Spoiler Destaque: Craterhoof Behemoth no Standard e Pioneer

Elfos são um dos tipos de criatura mais famosos de Magic. Desde a Saga de Urza, esta linhagem possui diversas interações entre cards como Quirion Ranger e Priest of Titania que tornaram dele um dos decks mais sinérgicos de todos os tempos, estabelecendo um arquétipo conhecido como Elfball, onde diversas criaturas deste tipo se juntam na mesa para gerar uma quantia absurda de mana que pode ser aproveitada de diversas maneiras.

O principal alvo dessa mana toda no Modern e no Legacy tende a girar em torno de um card lançado em Avacyn Restored: Craterhoof Behemoth. Com seu custo alto que pode ser facilmente burlado com Elvish Archdruid e similares, o Behemoth aumenta consideravelmente o poder das criaturas em jogo, multiplica esse boost para cada uma delas e lhes confere Haste, permitindo um ataque letal em um só turno.

Apesar da sua fama, decks de Elves, em geral, não são muito reconhecidos no Pioneer ou no Standard, e um dos principais motivos é a ausência de um payoff para o excesso de mana. Claro, cards como Tyvar, the Pummeler ou Elvish Clancaller no Pioneer podem funcionar, mas nenhum deles se compara a Craterhoof Behemoth quando falamos de fechar jogos.

Agora, a espera finalmente acabou e o grande colosso vencedor de jogos dos Elfos chega em ambos os formatos com seu reprint em Tarkir: Dragonstorm.

Com o retorno de Craterhoof Behemoth, seria finalmente o momento de Elfos terem seu espaço no Magic competitivo de novo? Neste artigo, nos aprofundamos no potencial do mais recente reprint para o Standard e o Pioneer, analisando como os decks de Elfos podem se beneficiar dele e se existem outros arquétipos capazes de extrair o máximo dele.

O reprint de Craterhoof Behemoth chega em boa hora para o Standard. Afinal, Foundations trouxe algumas staples históricas de Elfos.

Além disso, Foundations também relançou Genesis Wave enquanto Duskmourn trouxe Tyvar, the Pummeler como um payoff para a mana de Elvish Archdruid.

The Brothers’ War oferece Citanul Stalwart como one-drop adicional, e Phyrexia oferece Tyvar, Jubilant Brawler para dar pseudo-Haste para os mana dorks e gerar absurdos de mana com Elvish Archdruid. Para fechar, Leaf-Crowned Elder funciona como ambas fonte de vantagem em cartas e um lord para aumentar o poder das criaturas na mesa.

Essa mana toda permite usar cards como Invasion of Ikoria ou até uma combinação de Fauna Shaman, ou Fierce Empath para encontrar e conjurar Craterhoof Behemoth, colaborando para um potencial dano letal. Caso esse plano não funcione, Tyvar, the Pummeler ainda opera como um pump em massa para todas as criaturas, mas sem conferir Haste para elas atacarem imediatamente.

Um primeiro esboço de Elves no Standard com Craterhoof Behemoth pode começar com algo nesses moldes.

Vale ressaltar que o Standard tem elfos em outras cores também: Glissa Sunslayer pode funcionar como ferramenta de atrito e Werefox Bodyguard como remoção, além de cards como Wilt-Leaf Liege e Imperious Perfect como pump em massa. A adição desse excesso de mana também pode ser transmitida para outros cards de custo alto, mas ter um foco específico é um pouco melhor do que tentar vários cards diferentes. Além disso, terrenos como Three Tree City também podem gerar absurdos de mana.

O problema do Elves no Standard, assim como em todos os formatos, é a suscetibilidade do arquétipo contra sweepers baratos e o formato não carece deles hoje. Um simples Pyroclasm é o suficiente para arruinar seus planos e existem poucos cards no Metagame atual que ajudam a proteger suas criaturas no verde. Talvez, outros splashes seriam necessários para obter esse resultado.

Outro arquétipo que gera absurdos de mana com criaturas hoje é o Temur Otters, um deck de combo que utiliza a interação de This Town Ain’t Big Enough com Stormchaser’s Talent e cards como Up the Beanstalk para jogar várias mágicas de não-criatura em um turno. O jogo termina com um Song of Totentanz gigantesco para dano letal junto de um grupo de lontras com poder altíssimo na mesa.

Nesse caso, não creio que Craterhoof Behemoth seria o melhor payoff mesmo se o jogador quiser alguma criatura na mesa para gerar impacto imediato porque Valley Floodcaller já faz o suficiente em aumentar o poder das criaturas com cada mágica desviada, e o novo Ureni, the Song Unending faz um trabalho melhor em ter uma ameaça resiliente e que lida com a mesa do jogador quando entra em jogo, estabelecendo um clock de dois turnos se necessário.

Além da extensa pool de cards para Elfos já apresentada no Standard, os anos no Pioneer foram bem generosos com a linhagem e com o suporte a ela no formato.

Elvish Clancaller agrega consideravelmente na consistência de um plano de beatdown fora do combo, Elvish Mystic aumenta a quantidade de one-drops que geram mana e Shaman of the Pack se beneficia da quantia de criaturas na mesa para pressionar o oponente.

Ainda é possível aumentar a quantidade de meios de gerar absurdos de mana com Circle of Dreams Druid, ou usar Elvish Warmaster como cópias extras de Dwynen’s Elite, e até inserir um splash de para Glasspool Mimic, que idealmente copiaria Elvish Archdruid e Shaman of the Pack.

Para aumentar a consistência, cards como Collected Company e Storm the Festival cavam fundo em busca dos elfos ideais, e Storm the Festival permite até incluir Tyvar, Jubilant Brawler na equação. Já nos tutores para Craterhoof Behemoth, Chord of Calling oferece um meio fácil de usar os elfos que entraram em jogo para buscá-lo, enquanto Finale of Devastation pode agregar em dano letal mesmo quando busca outro card se o valor de X for alto o suficiente.

Com tantos cards de permanente e símbolos de mana verde, Nykthos, Shrine to Nyx gera muito mais valor do que Three Tree City, operando como outro habilitador do arquétipo, e se for preferível seguir o caminho de Devotion, cards como Tribute to the World Tree fazem um bom trabalho em tornar dos Elfos mais relevantes na mesa enquanto agrega devoção o suficiente para gerar mana positiva.

Um bom ponto de partida para Elves no Pioneer com Craterhoof Behemoth está na lista acima, onde a base do que foi construído no Standard permanece enquanto outros cards agregam em consistência. Chord of Calling se torna a melhor maneira de aproveitar o Behemoth enquanto Shaman of the Pack e Collected Company garantem mais consistência em um plano que não dependa exclusivamente do novo card.

Além disso, o Sideboard do verde no Pioneer tem boas opções para proteger sua mesa, com cards como Heroic Intervention e Shapers' Sanctuary. Também existem diversos outros elfos e interações com ele no formato que podem ser aproveitadas.

Recentemente, uma versão mais agressiva de Mono Green Devotion fez alguns resultados em Challenges e poderia ser um bom ponto de partida para uma cópia de Craterhoof Behemoth caso seja possível buscá-lo de alguma maneira, talvez com Archdruid’s Charm. As versões big mana também podem aproveitar o card, mas como ele desvia de Storm the Festival e já existe a opção de Ulvenwald Oddity, talvez seria preferível manter a configuração atual do que ter um card de sete manas que requer uma mesa estabelecida para funcionar.

Tal qual no Standard, não creio que qualquer lista de Ramp mais tradicional tenha interesse em Craterhoof Behemoth. No geral, já existem bons payoffs e o novo Ureni, the Song Unending se beneficia de listas que colocam terrenos em jogo, como os arquétipos de Aftermath Analyst que apareceram ocasionalmente em março e no fim de fevereiro.

Também é válido lembrar que Craterhoof não é o tipo de card ideal para Transmogrify a menos que sua lista seja muito voltada para um Aggro de tokens. E mesmo nesse caso, cards como Valgavoth, Terror Eater ou Atraxa, Grand Unifier provavelmente são melhores porque garantem valor por conta própria ao invés de depender da posição de mesa.

Isso é tudo por hoje!

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