Magic: the Gathering

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Guia de deck Commander: Squall, Gunblade Duelist

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Assim como na coleção de O Senhor dos Anéis, Final Fantasy também recebeu novas cartas que juntas formam uma ilustração. No artigo de hoje, iremos ver um dos comandantes mais promissores desse novo produto: Squall, Gunblade Duelist!

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revisado por Tabata Marques

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Quando a coleção principal saiu, acabei não tendo tempo para fazer o deck tech de Squall, SeeD Mercenary, protagonista do meu primeiro Final Fantasy. Assim, fiquei muito feliz que o nosso emo favorito recebeu uma nova carta, me permitindo fazer um artigo fresquinho sobre ele.

Squall, Gunblade Duelist se trata de uma carta que encena a abertura cinemática do jogo no PS1. Essa cena me deixou de queixo caído pela sua qualidade técnica, despertando meu interesse em jogar Final Fantasy em geral.

Fico muito feliz em trazer esse deck tech hoje, que começaremos sem mais delongas!

Squall, Gunblade Duelist: O Comandante

Hoje iremos falar da nova versão do personagem Squall, Squall, Gunblade Duelist, nas cores Mardu, ou seja, preto, vermelho e branco.

Seus efeitos são a habilidade First Strike e uma outra bem peculiar para essas cores: ao entrar no campo, você escolhe um número, e é bom lembrar bem dele, pois esse valor será observado durante toda a partida, durante as etapas de combate de todos os jogadores.

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Sempre que uma ou mais criaturas, de qualquer jogador, atacam um dos seus oponentes, essa habilidade é desencadeada e checa o poder e a resistência das criaturas atacantes. Se qualquer uma delas tiver poder ou resistência igual ao número escolhido, Squall causa dano direto ao jogador defensor igual ao seu próprio poder, como se estivesse atirando à distância com sua Gunblade. O poder do nosso emo favorito é normalmente 3, mas pode ser escalado com auras, equipamentos e outros efeitos que o vermelho e o branco conseguem fornecer muito bem.

Lembrando que o efeito é desencadeado apenas uma vez por ataque. Caso você tenha escolhido o número “2”, por exemplo, e dez criaturas 2/2 ataquem algum oponente seu, Squall causará apenas um tiro no oponente sendo atacado. Também é sempre bom lembrar que Squall não precisa estar envolvido no ataque. Além disso, o efeito é desencadeado para cada oponente atacado, fazendo com que Squall, Gunblade Duelist dê dano em múltiplos jogadores no mesmo turno.

Decklist Squall, Gunblade Duelist

Existem muitas formas de montar esse deck. Quer resolver tudo sozinho? Tente fazer um deck de múltiplos combates por turno, onde o Squall vai pingar dano repetido. Quer ajuda sem recorrer à política na mesa? Faça com que seus oponentes sejam forçados a atacar com efeitos como Goad, por exemplo. Quer que Squall sempre dê um dano alto? Foque em aumentar o poder dele com equipamentos e auras, ou coloque cards como Torbran, Thane of Red Fell. É possível até mesmo juntar tudo isso no mesmo deck.

Nesse artigo, focaremos um pouco mais na opção de forçar combate entre os oponentes, o que acelera bem o ritmo de jogo a nosso favor.

O deck que temos aqui é um Bracket 4, cuja base é do jogador Forgemaw, mas fiz algumas pequenas mudanças.

A lista que veremos hoje é a seguinte:

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Base de Mana

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O pacote de Mana Rocks começa bem simples, mas garante estabilidade de mana em quantidade e diversidade de cores. O conjunto básico é Sol Ring, Arcane Signet e os três Talismans que formam as cores Mardu: Talisman of Hierarchy, Talisman of Conviction e Talisman of Indulgence. No campo dos sinetes, temos Boros Signet e Orzhov Signet. No lugar do preto e vermelho, coloquei minha querida Sonic Screwdriver, que traz uma série de habilidades diferentes.

No campo dos terrenos, Savai Triome é nosso padrão ouro. Vault of Champions, Haunted Ridge, Sacred Foundry e Godless Shrine são outros terrenos de excelente qualidade, sendo os últimos sustentados pelas fetches Arid Mesa, Bloodstained Mire e Marsh Flats.

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Lotho, Corrupt Shirriff, Professional Face-Breaker, Rev, Tithe Extractor e Kellogg, Dangerous Mind são motores de geração de fichas de tesouro, oferecendo o melhor tipo de ramp consistente que as cores Mardu conseguem.

Como estamos jogando sem verde, não podemos esperar nada muito fora da curva. Então, o que prezamos nesse deck é funcionalidade: apenas o essencial para colocar Squall em campo o mais rápido possível. Afinal, quanto mais cedo o comandante entra, mais cedo o jogo gira em torno dele.

Incentivos de Combate

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O verdadeiro coração do deck está na política de mesa, mas diferente de um Group Hug tradicional, Squall, Gunblade Duelist não quer travar o campo, e sim vê-lo se movimentar. Cartas como Breena, the Demagogue, Vengeful Ancestor e Karazikar, the Eye Tyrant incentivam ou até obrigam os oponentes a atacarem uns aos outros, oferecendo recompensas como compra de cartas. Orzhov Advokist e Nils, Discipline Enforcer são verdadeiras cerejas do bolo, aumentando criaturas adversárias, mas inibindo que elas te ataquem. Cartas como a minha amada Ghostly Prison também são bem-vindas.

Como vimos no último parágrafo, utilizaremos muito a mecânica chamada Goad. Sempre que uma criatura é afetada por ela, ela é obrigada a atacar algum jogador em seu próximo turno e não pode atacar você enquanto houver outro jogador disponível. A princípio, isso parece uma mecânica caótica, com poucas margens para controle, mas com um pouco de conhecimento e costume você logo perceberá que é uma mecânica bem metódica. Em decks como o de Squall, Gunblade Duelist, o Goad funciona como combustível para sua estratégia principal. Quanto mais criaturas forem empurradas para o combate, mais chances do número escolhido coincidir e a Gunblade do nosso comandante entrar em ação, acertando dano nos oponentes.

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Como cada ataque contra seus oponentes é uma chance de Squall, Gunblade Duelist desencadear seu efeito, vamos mirar em jogos longos, onde será possível extrair o máximo de cada ataque nosso e de nossos oponentes, com nosso comandante pingando dano, muitas vezes sem que você precise atacar por si mesmo. Fumiko the Lowblood é talvez a peça mais importante nesse sentido. Ela força todos a atacarem sempre que possível e, como Squall pune ataques, a Samurai colabora significativamente com essa estratégia.

Controle e Proteção

Uma vez que nosso foco é ir para jogos longos, mesmo utilizando artimanhas como a mecânica de Goad, o deck precisa de uma resistência de longo prazo para sobreviver a todos os jogadores sendo obrigados a atacar seguidamente.

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Archangel of Tithes e Ghostly Prison estabelecem um custo para quem quiser mirar em você, enquanto Taunt from the Rampart obriga ataques direcionados entre os oponentes ao mesmo tempo que abre caminhos para os nossos. Mesmo em casos nos quais Fumiko the Lowblood força oponentes a nos atacar, taxas como Ghostly Prison ainda estão de pé, nos protegendo até mesmo contra ataques obrigatórios.

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Para proteger o comandante, usamos um pacote branco de proteção instantânea: Flawless Maneuver, Selfless Spirit, Surge of Salvation e Bastion Protector, que garantem que Squall, Gunblade Duelist permaneça em campo e continue fazendo o trabalho. Firemane Commando recompensa quem te ignora, sendo uma ferramenta perfeita de dissuasão. Dawn’s Truce e Pollen Lullaby atuam como prevenções de dano que, além de salvar sua vida, muitas vezes viram o combate contra o agressor. A última está aqui puramente porque uma vez perdi uma partida para essa carta.

Se esse deck tivesse azul, aqui teria um parágrafo falando sobre a atuação de The Second Doctor nele. Como não tem, vamos seguir.

Remoções e Retaliação

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O pacote de remoções segue o padrão Mardu com Swords to Plowshares, Path to Exile, Generous Gift e Chaos Warp como opções pontuais. Crackling Doom elimina a maior ameaça sem mirar diretamente, exigindo um certo timing.

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Blasphemous Act é o botão de emergência, limpando o campo quando as coisas saem do seu controle. Fated Clash também faz isso, porém de forma muito mais dramática e teatral, assim como a cinemática de abertura de Final Fantasy VIII, de onde nosso comandante e essa carta foram inspirados.

Spectacular Showdown é uma das mágicas mais divertidas da lista. Ela transforma o campo em um festival de double strike, podendo tanto facilitar sua vitória quanto gerar um último surto antes de você sair de jogo, jogando o campo em uma verdadeira briga de bar.

O Número Mágico

Sempre que um comandante como Squall, Gunblade Duelist surge, muito se debate qual o melhor número a se escolher para suas habilidades. O mesmo aconteceu com Talion, the Kindly Lord.

A realidade é que, com esse Squallzinho, você não vence na pressa, mas sim na leitura. O número escolhido define o andamento da partida. Contra decks aggro, 1, 2 ou 3 são ideais, punindo tokens e criaturas médias. Contra midranges e comandantes mais corpulentos, 4 ou 5 costumam ser uma ideia melhor. Em mesas com criaturas grandes, como Eldrazis, números maiores como 6 e 7 podem ser mais convidativos. Ler o campo e encontrar o número perfeito às vezes garantirá o jogo sozinho. Ou, em outras ocasiões, você pode simplesmente colocar um Helm of the Host e criar vários Squalls que miram em números diferentes.

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Por fim, para seu Squall crescer fortinho, algumas mágicas como Blackblade Reforged e Noble Heritage tornam-se interessantíssimas para os rumos que você quer levar no jogo, permitindo que seu comandante cause bem mais do que apenas 3 de dano por cada vez que sua habilidade é desencadeada.

Estratégia alternativa: Squall Tokens

A estratégia alternativa que escolhi trazer aqui hoje é a de Tokens, como visto pelo jogador Zekklez. Usa suporte para Tokens como Anim Pakal, Thousandth Moon e Assemble the Legion.

A lista é a seguinte:

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Considerações Finais

Provavelmente farei mais decktechs das lendas da coleção de novas cenas de Final Fantasy. Não pude explorar a coleção quando saiu, e fico feliz em ter uma chance agora.

Sobre Squall, Gunblade Duelist, montar esse deck é uma mistura de nostalgia com a franquia e nostalgia com o Commander, uma vez que um dos meus primeiros comandantes foi justamente um Mardu focado em Stax.