Bem, amigos. Depois de um jejum de meses entre a última coleção, Ruas de Nova Capenna, ficamos sem muitas novidades para o Modern, algo que será quebrado com o mês de setembro finalmente se aproximando e trazendo Dominaria United, uma nova coleção ambientada no mais clássico dos mundos concebidos para o jogo, mas trazendo alguns divertidos twists para a trama construída durante décadas.
Uma vez que estamos salivando para colocar nossas mãos em algumas das novas cartas da coleção e dar uma sacudida no formato, aqui na Cards Realm nós te separamos algumas das melhores alternativas que a coleção irá te oferecer, trazendo Modernidades para o conflito de Dominaria e Phyrexia.
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Menção Honrosa — Stenn, Paranoid Partisan
Começamos por um card que pode ser tudo ou nada no Modern, para um deck que não é mais o mesmo desde Modern Horizons 2, o que garante a ele apenas uma menção honrosa.
Contudo, em um mundo ideal, Stenn permitiria para um UWX tradicional uma boa vantagem de mana para seu usuário, permitindo que suas mágicas instantâneas sejam mais baratas que o normal, agregando mais valor e versatilidade às suas jogadas.
Entretanto, os tempos hoje são outros, e as principais vertentes de UWX Control usam menos cartas que podem ser aproveitadas por Stenn, seja na forma de mágicas com custos coloridos, como Counterspell e Archmage’s Charm, ou criaturas com evoke, como é o caso de Solitude, fazendo com que ele apenas fique aqui e não vá muito longe na lista.
Menção Honrosa — Liliana of the Veil
Também aparecendo no set, temos o reprint de Liliana of the Veil, carta que em suas áureas épocas já custou seus bons 600 reais e é conhecida como uma das mais poderosas Planeswalker já lançadas. Apesar de não ser incluída na lista formal de Top 5, que é dedicada apenas para cartas novas, esse card claramente deve ser mencionado, por toda a história que teve no formato.
Além disso, agora ela é válida no T2, no Pioneer e nos formatos dedicados do Arena, o que fará seu preço dar uma subida, mas também possibilitará que jogadores mais novos tenham acesso a esse puro suco de Midrange, que só a Liliana do Véu pode nos proporcionar.
Quinto Lugar — Quirion Beastcaller
O principal uso para Quirion Beastcaller seria o de servir como um estabilizador a mais para os decks de Hardened Scales, quase como um segundo The Ozolith. Apesar de ser um recurso a mais para o baralho, é interessante ressaltar que nas origens mais agressivas do deck o turno dois já é planejado para trazermos criaturas como Walking Ballista já otimizadas através do encantamento chave da estratégia.
Assim, essa druida da nova Dominaria torna-se uma criatura que visa mais estabilidade a longo prazo, perdendo menos valor com remoções e afins, de forma a ser uma garantia a mais para que seu jogo não seja lesado tão facilmente, te ajudando a segurar o jogo. Isso porque nem falamos dos benefícios que ela pode trazer para um deck Stompy.
Mesmo se localizando na posição mais baixa desse ranking, ainda assim é um card que pode ser muito proveitoso se estudado.
Quarto Lugar — Twinferno
Aqui temos uma mágica que cai como uma luva nos Burns modernos que utilizam de criaturas com Prowess, mas que vi muita gente dizendo que não serve pra Burn, Twinferno.
Essa é uma mágica instantânea modal, que serve tanto como um dos melhores spells de cópia já criados, uma vez que não usa duas manas de cores específicas e sim uma vermelha e uma genérica, mas também pode ser um Temur Battle Rage nas mãos certas.
Não só capaz de copiar mágicas de dano características do Burn, aumentando a agressão de um raio ou o valor de um Light Up the Stage, essa Spell também permite que você pegue alguma criatura que ficou um pouco mais parruda com gatilhos de Destreza e se torna uma máquina chutadora de narizes, desencadeando um trigger do Prowess e dando golpe duplo para sua Monastery Swiftspear não bloqueada ao mesmo tempo.
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Estamos falando de um card que pode ser decisivo em uma partida, e isso faz dele uma escolha bem sólida para nossa lista de melhores cartas da coleção, tendo tudo para fazer sinergia com o Modern.
Terceiro Lugar — Sheoldred, the Apocalypse
Aqui temos uma das minhas cartas favoritas da coleção, não pelo seu poder e sim pela estrutura com a qual ela foi planejada. Normalmente, os Pretores Phyrexianos são desenvolvidos com a ideia de custar uma quantidade de mana avantajada, mas trazem efeitos totalmente assimétricos, que afundarão o jogo dos oponentes e beneficiarão os seus planos enquanto estiverem em vigor.
Sheoldred, the Apocalypse segue um caminho parecido, mas mais modesto. Mesmo sendo capaz de um efeito que desbalanceia o jogo, ele é bem menos desonesto do que os apresentados por outros pretores, o que reflete em seu custo de mana um pouco mais modesto.
Apesar de muitos considerarem quatro manas um custo alto para o Modern, esperado para os estados de fechamento do jogo contra baralhos mais agressivos, ela se torna uma peça interessante para baralhos um pouco mais Midrange que buscam enrolar um pouco mais o jogo, lesando o dano de baralhos mais aggro e ferrando com a vida de baralhos de controle, que tendem a estender o jogo até cumprir seu objetivo, tornando-a uma verdadeira máquina para o formato.
Seu único defeito real é a vulnerabilidade para remoções, mas encaixá-la em qualquer situação em que o oponente não tem uma disponível será uma verdadeira dor de cabeça.
Segundo Lugar — Founding the Third Path
Aqui podemos ver uma Saga com qualidade saborosa, que não vemos há algum tempo. Founding the Third Path se desenvolve lentamente, através de alguns passos bem interessantes, que começam com a conjuração de algum card sem pagar seu custo de mana. Ou, caso você decida usar a mecânica “Adiantar leitura”, pulando capítulos da Saga, pode ser um mill pontual para qualquer um dos jogadores envolvidos ou se tornar um Snapcaster Mage antes de ser enviada ao cemitério.
Apesar da falta das facilidades do Flash que a criatura possui, o encantamento acumula utilidade de outras formas, permitindo que seu cemitério seja enchido e podendo até mesmo fabricar uma Free Spell caso entre no primeiro capítulo, o que em conjunto com uma Manamorphose pode trazer apenas mais valor para o card.
Ela se torna ainda mais interessante em decks de Izzet Blitz e/ou Arclight Phoenix, que quando combinada a Scry, pode trazer uma seleção dos cards millados e engordar suas Dragon's Rage Channeler, incluindo com o fato do card ser um encantamento que naturalmente vai para o grave, o que agrega ainda mais para a mecânica de Delírio da Darcy.
Founding the Third Path só tem o que melhorar com o tempo, e com toda certeza, é uma maravilhosa carta de Magic para o formato Modern.
Primeiro Lugar — Temporary Lockdown
Com as coisas do jeito que estão no Modern, podemos ter certeza de uma coisa: cartas mais rápidas e de baixo custo são totalmente necessárias, com até mesmo decks do estilo Control necessitando de artimanhas como Free Spells para poder manter o ritmo selvagem do formato.
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Em meio a obscenidades recentes como Ragavan, Nimble Pilferer e Colossus Hammer, e atrocidades mais antigas como Teferi, Time Raveler, Death’s Shadow e Wrenn and Six, cards de custo baixo sempre dominaram o Modern e a ideia de frear essa curva tão baixa sempre foi bem vista, através de cards como Thalia, Guardian of Thraben. Graças a Temporary Lockdown, temos uma ferramenta a mais para conter a explosão de decks agressivos, elevando o status do controle e fomentando cada vez mais o arquétipo no formato.
Para melhorar, uma vez que seu oponente reestabeleça a board com cartas de baixo custo, é possível blinkar o encantamento com a ajuda de Yorion, Sky Nomad para poder fazer a limpa novamente no campo.
As possibilidades de Temporary Lockdown são muitas, mesmo para uma carta com regras simples e com um único objetivo e, com toda certeza, os jogadores descobrirão logo logo o impacto dessa carta, que é a melhor da nova coleção para o Modern.
Editorial
Uma carta que muitos podem estar questionando a sua entrada na lista é Cut Down, um Removal de uma mana preta e que mira criaturas cuja soma total do poder e da resistência é igual ou inferior a 5. Foi feita muita discussão em volta do card ser melhor ou pior do que outro removal de alto padrão do formato, Fatal Push, por poder acertar cards independente do seu custo de mana.
Uma discussão muito boa, diga-se de passagem, uma vez que a maioria das criaturas do Modern, em tese, seriam bons alvos para a mágica. Infelizmente, isso no papel, não se mostra uma boa ideia. Podemos afirmar isso por causa de criaturas como Monastery Swiftspear e Tarmogoyf, com uma tendência a crescer, e outras como Death’s Shadow, que são naturalmente grandes, mas com custo baixo.
Ainda que interessante, falta aparecer criaturas melhores e que só Cut Down pode lidar, para existir então um nicho para ela. E a melhor parte do Magic é que isso pode acontecer a qualquer hora.
Vou ficando por aqui, até o próximo!
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