Magic: the Gathering

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Metagame: Dois meses após Modern Horizons II

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No artigo de hoje, analisamos os resultados dos torneios deste fim de semana, que marcou a oitava semana de eventos desde o lançamento de Modern Horizons II nas plataformas digitais.

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revu par Tabata Marques

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Estamos de volta com mais um Metagame, onde fazemos uma análise dos resultados dos eventos deste fim de semana para avaliarmos o comportamento geral de cada formato, suas adaptações e nuances.

Standard

Como de costume, vamos começar com o Standard, que tem passado por algumas pequenas, mas relativamente inesperadas mudanças desde o último fim de semana.

O Standard Challenge de sábado teve o seguinte Top 32:

6 Naya Winota

6 Gruul Madga

4 Sultai Ultimatum

4 Rakdos Sacrifice

4 Mono-Green Aggro

3 Mono-Red Aggro

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1 Azorius Artifacts

1 Naya Adventures

1 Dimir Rogues

1 Temur Lukka

1 Jeskai Cycling

E o Top 8 terminou com:

3 Gruul Magda

1 Sultai Ultimatum

1 Mono-Red Aggro

1 Mono-Green Aggro

1 Azorius Artifacts

1 Naya Winota

No Domingo, o evento teve o seguinte Top 32:

9 Sultai Ultimatum

7 Naya Winota

6 Gruul Magda

2 Dimir Rogues

1 Mono-Red Aggro

1 Mono-White Aggro

1 Mono-Green Aggro

1 Mono-White Control

1 Jeskai Mutate

1 Azorius Artifacts

1 Temur Lukka

1 Jeskai Cycling

E o Top 8 foi com os seguintes decks:

3 Sultai Ultimatum

2 Naya Winota

1 Dimir Rogues

1 Mono-Red Aggro

1 Mono-White Aggro

Neste fim de semana, também tivemos o SCG Tour Online Championship Qualifier, e os decks que fizeram um resultado de 7-1 ou melhor foram:

2 Naya Winota

1 Mono-White Aggro

1 Gruul Magda

1 Sultai Ultimatum

1 Dimir Rogues

1 Izzet Control

1 Mono-Green Aggro

Também tivemos os SCG Satellites, uma série de oito eventos aos quais seria muito complicado fazer o levantamento de cada um deles, portanto estou listando apenas os decks que fizeram 6-0 nesses eventos:

3 Naya Winota

2 Temur Lukka

2 Sultai Ultimatum

1 Dimir Rogues

1 Dimir Control

1 Mono-White Aggro

Também tivemos o Insight eSports Invitational, um torneio que mesclava rodadas de Standard e Historic.

Os decks de Standard do Top 32 foram:

16 Naya Winota

3 Gruul Adventures

2 Naya Adventures

2 Temur Adventures

2 Sultai Ultimatum

1 Rakdos Midrange

1 Rakdos Sacrifice

1 Abzan Yorion

1 Mardu Fury

1 Izzet Dragons

1 Dimir Rogues

1 Jeskai Mutate

1 Mono-Green Aggro

E o Top 8 foi composto por:

4 Naya Winota

1 Jeskai Mutate

1 Rakdos Midrange

1 Gruul Adventures

1 Rakdos Sacrifice

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Pela segunda semana seguida, Naya Winota é o deck que mais se destacou no formato, conseguindo inclusive manter uma winrate acima de 50% pela segunda semana consecutiva, num formato em que os jogadores tecnicamente já estavam se preparando ou estavam preparados para enfrentar o arquétipo, tornando definitivamente o Deck to Beat do formato hoje, tirando do topo o Sultai Ultimatum, que parecia ser o definitivo melhor deck .

Eu não cheguei a jogar com este deck (por dó de gastar meus wildcards em um deck que vai rotacionar em breve), mas se você está procurando um deck novo, com uma tática agressiva e que consegue explodir criando situações de jogo quase injustas à partir do turno 3, ou se você apenas quer jogar com o melhor deck do formato, Naya Winota é o seu deck.

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Outro deck de grande destaque neste fim de semana foi o Gruul Magda, uma versão mais agressiva do Gruul Adventures que aposta em Magda, Brazen Outlaw como uma engine de mana em conjunto com Jaspera Sentinel e Rimrock Knight, o que significa que o deck possui maior facilidade em conjurar cards como Goldspan Dragon ou Esika’s Chariot cedo, criando uma posição de mesa que se apresa de decks que jogam mais lento como o Sultai Ultimatum, ou que tentam ganhar com base em jogadas de Tempo, como o Dimir Rogues, porque este aumento significativo na velocidade do deck dificulta para estes arquétipos conseguir se colocar na frente ou jogar por cima.

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Outro ponto importante desta combinação é a capacidade de conjurar Esika’s Chariot no turno 3, um card que é extremamente punitivo para o oponente, joga bem ao redor de sweepers e cria uma pressão constante na mesa sempre que você está copiando algo com sua habilidade, enquanto pode ser pilotada com Magda, Brazen Outlaw para criar mais tokens de Tesouro.

Historic

Como mencionado acima, este fim de semana tivemos o Insight eSports Invitational, um evento com rodadas mistas entre Standard e Historic.

Os decks do Top 32 da parcela de Historic do evento foram compostos por:

6 Jund Food

5 Jeskai Control

5 Orzhov Auras

4 Azorius Auras

4 Izzet Phoenix

2 Rakdos Arcanist

2 Mono-Black Aggro

1 Bant Ramp

1 Dragonstorm

1 Five-Color Niv-Mizzet

E o Top 8 teve os seguintes decks:

3 Jund Food

2 Rakdos Acanist

1 Izzet Phoenix

1 Jeskai Control

1 Bant Ramp

Sinceramente, não há muito o que se dizer sobre o Historic enquanto o novo set, Historic Horizons, não sair, já que a coleção já demonstrou possuir cards o suficiente para mudar o formato, então vou dedicar esta seção do artigo a comentar brevemente sobre alguns spoilers que vemos da nova edição até aqui.

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Começando por Thalia’s Lieutenant e Ranger-Captain of Eos, dois cards que podem criar um arquétipo voltado para Humanos com facilidade, utilizando outros cards como Meddling Mage, Thalia, Guardian of Thraben, General Kudro of Drannith e até mesmo Glasspool Mimic, ou apostando numa base com Collected Company, abdicando do uso de Thalias.

Existem diversos humanos poderosos no Historic e não me surpreenderia vê-los tendo seu próprio arquétipo, mesmo sem a inclusão de Noble Hierarch ou Champion of the Parish para turnos mais explosivos.

Ranger-Captain of Eos também pode significar algo para as versões Orzhov de decks de Death’s Shadow, sendo um 3-drop que pode buscar a criatura ou qualquer outro elemento de toolbox como Faerie Guidemother ou Selfless Savior.

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Esper Sentinel e Nettlecyst, além de Thought Monitor podem dar aos decks de Tempered Steel uma oportunidade de terem espaço no formato novamente, e falando em artefatos, acredito que Goblin Engineer pode ser um potencial card a ser quebrado dependendo do que tivermos disponível no futuro.

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Pashalik Mons, Munitions Expert e Sling-Gang Lieutenant definitivamente são opções interessantes para o Goblins, enquanto Dark Salvation, Diregraf Colossus e Undead Augur podem se juntar a Cryptbreaker, Lord of the Accursed e outros zumbis para criar um arquétipo novo.

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Falando em tribais, sairão diversos Slivers na coleção, mas como até o momento o único lord do deck é Predatory Sliver, não o vejo tendo muito espaço no Metagame. Merfolks também ganhará adições com Master of the Pearl Trident e Syvelun of Sea and Sky, o que pode ser interessante, mas provavelmente não competitivo o suficiente sem cards como Cursecatcher e Lord of Atlantis

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Benalish Partisan é uma inclusão interessante para o Cycling, Yawgmoth, Thran Physician pode ter algum lugar no formato e, com Ancestral Mask e All That Glitters no formato, é possível que as criaturas do pacote de Encantamentos tenham um bom lar.

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Restoration Angel e Blade Splicer podem se juntar a cards como Elite Spellbinder e outros ETBs relevantes no formato.

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Por fim, existe uma forte inclinação de decks voltados para descarte e cemitério na edição com cards de Madness como Fiery Temper e Asylum Visitor ou Delirium com Dragon’s Rage Channeler e Bloodbraid Marauder, o que é significativamente relevante visto que temos Faithless Looting no formato e Seasoned Pyromancer também está presente na coleção.

Estarei realizando um review completo para o Historic quando o full spoiler sair na página oficial da Wizards.

Pioneer

O Pioneer Challenge de sábado teve o seguinte Top 32:

4 Dimir Control

4 Azorius Ensoul

3 Boros Burn

3 Niv-to-Kight

2 Mono-Black Aggro

2 Jund Sacrifice

2 Rakdos Pyromancer

2 Izzet Phoenix

2 Vampires

2 Bant Spirits

1 Enigmatic Fires

1 Selesnya Angels

1 Four-Color Goodstuff

1 Gruul Legends

1 Izzet Ensoul

1 Grixis Arcanist

E o Top 8 foi composto por:

2 Dimir Control

1 Jund Sacrifice

1 Mono-Black Aggro

1 Rakdos Pyromancer

1 Izzet Phoenix

1 Selesnya Angels

1 Azorius Ensoul

No domingo, o Pioneer Challenge teve o seguinte Top 32:

7 Four-Color Ascendancy

4 Niv-to-Light

3 Jund Sacrifice

3 Rakdos Pyromancer

3 Dimir Control

2 Lotus Combo

2 Boros Burn

2 Izzet Phoenix

2 Azorius Ensoul

1 Mono-Black Aggro

1 Gruul Legends

1 Mono-Red Aggro

1 Four-Color Goodstuff

E o Top 8 do evento foi:

3 Jund Sacrifice

1 Lotus Combo

1 Four-Color Ascendancy

1 Mono-Black Aggro

1 Niv-to-Light

1 Mono-Red Aggro

Na última sexta-feira, também ocorreu o Pioneer Super Qualifier, que terminou com o seguinte Top 32:

5 Boros Burn

4 Izzet Phoenix

4 Four-Color Ascendancy

3 Azorius Ensoul

3 Niv-to-Light

2 Mono-Black Aggro

2 Dimir Control

1 Rakdos Pyromancer

1 Vampires

1 Jund Sacrifice

1 Golgari Stompy

1 Rakdos Midrange

1 Azorius Yorion

1 Lotus Combo

E seu Top 8 foi composto por:

1 Mono-Black Aggro

1 Rakdos Pyromancer

1 Azorius Ensoul

1 Niv-to-Light

1 Vampires

1 Four-Color Ascendancy

1 Jund Sacrifice

1 Boros Burn

Como podemos ver, o Pioneer continua num estado significativamente diversificado, com decks subindo e descendo em números e colocações a cada semana. Possivelmente, o Pioneer é o formato menos polarizado do Magic atualmente e é uma pena que ele não receba o devido reconhecimento e cuidado por parte da comunidade e dos gestores do formato.

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Continuo a apoiar a ideia de que o Pioneer necessita de mais suporte por parte da Wizards para conseguir suceder no mundo pós-pandemia, onde ele foi definitivamente o formato mais prejudicado já que 2020 teria sido o seu ano ideal, com MagicFests e outros eventos ocorrendo tendo no Pioneer o seu principal formato.

Dito isso, os dois decks que se destacaram esta semana foram o Jund Sacrifice e o Four-Color Ascendancy.

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O Jund Sacrifice do Pioneer é essencialmente um deck baseado em atrito, que utiliza de mana dorks como Elvish Mystic, Llanowar Elves e o recém-adicionado Prosperous Inkeeper (que interage muito bem com o plano do deck) para jogar suas bombas no turno 2 como Mayhem Devil e Woe Strider e explodir com Collected Company no turno 3, criando situações de mesa extremamente relevantes e com uma alta sinergia com Mayhem Devil para limpar a mesa do oponente ou sempre possuir um alcance significativo no jogo.

Por fim, o late-game absoluto do deck se encontra em Bolas’s Citadel, um card que gera uma vantagem absurda no jogo ao permitir que você jogue cards do topo do seu deck pagando vida ao invés do custo de mana, comumente conjurando duas ou três cartas em um único turno e habilitando um “combo-kill” com Mayhem Devil, onde você sacrifica dez permanentes para dar dez de dano ao oponente, e Mayhem Devil causará mais dez de dano com os triggers de sacrifício.

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O Four-color Ascendancy continua a crescer no formato como um combo-deck orientado em valor que adquiriu uma consistência significativa com o uso de cards como Omnath, Locus of Creation e Expressive Iteration.

O objetivo do deck é, com Jeskai Ascendancy em jogo, conjurar Sylvan Awakening para transformar todos os seus terrenos em criaturas e utilizar mágicas para aumentar o poder dos terrenos, enquanto os desvira com a habilidade do encantamento, sequenciando elas para gerar valor enquanto transforma os terrenos em criaturas gigantes.

Esta semana foi especialmente boa para o arquétipo, e a grande questão no momento é como os outros decks pretendem se adaptar para lidar com o novo combo do formato.

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Outro ponto que podemos ver nesta semana, especialmente no Super Qualifier, é que o Boros Burn ainda é uma opção viável para o formato, e é uma ótima entrada para o mesmo já que, em muitas ocasiões, você precisa focar especialmente em sequenciar suas mágicas da maneira certa ao invés de precisar se preocupar integralmente com o que o oponente está fazendo, e o deck ainda mantém a sua qualidade de conseguir jogar por baixo da maioria dos decks enquanto Lurrus of the Dream-Den dá alcance extra, especialmente junto de cards como Viashino Pyromancer.

Modern

O Modern Challenge de sábado teve o seguinte Top 32:

5 Hammer Time

5 Izzet Tempo

5 Elementals

2 Boros Burn

2 Grixis Lurrus

2 Four-Color Turns

2 Four-Color Scapeshift

1 Mono-Red Obosh

1 Rakdos Lurrus

1 Mardu Lurrus

1 Temur Cascade

1 Bogles

1 Eldrazi Tron

1 Grixis Shadow

1 Living End

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E o Top 8 foi composto por:

3 Elementals

1 Four-Color Turns

1 Mardu Lurrus

1 Izzet Tempo

1 Boros Burn

1 Rakdos Lurrus

No domingo, o Top 32 do evento foi:

4 Elementals

3 Orzhov Stoneblade

3 Izzet Tempo

2 Grixis Lurrus

2 Boros Burn

2 Esper Control

1 Jund Lurrus

1 Eldrazi Tron

1 Tron

1 Jeskai Control

1 Hammer Time

1 Temur Cascade

1 Dimir Urza

1 Living End

1 Izzet Blitz

1 Bant Stoneblade

1 Heliod Company

1 Four-Color Scapeshift

1 Five-Color Domain

1 Dimir Mill

E o seu Top 8 foi:

1 Eldrazi Tron

1 Tron

1 Jeskai Control

1 Grixis Lurrus

1 Hammer Time

1 Elementals

1 Temur Cascade

1 Orzhov Stoneblade

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O Elementals foi o grande destaque desta semana para o Modern, com um total de nove cópias entre os dois eventos, sendo três no Top 8 do Challenge de sábado.

O arquétipo continua a crescer no formato a cada semana e mostrou-se ser um verdadeiro competidor, provavelmente crescendo umas quatro ou até cinco colocações na minha análise do atual Metagame do Modernlink outside website, e sendo o principal “Goodstuff” deck do formato hoje.

A combinação entre os elementais com Evoke, especialmente Solitude e Fury com Ephemerate num deck voltado para popular a mesa com criaturas de alto valor oferece um card advantage fortíssimo, criando posições de mesa às quais o oponente precisa lidar com tantas coisas ocorrendo e acaba sendo sufocado pela avalanche de card advantage gerada pelos elementais e por cards como Omnath, Locus of Creation.

Hoje, vemos duas versões do deck: A primeira sendo mais focada nas interações entre os Elementais com Ephemerate e dando mais foco nos pontos tribais do deck com Thunderkin Awakener e Omnath, Locus of the Roil e a outra utiliza a base dos Goodstuff decks, apostando em grandes Staples como Teferi, Time Raveler e Wrenn and Six, cards que colaboram muito para lidar com alguns dos principais decks do formato hoje.

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Outro deck que chamou a atenção esta semana foi a lista do jogador Talisker, que funciona como uma espécie de mistura entre Affinity e Stoneblade, utilizando uma base com os mais diversos artefatos, além de criaturas que geram valor e também são artefatos como Ethersworn Canonist, Esper Sentinel e Tidehollow Sculler para tornar de Nettlecyst, um equipamento tutorável com Stoneforge Mystic, uma ameaça da qual beneficia qualquer criatura equipada com ela, servindo como uma espécie de All That Glitters que permanece em jogo, letal com ameaças como Inkmoth Nexus.

E é claro, não poderia faltar ao deck o uso de Urza’s Saga para se aproveitar destas interações com artefato e buscar um pequeno toolbox de permanentes como Pithing Needle, Shadowpear ou Relic of Progenitus, além de produzir os famosos tokens de Golem que se tornam criaturas gigantescas neste deck.

Pauper

O Pauper Challenge de sábado teve o seguinte Top 32:

9 Storm

8 Dimir Faeries

6 Affinity

2 Tron

2 Elves

2 Jeskai Ephemerate

1 Cascade Tron

1 Dimir Delver

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1 Mono-Blue Delver

E o seu Top 8 teve os seguintes decks:

5 Storm

2 Dimir Faeries

1 Tron

Já no domingo, o evento teve o seguinte Top 32:

7 Affinity

6 Storm

6 Dimir Faeries

3 Burn

3 Tron

2 Orzhov Pestilence

2 Elves

1 Mono-Blue Delver

1 Gruul Cascade

1 Jeskai Ephemerate

E o seguinte Top 8:

5 Dimir Faeries

1 Storm

1 Ozhov Pestilence

1 Mono-Blue Delver

Saudável, não?

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Nós temos o hábito de, quando falamos do atual estado do Pauper, comentar sobre a clara predominância do Storm no formato e como o Affinity está essencialmente impedindo que outros decks Aggro existam no atual Metagame do formato, mas negligenciamos com frequência que estamos falando de um formato de três decks: Storm, Affinity e Dimir Faeries/Delver.

O que acontece no formato atualmente pode ser resumido em:

Storm joga para longe do formato literalmente qualquer deck não-interativo ou que demore tempo demais para interagir e desenvolver uma boa posição de mesa porque nenhum desses decks consegue apresentar um clock rápido o suficiente para que o Storm não consiga combar a tempo e a maioria dos cards utilizados para responder ao deck pode ser resolvido com Duress.

Affinity é um dos poucos deck que apresenta pressão o suficiente para conseguir jogar de igual com o Storm, e a inclusão de Krark-Clan Shaman tem muito a ver com o sucesso do arquétipo em conseguir se manter no atual Metagame, enquanto ele também pune os decks lentos do formato e possui uma posição de mesa melhor do que a de qualquer outro deck Aggro.

E entre esses dois, nós temos os decks de Dimir Faeries, que funciona como um predador natural para o Storm (Tempo decks são os predadores dos Combos), enquanto o pacote de Cast Down + Snuff Out, além do pacote de counters e a capacidade de atacar pelo ar tornam da matchup contra Affinity bem equilibrada, tornando-o o melhor regulador diante da situação catastrófica em que o Pauper viver hoje.

Com a presença de cinco Dimir Faeries no Top 8 do Challenge de Domingo e com a visível noção de que o arquétipo está começando a conquistar mais espaço no Metagame, passei a me questionar se o deck se trata apenas do Meta Call perfeito ou se ele está no mesmo power level que os dois decks quebrados do formato, tornando-o assim outro deck potencialmente quebrado.

A resposta para a maioria dos jogadores é que o Dimir Faeries é um perfeito Meta Call e isso o torna o terceiro pilar deste formato polarizado, o que faz sentido dada a natureza dos demais decks e que Storm e Affinity afastam os predadores naturais do Faeries como Boros Bully, Cascade e Orzhov Pestilence.

Dito isso, o Pauper ainda é, pela oitava semana seguida, um formato de três decks, e a pergunta permanece a mesma que faço desde a quarta semana desde o lançamento de Modern Horizons II no Pauper: Cadê o ban?!

Não tem outro jeito de resolver o formato, e ele está num estado tão ruim que até mesmo a comunidade está perdendo o interesse, uma coisa que não ocorreu nem mesmo quando Peregrine Drake esteve presente por muito mais tempo, e isso está levando a medidas como a criação de uma banlist própria por alguns eventos, do qual meu evento, o Pauper Masters, faz parte do comitê responsável e adota esta banlist em seus eventos.

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No último Domingo, tivemos o primeiro Pauper Masters Qualifierlink outside website com o uso de uma banlist onde Chatterstorm, Sojourner’s Companion e Silverbluff Bridge são banidas, o evento contou com 24 jogadores e este foi o seu Metagame:

3 Dimir Faeries

3 Elves

3 Burn

2 Heroic

1 Boros Bully

1 Mardu Monarch

1 Izzet Faeries

1 Tron

1 Mono Blue Delver

1 Jeskai Affinity

1 Four-Color Affinity

1 Bogles

1 Orzhov Pestilence

1 Mono-Black Control

1 Rakdos Monarch

1 Mono-Green Stompy

1 Turbo Fog

E o Top 8 foi composto por:

2 Elves

2 Burn

1 Jeskai Affinity

1 Mono-White Heroic

1 Orzhov Pestilence

1 Tron

De muitas maneiras, este evento me fez lembrar o quanto o Pauper era divertido e interessante de se ver e analisar antes de Modern Horizons II, onde você não tinha uma discrepância absurda entre os arquétipos por diversas semanas seguidas, e é uma pena que nós não tenhamos sequer uma ideia de quando poderemos ter um formato normal e saudável novamente, já que as ações necessárias já se tornaram óbvias e basta um anúncio oficial para fazer a comunidade recuperar a sua fé no formato.

Portanto, pergunto novamente: Onde está o ban?

Por fim, diversos jogadores comentaram, quando anunciamos a banlist, que o Affinity morreria neste processo porque voltaria ao power level e instabilidade anterior sem Silverbluff Bridge e, apesar disso, o deck vencedor deste Qualifier foi nada menos do que um Jeskai Affinity.

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Legacy

O Legacy Challenge de sábado teve o seguinte Top 32:

6 Bant Control

4 Death and Taxes

3 Sneak and Show

3 Elves

2 Doomsday

2 Izzet Delver

2 Lands

1 Selesnya Depths

1 Karn Echoes

1 Cloudpost

1 Jeskai Stoneblade

1 Bant Standstill

1 Enchantress

1 Azorius Bomberman

1 Mono-Blue Urza

1 Sultai Stiflenaught

1 Izzet Counterblanace

E o seguinte Top 8:

2 Izzet Delver

2 Sneak and Show

1 Doomsday

1 Selesnya Depths

1 Mono-Blue Karn Echoes

1 Death and Taxes

E no Domingo, o evento terminou com o seguinte Top 32:

6 Izzet Delver

3 Bant Control

2 Death and Taxes

2 Reanimator

2 Doomsday

2 Cloudpost

2 Madness

1 Sneak and Show

1 Selesnya Depths

1 Omni-Tell

1 Hogaak

1 Merfolks

1 Jeskai Tempo

1 Azorius Control

1 Izzet Tempo

1 Bant Zenith

1 Mono-Blue Urza

1 Painter Welder

1 Sultai Stiflenaught

E o seguinte Top 8:

1 Death and Taxes

1 Jeskai Tempo

1 Doomsday

1 Sneak and Show

1 Bant Control

1 Selesnya Depths

1 Reanimator

1 Azorius Control

Como podemos ver, esta semana tivemos uma redução no número de Delver decks e um aumento de dois decks que se colocam como terceiro e quarto deck mais jogados do formato hoje, e que são naturalmente bons contra Delver e provavelmente contra o Jeskai Standstill também.

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O primeiro deck é o Bant Control, ou Miracles, como eu chamava anteriormente.

Não estarei mais nomeando este deck como Miracles nas minhas análises porque simplesmente deixou de fazer sentido chamá-lo assim quando o deck utiliza apenas Terminus como carta com esta habilidade, tratando-se muito mais de um deck Control que utiliza Terminus como um sweeper de uma mana ao invés de um deck voltado para este tipo de tática, como ele era na época em que utilizava Sensei’s Divining Top ou Soothsaying.

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O atual Bant Control é um deck voltado para o uso de respostas eficientes e de custo baixo, acoplados com ameaças que geram valor e card advantage bons o suficiente para segurar a partida até mesmo contra os Delver decks já que não possuem um late-game tão eficiente que possa passar por cima de Swords to Plowshares ou superar a explosão de card advantage que cards como Uro, Titan of Nature’s Wrath, Jace, the Mind Sculptor (que também é uma ótima resposta contra o late-game desses decks) e Murktide Regent) oferecem.

Endurance é outra ameaça poderosíssima contra os Delver decks por um custo baixo e que também interage absurdamente bem contra decks como o Doomsday, outro principal competidor do formato hoje.

Além disso, o deck também conta com ótimos meios de filtrar o topo do deck com Brainstorm, Sylvan Library e Abundant Harvest, e algumas listas também utilizam Dress Down como um card de múltiplas funções contra decks de criaturas como “anular” o trigger de Thassa’s Oracle ou até mesmo interagir com Uro, Titan of Nature’s Wrath para não precisar sacrificá-lo no primeiro cast.

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O outro grande competidor do Legacy atualmente é o Death & Taxes, que hoje pode ser dividido entre as versões de 60 cartas e as versões de 80 cartas com Yorion, Sky Nomad, com as de 80 cards fazendo melhores resultados.

Mas por qual razão um deck de criaturas, com pouquíssimos efeitos de comprar cards, poderia se interessar em utilizar 80 cartas?

O primeiro motivo é que isso amplia o leque de respostas que o deck possui sem prejudicar os slots essenciais como Aether Vial, o pacote de Stoneforge Mystic ou interações de mesa como Skyclave Apparition e Swords to Plowshares, e a inclusão de Recruiter of the Guard permite ao arquétipo fazer uso destes slots para tutorar os cards necessários de acordo com cada situação.

O segundo motivo é que, na maioria das partidas, por mais peculiar que isso possa parecer, o Death & Taxes pode ser considerado um Control, com a diferença que ao invés de usar counters, sweepers e outros efeitos para segurar o jogo, ele utiliza cards que interagem diretamente com o oponente restringindo sua mana e/ou efeitos que o deck possui enquanto consegue avançar sua posição na mesa e estabelecer a pressão necessária, desde que o oponente não consiga estabelecer o plano de jogo dele/tenha problemas em fazê-lo.

Dito isso, esta semana não houveram grandes novidades ou nada muito alarmante ocorrendo no Legacy, e tal como fiz com o Modern esta semana, estarei fazendo uma análise mais ampla dos principais decks do formato e do estado do seu atual Metagame num artigo separado!

Conclusão

Esta foi minha análise do Metagame desta semana.

O Standard possui o Naya Winota como melhor deck do formato atualmente, e com o Challenger Gauntlet, um torneio que dará vagas para o Campeonato Mundial ocorrendo em breve, será interessante ver como os jogadores se adaptarão ao arquétipo e quais estratégias poderão emergir vitoriosas contra o novo Aggro-Combo.

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Historic Horizons parece ser cada vez mais promissor para o formato Historic, as inclusões que conhecemos até aqui com certeza terão algum impacto no Metagame.

O Pioneer parece ser o formato mais diversificado do Magic atualmente, e é uma pena que a Wizards ainda não dê a atenção e o suporte necessário para o formato se tornar mais popular no médio ou longo prazo.

O Elementals foi o deck de destaque do Modern desta semana, mostrando que ainda há espaço para decks ascenderem no Metagame e que o formato não está limitado ao eixo criado por Hammer Time e Izzet Tempo.

O Pauper... Cadê o ban?

E o Legacy parece ainda estar mantendo seu fluxo natural, sem grandes novidades nesta semana, mas vocês podem esperar uma análise mais dedicada ao formato nos próximos dias, aos moldes do que fiz com o Modern.

Na próxima semana, estaremos de volta para outra análise dos torneios do fim de semana!

Obrigado pela leitura!