Magic: the Gathering

Card Highlight

Spoiler Destaque: The Last Ride no Standard e Pioneer

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The Last Ride possui o mesmo corpo, custo e habilidades de Death's Shadow na forma de um veículo - mas isso é o suficiente para surgir um deck de Shadow no Standard e no Pioneer?

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审核人 Tabata Marques

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Se você acompanha meus artigos, provavelmente já me viu mencionar mais de uma vez meu desejo por um reprint de Death’s Shadow no Standard para ele entrar no Pioneer. É o card que encabeça meu desejo de reprints para o formato e o principal motivo é que o Grixis Shadow e suas diversas variantes no Modern foram o melhor deck que já joguei de todos os tempos.

A Wizards teve uma oportunidade excelente de reprintar esta criatura em Duskmourn. Não o fez, nem como Special Guest, então minhas esperanças foram para o ralo apenas para a empresa lançar, na expansão seguinte, um Shadow com Rodas - The Last Ride.

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Mesmo custo, mesma habilidade, mesmo corpo, com a necessidade de outro corpo para tripular ele. É perto o suficiente para gerar hype entre os fãs de Death’s Shadow, e como um deles, passei os últimos dias analisando e testando o quão comparável The Last Ride é com o card que deu origem a ele.

A resposta é não muito, e o problema não é o novo card ser um veículo e precisar de um corpo para tripular ele, mas ele ser Lendário. Ao limitar a quantidade de The Last Ride que podemos ter para um, a equipe de design tira um dos maiores potenciais que Shadow permitia e, consequentemente, torna das concessões necessárias para jogar com o card pior. Por qual motivo eu aumentaria a quantidade de Shock Lands e efeitos de perder vida na minha lista se não posso extrair o máximo de proveito do meu payoff?

E mesmo com esse drawback, a segunda habilidade de The Last Ride é forte porque alimenta o próprio tema do card, evitando que gastem slots demais tentando fazê-lo funcionar. Forte o suficiente para fazê-lo merecer espaço no Standard e no Pioneer.

The Last Ride - Análise

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A primeira coisa que precisamos fazer quando olhamos para The Last Ride é parar de compará-lo com Death’s Shadow, pelo menos em essência. Ambos os cards funcionam muito diferentes para serem comparáveis porque, como explicado acima, The Last Ride ser lendário faz muita diferença.

Uma das maiores vantagens dos decks de Shadow era usar Shock Lands e Thoughtseize para interromper os planos do oponente nos primeiros turnos e então jogar dois Death’s Shadow 4/4 que serão 7/7 ou maiores no turno seguinte e fechar a partida em dois combates, e o veículo não permite essa abertura.

A melhor maneira de enxergar o novo card é como uma mistura de fonte de vantagem em cartas com condição de vitória alternativa. The Last Ride é, além de um wannabe Shadow, um Greed glorificado, que não seria o suficiente para fazê-lo merecer espaço em decks se não fosse por também ser uma ameaça que pune o oponente por te pressionar - ele adiciona essa pseudo-inevitabilidade de que, uma hora, o seu oponente vai precisar lidar com uma criatura de até 12/12 na mesa.

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Esse lado pode ser, em partes, comparado com Reckoner Bankbuster, exceto que o artefato de Neon Dynasty não possui restrição de cores, mas de ativações, e gerava muitos benefícios por ativar várias vezes ao invés de perder vida - sem contar que Magic Symbol 2 é um valor bem menor do que Magic Symbol 2Magic Symbol B - mas a lógica de ambos é a mesma: uma fonte de vantagem em cartas que podemos ativar em qualquer momento como ameaça complementar ou, no caso de The Last Ride, uma condição de vitória definitiva na mesa.

The Last Ride no Standard

The Last Ride tem dois problemas fundamentais no Standard. Primeiro, ele é péssimo contra Bounce, que são os melhores decks do formato hoje. Segundo, Red-Based Aggro é outro dos principais competidores do Metagame e os arquétipos que poderiam usá-lo perdem muito não usando meios de segurar o dano através do ganho de vida.

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Existem algumas linhas que podemos pensar para o artefato. Os Midranges pretos podem tirar proveito de The Last Ride para ter um clock muito eficiente que pode ganhar jogos “de graça”. Se um Rakdos Aggro surgir, este poderia aproveitá-lo como um mana sink para jogos mais longos e, quando tivesse vida baixa o suficiente, usar algo como Callous Sell-Sword para sacrificá-lo e ganhar o jogo.

Inclusive, existe outro combo que podemos executar com ele envolvendo Voldaren Thrillseeker e Agatha’s Soul Cauldron para dar a habilidade de sacrifício para o card ao colocar um marcador +1/+1 nele e, em seguida, sacrificá-lo para até 12 de dano no oponente. Infelizmente, ele é mais situacional do que Tree of Perdition, mas essa linha existe e deve ser considerada.

The Last Ride no Pioneer

As coisas ficam bem mais interessantes no Pioneer para The Last Ride, principalmente porque temos acesso a Thoughtseize e Shock Lands neste formato - cards bons que podemos usar para perder vida voluntariamente.

Todas as possibilidades mencionadas para o veículo no Standard se aplicam aqui, mas com alguns bônus: Midranges como o Rakdos, que já usam Reckoner Bankbuster, podem encontrar outra linha de vitória com The Last Ride e ter a capacidade de tripular ele a qualquer momento com Mutavault, e caso a perda de vida não seja benéfica, a combinação de Unholy Annex com o terreno garante que o dano seja compensado.

E nem é necessário estar nas cores de Rakdos para tirar proveito dessa interação. Qualquer lista com Magic Symbol B pode tentar incluir Mutavault para interagir com Unholy Annex e, consequentemente, com The Last Ride no processo. A lista abaixo, por exemplo, é uma tentativa de replicar o máximo possível das listas antigas de Grixis Shadow do Modern, com Abhorrent Oculus sendo o Gurmag Angler melhorado.

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Inclusive, mesmo em velocidade de Feitiço, Quag Feast é um card que jogadores deveriam considerar se quiserem jogar com Oculus em listas com Magic Symbol B após Aetherdriftlink outside website.

Outra opção para The Last Ride é, obviamente, ao lado de Greasefang, Okiba Boss.

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Aqui, podemos até ameaçar mais combo-kills com Greasefang, Okiba Boss e o veículo se tivermos pouca vida, seja com a mesa vazia do oponente, ou com Temur Battle Rage para o famoso combo que Death’s Shadow tinha no Modern, e não podemos negligenciar o potencial que o combate extra de Fear of Missing Out oferece com uma criatura 7/7 ou maior na mesa.

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E, claro, podemos complementar Scourge of the Skyclaves no Rakdos Aggro com The Last Ride e ainda ter uma fonte de atrito poderosa para jogos mais longos, mas essa versão é inferior ao Rakdos Prowess atual, pois a interação entre Manifold Mouse com Emberheart Challenger ou Heartfire Hero é grande demais para ignorar.

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Também é possível jogá-lo nas listas de Rakdos Tree, mas não sei se o deck realmente precisa deste tipo de card no momento, ou se sequer existe espaço para ele.

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Conclusão

The Last Ride não é Death’s Shadow e não pode ser tratado como tal. Ele é mais autossuficiente do que a criatura de Worldwake e tem outras utilidades além de ser uma criatura grande, mas a restrição dele ser lendário limita muito do seu potencial em estabelecer um deck de Shadow, colocando-o em uma posição de suporte para arquétipos que podem encontrar nele uma fonte de vantagem em cartas acoplada com uma condição de vitória poderosa contra oponentes descuidados.

Obrigado pela leitura!