Apresentação
Há uma eletricidade no ar, meus queridos do Legacy! Seguindo com a nossa temporada de spoilers de Homem-Aranha para o Legacy, preparem-se para um choque: Electro, Assaulting Battery é, dentro de um mesmo pacote, tanto um motor de combo quanto um finalizador.
Vamos dar uma olhada no que ele oferece para o nosso formato!

Encaixando as Peças no Lugar
O Legacy é o lar de uma infinidade de decks de Combo. Alguns diriam que é lar até demais! Mas mesmo dentro desse supergrupo, temos vários tipos de combinações.
Temos decks que se beneficiam de interações entre duas cartas que levam a situações vencedoras, ainda que não acabem com o jogo na hora (aqui temos o Reanimator e o Sneak and Show); temos decks que são completamente construídos para abusar de alguma interação e acabar o jogo na hora ou no turno seguinte (podemos citar aqui o Oops All Spells, o Cephalid Breakfast ou o Doomsday); e temos os decks-motor, onde o deck busca gerar cartas e mana de maneira contínua e procura ganhar de uma maneira não-determinística (você sabe que provavelmente encontrará sua condição de vitória ao longo do caminho, mas não é um caminho definitivo como simplesmente triturar todo o seu deck e ressuscitar Thassa’s Oracle) e nessa lista estão decks como Storm, High Tide e Forge.

Nesse terceiro tipo de deck, é sempre necessário alcançar um equilíbrio entre as cartas que fazem o seu motor andar, como aceleração de mana, compra de cartas e tutores, além das suas condições de vitória.
Geralmente, as cartas que finalizam o jogo não são aquelas que você quer comprar no início do seu processo de combo, pois elas podem atrapalhar o fluxo de compra ou aceleração. Por exemplo, se você precisa gerar mana, a carta que você quer ver nas opções do seu Ponder é Tendrils of Agony. Mas se você rodar poucas condições de vitória, você fica mais vulnerável às disrupções do seu oponente.
Mas e se motor e finalizador fossem uma carta só?
Sobrecarga!
Já existem decks Vermelhos de Combo buscando se aproveitar do ganho de mana gerado por cartas como Ruby Medallion e Ral, Monsoon Mage para engatar uma série de mágicas e gerar um caminhão de mana. Mas mesmo esses decks têm que recorrer a cartas como Wish ou Burning Wish para encontrar maneiras para de fato finalizar o jogo.
Embora essas cartas sejam bastante versáteis, comprar mais de uma nos primeiros turnos pode atrasar a sua massa crítica para combar, em um deck que depende praticamente de cada carta na sua mão e um turno de atraso pode significar a diferença entre a vitória e a derrota.

Entra em cena o Vilão! Electro, Assaulting Battery pode ser comparado ao Ral, pois ele ganha 1 mana a cada Feitiço ou Mágica Instantânea, apesar de que custar um mana a mais possa ser um problema. Mas uma vez com o Electro em jogo, seus Rite of Flame (uma carta que não se beneficia de Ruby Medallion e Ral, Monsoon Mage) e Manamorphose passam a gerar um montão de mana, que te permite gerar mais cartas para achar mais mana e… ok. Você tem um montão de mana, mas você precisa matar o seu oponente.
Entra em cena o Vilão! Fazer um segundo Electro, Assaulting Battery faz com que um deles morra pela regra de Lenda e ativa a sua última habilidade desencadeada, permitindo a você sifonar todo esse mana acumulado em dano letal na face do pobre desavisado oponente.
Um ponto interessante sobre o Electro é que existe sempre a possibilidade do deck “falhar” durante a tentativa de combo e você ser obrigado a passar o turno para tentar achar mais gás no próximo. Mas ele permite que você não desperdice toda a mana acumulada, guardando para uma nova tentativa no turno seguinte. E caso o oponente encontre uma maneira de eliminá-lo antes de você chegar ao próximo turno, ele tem a válvula de escape da sua última habilidade que permite gastar toda essa mana excedente para ao menos reduzir a necessidade de dano necessário em uma segunda tentativa posterior de combo.
Decks com as novas tecnologias
De cara, o deck em que consigo visualizar o Electro se encaixando é no Ruby Storm, um deck que tem tentado fazer a transição do Modern para o Legacy. No nosso formato, ele é, relativamente, um deck budget – Ancient Tomb é a carta menos amiga da sua carteira, mas pode ser considerada um bom investimento para quem está entrando no formato, dado o tanto de decks nos quais ela joga.
Alguém apenas experimentando o formato sem muito comprometimento poderia usar Crystal Vein no lugar e se divertir um pouco, ainda que isso afete a sua efetividade.
Da maneira que imagino, o Electro substituiria todo o pacote de Wish e Burning Wish do deck, o que permite usar um Sideboard bem mais focado em responder os problemas que o formato pode te oferecer, além de ter a redundância de todos os Rituais no main deck.
O objetivo aqui é bem simples: encaixar um dos aceleradores, como Ral, Medallion ou Electro, e engatar magias de mana, eventualmente resolver um Bonus Round para a coisa realmente ficar obscena, juntar mana o suficiente para fazer um Electro (ou 2, caso não tenha nenhum em jogo ainda) e gastar toda essa enormidade de mana em 20 ou mais pontos de dano no oponente.
É um deck que tipicamente chamamos de Glass Cannon (Canhão de Vidro): pode fazer um baita estrago, mas também é fácil de ser quebrado. O formato possui uma boa quota desses tipos de deck e acredito que o atrativo de usar uma carta nova deve trazer aqueles jogadores com o espírito de cientista louco para testar essa brincadeira.
Concluindo
Confesso que estou surpreso com a qualidade das cartas reveladas até agora na edição do nosso amigo aracnídeo. Se Final Fantasy foi uma edição bem restrita no que diz respeito ao Legacy, Homem-Aranha tem me mostrado uma quantidade interessante de coisas que podem ser aproveitadas aqui (e até no Vintage!). Electro foi uma carta que me chamou a atenção imediatamente, pois é o tipo de carta que atiça o ímpeto de jogadores de combo.
Vamos ver se o Vilão consegue vencer dessa vez.
É isso por hoje, um abraço elétrico e até a próxima!












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