Magic: the Gathering

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Vencedor do SCG Tour $5K é brasileiro - conheça Claudinei!

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Entrevista com o campeão do SCG Tour Online $5K Strixhaven Championship Qualifier #1, vamos conhecer Claudinei Brasil Jr.

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revisado por Tabata Marques

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Olá, pessoal! Hoje preparei uma entrevista com Claudinei, que chegou ao pódio e levou o troféu do SCG 5k!

Não é fácil de chegar nesse patamar, não! E ver um brasileiro conseguindo essa proeza sempre traz uma paz no nosso coração.

Segue nossa entrevista ao simpático Claudinei:

1)Boa tarde, Claudinei! Para começar, poderia falar um pouco sobre quem é você, aonde mora, seus hobbies, como começou a jogar Magic, o espaço é livre!

Boa tarde! Meu nome é Claudinei e moro em Osasco desde 2012. Acho que meu único hobby de verdade é o MTG mesmo, comecei no Magic em 2010 quando ainda estava em minha cidade natal, Boituva. O engraçado é que eu conheci o Magic no site da Devir alguns anos antes de eu de fato começar a jogar, pois quando eu descobri o jogo, não havia nenhuma loja de card games em minha cidade no interior. Nos meus dois primeiros anos eu era apenas um jogador 4Fun, porém após minha mudança para a grande São Paulo fui cada vez mais tomando gosto pelo lado mais competitivo do jogo.

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2) Faz quanto tempo que você tem jogado Magic competitivamente? Tem algum jogador profissional que tem lhe inspirado?

Minha entrada pro competitivo eu diria que foi em 2015, que foi o ano que joguei meu primeiro GP (Porto Alegre) e foi o ano que comecei a jogar com maior frequência eventos da época como GPT’s e PPTQ’s. Antes disso eu já jogava alguns torneios menores, como semanais e ligas de lojas e outros eventos independentes.

Me inspiro nos jogadores BR, especialmente no PV e Edel. Mas sem dúvidas, a maioria dos "pros" sempre tem algo que possamos aprender com eles.

3)Qual é o seu formato preferido? E por qual razão prefere ele?

Meu formato favorito é o Legacy, seguido pelo Modern. Tenho preferência por formatos eternal, pois eles recompensam jogadores experientes no formato. O Legacy em especial, me atrai pelo grande impacto que as escolhas podem gerar, desde o turno 1 de cada jogo.

4)Qual foi sua preparação para o torneio da SGC? Como foi o seu treino e o que influenciou a escolha do seu deck?

Eu não costumo ter uma rotina de preparação específica e para esse evento não foi diferente. Desde 2019 eu venho jogando algumas partidas de T2 no MTGA quase que diariamente, geralmente com baralhos aggros, pois inexistindo um combo eficiente, eles normalmente são minha preferência para o formato. Eu vinha jogando com o Gruul Adventures há alguns meses, inclusive tendo feito um TOP8 de PTQ com ele em janeiro, porém após o lançamento de KDH o baralho parecia estar em baixa e então resolvi mudar para o Cycling que parecia estar em ascensão e pouco mirado pelo formato, sem contar que eu já possuía alguma experiência com a estratégia por ter jogado com uma versão dele logo no lançamento da mecânica no T2 atual. Tive como ponto de partida o artigo escrito pelo Lucas Caparroz na Liga Magic, que me deu novos pontos de vista para as principais matchs e serviu como base para a lista utilizada.

Lista utilizada no torneio:

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5) E como foi jogá-lo? Foi muito difícil? Pode contar um pouco para a gente sobre como foi a experiência?

Foi um dia longo! Não consegui bye1 nem bye2 no classificatório, então fui no modo “hard” e joguei desde a primeira rodada do torneio que teve início às 12h. O torneio correu bem, sem nenhum atraso relevante, fechei 8-1 no suíço perdendo somente na última rodada e com isso terminei na 5º posição, tendo que jogar uma partida eliminatória a mais devido ao corte ser pelo top12 e o top4 ganhar bye1 para os playoffs. Mesmo tendo que jogar uma match a mais, aquele era meu dia e ganhei as 4 rodadas eliminatórias para ser o campeão.

6) Já participou de algum outro grande torneio? O que achou em comparação?

Já participei de outros grandes torneios e de modo geral a organização da SCG está bastante acima da média, sem atrasos e com premiação relevante (dólares e vaga para o próximo Championship da próxima coleção).

7) Qual sua opinião sobre o Standard atual? Considera que o formato se encontra num momento saudável novamente?

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Desde o lançamento da última coleção o T2 está bastante equilibrado, sem nenhum deck dominante sendo considerado o tier zero, havendo alterações praticamente semanais de quem é o “deck to beat” e pela quantia de banimentos vivenciados recentemente no Standard eu diria que ele está mais saudável do que nunca.

8) Qual é o seu ponto de vista sobre a política de F.I.R.E., adotada pela Wizards desde A Guerra da Centelha?

No meu ponto de vista é apenas uma maneira forçada de tentar alavancar vendas sem se preocupar com o impacto causado nos diversos formatos do jogo, o que tem levado aos diversos banimentos recentes que tivemos, do Legacy ao Standard. Acho que o que todos esperam é que a Wizards acerte a mão na hora da dosagem de poder na criação das novas cartas das próximas coleções, o que parece ter acontecido com o lançamento de Kaldheim.

9) Você sente uma grande diferença entre competir no Magic IRL e no digital? Qual dos dois você prefere?

Acredito que eu não tenho nenhuma grande dificuldade em nenhuma das modalidades, ambos tem seus prós e contras. Minha preferência sempre foi o físico pelo “gathering”, mas desde o surgimento do MTGA e principalmente nesses tempos de pandemia o digital tem sido meio que o único caminho. Fico me questionando qual vai ser o posicionamento da empresa quando o físico voltar a ser possível novamente, se ele ainda será apoiado da mesma maneira que era antes ou não.

10) Para terminar, que dicas você poderia dar aos nossos leitores e aos jogadores que gostariam de adentrar ao cenário competitivo do Magic Arena?

Estudar o jogo e não apenas jogá-lo, ter paciência e buscar se divertir com o jogo e todo seu processo mesmo mirando o cenário competitivo, são pontos fundamentais. Não ter medo de participar dos eventos, mesmo que você se julgue não estar preparado o suficiente ou que ainda não está no nível desejado, para quem mira o competitivo deixar de participar sempre será um erro, pois quando não se participa você troca sua chance de ser bem-sucedido, por menor que seja, por um não que é uma falha garantida. No meu caso, foram cerca de 5 anos até conseguir a primeira vaga para um “Pro Tour”, o qual participei ano passado do Players Tour Online no MTGA e agora vou para meu segundo em junho.

As vezes fico escutando alguns discursos motivacionais em inglês, pode parecer meio trivial, mas acho que esse trecho descreve parte do que falei:

“...Even if you don’t see the results right away

Keep showing up! Until you do see the results

Even if you don’t see the results, for a very, very long time...

KEEP SHOWING UP!

Finalizando

Pessoal, esse foi o Claudinei! Simpático e focado no jogo, disse tudo que tinha a dizer sobre sua preparação!

Espero que tenham gostado da entrevista, se tiverem alguma sugestão ou alguma pergunta que tenham curiosidade em saber, podem deixar nos comentários!

Até mais e até a próxima.