7 comandantes divertidos de Edge of Eternities + Decklists!

No artigo de hoje, iremos correr para ver o que vem por aí em Edge of Eternities. Dessa vez temos a novidade de uma mudança de regra que permite seus veículos e spacecrafts, um novo tipo de artefato, lendários de serem seus comandantes.

Em textos desse tipo, costumo lembrar que estamos focando somente nos comandantes da coleção comum, e não naqueles exclusivos dos decks de Commander, que são muito mais específicos para o formato e certamente teriam prioridade fácil nesta seleção. Também ressalto que esta não é uma lista dos melhores comandantes, mas sim uma seleção das cartas mais interessantes e impactantes da coleção!

Ragost, Deft Gastronaut

É aquela máxima: Commander é um formato de liberdade, um formato no qual os jogadores buscam se divertir o máximo possível. Assim, qualquer novidade ou brincadeirinha divertida que a Wizards joga em um comandante é muito bem-vinda nesse tipo de artigo. E é aí que Ragost, Deft Gastronaut, um comandante do inusitado tipo “Lagosta” ganha espaço para ser falado. E o melhor ainda, ele é um comandante Boros com nenhum foco em equipamento (uma raridade).

Em primeiro lugar, nosso amigo crustáceo dá a todos os artefatos que você controla o subtipo Food, sendo assim, você pode pagar dois de mana e os virar e sacrificar, lhe curando 3 pontos de vida, como é padrão das outras Foods do jogo. Contudo, Ragost, Deft Gastronaut tem mais um trunfo: Pagando uma mana de qualquer cor, o virando e sacrificando uma Food, ele dá 3 de dano em cada oponente. E, ainda melhor, toda end phase, sua ou de algum oponente, se você ganhou vida esse turno, você pode desvirar o comandante.

Assim, uma ideia bem interessante é o equipar com um Basilisk Collar, o concedendo lifelink e transformando o sacrifício de uma Food em uma cura de alto nível, o que seria quase como consumir um super-alimento criado por esse chef artrópode, que irá virar e desvirar todo turno. Outra ótima opção é sacrificar Myr Retriever, que quando morre lhe permite voltar outro artefato do cemitério para a sua mão.

Oportunidades e pequenas interações com Ragost não faltam, ele é um comandante bem divertido, chama bem a atenção pelo seu tipo diferente, e acima de tudo, não faz feio em nenhuma partida.

Nessa coleção existe um pequeno ciclo de lendas que se tratam de personagens com duas versões; uma incomum e uma rara, ou mítica.

Mm'menon, Uthros Exile é a versão incomum de uma dessas lendas que tem a habilidade desencadeada de que sempre que um artefato entra em campo, você pode colocar um marcador +1/+1 em qualquer criatura alvo, que de preferência é sua, mas pode gerar situações interessantes em que você cria algum token em resposta a um ataque oponente de modo a finalizar uma criatura bloqueadora problemática ou até mesmo jogador.

Esse comandante funciona bem em listas com geração constante de tesouros, pistas, fichas de comida ou artefatos baratos, aproveitando ao máximo a habilidade. É um comandante de valor contínuo e crescente, com foco em artefatos e marcadores, duas estratégias sempre populares e com bastante ferramentas para se construir em torno.

É perfeito para combinar com as lands artefato, como Great Furnace, e mágicas que aumentam o número de artefatos em campo como Pinnacle Emissary.

Mm'menon, the Right Hand é a versão rara do último comandante. A água viva lida com o uso de zonas alternativas, permitindo olhar o topo do grimório a qualquer momento, o famoso Street Magic, e conjurar artefatos diretamente dali, mantendo o fluxo de recursos mesmo sem cartas na mão. Além disso, todos os seus artefatos ganham a habilidade de gerar mana azul, assim como Urza, Lord High Artificer, mas que é utilizável apenas para conjurar mágicas de fora da mão, como do topo, do exílio ou do cemitério.

Dentre todos os comandantes que veremos hoje, eu diria que esse é o mais interessante, pois duas habilidades são tanto curiosas e instigantes quanto fortes. Combina muito, mas muito bem, com Sensei’s Divining Top, fazendo recursão com ele várias vezes seguidas, gerando bastante mana com ele para jogar os artefatos premeditadamente stackados no topo do seu deck e por aí vai.

Além disso, ambos os Mm’menons são comandantes do tipo “Água-Viva”, casando muito bem com aquilo que falamos anteriormente de ter comandantes visualmente interessantes para se montar.

Ultimamente, meu foco no Commander tem sido decks Mono Red. Essa é, argumentavelmente, a combinação de cores mais fraca do formato por diversas razões, mas é justamente tentar superar essa deficiência que me atrai tanto. Tannuk, Steadfast Second é, justamente, um comandante monored dessa coleção e acelera o jogo dando ímpeto a todas as outras criaturas.

O mais chamativo aqui é que ele utiliza bem das mecânicas de Warp, dando ela universalmente para todos os artefatos, além de para suas criaturas vermelhas. Warp é como um “evoke renovado”, em que cards conjurados pagando o custo alternativo da mecânica são exiladas no fim do turno e podem ser conjuradas novamente do exílio mais tarde. No caso, o custo warp sempre vai ser de .

E o fato de que todas suas criaturas ganham Haste também colabora para que você jogue grandes bombas, com ótimos ETB, e que podem ser reaproveitados em turnos posteriores ou cedo e ataque com elas, como um Combustible Gearhulk ou Etali, Primal Storm, por exemplo.

É ideal para estratégias de combate em curva que mantêm pressão constante enquanto acumulam valor ao longo do tempo na forma de cards exilados que não podem interagir com descartes oponentes.

Alpharael, Stonechosen é um comandante extremamente simples, mas bem sólido. Sua principal habilidade é Void, que checa ao atacar, se uma permanente não-terreno saiu de jogo ou se uma mágica foi jogada com warp naquele turno, o oponente defensor do seu ataque perde metade da vida, arredondada para cima. Ele também tem ward que força o oponente a descartar uma carta aleatória para tentar removê-lo.

Alpharael não tem muito o que elaborar sobre; é ideal para decks com sacrifício, remoções ou efeitos que exilam permanentes. Constrói pressão com poucos ataques e força decisões difíceis do oponente. É direto, agressivo e funciona como facilitador de dano quando se constrói decks de controle ou sacrifício. É aquela simplicidade que dá gosto, com uma efetividade que se falta em comandantes mais sofisticados.

Ele também é um ótimo tapa buraco em qualquer deck preto em que estiver faltando cards, um card genérico genuinamente bom, então é bom já ir se acostumando a sua presença nas mais diversas mesas de Commander.

Haliya, Guided by Light é uma comandante Mono White bastante focada em ganhar vida, mas com um twistzinho bem interessante. Vejam bem, sempre que ela ou outro artefato ou criatura sua entra no campo, você ganha 1 de vida. O que acontece é que, se você tiver ganhado 3 ou mais de vida no turno, você compra uma carta no final do turno, convertendo a maior força do branco, ganhar vida, em uma forma de cobrir sua maior deficiência, a falta de compra de cards. Ela também tem a novíssima habilidade warp, custando apenas , permitindo ser conjurada cedo como uma presença temporária e depois aproveitada futuramente.

Um deck de Haliya é ideal de ser construído com estratégias de baixa curva de mana, utilizando de criaturas e artefatos pequenos, tokens ou blink, girando em torno de pequenas fontes de vida para ativar a compra de cartas todo turno e cobrir a maior fraqueza do branco. Perfeita para parear com The Wind Crystal para ganhar mais vida ainda e criaturas que crescem conforme você for ganhando mais e mais vida, como Voice of the Blessed.

Por fim, vamos falar da novidade das regras do jogo, de que agora você pode utilizar Veículos e Spacecrafts lendários como seu comandante. Das Spacecrafts que vem na coleção, a mais digna de ser discutida é Infinite Guideline Station, um artefato lendário de cinco cores que funciona como um motor para decks baseados em permanentes multicoloridas. Quando essa nave entra no campo, gera um token 2/2 de Robô para cada permanente multicolorida que você controla, ou seja, aumentando sua board significativamente de forma exponencial aos recursos que você já tem.

O que chama mesmo a atenção nos Spacecrafts é a mecânica de Station, que permite carregar a nave com marcadores usando outras criaturas. Sempre que você tiver timing para jogar um feitiço, você pode optar por virar outra criatura para colocar um número de marcadores de carga igual ao poder daquela criatura na permanente com Station, de modo que ela ganhe alguns bônus de acordo com o número de marcadores de carga. No caso de Infinite Guideline Station, quando ela alcança 12 ou mais marcadores, ela se torna uma criatura 7/15 com voar e um efeito desencadeado, o de comprar uma carta para cada permanente multicolorida que você controla. Chegar em 12 marcadores é bem simples quando lembramos a quantidade de tokens de robô 2/2 que essa carta consegue fazer.

A estação é um comandante clássico de cinco cores, muito focado em good-stuff e que planeja crescer cada vez mais suas opções ao longo do jogo. E também o comandante mais poderoso da coleção, capaz de tirar várias vitórias rindo.

Edge of Eternities é um set que não parecia ser muita coisa, mas acabou entregando muitas cartas boas e mecânicas divertidas. Foi realmente um set de Magic igual não víamos faz um bom tempo em termos de arte, qualidade das mecânicas e cartas interessantes e relevantes para múltiplos formatos.

Vou ficando por aqui. Até a próxima!