Mecânicas de Historic Horizons - Chama o Juiz!

Olá, pessoal!

Para quem não acompanhou, foi anunciado no final de julho que no dia 12 de agosto (posteriormente alterado para 24 de agosto) chega ao Magic Arena a nova edição, “Jumpstart: Historic Horizons” (mais detalhes da edição e do lançamento, informações sobre conteúdos e etc., você pode ver neste artigo da Cards Realm!).

Essa edição será exclusivamente digital, e a partir dela a Wizards resolveu fazer uma série de “experimentos” com mecânicas que não seriam possíveis no Magic físico (ou “tabletop”), pois envolvem fatores aleatórios/memoriais/contínuos que seriam dificílimos de acompanhar, ou deixariam o jogo ainda mais complexo (e venhamos e convenhamos, Magic é já é complexo o suficiente!).

Mesmo vindo a existir somente em ambiente digital, achei bem interessante trazer para vocês um ponto de vista das regras e do funcionamento dessas novas mecânicas. Afinal, você ainda precisa saber como as cartas funcionam antes de fazer algumas jogadas - não existe nenhuma ferramenta que te diga “o que vai acontecer”, preventivamente, e isso sem dúvida pode afetar algumas decisões que você vai tomar durante as partidas.

Vamos lá!

(Observação: até a conclusão do presente artigo, ainda não havia sido disponibilizada a tradução oficial em português das mecânicas, por isso usarei os nomes originais em inglês)

“Seek” é uma mecânica com o objetivo de agilizar efeitos que buscam cards específicos no seu baralho. Quando você usar uma carta com “Seek”, o Arena irá localizar uma carta que atenda ao especificado dentro do seu baralho, colocará aquela carta na sua mão, e manterá o resto do baralho na exata mesma ordem - ou seja, sem embaralhar/”randomizar” novamente o deck.

Ou seja, eventuais cartas que você já mandou para o fundo do baralho (por exemplo, com vidência) ou para o topo (por exemplo, com um Brainstorm) ou até mesmo para uma posição específica no deck (por exemplo, um Approach of the Second Sun) não mudarão de lugar se você usar uma carta com Seek.

“Perpetually” é uma mecânica que faz alteração(ões) em alguma carta no decorrer de um jogo. O diferencial desta mecânica é que a alteração é permanente - não importa para que outras zonas a carta venha a ser colocada.

Ou seja, se uma criatura na sua mão ganha determinada habilidade com o “Perpetually” - por exemplo, ímpeto, como concedido pelo Reckless Ringleader acima -, ela vai manter essa habilidade mesmo que seja descartada da sua mão e vá para o cemitério. Se você vier a reanimar a criatura, ou devolvê-la do cemitério para sua mão, ou até mesmo se ela acabar exilada do seu cemitério, ela vai manter a habilidade de ímpeto concedida “lá atrás” pelo Reckless Ringleader.

É uma habilidade que pode trazer diferenciais para um jogo tanto no curto prazo (pode afetar algo que já esteja na mesa) como no longo prazo (já que pode afetar cards na mão, mesmo que só venham a ser jogados muitos turnos depois).

“Conjure” é uma mecânica que “cria” cartas para serem adicionadas ao jogo. É similar a criar uma cópia de uma mágica, ou uma ficha de criatura, porém o que é efetivamente criado é uma carta “normal” de Magic, que pode ir pro cemitério, ficar na sua mão, etc.

O diferencial dessa mecânica em relação a cartas que buscam cartas de fora do jogo (por exemplo, a recente “Wish”, de Forgotten Realms) é que: 1) você não ocupa espaço em sideboards; e 2) a depender do efeito, o card criado por “Conjure” pode ser aleatório. Cartas como o “Tome of the Infinite”, acima, tem uma “lista” possível de cards que podem ser “Conjured”, mas como é aleatório você não controla o que vai efetivamente ganhar na sua mão. Outras cartas com “Conjure”, como o Wingsteed Trainer, te dizem especificamente qual card você vai ganhar, então você tem mais controle sobre a habilidade.

Esta habilidade é uma forma interessante de gerar Card Advantage, ainda que em alguns casos seja um efeito aleatório - o que também pode proporcionar muitos momentos inesperados/imprevistos nos jogos.

Cabe destacar, também, uma carta nova que embora não contenha uma das novas mecânicas, mostra que tipo de conteúdo podemos esperar das edições exclusivamente digitais.

Davriel é um planeswalker que em sua segunda habilidade (-2) traz "offers" e "conditions", termos que passam a ter um significado em si nas regras. As "offers" são bônus diversos (existem 8 diferentes), enquanto as "conditions" são penalidades diversas (novamente, são 8 diferentes). Ao usar o -2, o usuário receberá 3 opções aleatórias entre as 8 possíveis, e escolherá uma (tanto a "offer" como a "condition") para concluir a resolução da habilidade. Importante lembrar que você sempre escolherá nessa ordem ("offer" primeiro, depois "condition").

Trata-se de um planeswalker bem diferente, até mesmo difícil de avaliar, já que possui uma gama vasta de efeitos mas não há uma consistência/garantia de que você terá o efeito que precisa na hora que precisa. E, como as mecânicas, é um tipo de efeito difícil de imaginar existindo fora do ambiente digital.

E era isso que eu tinha a apresentar para vocês hoje! Em breve a edição já estará disponível no MTG Arena, e será a primeira vez que teremos efeitos do tipo (possíveis apenas em ambiente digital) dentro do nosso amado Magic: the Gathering. Se tiver mais dúvidas do funcionamento e interações das novas cartas, pode deixar um comentário aqui no artigo que eu respondo!

Até a próxima e um grande abraço!