A última expansão de Magic: The Gathering de 2024 chegou. Foundations é o novo Core Set do jogo e será válido no Standard até 2029, sendo o pilar que solidifica os projetos de expansões do jogo nesse período.
Com diversos reprints icônicos e cards com um power level mais balanceado para o Standard, Foundations não traz tantas novidades ao Modern, sendo limitado a apenas alguns cards que podem ver jogo em situações ocasionais e quase nenhuma delas deve virar uma staple imediata, apesar de algumas apresentarem bastante potencial.
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Neste artigo, apresentamos nossa análise da expansão para o formato Modern.
Branco
Celestial Armor pode merecer um teste como one-of em toolbox com Stoneforge Mystic. Seu custo de cast e equipar é relativamente alto, mas a mistura de proteção embutida e evasão é útil para listas que já utilizam opções como Cryptic Coat, mas não deve chegar ao Hammer Time.
Há algumas coisas quebradas que podemos fazer com Hare Apparent se o juntarmos com efeitos de reanimação em massa após millar uma quantia relevante deles com Stitcher’s Supplier e os juntarmos com Impact Tremors ou cards semelhantes. Suas concessões de deckbuilding e o fato deste combo ser provavelmente muito lento e fácil de responder devem deixá-lo longe do Modern.
Raise the Past é bem poderoso em um vácuo, pois seu potencial de reanimação é gigantesco. De voltar peças de combo inteiras com um só card até uma mistura de Guide of Souls, Ocelot Pride e Ajani, Nacatl Pariah, ele se transforma em um efeito definitivo de recursão para decks Aggro e para combos baseados em criaturas.
Pode ver jogo no Sideboard de arquétipos que dependem de peças que estejam dentro do escopo de valor de mana da mágica.
Azul
Drake Hatcher pode ter potencial em alguma variante de Izzet Prowess que precise de mais resiliência contra remoções em detrimento de um clock mais explosivo com Sprite Dragon ou Slickshot Show-Off. Sua habilidade parece mais relevante para o Legacy, onde temos mais acesso às cantrips baratas e também mais utilidade em criar corpos 2/2 com voar na mesa.
Kiora, the Rising Tide tem potencial pela facilidade de atingir o Threshold em um formato com Fetch Lands e Thought Scour, mas os principais decks que gostariam dela no formato hoje já contam com Murktide Regent, Abhorrent Oculus e Psychic Frog para se alimentar de cemitérios.
Tem potencial, um corpo 8/8 no combate faz diferença e sua habilidade de looting interage positivamente com outros cards, então pode merecer um espaço de testes em listas como o Dimir Murktide, mas compete com Fable of the Mirror-Breaker em versões .
Preto
Abyssal Harvester possui interações com os elementais de Modern Horizons II de maneira semelhante com Feign Death, onde podemos aproveitar que elas morreram para copiá-las e dobrar seus ETBs. Três manas parece muito para esse tipo de efeito, especialmente se considerarmos que ainda temos de desvirar com ele, mas poder copiar também as criaturas do oponente pode lhe garantir espaço em algumas listas.
Blasphemous Edict é um sweeper decente que foge de Indestrutível por cinco manas e seu custo alternativo de caso tenham 13 ou mais criaturas no campo de batalha é um custo relativamente palpável em um Metagame de Ocelot Pride e Ajani, Nacatl Pariah. Não parece a resposta ideal para Energy hoje, mas pode ajudar a virar alguns jogos perdidos.
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Vermelho
Boltwave é uma staple instantânea para os decks de Burn e a primeira mágica incondicional de três de dano por uma mana em quase duas décadas. Deve substituir Rift Bolt no Boros Burn, dada sua interação com Skewer the Critics.
Verde
Loot, Exuberant Explorer merece alguns testes no Amulet Titan pela sua mistura de habilidades que permitem encontrar outros habilitadores e condições de vitórias, mas seu escopo é significativamente mais baixo que o de Azusa, Lost but Seeking e não possui o mesmo potencial de combo-kill que Dryad of the Ilysian Grove e Valakut, the Molten Pinnacle oferecem.
Spinner of Souls parece uma adição útil para decks como Golgari Yawgmoth ou outros arquétipos baseados em sacrifício para gerar card advantage da morte de criaturas não-ficha. Não deve chegar à categoria de staple, mas o seu corpo e suas habilidades são decentes para o seu custo.
Multicolorido
Alesha, Who Laughs at Fate tem o simples desafio de sobreviver para gerar valor, podendo reanimar criaturas baratas e de graça no momento em que ataca. No Metagame atual, ela parece lenta demais para fazer diferença, mas posso imaginar cenários onde a juntamos com Fable of the Mirror-Breaker e criaturas de custo baixo para criar uma pequena engine.
Incolor
Sire of Seven Deaths é essencialmente uma substituição para Wurmcoil Engine e Phyrexian Fleshgorger em decks de Tron. Seu custo e tipagem importam para as versões Eldrazi e ele pode ser usado como pitch para Sanctum of Ugin, além de ser mais eficiente em se proteger dentro e fora do combate do que outros cards da mesma categoria.
Pessoas tentarão fazer algo com Leyline Axe para aumentar o número de artefatos em jogo e uma Embercleave que entra de graça tem algum valor. Talvez alguma variante de Affinity tente quebrar este card, mas não o imagino fazendo coisas absurdas com um artefato que custa e para equipar, especialmente em um formato sem Mox Opal.
Hammer Time talvez queira este card para desencadear o Metalcraft mais rápido, mas este já possui uma base de equipamentos muito fechada e não paga os valores de mana de Leyline Axe com facilidade.
Conclusão
Foundations não é um set desenhado com o Modern em mente. Na verdade, com as recentes atualizações da Wizards sobre a ampliação de Universes Beyond para o Standard, acredito que o ano de 2025 será, intencionalmente, tranquilo para o Modern em termos de rotatividade. Teremos uma dúzia de cards que afetam o Metagame, alguns talvez até quebrem o formato, mas não teremos um power creep tão alto ao ponto de mudar o ambiente inteiro.
É um bom momento de tranquilidade antes de um provável Modern Horizons IV em 2026, onde outra onde power creep pode ocorrer. Nesse tempo, ainda precisamos avaliar e nos recuperar dos problemas e dilemas causados por MH3, como a predominância do Boros Energy, além de definirmos por fim qual é o futuro que queremos para os Big Mana: sua existência e viabilidade competitiva com The One Ring, ou a chance de desaparecem no oblívio ao banir o artefato de Universes Beyond.
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