Top 10 Melhores Comandantes de Murders at Karlov Manor - com Decklists!

Murders at Karlov Manor é a nova coleção do nosso querido Magic: The Gathering. Ambientada em Ravnica, essa coleção não foca tanto nas intrigas entre as guildas deste plano, que são tão comuns, e ao invés disso destaca os misteriosos assassinatos que vêm ocorrendo.

Assim como toda trama de detetives e investigação, este set nos dá diversos personagens importantes, novos e antigos, para desenvolver sua história, o que só quer dizer uma coisa: criaturas lendárias. E, onde tem criaturas lendárias, sempre tem comandantes novos.

No artigo de hoje, avaliaremos os comandantes novos da coleção base, e assim deixaremos de lado os comandantes exclusivos em produtos extras, como os decks pré-construídos de Commander e a edição especial do jogo Clue, que usa personagens de Magic. Veremos seus pontos fortes e fracos e as melhores estratégias para eles. Tudo isso para solucionar um mistério perfeito para jogadores de Magic: Quais são os melhores comandantes de Murders at Karlov Manor?

Este comandante tem uma proposta bem direta, então seremos breves. Alquist Proft, Master Sleuth têm Vigilância e cria uma ficha de Pista quando entra em jogo, o que é bem padrão e simples.

Seu trunfo está na sua segunda habilidade: é parecido com um Sphinx’s Revelation, mas tem recursão e funciona desde que você tenha fichas de Pista disponíveis para usar. Ter uma habilidade tão poderosa e usar Vigilância para atacar quando possível pode criar situações muito interessantes, principalmente em um deck mais competitivo com muitas cartas que são boas ou poderosas, mas não têm muita sinergia entre si.

Ainda assim, esse comandante é o pior dessa lista e provavelmente é melhor como uma das 99 cartas do baralho.

The Pride of Hull Clade, à primeira vista, é um card que parece bem “for fun”, e já nos empurra a uma situação clássica na qual utilizaremos Assault Formation para nossas criaturas atacarem com suas resistências. Porém, ele se torna um comandante bem competente devido a uma frase em seu texto: “Toda vez que esta criatura causar dano de combate a um jogador, compre uma quantidade de cards igual a sua resistência”, o que, no caso desse comandante, por exemplo, seria comprar quinze cards.

O grande charme deste comandante é justamente que ele converte resistências em vantagem de cards. Do contrário, ele seria apenas um Arcades, the Strategist sem uma de suas cores mais importantes.

Ainda assim, mesmo com sua grande vantagem de cartas, este tipo de deck fornece mais estratégias para comprar os cards do que estratégias que os usem. Gera muito valor, mas perde esse mesmo valor pela falta do que gastar, o que confina este Alce Crocodilo Tartaruga à nossa nona colocação.

E, claro, se aumentarmos sua resistência mais um pouquinho, ele consegue atacar com dano de comandante diretamente, o que é sempre um bônus.

Não vou mentir: para mim, essa é de longe a comandante sem graça desta coleção, mas, ao mesmo tempo, tenho que reconhecer seu lugar nesta lista. Todo mundo que a vê pensa a mesma coisa: “usarei Blasphemous Act para ganhar milhões de pontos de vida” ou "com ela, End the Festivities vira uma Wrath of God e ainda me gerará bastante vida", o que dá a essa criatura lendária muitos fãs que acham que ela vai reinventar a roda.

Se a avaliarmos objetivamente, Judith, Carnage Connoisseur nada mais é do que uma Firesong and Sunspeaker que usa cores diferentes, e esses comandantes não são tão usados hoje em dia, mesmo que sejam fortes. A execução desse deck depende do quanto esta cor diferente impacta esta estratégia.

Vocês se lembram quando Elesh Norn, Mother of Machines apareceu ano passado? Uma criatura poderosa que servia como um Panharmonicon e, de quebra, foi ilustrada por uma das personagens mais queridas do Magic? Apesar de muito forte, sua limitação era que só funcionava com efeitos que eram desencadeados quando permanentes entravam em campo, e assim perdia o gás quando a sua mão esvaziava ou algumas peças de Stax, como Hushbringer, por exemplo, faltavam.

Delney, Streetwise Lookout tenta ser uma versão reajustada desse efeito, pois dobra todos os efeitos desencadeados de criaturas com dois ou menos de poder, seja quando criaturas entram no campo, como Novice Inspector, ou com efeitos como o de Wojek Investigator, que desencadeia em toda manutenção.

Esse deck utilizará criaturas pequenas, no melhor estilo White Weenie, uma vez que a outra habilidade desta comandante torna criaturas com dois ou menos de poder Imbloqueáveis para criaturas com três ou mais de poder. Assim, criaturas como Spirited Companion e Mangara, the Diplomat caem muito bem.

Infelizmente, tudo que essa estratégia tem de divertida, ela também tem de restritiva, já que apenas criaturas pequenas ganham os benefícios destes efeitos.

A princípio, Aurelia, the Law Above parece muito uma comandante extremamente agressiva que foca em limpar o campo, e traz uma estratégia Boros bem simplista que ataca com um verdadeiro batalhão na fase de combate. Contudo, isso muda quando notamos uma particularidade em seu texto: seus efeitos desencadeiam quando qualquer jogador ataca com um número específico de criaturas, não apenas o jogador que a controla.

De fato, essas habilidades funcionam muito bem se você decidir mobilizar todas as suas criaturas em uma jogada ultra ofensiva, mas talvez utilizar um Disrupt Decorum para Atiçar todas as criaturas que você não controla seja bem mais interessante. Ou talvez até mesmo trazer peças de Stax no branco para se proteger seria melhor. Há inúmeras formas de causar desconforto e desavenças na sua mesa de Commander com essa comandante!

Niv-Mizzet, Guildpact funciona de forma similar a Niv-Mizzet Reborn, sua contraparte na nossa última visita a Ravnica, e foca individualmente em cada card com exatamente duas cores, o que simboliza cada uma das guildas deste plano.

É um efeito simples que nos cura X de vida, compra X cards para um jogador alvo, normalmente nós, e causa X de dano em qualquer alvo válido sempre que Niv-Mizzet, Guildpact causa dano de combate a algum jogador. O que decide o valor deste X é justamente o número de pares de cores diferentes nas permanentes com exatamente duas cores que você controla, ou seja, quantos pares das dez guildas de Ravnica você tem, que pode ir de 0 a 10, dependendo do quão desenvolvido seu campo está.

A simplicidade do efeito deste Dragãozão é o que o torna forte, já que ele se torna mais forte conforme os números de seus efeitos e não suas complexidades. No fim, Niv-Mizzet, Guildpact é um dos comandantes mais divertidos e poderosos dessa coleção, e é perfeito para os maiores fãs de Ravnica!

Não é nada surpreendente esta criatura estar na nossa lista. Além de ter um tipo de criatura chamativo (Deus Toupeira), Anzrag, the Quake Mole também é muito poderoso por si só.

É um comandante Gruul com números impressionantes por um custo barato, além de focar bastante em fases extras de combate. Contudo, Anzrag, the Quake Mole vai além da conduta Gruul clássica, que foca em combate: ele tem aquele cheiro característico de combo, e pode criar muitas fases de combate seguidas ou até mesmo forçar um empate sob condições bastante específicas.

Ao ativar a habilidade que obriga seus oponentes a bloquearem Anzrag e lhe dar Indestrutível com uma Withstand Death, por exemplo, podemos acabar com os oponentes e criar fases de combate seguidas. Talvez, até mesmo se o equiparmos com uma Lure.

Este Deus Toupeira pode ser usado de várias maneiras divertidas e traz decks bem interessantes, o que o torna uma escolha excelente tanto para combos quanto para jogadas mais agressivas. Infelizmente, ele não está no pódio deste Top 10 justamente por ser muito linear, independente de como o usamos, e assim não traz muitas opções além do que já foi discutido.

Esta comandante traz muitos draws e remoções. Massacre Girl, Known Killer funciona muito bem quando usamos mágicas que diminuem os números de criaturas oponentes em -1/-1, seja com essa comandante ou por marcadores como os de Black Sun’s Zenith, por exemplo. Quando uma criatura que algum oponente controla morre com uma resistência de um ou menos, Massacre Girl te compra uma carta.

Tudo isso já é muito promissor, mas o design desta personagem brilha ainda mais: essa criatura lendária dá para suas criaturas Wither, uma mecânica bem esquecida que permite que suas criaturas causem dano na forma de marcadores -1/-1, o que reúne todas as engrenagens deste mecanismo.

Quando olhei para esta carta, já pensei em combiná-la com Necroskitter, que revive criaturas oponentes que morreram com algum marcador -1/-1, o que traz mais valor do que uma simples compra cada vez que seu oponente perde uma criatura. Nest of Scarabs e Spitting Dilophosaurus também trazem diversão em um deck com esta comandante.

Massacre Girl, Known Killer sem dúvidas merece essa posição em nosso top 10, já que traz um baralho divertido com bastante espaço para explorar mecânicas diferentes. E ainda por cima é uma personagem que muitos jogadores amam.

Vannifar, Evolved Enigma nos permite revisitar as mecânicas que envolvem cartas viradas para baixo e existiram em outras coleções; elas apareceram por último no bloco de Tarkir, com Morph e Manifestar. Esta comandante é bem flexível, já que nos permite usar Cloak, uma versão de Manifestar com Salvaguarda 2, ou usar criaturas incolores, nas quais ela consegue colocar marcadores com pouco esforço.

O plano de jogo de Vannifar é bem sofisticado e foca em cartas diferentes de acordo com cada estratégia que usaremos com ela. Uma vez que este artigo é sobre Murders at Karlov Manor, por exemplo, podemos usar Ixidor, Reality Sculptor para melhorar suas cartas viradas para baixo que também são criaturas, o que lhe permite virar para cima um Portal to Phyrexia, por exemplo.

Infelizmente, ainda falta alguma coisa nela. E, felizmente, temos outra carta nessa coleção que mostra o potencial verdadeiro das cartas viradas para baixo…

Quando eu vi esta carta, pensei em uma ideia meio doida: um deck apenas com cartas do tipo permanente, sem usar mágicas instantâneas ou feitiços, e usar Aventuras o melhor que podemos. Eu usaria motores que nos permitem usar Cloak e Manifest de forma recursiva, como Whisperwood Elemental, por exemplo, e no fim teríamos um baralho inteiro focado em destruir e sacrificar cartas viradas para baixo que voltarão como permanentes muito caras, como Blightsteel Colossus, Pathrazer of Ulamog e Earthquake Dragon.

Essa é uma ideia extremamente estapafúrdia e exagerada, mas, com Yarus, Roar of the Old Gods em campo, poderemos criar várias situações que focam em jogos mentais, nos quais seu oponente terá que escolher a situação que ele julga ser a menos pior possível na hora de bloquear e remover cards virados para baixo. Isto torna esse comandante tão forte que ele distorce a fábrica das regras de Magic e as transforma em uma partida de Yu-Gi-Oh! TCG.

Podemos montar diversos decks de Yarus, Roar of the Old Gods com habilidades divertidas, poderosas e comprar muitas cartas com sua habilidade, caso a ideia seja ser bem agressivo. Definitivamente, é o melhor comandante desta edição.

Fiquei impressionado quando vi dois comandantes que funcionam com cards virados para baixo em posições tão altas nessa lista. Contudo, não devemos nos precipitar e pensar que Disfarce conserta todos os problemas de cards virados para baixo com apenas um Salvaguarda 2. Esses cards estão nessa lista porque tem habilidades interessantes e fortes, e não porque esta mecânica ficou boa do dia para a noite.

Até a próxima!