Magic: the Gathering

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Os novos horizontes do Modern

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Dois meses após o lançamento de Modern Horizons II, o Modern é um novo formato, com novos decks e novos principais arquétipos. No artigo de hoje, apresento os principais decks do formato atualmente!

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revisado por Tabata Marques

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Modern Horizons II foi uma das coleções de maior sucesso para Magic: The Gathering na maioria de seus formatos, impactando significativamente o Modern, o Legacy e o Pauper.

Cards como Ragavan, Nimble Pilferer, Murktide Regent, Dragon’s Rage Channeler, Urza’s Saga, Prismatic Ending e Endurance se tornaram grandes Staples do Legacy, inclusive definindo o atual estado do Metagame do formato, criando diversos tópicos de discussões sobre o impacto da coleção e o que esperar no futuro.

Já o Modern foi impactado por estes mesmos cards, e também por Dauthi Voidwalker, Shardless Agent, Solitude, Subtletly, Grief, The Underworld Cookbook, Counterspell, entre diversos outros cards que se destacaram neste período nos mais diversificados decks.

Com dois meses do lançamento de Modern Horizons II, o formato mudou completamente, diversos novos decks se estabeleceram como novos Tiers do formato enquanto decks consagrados ganharam novos elementos ou até mesmo tornaram-se decks completamente novos com a nova coleção.

Neste artigo, pretendo apresentar o novo Metagame do Modern, e o que podemos esperar do futuro do formato.

Hammer Time

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O Hammer Time é o deck mais jogado do formato hoje, com cerca de 8.5% do Metagame atualmente, um deck com uma quantidade significativa de listas fazendo Top 8 em todos os eventos do formato até então.

O Hammer-Time é essencialmente um Aggro-Combo, com uma abundância de efeitos de card advantage, que tenta ignorar o custo de equipar de Colossus Hammer com Sigarda’s Aid e Puresteel Paladin, podendo ganhar o jogo rapidamente ainda no turno 3, ou até mesmo no turno 2 com uma combinação de dois Colossus Hammer, Sigarda’s Aid e Ornithopter ou Memnite.

Além do seu começo de jogo explosivo, o Hammer Time é extremamente consistente já que possui uma quantidade significativa de tutores para Colossus Hammer como Urza’s Saga, Stoneforge Mystic e Steelshaper’s Gift, além de uma quantidade esmagadora de cards que permitem ao deck manter seu gás como Puresteel Paladin, Esper Sentinel e Ingenious Smith.

Urza’s Saga, inclusive, possui múltiplas funções ao deck, servindo como um land drop, um meio de criar dois corpos na mesa que interagem muito bem com a abundância de artefatos que o deck utiliza, além de tutorar Colossus Hammer, habilitar o melhor uso de Mishra’s Bauble na lista e permitir um pequeno toolbox de cards como Shadowspear para dar evasão ou Paradise Mantle para adicionar uma mana extra.

Além disso, outro ponto muito forte deste deck é a forma com qual ele consegue passar por removals e descartes com alguma facilidade utilizando Esper Sentinel, Giver of Runes e Lurrus of the Dream-Den, enquanto qualquer ameaça que permanece na mesa pode potencialmente acabar com o jogo em um ou dois turnos.

Falando em acabar com o jogo rapidamente, o deck também conta com um combo-kill entre Inkmoth Nexus e Colossus Hammer, onde você pode transformar Inkmoth Nexus em uma criatura, equipá-la com Colossus Hammer e, em seguida, transformá-la novamente para ela ter Flying, atacando com um 11/11, e causando 10 de dano com Infect, finalizando o jogo. Este combo, inclusive, permite ao deck passar por cima de soft-locks de vida infinita, como os do Heliod Company.

A inclusão de Esper Sentinel e Urza’s Saga adicionou uma consistência gigantesca para o arquétipo, e junto ao fato do baralho ser muito mais acessível financeiramente do que a maioria dos outros decks do formato, significa que mais jogadores estão dispostos a montá-lo, já que o arquétipo apresenta ótimos resultados no formato, e é definitivamente o primeiro ou um dos primeiros decks que você deve respeitar quando monta sua lista.

Izzet Tempo

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Tempo Decks costumam ser o melhor deck do formato quando eles são competitivamente viáveis, e há quem acredite que o Izzet Tempo só não é o deck mais jogado do Modern hoje por conta do seu preço, que passa dos 1.000 tix.

O Izzet Tempo pode ser visto como um sucessor espiritual do Grixis Shadow, que dominou o formato em 2017 e levou o Metagame à transformação para lidar com a nova ameaça: O deck possui uma ameaça de custo baixo que ganha o jogo por conta própria na forma de Ragavan, Nimble Pilferer, uma criatura complementar nos slots agressivos com Dragon’s Rage Channeler e uma criatura de poder alto que você pode conjurar rapidamente graças aos inúmeros efeitos de cantrip na forma de Murktide Regent, que encerra o jogo em dois turnos e permite ao deck jogar “por cima” dos outros decks..

Fora disso, o arquétipo conta com um total de 16 a 18 cantrips entre Mishra’s Bauble, Serum Visions, Thought Scour e Slight of Hand, e fecha seus slots no deck com removals eficientes como Lightning Bolt e Unholy Heat e meios de proteger suas ameaças com Counterspell, além da inclusão de um elemento de atrito que varia entre Dreadhorde Arcanist e Snapcaster Mage.

O que torna do Izzet Tempo um deck tão forte no formato hoje é o quão bem o arquétipo consegue encontrar suas respostas e ameaças e executar o seu plano de jogo, e que o formato hoje possui uma gama significativa de decks competitivos que estão mais preocupados em executar seu plano de jogo do que em interagir com o plano de jogo do oponente, sendo exatamente o Metagame onde Tempo decks conseguem se manter firmes.

Além disso, Ragavan, Nimble Pilferer é uma carta absurdamente poderosa, que pode dominar o jogo em poquíssimos turnos e que tira vantagem de oponentes que não interagem no early game, enquanto Murktide Regent é uma ameaça difícil de remover pelos meios convencionais adotados pelo formato hoje, algo que pode mudar quando os jogadores adotarem mais removals eficientes contra ele, como temos visto ocorrer com Terminate.

Temur Cascade

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O primeiro novo deck a surgir com Modern Horizons II, com um card que muitos jogadores já conheciam por conta da presença de Shardless Agent no Legacy, foi o Temur Cascade, ou Temur Crashcade, como alguns jogadores tem chamado.

Uma das maiores adições de Modern Horizons II foi Shardless Agent, que permitiu a arquétipos que abusam da mecânica de Cascade, como o Living End, que comentaremos posteriormente, e o Temur Cascade, que procura abusar da mecânica com cards com efeitos como Crashing Footfalls para criar um impacto significativo na mesa.

Shardless Agents possui algumas vantagens em particular que catapultam os decks de Cascade: Primeiro, o card é uma criatura 2/2, o que adiciona mais pressão na mesa, mas, além disso, o card também é um ótimo pitch para Force of Negation e os recém-lançados Subtletly e Endurance.

O deck conta, para interação de early-game, com cards que conseguem passar pelo custo do Cascade sem necessariamente perder sua efetividade no começo do jogo, como cards com Adventures como Bonecrusher Giant e Brazen Borrower, e Fire // Ice, também lançado em Modern Horizons II.

Com isso, o deck pode utilizar Shardless Agent e Violent Outburst para puxar Crashing Footfalls diretamente, colocando um total de 8 de poder na mesa com Trample para o oponente lidar, e ainda assim obter diversos outros elementos de grind com suas outras criaturas e com Jace, The Mind Sculptor e Cryptic Command.

Algumas listas utilizam um leve splash para o branco para cards como Teferi, Time Raveler para interromper interações do oponente, além de Ardent Plea como mais um enabler para o plano do deck e Omnath, Locus of Creation como uma bomba de late-game.

Living End

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Falando em decks de Cascade, o Living End foi outro arquétipo que recebeu ótimas adições presentes no deck acima, como Shardless Agent e Subtletly, mas também se trata do melhor deck para se utilizar Grief, um card que muitos jogadores acreditavam que quebraria o formato.

O coração do deck consiste em utilizar criaturas com Cycling para comprar cards, até encontrar um Shardless Agent ou Violent Outburst para conjurar Living End, que comumente irá limpar a mesa do oponente, enquanto a sua mesa será lotada pelas criaturas que você descartou durante os primeiros turnos, comumente ganhando o jogo no turno seguinte.

A grande evolução do Living End nos últimos meses é a transição da sua base que vem utilizando cada vez menos cores para ter uma manabase mais estável que permite ao jogador conjurar suas ameaças caso o oponente tenha meios de prevenir seu plano de jogo inicial com cards como Teferi, Time Raveler ou um Chalice of the Void para 0, jogando dessa maneira como um “fair game” até que as ameaças em questão sejam resolvidas e permitindo ao deck explodir mesmo no late-game. Algumas listas, inclusive, recorrem a cards como Brazen Borrower justamente para lidar com essas situações e ter outra ameaça totalmente conjurável e evasiva que pode ganhar o jogo.

Outro card que o arquétipo tem adotado nas suas listas mais recentes é Waker of Waves, uma criatura que funciona para cavar mais fundo no deck com sua habilidade de descarte, enquanto ao entrar em jogo pode reduzir significativamente o clock do seu oponente.

Rakdos Midrange

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O Modern não é mais o mesmo, e o fato do Rakdos Midrange, ou Rakdos Lurrus, ser considerado o principal Midrange do formato hoje apresenta bem como o formato mudou para um Metagame voltado para eficiência de mana e o poder individual das suas ameaças.

Onde antes decks como Jund, Abzan, entre outros Midranges apostavam em fazer uma escalada gradativa da curva de mana para ter ameaças cada vez mais impactantes, como uma escalada entre Tarmogoyf, Liliana of the Veil e Bloodbraid Elf, hoje os decks Midrange se importam muito mais em manter a curva baixa para trocar favoravelmente com decks como o Izzet Tempo e o Hammer Time, enquanto conseguem jogar “por baixo” dos Big Mana como o Amulet Titan.

O Rakdos Midrange utiliza de ameaças de custo baixo que oferecem muito valor ao decorrer do jogo, como Ragavan, Nimble Pilferer, Dauthi Voidwalker e Kroxa, Titan of Death’s Hunger em conjunto com descartes eficientes como Thoughtseize e removals de custo baixo como Terminate e Lightning Bolt, além de elementos de atrito adicionais como Kolaghan’s Command, Mishra’s Bauble e Lurrus of the Dream-Den.

Dauthi Voidwalker é um card que ganhou muito destaque no formato como um hate de maindeck contra decks de cemitério que também é uma ameaça evasiva e que comumente oferece uma quantidade significativa de valor quando você conjura uma bomba do oponente com sua habilidade, tal como é feito com Ragavan, Nimble Pilferer.

Atualmente, o deck tem procurado se adaptar ainda mais ao Metagame atual do Modern, optando por splashes para outras cores para utilizar cards eficientes como Prismatic Ending no branco, Wrenn and Six e Tarmogoyf no verde e Snapcaster Mage e Drown in the Loch no azul.

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Amulet Titan

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Nem só de decks novos se vive o Modern, e dentre os antigos decks do formato, o Amulet Titan é um dos principais arquétipos que não apenas conseguiram se manter no formato, como recebeu uma poderosíssima adição com Urza’s Saga, que permite ao deck tutorar Amulet of Vigor ou Expedition Map, enquanto cria outro eficiente (porém nem tanto quanto em outros decks) plano de ataque.

O objetivo do Amulet Titan é essencialmente rampar, e abusar do efeito de Amulet of Vigor com as Bouncelands, como Simic Growth Chamber, para desvirá-las e adicionar mana antes do seu trigger de ETB resolver, tornando-se um ramp significativo para um deck que procura explodir com uma combinação de Primeval Titan com uma quantidade significativa de Lands que permitem as mais diversas situações no jogo, como atacar para 16 de dano utilizando Slayers’ Stronghold e Sunhome, Fortess of the Legion.

Além disso, o deck também conta com outros pacotes de cartas muito poderosos, como a combinação de Dryad of the Ilysian Grove com Valakut, the Molten Pinnacle para criar um combo-kill com seus terrenos, ou o toolbox de Karn, the Great Creator para responder às mais variadas situações.

Izzet Prowess

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Considerado por muitos um dos, se não o melhor deck do formato pré-Modern Horizons II, o Izzet Prowess permanece como um competidor no atual Metagame do formato, e foi um dos beneficiados com a inclusão de Dragon’s Rage Channeler.

Diferente do Izzet Tempo, o Izzet Prowess não possui como parte do seu plano de jogo a inclusão de trocas favoráveis ou muita interação no jogo, apostando unicamente na velocidade com qual o deck consegue vencer o jogo utilizando uma sequência de mágicas junto de Soul-Scar Mage e/ou Monastery Swiftspear.

Apesar de existirem outras versões do deck, como o Boros com Clever Lumimancer ou Mono-Red, acredito que a versão Izzet é a que possui melhores resultados atualmente e isso deve-se às cartas que filtram o topo do deck e o permitem comprar melhor como Stormwing Entity, uma ameaça evasiva com Prowess que ainda permite ao deck consertar o seu topo, e Expressive Iteration como uma forte engine de card advantage por um custo baixo que corresponde bem ao plano agressivo do deck enquanto adiciona um fôlego adicional á ele.

Fora disso, o deck também conta com um pacote de free spells entre Mishra’s Bauble, Manamorphose e o flashback de Lava Dart para aumentar a pressão na mesa e na vida do oponente.

Food

Existem diversas variantes dos decks que usam a mistura de Asmoranomardicadaistinaculdacar (posteriormente chamada de Asmo, pelo bem do meu teclado) com The Underworld Cookbook e Ovalchase Daredevil, como as versões Golgari ou Sultai utilizando a mecânica com o clássico combo de Witch’s Oven + Cauldron Familiar e tendo como principal payoff Feasting Troll-King, conhecido como Foodgaak, e também a recente aparição da versão Rakdos utilizando Ragavan, Nimble Pilferer, Urza’s Saga e o pacote de interações do Rakdos Midrange, mas a versão que tem feito melhores resultados são as versões Dimir com splash para vermelho ou branco.

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O deck aposta numa rede de sinergias entre Asmo, Street Wraith, The Underworld Cookbook, Ovalchase Daredevil e Urza’s Saga, onde Asmo, conjurada após descartar Street Wraith, ou Urza’s Saga buscam The Underworld Cookbook, que por sua vez pode ser utilizado junto de Ovalchase Daredevil para criar um token de Food que devolverá Ovalchase Daredevil para sua mão, criando um recurso repetido de tokens que podem ser utilizados como vida extra ou removals com a Asmo, ou para aumentar o poder dos tokens produzidos por Urza’s Saga.

Como esta combinação envolve um número significativo de artefatos ou produção de artefatos, fica claro que cards que se beneficiam disso, como Urza, Lord High Artificer e Emry, Lurker in the Loch poderiam se aproveitar dessas interações para seu próprio plano de jogo, criando um arquétipo poderosíssimo conhecido como Dimir Food, ou Urza’s Kitchen.

Urza, Lord High Artificer adiciona redundância ao plano de beatdown do deck, criando o mesmo token que Urza’s Saga, enquanto transforma suas tokens de Comida em Mox Sapphires e possui um mana-sink relevante no jogo, já Emry, Lurker in the Loch permite ao deck obter ainda mais valor e reutilizar artefatos descartados ou destruídos de seu cemitério, como Thought Monitor, um corpo evasivo que compra dois cards por, comumente, duas manas ou menos.

Elementals

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Um deck que tem crescido no formato recentemente graças às adições de Modern Horizons II é o Four-Color Elementals, um deck que procura abusar da mecânica de Evoke com Ephemerate, uma combinação muita conhecida no Pauper.

Para isso, o deck recorre aos elementais Fury, que possui a capacidade de limpar a mesa do oponente com facilidade, Solitude, que funciona como uma Swords to Plowshares com pernas, e Endurance, que é um ótimo hate contra decks de Murktide Regent e Living End, enquanto bloqueia muito bem a maioria das criaturas agressivas do formato hoje.

O deck também conta com Risen Reef para acelerar mana e gerar valor, Flamekin Harbinger como um tutor e Omnath, Locus of Creation como um card que é pitch para qualquer um dos Elementais, enquanto é apenas uma das criaturas mais poderosas lançadas recentemente.

Anteriormente, o arquétipo contava com mais elementais e procurava recorrer a cards como Voice of Resurgance e Unsettled Marineer. Hoje, o deck tem deixado de lado a ideia de contar unicamente com Elementais, e adotou um pacote de cards comumente vistos em decks de Goodstuff, como Wrenn and Six, Teferi, Time Raveler e Utopia Sprawl para corrigir a mana.

Scapeshift

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Tal como antes da chegada de Modern Horizons II, ainda existem muitos decks no estilo Four-Color Goodstuff no formato, e as versões de maior sucesso são os que Bring to Light e Scapeshift.

Houve uma época em que o objetivo dos decks de Scapeshift eram rampar continuamente com Explore, Sakura-Tribe Elder, Khalni Heart Expedition dentre outros cards para fazer um Primeval Titan cedo e buscar Valakut, the Molten Pinnacle para começar a causar dano gradativo ao oponente ou suas criaturas, ou utilizar um completo combo-kill com Scapeshift para ganhar o jogo em um único turno.

Hoje, os decks de Scapeshift são muito mais voltados para jogos de valor, acumulando card advantage com cards como Teferi, Time Raveler, Omnath, Locus of Creation e Tibalt, Cosmic Impostor, utilizando Bring to Light como um misto de toolbox e finisher quando você possui o combo de Dryad of the Ilysian Grove para utilizar Scapeshift e fazer com que todos os seus terrenos desencadeiem a habilidade de Valakut.

Mill

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Antes um meme deck que nunca funcionou e em seguida um Prison deck, o Dimir Mill tornou-se um competidor a se considerar no formato.

O deck tem ganhado novos elementos desde Zendikar Rising, onde Ruin Crab e Maddening Cacophany, que habilitou ao deck fazer melhor uso de Lurrus of the Dream-Den, deram ao arquétipo elementos o suficiente para ser uma opção viável no Modern, tornando-o um ponto do qual os jogadores respeitam ao utilizar cards como Gaea’s Blessing ou Kozilek, Butcher of Truth em seus sideboards.

Com Modern Horizons II, o deck recebeu Fractured Sanity como uma carta flexível que entre qualquer um dos seus módulos (Cycling ou cast) funcionam muito bem para o seu plano de jogo, mas o card que tem se destacado por conta da curva baixa do formato atualmente foi a recém-adicionada Tasha’s Hideous Laughter, que pode remover do deck do oponente uma quantidade significativa de cards por um custo muito baixo.

UWx Control

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A inclusão de Counterspell no formato obviamente alavancaria os decks Control, e a adição de Prismatic Ending deu ao deck meios de responder às mais diversas permanentes dos oponentes.

Apesar de as principais versões serem Azorius, utilizando ambos os Teferis, Snapcaster Mage, Jace, the Mind Sculptor e o clássico pacote de Control que conhecemos no formato como Path to Exile, Archmage’s Charm e Cryptic Command, versões Jeskai com Lightning Bolt , versões Esper com Kaya’s Guile ou até mesmo Four-Color tem aparecido no formato ocasionalmente.

Outros

Não são apenas estes decks que compões o Metagame do Modern hoje, e diversos outros decks conseguem fazer resultados nos eventos do formato. O Modern sempre foi um formato extremamente diversificado, e isso não mudou tanto nas últimas semanas, apesar das inclusões de Modern Horizons II.

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Antes o melhor deck do formato, o Heliod Company ainda consegue fazer bons resultados neste novo Metagame e pegar jogadores desatentos. Com a ascensão dos decks vermelhos e decks pretos no formato recentemente, não me surpreenderia ver o arquétipo, que utiliza Auriok Champion no maindeck, ressurgir novamente nas próximas semanas.

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Seguindo a safra de Goodstuff decks, temos o Four-Color Turns, um deck que segue uma proposta parecida com vista no Jeskai Turns do Historic: Utilizar tokens criados por Dwarven Mine e Prismari Command para conjurar Indomitable Creativity e colocar Velomachus Lorehold em jogo, e à partir disso jogar diversos turnos extras com Time Warp e Savor the Moment.

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Existem muitos tipos de Stoneblade decks no Modern atualmente: Boros com Imperial Recruiter, Orzhov com Dauthi Voidwalker e Grief, Bant com Ice-Fang Coatl, Noble Hierarch e Spell Queller, entre outras versões, e isso significa que você precisa estar preparado para enfrentar as suas mais diversas variantes.

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Após estar ausente do formato desde o banimento de Mox Opal, os decks de Hardened Scales voltaram para o Modern graças a Urza’s Saga e Zabaz, the Glimmerwasp, que permitem ao deck operar incrivelmente bem e possuir diversos ângulos de ataque entre marcadores que podem ser transferidos entre criaturas, artefatos que pumpam Urza’s Saga, dano direto com Walking Ballista ou um exército de tokens com Hangarback Walker.

É claro que estes não são os únicos decks que você encontrará no formato hoje, já que o Modern possui talvez a maior diversidade dentre os formatos competitivos atuais e vários arquétipos são viáveis dentro do Metagame. Dentro dos que não citei existem diversos outros decks viáveis Golgari Yawgmoth, Death’s Shadow, Humans, Ponza, Tron, Enchantress, Death & Taxes, Ad Nauseam, Boros Burn, entre inúmeros outros que aparecem de forma ocasional ou frequentemente nos Challenges e demais torneios competitivos. Para ter uma ideia, o torneio do ManaTraders com 213 jogadores teve os seguintes decks no Metagame:

33 Hammer Time

16 Izzet Tempo

14 Living End

14 Temur Cascade

11 Grixis Tempo

8 Dimir Mill

7 Rakdos Lurrus

7 Elementals

6 Mardu Lurrus

6 Amulet Titan

6 Eldrazi Tron

4 Boros Burn

4 Jeskai Control

4 Jund

4 Jeskai Breach Station

3 Heliod Company

3 Four-Color Turns

3 Ad Nauseam

3 Cascade Glimpse

2 Grixis Shadow

2 Golgari Infect

2 Orzhov Weenies

2 Izzet Prowess

2 Golgari Yawgmoth

2 Bant Ephemerate

2 Mono Red Prowess

2 Azorius Spirits

2 Five-Color Scapeshift

2 Gruul Ponza

2 Bant Stoneblade

2 Jeskai Kitchen

2 Orzhov Stoneblade

1 Dredge

1 Gruul Titan

1 Four-Color Shadow

1 Four-Color Cascade

1 Izzet Breach Station

1 Grixis Rogues

1 Jeskai Prowess

1 Hardened Scales

1 Amulet Breach

1 Reanimator

1 Dice Tron

1 Elves

1 Jeskai Stoneblade

1 All Spells

1 Jund Lurrus

1 Goblins

1 Mono-Red Obosh

1 Grixis Food

1 Four-Color Creativity

1 Mono-Blue Tron

1 Jund Company

1 Naya Enchantress

1 Sultai Food

1 Jeskai Tempo

1 Humans

1 Izzet Swans

1 Four-Color Ephemerate

1 Izzet Delver

Então, como podemos ver, há muito espaço para os mais diversos decks e para muita inovação no Modern atualmente.

O que esperar do futuro?

O Modern se encontra num estado bem diversificado atualmente, e esta semana foi possível notarmos, através dos números apresentados no Metagame de diversos eventos quais são os principais decks do formato, especialmente no topo dele, onde se encontram Hammer Time e Izzet Tempo, mas estes decks não parecem estar criando números alarmantes para o formato, como Modern Horizons fez com Hogaak, Arisen Necropolis e depois com Arcum’ Astrolabe.

Cards como Ragavan, Nimble Pilferer e Urza’s Saga definitivamente são os cards mais poderosos da coleção, com Dragon’s Rage Channeler sendo um provável terceiro colocado, mas estes cards não estão apresentando uma predominância tão alta a ponto de ser prejudicial ao formato, apesar de claramente mudarem significativamente o formato.

O que veremos nas próximas semanas, e o que já estamos vendo, é que o formato está tentando se adaptar a estes melhores decks do formato com a inclusão de cards como Engineered Explosives e Chalice of the Void, além de decks utilizando removals como Terminate e a volta de cards como Kolaghan’s Command nos principais decks competitivos.

Um ponto importante, todavia, é que existem dois cards que tem se tornado Staples quase onipresentes dentre os principais decks do formato:

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Comumente utilizados em conjunto, Lurrus of the Dream-Den e Mishra’s Bauble tem sido utilizadas nos mais diversos decks do formato, ambos tanto como engine de Card Advantage quanto individualmente, especialmente no caso de Mishra’s Bauble, utilizado como enabler para Delirium, enabler para Revolt, e possui uma gama significativa de utilidades e interações com fetchlands, descartes, dentre outros cards, além de ser uma cantrip utilizada de graça.

Por conta disso, não me surpreenderia se, caso os decks que o utilizam se tornarem predominantes no formato, e dado o histórico da Wizards de remover free spells do formato, Mishra’s Bauble ser banida.

Particularmente, não gostaria de ver e não espero ver banimentos no Modern tão cedo. O formato acabou de se adaptar, os novos decks estão estabelecidos e estamos vendo os demais decks tomarem os próximos passos para se adaptar. Não me surpreenderia, inclusive, novos decks subirem no formato de acordo com como os baralhos forem se adaptando, tal como já vimos ocorrer diversas vezes.

Conclusão

Esta foi minha introdução ao novo Metagame do Modern, junto de uma breve análise do que espero para o futuro do formato nas próximas semanas ou meses.

Estarei observando o andamento dos decks e das adaptações feitas nas listas nas próximas semanas, sempre divulgando minha análise no Metagame, meu artigo semanal sobre os formatos competitivos e, caso algo se destaque ou quando surgir mais informações de alta relevância, elaborando artigos exclusivos para o formato!

Obrigado pela leitura!