Magic: the Gathering

Deck Guide

Modern: Assault Loam e as boas-vindas a Boseiju

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Nesse artigo vamos ver como o uso de channel em terrenos pode afetar um formato, dando holofotes para um arquétipo que até então estava "correndo por fora" no metagame.

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Coleção nova, decks novos!

Claro que com uma coleção como Kamigawa, Dinastia Neon não ia demorar muito para que decks voltados a cartas novas surgissem (até fiz algumas listas com cartas da coleção para o Modern, pode ver aquilink outside website). E claro, é correto afirmar que os maiores protagonistas da coleção são os terrenos com channel, em especial Boseiju, Who Endures.

Pensando nisso, resolvi trazer um dos decks que achei ser mais inventivos utilizando a carta, o Assault Loam utilizado pelo jogador scipios no Challenge do dia 13/02!

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Decklist - Assault Loam by scipios

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Análise - Interações Chave

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A ideia de usar Seismic Assault com Life from the Loam não é necessariamente nova e estava correndo por fora do meta por conta se sua recursividade, já que com o setup montado, o deck tem um grande potencial de controle de board e dano direto para fechar jogos.

Para completar as interações, temos um dos planeswalkers mais poderosos do Magic: Wrenn and Six, que já seria uma adição de valor por sua versatilidade, mas que ganha ainda mais destaque com sua habilidade positiva, que nos mantém com terrenos na mão para utilizarmos com o Assalto.

Assim, temos um setup consistente, com mais de uma carta que nos ajudará a termos uma mão com diversos terrenos que servirão de munição para o assalto, o que garante que o encantamento tenha um alto impacto desde a entrada.

Análise - Interações Novas

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Antes de falarmos do terreno infame, acho importante falarmos de uma criatura de Innistrad que me deixou bem feliz ao aparecer em algum deck; Slogurk, the Overslime é uma carta que eu estou de olho desde seu lançamento por achar que tem um bom potencial, e aqui estamos! O Ooze Simic é um monstro no deck, sendo tanto o maior beater em jogo, quanto mais uma peça de recursão junto com Seismic Assault.

Graças a esse slime, o deck ganhou um potencial ainda maior de alcançar letal no oponente, já que é possível retorná-lo para a mão e voltar três terrenos para reutilizá-los com o encantamento, isso somado a Life from the Loam e Wrenn and Six criam diversas linhas de jogada aonde se consegue finalizar o oponente "do nada" dando grandes quantidades de dano em um turno.

E bom, obviamente temos que falar da estrela de Kamigawa, Boseiju, Who Endures é uma adição de muito impacto para o deck, já que cobre um dos grandes pontos fracos que a lista tinha: sem o Seismic Assault o deck perdia muito valor. Temos uma quantidade grande de recursividade em trazer terrenos do cemitério, mas sem o encantamento tudo isso fica meio inútil, ao mesmo tempo que é ruim utilizarmos muitas cópias do encantamento sendo que não queremos comprar um quando já temos um em campo... É aí que Boseiju entra.

Com Boseiju, agora temos mais uma utilidade para a recursão de trazer terrenos de volta, já que agora isso possibilita que usemos a habilidade de channel diversas vezes, assim interagindo bastante com a board oponente, seja quebrando algum artefato ou encantamento importantes para o oponente (o que convenhamos, no Modern atual, as chances do oponente ter alguma permanente importante desse tipo é bem alta), seja também atrapalhando a base de mana oponente, utilizando Boseiju repetidas vezes nas dual lands que ele possuir.

Análise - Good Stuff

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Mesmo com as sinergias, estamos falando de um deck Midrange, e como deck Midrange, uma core de cartas que simplesmente fazem muito bem sua função é sempre bem-vinda e incentivada. E nas cores, temos cartas que fazem muito bem sua função.

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Começando pelo óbvio, Ragavan, Nimble Pilferer e Dragon's Rage Channeler aparecem na lista e não chocam ninguém por isso, as duas cartas são as melhores opções de drop 1 que as cores podem oferecer e fazem muito bem o que estão dispostos a fazer; Ragavan consegue adiantar o turno do Assault, além de que os tesouros nos ajudam a manter terrenos na mão e ainda conjurarmos cartas, sem falar no possível card advantage que ele pode nos dar.

Já a DRC (e o Tarmogoyf também) é ótima para gerar clock, principalmente com o nosso deck, que joga diversas cartas para o cemitério e possui quase todos os tipos de carta, além de um ponto crucial que a sua habilidade se surveil, que vai nos ajudar a mandar terrenos para o cemitério, para que possamos retorná-los à mão com algum efeito e utiliza-los como munição.

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Para as mágicas, também temos o melhor nas cores, Lightning Bolt e Unholy Heat são remoções extremamente potentes que lidam com quase qualquer problema no formato, e Expressive Iteration também é uma das melhores cartas para manter o gás do deck, por gerar card advantage por um custo muito baixo.

Análise - Conclusão

"Ok, o deck é sinérgico, mas o que isso vai me dar em vantagem no meta atual?"

Essa é uma questão que julgo ser extremamente importante quando analisamos um baralho. Não basta ele funcionar e fazer jogadas bonitas, o deck precisa funcionar dentro do contexto do meta atual e é essa análise que vamos fazer agora.

Se pararmos para pensar, essa configuração de Assault Loam é um deck Midrange com uma pitada de jogadas sinérgicas, o que faz com que no quesito valor, ele tenha uma série de vantagens em cima de outros decks parecidos, como se o kit de Assault fosse um "critério de desempate". Falando no Seismic Assault, o "dano surpresa" que ele pode causar é bem proveitoso em matchs contra um dos decks mais presentes atualmente, o Death Shadow, já que é sempre um risco para o Shadow chegar a pouca vida quando o oponente pode descartar terrenos e causar dano escapando de counters.

Outra coisa que temos que levar em consideração é a diferença que as jogadas de Boseiju causarão em diversas partidas, já que agora é possível ter uma matchup melhor contra diversos decks em que Boseiju é uma carta diferencial, como o Hammer Time e o Amulet Titan, que podem sofrer com o uso repetido do terreno.

No fim das contas eu vejo o Assault Loam como um deck com o ritmo do RG Midrange, mas que troca as vitórias gratuitas que a Blood Moon daria (mais ou menos troca, já que a Lua segue presente no sideboard) por sinergias entre cartas que já são boas e que garantem melhor posicionamento contra algumas matchups que o RG tinha dificuldade.

Sugestões e Alternativas

Bom, por mais que não seja necessariamente um deck novo, essa build de Assault Loam traz um refresco para o Modern, e me deu vontade de pesquisar outras alternativas para o deck, afim de montar diversas builds e testar, e agora, essas são algumas das adições que conclui serem válidas para teste:

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Começando com o elefante na sala, todos nós sabemos que dos cinco terrenos, Boseiju é o que mais tem potencial de jogo, mas isso não quer dizer que os outros não tenham! Sokenzan, Crucible of Defiance e Otawara, Soaring City podem ter um custo meio pesado, mas seus efeitos são positivos e o drawback de usar uma cópia de cada terreno é bem pequeno, sem falar que é possível reduzir o custo das habilidades, já que possuímos 7 criaturas lendárias no deck.

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Essa sugestão vai agradar o pessoal que gosta de opções mais budget! É verdade que Elvish Reclaimer não tem o mesmo poder ofensivo que Ragavan, mas pode compensar com sinergia e possibilidades, já que com o elfo é possível sacrificar um Boseiju já baixado em campo e assim retorná-lo para a mão para reutilizar seu efeito. É uma ótima sinergia e parece muito atrativo, mesmo eu achando que ainda não faz com que seja melhor que o macaco, o Reclaimer pode vir a aparecer em listas mais budget.

Finalizando

E assim, apresento pra vocês o Temur Assault Loam, um baralho cheio de familiaridades, mas com um frescor novo, que pode ser uma aposta para opção de midrange no formato.

Até a próxima!