 foi composto por:

8 Jeskai Cycling

8 Sultai Ultimatum

4 Naya Adventures

3 Izzet Dragons

2 Dimir Rogues

2 Temur Lukka

2 Gruul Magda

1 Mono-White Aggro

1 Rakdos Sacrifice

1 Mono-Black Sacrifice

E o Top 8:

2 Jeskai Cycling

2 Sultai Control

1 Temur Lukka

1 Gruul Magda

1 Naya Adventures

1 Mono-White Aggro

Eu não vou me prolongar muito no Standard porque, como já citei anteriormente, o formato se manterá neste ciclo até o lançamento de Adventures in the Forgotten Realms.

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A primeira coisa que percebemos é a volta expressiva do Sultai Ultimatum e uma redução significativa no número de Izzet Dragons, o que era esperado quando o Izzet Dragons estava claramente no topo do formato e isso fez com que os decks se adaptassem e/ou jogadores optassem por decks que fossem mais complicados para o arquétipo.

Com isso, o Sultai Ultimatum volta ao topo nesta semana. Ou é o que poderíamos dizer se outro deck não tivesse se destacado ainda mais:

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O que faz do Jeskai Cycling o melhor deck dessa semana é a quantidade significativa de ângulos em que o deck consegue atacar. Ele vai com o “go-big” com Flourishing Fox, ele vai com o “go-wide” com Valiant Rescuer e Improbable Alliance (que, inclusive, é ótimo em lidar com situações de mesa complicadas), ele pode ir no dano direto com Irencrag Pyromancer e Drannith Stinger e ainda pode ir pra inevitabilidade com Zenith Flare.

Essa amplitude de ângulos que o deck pode utilizar para ganhar o jogo torna do Jeskai Cycling um arquétipo versátil, barato (50 tix é mais barato que alguns dos decks Tier 1 do Pauper), e extremamente competitivo no Standard atual.

Definitivamente, se estivéssemos tendo jogos presenciais, eu montaria o Jeskai Cycling porque o arquétipo é muito divertido de se pilotar também.

Historic

O evento de aniversário de dois anos da The Gaming Stadium foi o evento mais expressivo de Historic neste fim de semana, com 168 jogadores.

O evento possuiu o seguinte Top 32:

7 Azorius Auras

6 Jeskai Control

4 Izzet Phoenix

2 Mono-White Aggro

1 Izzet Creativity

1 Jund Food

1 Azorius Control

1 Goblins

1 Mono-Blue empo

1 Selesnya Company

1 Mono-Black Aggro

1Temur Creativity

1 Esper Yorion

1 Selesnya Angels

1 Five-Color Niv

1 Gruul Midrange

E o Top 8 terminou com os seguintes decks:

2 Azorius Auras

2 Izzet Phoenix

1 Mono-White Aggro

1 Jund Sacrifice

1 Jeskai Control

1 Izzet Creativity

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O que tem tornado do Auras uma ótima resposta para o atual Metagame é que o deck possui tudo o que é necessário para lidar com os decks de Steam Vents.

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Staggering Insight é um card que, por conta própria, pode virar o jogo contra o Izzet Phoenix enquanto se torna altamente relevante contra os demais decks Aggro. Já Adanto Vanguard é ótimo contra decks com removals que não exilam, como é o caso do Jeskai Control. E Spell Pierce é um ótimo meio de segurar tanto os decks de Combo como o Izzet Creativity quanto atrasar que jogadores possam jogar suas mágicas mais explosivas.

É bom ver que o Historic está se adaptando aos decks URx, apesar de eu permanecer cético quanto a saúde do formato e não ter jogado sequer uma partida do formato desde o banimento de Time Warp.

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Isso não significa que o formato não possa trazer boas surpresas: este Mono-White Aggro, que venceu o campeonato, é um bom exemplo disso.

O pack de criaturas do deck é similar ao do Mono-White do Standard, mas com a digna adição de outros cards super eficientes como Thalia, Guardian of Thraben e Adanto Vanguard, além da inclusão de Declaration in Stone, o melhor removal branco que o formato tem a oferecer.

O plano de jogo do deck é bem direto, ao mesmo tempo que ele consegue estender o jogo de acordo com como for necessário já que possui bons elementos de atrito e ameaças difíceis de remover.

Não me surpreenderia vê-lo fazendo mais resultados no futuro.

Pioneer

De volta aos Challenges, o Pioneer Challenge de Sábado fechou com o seguinte Top 32:

5 Bant Spirits

4 Izzet Phoenix

3 Lotus Combo

3 Gruul Aggro

2 Rakdos Pyromancer

2 Mono-Black Aggro

2 Mono-Red Aggro

2 Boros Burn

2 Niv-to-Light

1 Dimir Control

1 Jund Sacrifice

1 Jund Food

1 Boros Heroic

1 Mono-Black Vampires

1 Mono-Green Devotion

1 Izzet Aggro

E o Top 8 foi composto por:

2 Rakdos Pyromancer

2 Bant Spirits

1 Mono-Black Aggro

1 Dimir Control

1 Mono-Red Aggro

1 Boros Burn

Já no Domingo, o Top 32 do Pioneer Challenge teve os seguintes decks:

5 Mono-Black Aggro

5 Dimir Control

4 Izzet Phoenix

3 Bant Spirits

3 Boros Burn

2 Niv-to-Light

2 Orzhov Yorion

1 Rakdos Pyromancer

1 Izzet Aggro

1 Jund Sacrifice

1 Mono-Blue Spirits

1 Grixis Control

1 Grixis Arcanist

1 Orzhov Auras

1 Temur Marvel

E o Top 8:

3 Mono-Black Aggro

1 Izzet Phoenix

1 Rakdos Pyromancer

1 Lotus Combo

1 Dimir Control

1 Izzet Aggro

O Pioneer parece estar com seus principais decks bem definidos e, particularmente, são bons arquétipos para se ter no topo. Nenhum deles é realmente pouco divertido de se jogar contra, as partidas podem ser definidas por atrito ou por velocidade e o formato tem o suficiente para manter decks de combo em cheque.

Em resumo, o Pioneer ainda se mantém como um dos formatos mais saudáveis do Magic após toda aquela turbulência do ano passado.

Mas isso não significa que não haja espaço para inovações e novidades:

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Aetherworks Marvel foi uma das maiores apostas de todos os jogadores quando o Pioneer foi anunciado. O deck nunca fez os resultados esperados, especialmente porque diferente do Standard de onde o card foi banido, o Pioneer tinha diversas opções de como lidar com o artefato e mais opções surgiram a cada nova coleção.

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Ainda assim, num metagame despreparado, o Temur Marvel pode fazer bons resultados e essa lista tem muitos pontos interessantes, como a inclusão de Golos, Tireless Pilgrim que, ao entrar em jogo, buscará Shrine of the Forsaken Gods e, com o land drop do turno seguinte, garantirá 8 manas para conjurar Ugin, the Spirit Dragon.

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A possibilidade de fazer um Ulamog, the Ceaseless Hunger no turno 4 sempre é atrativa, mas é sempre bom lembrar que os cards com a mecânica de Energy costumam ser bons por conta própria e podem inclusive promover um fair game muito bom com Whirler Virtuoso, apesar dessas opções não se compararem bem à eficiência das ameaças presentes no Pioneer hoje.

Sinto falta da inclusão de Emrakul, the Promised End que essencialmente ganhava jogos por conta própria na época do Standard, e acredito que a lista poderia utilizar ao menos uma cópia de The World Tree para garantir a abusar da habilidade de Golos se assim quiser.

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Outro deck que se destacou, com algumas listas fazendo resultados neste fim de semana, foi o Orzhov Yorion.

O deck opera essencialmente como um Midrange que procura abusar das habilidades de ETB com Charming Prince e Yorion, Sky Nomad. O deck também conta com uma interação muito interessante entre cards como Skyclave Apparition e Elite Spellbinder junto a Wasteland Stranger para criar efeitos vantajosos como o do oponente não mais poder conjurar as mágicas exiladas com Elite Spellbinder.

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Além disso, o deck também contra com outros meios de segurar o jogo com bons efeitos de ETB como Oath of Kaya, Trial of Ambition e Elspeth Conquers Death.

Modern

Em mais uma semana com Modern Horizons II, o Challenge de Sábado apresentou o seguinte Top 32:

6 Rakdos Midrange

4 Amulet Titan

3 Urza’s Kitchen

2 Rakdos Shadow

1 Jeskai Monkeyblade

1 Boros Prowess

1 Azorius Stoneblade

1 Boros Death & Taxes

1 Mono-White Martyr

1 Izzet Blitz

1 Eldrazi Tron

1 Golgari Yawgmoth

1 Orzhov Stoneblade

1 Esper Control

1 Izzet Delver

1 Mono-Green Scales

1 Elementals

1 Naya Enchantress

1 Niv-to-Light

1 Dredge

1 Dimir Mill

1 Tron

E o Top 8 foi composto por:

2 Urza’s Kitchen

2 Amulet Titan

1 Jeskai Monkeyblade

1 Izzet Blitz

1 Eldrazi Tron

1 Rakdos Shadow

Já no Domingo, tivemos o seguinte Top 32:

4 Rakdos Midrange

3 Urza’s Kitchen

3 Hammer Time

2 Izzet Tempo

2 Izzet Blitz

2 Living End

2 Amulet Titan

1 Elementals

1 Grixis Shadow

1 Hardened Scales

1 Eldrazi Tron

1 Enchantress

1 Azorius Control

1 Scapeshift

1 Izzet Delver

1 Humans

1 Gruul Ponza

1 Mono-Red Ponza

1 Mono-Red Aggro

1 Grixis Control

1 Jeskai Control

E o Top 8 terminou assim:

2 Rakdos Midrange

2 Izzet Tempo

1 Hammer Time

1 Urza’s Kitchen

1 Elementals

1 Izzet Blitz

Neste fim de semana, também ocorreu o 5K da Insight E-Sports de Modern, com 81 jogadores.

O Top 32 do evento foi composto por:

6 Rakdos Midrange

4 Izzet Prowess

2 Amulet Titan

2 Urza’s Kitchen

2 Scapeshift

2 Jeskai Monkeyblade

1 Temur Tempo

1 Four-Color Shadow

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1 Living End

1 Naya Enchantress

1 Infect

1 Humans

1 Pyromancer Ascencion

1 Eldrazi Tron

1 Orzhov Stoneblade

1 Izzet Tempo

1 Temur Cascade

1 Four-Color Turns

1 Esper Stoneblade

1 Grul Ponza

E o Top 8:

3 Rakdos Midrange

1 Living End

1 Naya Enchantress

1 Amulet Titan

1 Temur Tempo

1 Four-Color Shadow

Definitivamente temos eventos o suficiente para analisar hoje, não?

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O Rakdos Midrange (ou Rakdos Ragavan, como alguns chamam), se destaca esta semana com 16 cópias no Top 32 dos eventos e 5 cópias no Top 8.

Pode não parecer muita coisa, mas estamos falando do Modern, o formato que é uma verdadeira selva e com os mais variados e diversos arquétipos.

Então, o que faz o Rakdos Midrange obter tanto sucesso? É que ele junta os dois elementos que fazem com que decks como Jund e Death’s Shadow se tornassem grandes sucessos do Modern: Card Advantage e eficiência de mana.

Eu vou tentar exemplificar isso voltando ao Modern de 2017: O Jund sempre foi o grande Midrange do Modern. Ele tinha uma boa curva, com ameaças eficientes, muito card advantage e ganhava jogos com base no atrito. Porém, isso tornava do deck vulnerável contra decks que conseguiam jogar por cima dele, como os decks de Big Mana ou decks onde ele conseguia interagir muito devagar e/ou não conseguia apresentar o clock necessário.

Foi, tecnicamente, em cima dessa necessidade que surgiu o Jund Shadow, que trocava o atrito e as fontes de Card Advantage abundantes por eficiência de mana. Você perdia efeitos poderosos como os de Dark Confidant, Tireless Tracker e Huntmaster of the Fells, mas ganhava uma velocidade e eficiência que te permitiam aplicar muita pressão contra os decks em que o Jund tradicional tinha problemas em lidar, em detrimento de perder o fôlego e não conseguir obter tanto valor nas partidas de atrito.

O que o Rakdos Midrange faz é, essencialmente, misturar a eficiência de mana do Jund Shadow junto a muito card advantage e meios de obter valor nas partidas de atrito, como o Jund tradicional.

Desde os primeiros turnos do jogo, cards como Ragavan, Nimble Pilferer e Dauthi Voidwalker geram vantagens significativas para cada turno em que ficam em jogo e/ou conectam ao oponente, o que não é muito difícil com disrupções como Thoughtseize e removals eficientes como Unholy Heat e Lightning Bolt.

O deck pode até não ter o clock mais eficiente do mundo, como o de um 5/5 no turno 2 como é o caso do Death’s Shadow, mas Kroxa, Titan of Death’s Hunger faz uma boa impressão de uma ameaça forte para finalizar o jogo, enquanto Dragon’s Rage Channeler e Dauthi Voidwalker são ameaças baratas e evasivas que estabelecem um clock significativo na mesa.

Não me surpreenderia se o Rakdos Midrange se tornar o principal deck do arquétipo no formato, visto que ele combina o melhor dos dois mundos.

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Outro deck que continua se destacando é o Urza’s Kitchen, que caso você esteja se perguntando é essencialmente os decks que Urza dos quais comentei na semana passada.

Não existe outro deck no formato que faça melhor uso de Urza’s Saga do que este, e a combinação de Asmoranomardicadaistinaculdacar e The Underworld Cookbook dá ao deck ainda mais vantagens em recorrer a uma temática de artefatos que tira muita vantagem de Urza, Lord High Artificer.

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Urza’s Kitchen (chamarei assim até que surja um nome melhor, já que isso me permite abranger todas as suas variantes) foi o deck mais respeitado deste fim de semana, o que é perceptível pela quantidade de hate de artefatos nos sideboards dos jogadores. E provavelmente continuará a ser respeitado nas próximas semanas.

Há uma coisa que tem me preocupado faz algum tempo e agora, com Urza’s Saga e Dragon’s Rage Channeler, parece ainda mais evidente, a eficácia significativa de Mishra’s Bauble.

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Mishra’s Bauble já era um card que estava vendo muito jogo faz anos, afinal se tratava de uma “cantrip” gratuita, que habilitava Delirium, Revolt, interagia bem com outros artefatos e é funcionalmente superior a Opt ou Serum Visions, e já estava crescendo no formato desde que Lurrus of the Dream-Den saiu em Ikoria.

Porém, com Modern Horizons II, o card está em todo canto graças a interação com cards como Urza’s Saga ou Dragon’s Rage Channeler, e tornou-se uma das maiores Staples do formato dos últimos tempos, além de que já era um card super eficiente na época em que os decks de Urza eram prevalentes porque se trata, com a criatura, de uma cópia de Mox Sapphire que pode ser sacrificado para comprar um card.

Dado o histórico da Wizards em lidar com free spells no Modern, não me surpreenderia se, em algum futuro, Mishra’s Bauble venha a ser banida do formato caso os decks em que ela esteja jogando se tornem prevalentes ou relevantes demais para o Metagame.

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Outro deck que se destacou neste final de semana foi o Elementals.

Este deck é um oceano de diversão e interações, e o fato de que, nos últimos anos, saíram tantos bons elementais, torna do deck uma verdadeira máquina de interações poderosas e interessantes.

Cards como Risen Reef, Omnath, Locus of Creation, Fury, Solitude e Omnath, Locus of the Roil criam diversos efeitos de bola-de-neve no jogo. Cards como Unsettled Mariner e Voice of Resurgance punem seu oponente por precisar responder a estes cards e [[Flamekin Harbinger pode facilmente considerada o card que permite que isso tudo seja possível no arquétipo.

E é óbvio. Você não poderia deixar de usar tantos elementais com Evoke e tantos cards com efeitos de ETB poderosos sem ter Ephemerate para abusar destes efeitos, além de servir como outro meio de proteção.

No final das contas, o Elementals é um deck que precisa ser respondido rapidamente e devidamente ou cria situações no jogo onde se torna impossível voltar, pois se torna capaz de gerar mais valor do que a maioria dos decks do formato.

Pauper

Mais uma semana de um Pauper polarizado e definido por arquétipos que claramente são opressivos no formato.

O Top 32 do Pauper Challenge foi composto por:

11 Affinity

8 Rakdos Cascade

4 Dimir Delver

3 Dimir Faeries

2 Burn

1 Orzhov Monarch

1 Mono-Black Control

E o Top 8 terminou com os seguintes decks:

4 Affinity

2 Rakdos Cascade

1 Dimir Faeries

1 Orzhov Monarch

Já no Domingo, os seguintes decks protagonizaram o Top 32:

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9 Rakdos Cascade

7 Dimir Delver

3 Affinity

2 Tron

2 Burn

1 Boros Bully

1 Walls Combo

1 Dimir Faeries

1 Black Burn

1 Zombies

1 Mono-White Heroic

1 Jeskai Metalcraft

1 Grixis Cascade

1 Gruul Storm

E com o Top 8:

3 Rakdos Cascade

2 Dimir Delver

1 Tron

1 Burn

1 Black Burn

Neste fim de semana, também tivemos o ManaTraders Series, um dos eventos mais importantes de Pauper da atual temporada e uma das poucas ocasiões onde o ManaTraders fez o seu principal circuito no formato Pauper.

O Metagame do evento foi composto por:

30 Affinity

26 Storm

7 Burn

6 Dimir Delver

6 Dimir Faeries

4 Bogles

E o evento fechou com o seguinte Top 8:

4 Affinity

2 Storm

1 Dimir Faeries

1 Bogles

Por fim, tivemos neste fim de semana o primeiro Pauper Masters Online, que terminou com um Top 8 misto entre decks já estabelecidos e decks que particularmente não esperávamos ver:

3 Affinity

2 Boros Bully

1 Storm

1 Infect

1 Jund Cascade

A primeira coisa que continuamos a concluir é que o Pauper está quebrado e absolutamente estão deixando o formato definhar.

Particularmente considero vergonhoso que tenham deixado que um dos eventos mais importantes da temporada ser definido com quase 65% do Metagame sendo representado pelos dois decks opressores do formato.

É vergonhoso que tenha se passado um mês e ainda estejamos lidando com um formato onde há dois melhores decks e todo resto está bem atrás. Prometeram uma atitude rápida quanto a cards problemáticos, e não nos entregaram isso.

Dito isso, precisamos olhar as coisas como elas são e, portanto, precisamos também nos adaptar até que decidam fazer o óbvio no formato e, aparentemente, a melhor resposta que você tem para os atuais decks quebrados é apenas tentar ignorar o que eles estão fazendo.

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O jogador JherjamesB chegou ao Top 4 do Pauper Masters Online pilotando uma lista de Infect cujo único objetivo é matar o seu oponente o quanto antes e evitar que ele interaja bem com você.

O Infect é um arquétipo que se destaca no que se trata de decks não-interativos porque possui um clock rápido, consistente já que possui muitos cards com a mesma habilidade e virtualmente reduz a vida do oponente a 10.

Nos jogos do Masters, pudemos inclusive vê-lo vencer a partida contra o campeão do evento, A_AdeptoTerra, simplesmente fazendo uma kill de turno 2 em ambos os jogos, o que é essencialmente um ou dois turnos mais rápido do que o Storm costuma levar para combar de maneira segura.

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O Bogles segue essencialmente a mesma linha, e ainda se aproveita do fato de que muitos jogadores hoje estão optando por removals direcionados de maindeck como Echoing Decay ao invés de efeitos de sacrifício.

Para o Bogles, não importa se o oponente estará fazendo uma quantidade absurda de esquilos ou enchendo a mesa com criaturas 4/4 se o seu set de Ethereal Armor com Armadillo Cloak e/ou Rancor criar uma criatura maior e com um clock mais significativo.

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O mesmo pode ser dito dos decks de Burn. Se o seu clock for rápido o suficiente, não importa o que o oponente vai fazer. Você só precisa ganhar antes.

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A propósito, creio que essa é a primeira vez que o Black Burn fez Top 8 num Challenge, o que é um belo destaque já que a lista custa menos de 3 Tix para construir e possui um plano de jogo facilmente compreensível para a maioria dos jogadores.

Portanto, se você quer começar no Pauper sem gastar praticamente nada, lhe apresento a lista acima que fez Top 8 num Pauper Challenge de um formato quebrado.

De qualquer maneira, a conclusão que chego é de que a melhor maneira de se jogar o Pauper atualmente é apenas tentar fazer a sua própria coisa estúpida contra outros decks que estão tentando fazer a coisa estúpida deles.

Não está existindo espaço para tanto atrito, não está existindo espaço para decks de valor. Os jogos de Pauper, enquanto o formato for definido por Storm e Affinity, são jogos de velocidade, são jogos de ir para a race e tentar ganhar antes que o seu oponente ganhe de você.

É divertido? Particularmente, para mim, é. Eu adoro fazer coisas estúpidas no Magic.

Mas quando esta se torna a única opção viável, significa que o formato está num estado bem ruim, e infelizmente este é o caso do Pauper.

Legacy

No Sábado, o Top 32 do Legacy Challenge foi composto por:

4 Selesnya Depths

3 Snow Miracles

3 Doomsday

3 Elves

2 Jeskai Midrange

2 Mono-Red Stompy

2 Sneak and Show

2 Death and Taxes

1 Bant Midrange

1 Omni-Tell

1 Aeon Bridge

1 Lands

1 Esper Vial

1 Mono-Green Post

1 Golgari Depths

1 Izzet Delver

1 Four-Color Loam

1 Grixis Control

1 Grixis Stiflenaught

1 Painter Stone

E o Top 8 foi fechado com os seguintes decks:

2 Jeskai Midrange

1 Bant Midrange

1 Lands

1 Selesnya Depths

1 Esper Vial

1 Aeon Bridge

Já no Domingo, tivemos o seguinte Top 32:

4 Izzet Delver

3 Snow Miracles

2 Mono-Red Stompy

2 Hogaak

2 Mono Blue Urza

2 Selesnya Depths

2 The Epic Storm

2 Maverick

2 Lands

1 Azorius Urza

1 Grixis Delver

1 Golgari Depths

1 Death and Taxes

1 Sneak and Show

1 Ad Nauseam Tendrils

1 Elves

1 Jeskai Stoneblade

1 Karn Echoes

1 Steel Stompy

1 Hollow One

E o seguinte Top 8:

2 Izzet Delver

1 Mono-Red Stompy

1 Grixis Delver

1 Steel Stompy

1 Hogaak

1 Golgari Depths

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O deck que se destacou esta semana foi o Selesnya Depths.

Diferente da versão Golgari, o Selesnya Depths é um deck de valor, com múltiplas micro-interações e que não está interessado em fechar o combo o mais rápido o possível (apesar de que ele pode fazê-lo se assim quiser), mas sim em estabelecer um plano de jogo com cards que são naturalmente bons tanto em tutorar suas lands quanto em estabelecer um clock contra o oponente caso ele guarde recursos demais para lidar com o combo.

Green Sun’s Zenith é essencialmente um tutor para o toolbox do deck que permite-lhe lidar com as mais diferentes situações e proteger sua Marit Lage.

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Outro deck que tem ressurgido nos últimos tempos são os decks de StifleNaught, que não obtiveram muito sucesso no Legacy na última década, mas que ganhou novos elementos em Modern Horizons II como Dress Down servindo como um Stifle (para os efeitos que este deck deseja) que compra um card e Urza’s Saga que pode tutorar Phyrexian Dreadnought e colocá-lo diretamente em jogo.

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E isso inclusive traz alguns decks que você normalmente não esperaria ver no deck ou sequer ouviu falar, como é o caso do Aeon Bridge.

Aeon Bridge era um deck que surgiu em 2010, com o lançamento de Rise of the Eldrazi, onde o objetivo do arquétipo consistia em ser um deck de StifleNaught que, por acaso, conseguia jogar Emrakul, the Aeons Torn de graça com Mosswort Bridge, dando assim uma segunda utilidade para Phyrexian Dreadnought.

O deck também contava com o pacote de Show and Tell para conjurar Emrakul cedo. Inclusive, Show and Tell era uma carta barata antes do lançamento de Rise of the Eldrazi já que o máximo que você fazia com o card era um Progenitus, e haviam decks que conseguiam jogar o Progenitus de maneira mais eficiente com Natural Order.

Com Modern Horizons II, não só o deck possui uma versão mais eficiente de um card para “anular” o efeito de Phyrexian Dreadnought, como também utiliza Urza’s Saga para tutorá-lo.

Elvish Reclaimer também se destaca nesta lista, podendo tutorar ambos os terrenos necessários para o combo, além de também poder buscar terrenos pontuais do side como Bojuka Bog, The Tabernacle at Pendrell Vale ou Boseiju, Who Shelters All.

Por fim, o deck carrega essencialmente a mesma base utilizada pelo Omni-Tell, apenas trocando parte da sua consistência e agilidade por outros meios de fazer coisas quebradas no jogo.

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Nesta semana também podemos ver versões dos decks de Urza deixando de lado o branco em prol de uma manabase mais ágil utilizando Ancient Tomb e abrindo espaço para cards como Hullbreacher.

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Outro deck que tem se destacado nas últimas semanas é o Jeskai Midrange, que utiliza dos mais diversificados meios de interação e de algumas das melhores cartas recém-adicionadas ao formato como Ragavan, Nimble Pilferer, Murktide Regent e o já mencionado muitas vezes Urza’s Saga, além de cards já bem conhecidos no formato como Standstill.

Conclusão

Este foi o Metagame da Semana, desta vez marcando exatos um mês desde o lançamento digital de Modern Horizons II.

Não há muito o que se dizer sobre o Standard, o Historic e o Pioneer visto que estes formatos só receberão cards novos com o lançamento de Adventures in the Forgotten Realms, mas o Historic pode talvez, quem sabe, estar se estabilizando agora que o Azorius Auras parece a resposta eficiente contra os decks URx.

Até onde posso dizer, o Modern ainda está passando pelas mais diversas transformações e, enquanto alguns decks estão se consagrando e se estabelecendo, ainda parece haver muito espaço para explorar o formato.

O Pauper, infelizmente, está num estado de formato quebrado, com Affinity e Storm sendo prevalentes em todo canto e dando pouco ou nenhum espaço para os demais decks. Não se deixe enganar pelos resultados de Domingo, não é porque o Affinity não fez Top 8 em um evento que significa que ele esteja saudável.

O banimento de Chatterstorm é uma escolha óbvia, mas, e quanto ao Affinity? O que poderia ser banido para enfraquecer o arquétipo? Sojourner’s Companion? Atog? As lands artefato que entram em pé?

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A decisão não é fácil. Se você banir algo muito brando, o deck continua muito consistente. Se você banir diversas cartas, você pode potencialmente matar o deck. E dentre essas opções, qual seria a melhor?

Por fim, o Legacy parece estar estabelecendo um novo Metagame e o temor de um deck opressivo parece estar se esvaindo gradualmente.

Urza’s Saga tem se destacado muito no formato, o que pode eventualmente no futuro ligar o sinal de alarme de alguns jogadores.

Obrigado pela leitura!