Jogadores e Jogadoras, estamos de volta com mais um Decklist da Semana e, dessa vez, excepcionalmente vamos ver uma lista que não necessariamente foi encontrada numa liga ou Challenge, mas sim uma lista que me chamou muito a atenção na última edição do Pauper Masters Qualifier, torneio ao qual organizo em parceria com a CardsRealm.
O deck que pretendo abordar hoje é o Mono-Red Prowess, pilotado pelo jogador Frimbelglim no Pauper Masters Qualifier 1.03
Essa lista parece, de muitas maneiras, uma “evolução” e uma nova variante do antigo Izzet Blitz, deck que se tornou tecnicamente inviável dentro do Pauper após o banimento de Gush e Gitaxian Probe.
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Estes são os batedores do deck e as criaturas que fazem seu plano de jogo existir. Qualquer um deles se beneficia da grande maioria dos cards utilizados, principalmente quando você consegue fazer múltiplas delas por um turno.
Kiln Fiend é, de longe, a maior ameaça do deck e o card que costuma ganhar o jogo, podendo (com a combinação certa de cartas), fechar a partida ainda no turno 2.
Burning Prophet pode não ter todo o impacto que Kiln Fiend possui, mas o fato da sua habilidade triggar com qualquer noncreature e o fato de dar Scry 1 pra cada vez que você jogar uma mágica faz com que ela cumpra um papel essencial em filtrar seu topo enquanto serve como mais uma ameaça.
Mage-Ring Bully é, sinceramente, o mais próximo que o deck tem de outra ameaça de qualidade que se beneficie de tantas mágicas. Como o deck possui muita coisa para fazer, é bem incomum que Mage-Ring Bully ataque apenas como um 2/2 ou que não consiga sobreviver ao combate, o que torna do seu ‘drawback’ menos relevante do que parece.
A grande força desse deck se encontra na velocidade e na oportunidade de conseguir criar grande vantagem ou ganhar o jogo antes que seu oponente consiga interagir, punindo-o por mãos lentas e mãos com poucos removals, por exemplo.
Para reforçar a velocidade, o deck conta com um pacote de cartas que ajuda a acelerar as coisas enquanto também permite ao deck diminuir sua contagem de lands para 12 á fim de sempre ter mais ação na mesa.
Rite of Flame se destaca por ser um card que trigga o Kiln Fiend, habilitando algumas das jogadas e turnos mais explosivos o possível com a criatura, inclusive já presenciei nas partidas do Masters e já tive jogos nos meus testes onde uma sequência de Rite of Flame com qualquer removal e Temur Battle Rage me ganharam o jogo no turno 3.
Não sendo tão incomum quanto parece, é válido ressaltar que Simian Spirit Guide é uma criatura além de um efeito de free mana, e há ocasiões onde o jogo acaba por se estender e ele torna-se mais uma ameaça para você colocar na mesa pois não se faz mais necessário tentar agilizar a mana.
Tal como feito no Mono-Red Prowess do Modern, a lista segue o padrão de utilizar o melhor removal e dano vermelho do formato com Lightning Bolt e uma mágica que pode ser reutilizada sem custo algum para aumentar os triggers de Prowess na forma de Lava Dart, um card que possui muito mais utilidade no formato do que parece já que mata uma quantidade significativa de ameaças ao deck como todas as fadas, diversos elfos, Arbor Elf, Standard Bearer, Vault Skirge, tokens de Pássaro, entre outros.
Por fim, temos os pumps.
Reckless Charge é uma adição extremamente relevante neste tipo de deck pois habilita a criatura á atacar imediatamente e ativa o Ferocious de Temur Battle Rage com qualquer criatura do deck.
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Já Mutagenic Growth e Apostle’s Blessing servem tanto como uma proteção para as suas criaturas quanto um meio de puxar pontos extras de dano ao oponente, de acordo com a necessidade.
A realidade é que, na maioria das vezes, os seus pumps serão os principais cards á serem utilizados para te garantir vitórias rápidas, enquanto as interações tendem á garantir alcance caso seu plano inicial não dê certo e o jogo se prolongue.
Sideboard
Não é nenhuma surpresa que um deck como esse tenha problemas contra decks com Chainer’s Edict e afins, e Akroan Crusader dobra como uma ameaça E um card que te protege dos efeitos de édito do formato de maneira eficiente já que, além de ser um corpo que você normalmente não se importa em perder em troca de um Kiln Fiend, produz mais corpos na mesa para serem sacrificados em seguida, além de promover uma estratégia de “go-wide” em jogos onde o oponente se preocupa demais em manter os removals pontuais para as suas demais criaturas.
Sua tech anti-Faeries, anti-Elves, anti-Tokens.
Neste tipo de deck, onde você quer fazer a maioria das suas mágicas no seu próprio turno, o custo reduzido de Blazing Volley em comparação á Electrickery tende á compensar pois o deck é muito restrito com a sua própria mana. Foi de longe o card que mais me fascinou no sideboard.
Esse tipo de deck necessita de Flaring Pain, é o que garante que você não seja eternamente lockado com fog effect, é o que garante que um Prismatic Strands não vai simplesmente arruinar teu jogo.
A inclusão de Flaring Pain é tão óbvia que não há muito o que se dizer sobre.
Azul ainda é a cor mais quente do Pauper, e é muito difícil para um deck com um plano de jogo tão All-In como este ficar sem interações contra os counters do oponente, especialmente aquele Dispel no seu Temur Battle Rage que ganharia o jogo.
Há jogos em que você precisa ganhar rápido, muito rápido. Especialmente decks que possuem grande quantidade de removais e/ou decks que possuem meios de lockar o combate e prevenir dano.
Assault Strobe é mais um meio de garantir que você encerre o jogo rapidamente.
Análise de Desempenho
Eu pilotei esta lista no Tournament Practice do Magic Online e terminei com um resultado de 3-2:
2-0 vs. Elves
2-1 vs. Boros Bully
2-1 vs. Golgari TortEx
1-2 vs. Mono-Black Control
0-2 vs. Dimir Faeries
Primeiramente, é bom ressaltar que considero a matchup deste deck contra Black-Based decks horrenda, e a vitória que eu consegui contra o MBC foi baseada em fazer um combo-kill na 2. Dito isso, o deck sofre significativamente contra decks com removal (especialmente contra Snuff Out) e o formato atualmente tem uma quantidade significativa de decks dedicados a removal dentre seus principais decks do Metagame, o que somado á falta de proteção embutida que o deck possui (com exceção de Apostle’s Blessing) faz com que ele esteja pouco favorecido.
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O deck brilha, entretanto, onde seus oponentes possuem dificuldade de interagir e/ou precisam de um setup para conseguir jogar: A pressão de você fazer um Kiln Fiend na 1 ou na 2 e o oponente não ter preparado nada para interagir com ele pode muitas vezes fazê-lo ter uma jogada subotimizada para não morrer na volta ou até mesmo apenas fazer um land drop e rezar para não perder o jogo. Portanto, num metagame mais voltado para decks mais lentos e menos interativos, eu poderia ver o Mono Red Prowess sendo uma opção viável.
O card que se destacou para mim foi Lava Dart por, como citei na seção de removals, ter muito mais interações que eu inicialmente esperava que tivesse e provavelmente é um card que poderia ser melhor utilizado em outros decks vermelhos.
Enquanto a maior vantagem do deck é sua explosão, a sua maior fraqueza com certeza é a sua inconsistência: O deck possui doze ameaças em potencial, sendo que apenas quatro realmente são capazes de explodir o jogo ainda nos primeiros turnos. O deck utiliza doze lands e doze aceleradores, mas há momentos em que você abre uma mão inicial apenas com aceleradores e sabe que se não comprar uma Montanha você vai ficar muito pra trás no jogo.
O deck também sofre muito com Mulligans já que, tal como ocorria com o antigo deck de Inside Out, cada carta na mão e cada recurso conta muito na hora de você tentar ganhar a partida, e cada Mulligan dado é um recurso á menos que você terá e, muitas vezes, um turno á mais que você estará dando para o seu oponente.
No final das contas, não há muitas mudanças que eu consideraria fazer neste deck, fora substituir os Red Elemental Blast por Pyroblast, já que esses podem ser utilizados num alvo nulo para aumentar os triggers de Prowess, e particularmente não sei até onde realmente compensa ter estes dois Assault Strobe no Sideboard e não algum outro tipo de interação ou até outro meio de ganhar jogos contra decks de soft-lock e/ou prevenção como Firebrand Archer.
Ao todo, o sentimento que tenho é que a ideia do Mono-Red Prowess é muito bem executada nesta lista, mas ainda se trata de um deck extremamente frágil e que ainda carece de algumas ameaças mais impactantes para tornar-se um arquétipo mais competitivo dentro do formato.
Conclusão
Esta foi minha análise da Decklist da Semana, apresentando o Mono-Red Prowess que o jogador Frimbelgrim pilotou no terceiro Pauper Masters Qualifier.
Se você quiser saber mais sobre o evento, você pode encontrar mais informações á respeito dele aqui.
E caso você queira participar do quarto Pauper Masters Qualifier, ele ocorrerá no dia 24 de Abril, com uma inscrição de 2 TIX por jogador e o link da inscrição pode ser encontrado aqui.
Agradeço a leitura!
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