Introdução
A última coleção padrão do ano está chegando! Desenvolvida para o formato Standard, ela é The Brothers' War.
Nem sempre as coleções T2 trazem tantas cartas boas para o formato de cartas comuns como o Pauper, que é o formato do qual deriva o nosso Pauper Commander, mas é fato que essa coleção trouxe algumas adições que merecem ser citadas — e é isso que faremos neste artigo.
Protótipo
The Brothers' War traz diversas possibilidades de cartas e uma mecânica nova: protótipo, que você pode ter uma criatura menor por um custo menor. Na minha opinião vale a pena usá-las, claro que não tem tantas criaturas, então talvez você não consiga ter um deck com a estratégia unicamente de protótipo, mas é possível fazer bom uso dela.
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E se você tiver com deck de reanimar, por exemplo, e uma carta com protótipo estiver no cemitério, você pode voltá-la com algum tipo de reanimar direto para o campo de batalha (trazendo a versão mais cara do card). O mesmo vale para efeitos de blink.
Cartas Comuns em Destaque
Essa coleção veio recheada de comuns interessantes que valem o teste e podem ver jogo — até porque o Pauper Commander é independente do Pauper, do qual ele é derivado, pelo fato de você utilizar cartas comuns dentro do seu deck (exceto pelo Comandante).
Mas é a vantagem do PDH utilizar aquelas cartas que o Pauper não usaria, além das que ficariam esquecidas e acabam sendo mais baratas.
Ciclo de cartas que trituram
É legal destacar que a coleção possui um ciclo de cartas que trituram, ou seja, colocam cartas do topo do Deck no cemitério. Neste ciclo é uma carta de cada cor, como podemos ver abaixo:
A carta Branca desse ciclo é Airlift Chaplain, com ela a gente tem a possibilidade de um ramp ou de um card select que no branco é bem difícil de encontrar.
Já a carta azul é Fallaji Archaeologist, que acaba por colocar uma carta que não seja nem criatura nem terreno na sua mão. O pessoal tem se referido a ela como o novo Augur of Bolas melhorado, pois ele poderia ficar 1/4. Eu não diria que seja melhor que Augur, mas é realmente uma carta boa pelo seu custo.
A preta é Ravenous Gigamole, que milla três quando entra, e você coloca uma criatura entre essas três, como todas elas, na sua mão. Neste caso ela difere da Branca porque ela é qualquer criatura independente do custo. Aqui poderíamos observar um deck de interação com cemitério como Delve, e você ainda vai ficar com uma criatura 2/3.
Tomakul Scrapsmith, a vermelha, milla três também quando entra e você vai colocar um artefato entre elas na sua mão e pode funcionar para os decks com metalcraft ou com Affinity. Para decks baseados em artefatos, essa carta pode ser muito boa por conta do fato de pegar um artefato entre as três.
E para finalizar esse ciclo de cartas com triturar, temos a Blanchwood Prowler, que milla três e quando entra e você vai por um terreno qualquer entre elas na sua mão, o que difere também da carta branca que coloca apenas as planícies, pegando qualquer tipo de terreno, independente se é básico ou não.
Uma informação importante é que para todas elas, se você não pegar nenhuma das cartas trituradas, poderá colocar um marcador +1/+1 numa criatura e dependendo do deck, se você tiver uma boa combinação de cores, ajuda muito. Isso pode ser muito útil por conta da sinergia entre ETB e flicker.
O jogador pode escolher focar seu deck em triturar, na interação com cemitério ou na dependência do cemitério para fazer alguma coisa. Mas você pode também utilizar essa carta como um recurso, ou para agilizar uma Tolarian Terror, Gurmag Angler ou ainda Treasure Cruise. Fica a seu critério.
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Outras comuns interessantes
Podemos notar que talvez mais cartas do que temos neste artigo tenham alguma utilidade no futuro, mas por enquanto estas que encontrei e que veremos a seguir, considero as mais relevantes.
Essa criatura branca de custo dois, além de voar, possui lampejo, habilidade que permite entrar em campo de batalha a qualquer momento.
Apesar dela ser fraca, apenas 1/2, tem essa habilidade que dependendo do momento do jogo que você tiver pode ser um bom finalizador, a sua habilidade ativada que custa cinco manas e não precisa virar a criatura, então pode ser ativado no momento que ela entrar e todas as suas criaturas têm +1/+1 até o fim do turno. Pode ser considerada uma carta que pode ser utilizada para finalizar um ou mais oponentes.
Quando Argothian Opportunist entra, o jogador cria um Power Stone. Power Stone é um artefato com a habilidade de mana, que vira para adicionar uma mana incolor, e essa mana não pode ser usada para conjurar cartas que não sejam de artefatos.
Então o jogador vai acabar enchendo o seu campo de Power Stone, e se estiver utilizando cartas que sacrificam artefatos, metalcraft ou ainda o Affinity, vai combinar muito bem com o deck. Além de ter uma boa relação sinérgica com estratégias que utilizem artefatos em geral.
Do meu ponto de vista de jogador de Pauper, essa é uma das melhores cartas que saíram na coleção, até porque sou um jogador declarado de Tron há bem mais de cinco anos, só no Pauper, e ele é o novo Prophetic Prism que os jogadores precisavam!
Já para o nosso formato, Energy Refractor pode ser considerado como mais uma carta porque ele é apenas um filtro, claro que o card advantage que ele dá de entrar e comprar uma carta é muito bom.
E se você tiver um deck que gera muitas manas, com pouco recurso para filtrar, ele é uma excelente opção, já que é possível você pagar para filtrar e não precisa virar a carta.
Essa mágica, além de colocar um contador +1/+1, a criatura vai ganhar alcance, atropelar, resistência a magia e indestrutível até o fim do turno. Então são quatro coisas em apenas uma carta.
Serve tanto para atacar quando para defender uma estratégia ou algum avanço, proteger a peça de um combo, além de que colocar um marcador é ótimo, é claro, então podemos concluir que são cinco efeitos em apenas uma carta.
Essa criatura de custo dois é um humano 2/1, podendo ser utilizada em decks com aristocratas, e como a gente bem sabe, existem muitos na cor preta também combinadas com verde e com vermelho. E toda vez que você sacrifica outra permanente vai colocar o marcador +1/+1 nesta criatura, o que pode ser muito bom.
Pode ser interessante por custar uma mana genérica menos para cada criatura que você que tem no seu cemitério. O efeito dela é exilar a criatura alvo, e isso é um grande diferencial, pois consegue contornar criaturas indestrutíveis.
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Este é uma novidade nos formato de cartas comuns, pois ela não pode ser anulada. Preste bem atenção nisso, ela vai destruir um artefato, se o custo dele é um ou menos você comprará uma carta — o que pode repor a carta na mão com certa facilidade.
Talvez essa seja uma das melhores, senão a melhor, carta comum da coleção porque o efeito dela em relação ao custo é além daquilo que é considerado bom.
Veja bem, é uma carta que volta direto do cemitério para o campo de batalha, então é um reanimar extremamente forte, pois ela custa dois apenas e não dá alvo apenas em criatura, você pode pegar um artefato, algo que faz toda diferença.
Ainda mais se tratando desse formato onde os artefatos são muito importantes não apenas como estratégia, mas também para dar base para jogadas, combos e etc.
Tem outro ciclo que está chegando com esta coleção, parecido com os terrenos de Urza, mas eles são criaturas artefatos, e temos aqui primeiro a Mine Worker. Quando vira, ganha um ponto de vida e se controla criaturas com o nome Power Plant Worker e Tower Worker, ganhará três ao invés de apenas um.
Absolutamente jogar no Tron Pauper elas não teriam chance alguma, mas no Pauper Commander acho que elas podem entrar muito bem, dependendo da estratégia que estiver planejando utilizar.
Assim como a Mina, Power Plant Worker também é uma criatura só quevai custar cinco manas incolores. Você pode pagar a sua habilidade ativada que não precisa virar, então paga três e ele vai dar +2/+2 até o fim do turno se você controla as outras duas criaturas Worker. Pode optar por colocar dois marcadores em Power Plant Worker ao invés disso e só pode ativar uma vez por turno.
Como ela não vira para a habilidade, você pode ativar e atacar com ela depois!
Para finalizarmos as três cartas do ciclo Worker. Ligeiramente imitando terrenos de Urza, a Tower custa três, é 1/1, tem alcance, pode virar para gerar uma mana incolor e se você controlar a mina e a usina, irá gerar três manas ao invés disso.
Fora os básicos, este foi o único terreno viável. E ele é um pouco pobre para o formato, sinceramente. Claro que será usado, mas poderíamos ter tido um ciclo, poderíamos ter reimpressão de algum ciclo ou ainda um novo, e infelizmente não ocorreu.
Possíveis Comandantes — Cartas Incomuns
Talvez alguns dos leitores não concordem comigo, mas não achei essa coleção rica na produção de comandantes. Realmente esperava uma coleção com um número maior de criaturas incomuns fortes para o formato, mas infelizmente decepcionou um pouco, pois eu gostaria realmente de ver algumas criaturas incomuns de três cores.
Mas temos algumas boas opções e ao final da nossa análise tem uma listinha preparada com carinho para os leitores.
Alloy Animist
Esta é uma das melhores opções para um deck verde que abusa dos artefatos e ainda consegue ser agressivo. Pelas cores, pode rampar muito bem também.
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Os bichos 4/4 podem fazer uma grande diferença na hora do combate.
Hero of the Dunes
Outra carta com interação com artefatos, e aqui podemos observar um efeito bem diferente daquilo que estamos acostumados a ver no formato, retornando artefato do cemitério direto para o campo.
As possibilidades são muitas: aristocratas com criaturas artefato, e podemos ainda usar Kor Skyfisher para voltar o comandante para a mão, além de Ephemerate.
Recruitment Officer
Esse comandante acaba valendo toda a coleção: custa apenas um, tem a possibilidade de ser protegida pelos shields da última coleção padrão, Streets of New Capenna, como Boon of Safety, e mesmo sendo frágil, por conta da sua defesa, sua habilidade ativada compensa tudo, pois não precisa ser virada.
É uma pena que o branco não tenha rituais ou diversas fontes de mana, mas podemos compensar com algumas fontes diferentes de terrenos para tentar acelerar seu ramp, tais como Commander's Sphere, Arcane Signet, Bonder’s Ornament, entre outros com dupla função.
A habilidade dele acelera algo que já é bem rápido, um deck agressivo cheio de criaturas, pois é um creature select de quatro cartas, que vale muito mais do que um draw.
Urza, Powerstone Prodigy
Com esse comandante, pode sanar os problemas de gerar muitas manas que o mono blue encontra, pois assim como branco, não tem rituais nem fontes de mana que não sejam terrenos.
Poderemos montar um deck voltado para artefatos e sinergia com eles, criaturas artefato e com cartas para voltá-los do cemitério, por conta da sua habilidade, tais como Archaeomender. Uma boa opção é montar um deck com muitos equipamentos.
Lista com Yotian Tactician
Como sempre fazemos, temos uma lista no artigo!
O deck de Yotian tem sua estratégia bem clara, sendo um tribal de soldados e equipamentos. O deck ainda conta com anulações para ajudar a proteger o seu jogo, e explora as habilidades desencadeadas de quanto uma criatura entra em campo, os ETBs.
Finalizando
Esta coleção à primeira vista não trouxe cartas num nível excepcional, mas posso dizer que nós jogadores saberemos bem como montar um deck utilizando algumas das novidades que vimos aqui.
Fiquem ligados nos próximos artigos!
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