Magic: the Gathering

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Metagame: Os Decks Vencedores e Perdedores do Campeonato Mundial 30

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O Campeonato Mundial é um dos torneios mais influentes de Magic: The Gathering. Neste artigo, analisamos as taxas de vitórias do evento para definirmos quais foram os arquétipos que mais se destacaram e quais podem perder espaço no Metagame.

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rivisto da Tabata Marques

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O Campeonato Mundial, apesar da baixa quantidade de competidores, é um dos torneios mais influentes de Magic: The Gathering - poucas coisas gritam mais “eu quero jogar com esse deck!” do que “este baralho ganhou o Mundial!”. O vencedor da vez foi Javier Dominguez com uma das novidades do evento, o Dimir Demons - mas este não foi o único arquétipo que se destacou no torneio.

Neste artigo, apresentamos oito decks que podemos categorizar, com base nas suas taxas de vitória e partidas, como vencedores e perdedores do Campeonato Mundial 30. Para este artigo, usamos as winrates compartilhadas pelo matemático Frank Karsten no Twitter e também uma planilha feita por um dos nossos escritores da Cards Realm, Dereck Duque. com uma visão mais detalhada de versões diferentes de algumas estratégias.

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Você pode conferir as métricas de winrates de Karsten na imagem abaixo.

Winrates do Campeonato Mundial 30 por Frank Karsten / Imagem: Twitter
Winrates do Campeonato Mundial 30 por Frank Karsten / Imagem: Twitter

Os Decks Vencedores do Campeonato Mundial 30

Gruul Prowess

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Essa é uma das ocasiões raras onde o “Target deck” de um evento consegue manter-se acima dos padrões de winrate esperados. Em Pro Tours e outros torneios de 2024, era comum que o arquétipo mais visado ficasse muito próximo ou abaixo dos 50% de winrate, o Gruul Prowess manteve a média de 55.4%.

Mas podemos destrinchar mais esses números, pois o Gruul se separou em duas categorias: as versões com Innkeeper’s Talent foram maioria, com 17 decks e 50,63% de winrate, com matchups ruins contra variantes de Demons (Dimir, Orzhov) e o Azorius Oculus.

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As versões com Leyline of Resonance, que representaram apenas três das 20 listas do arquétipo, tiveram a segunda maior winrate do torneio com 70%. Dada a amostragem pequena, é difícil afirmar onde estão suas fraquezas ou vantagens, mas vale mencionar que ele perdeu duas partidas contra Boros Enchantments.

Pós-Mundial, é provável das versões com Leyline ficarem um pouco mais populares, apesar de vermos as consequências de usá-lo ao vivo na última rodada de suíço, na qual Jean-Emmanuel Depraz comprou o encantamento do topo em momentos cruciais onde precisava de um pump e/ou outra criatura. No entanto, também é importante mencionar que Depraz só não chegou ao Top 8 por ler errado um momento da partida na qual poderia ter ido para o combo-kill e decidiu jogar seguro.

Mono Red Aggro

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Mono Red Aggro foi o deck com a maior winrate do mundial, apesar de contar com apenas duas cópias. Com 85% de vitórias nas rodadas de suíço (nossa planilha considerou que Mono Red Prowess e Mono Red Aggro são o mesmo deck), ele comprova que o splash para o verde não é sempre necessário para resultados melhores e coloca um holofote gigante em Screaming Nemesis, cuja interação com Witchstalker Frenzy e mágicas de Burn fizeram diferença em prevenir o ganho de vida de alguns cards dos oponentes.

A quantidade de interação e Burn dessa variante chamará a atenção dos jogadores nas próximas semanas como potencial resposta contra Prowess e outros arquétipos. Além disso, é provável que Screaming Nemesis comece a ganhar espaço em versões sem Leyline of Abundance do Gruul Prowess pelo seu potencial de trancar uma das principais maneiras de estender a partida contra ele.

Azorius Oculus

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Azorius Oculus teve uma taxa de vitórias bem satisfatória, com 58%, mas não conseguiu converter esses números em um Top 8. Em algum momento, seus jogadores esbarraram em grandes paredes de Midrange (ele teve 30% de vitórias contra Golgari) que impediram que os resultados positivos contra os demais arquétipos se sobressaísse e garantisse o espaço de um dos seus jogadores no terceiro dia.

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Nas próximas semanas, podemos afirmar que Founding the Third Path, do qual nem toda lista estava usando, se tornará uma staple do Azorius Oculus por oferecer um pouco de tudo o que o deck quer. Essa estratégia também pode precisar de um plano mais sólido contra Midranges - apesar da taxa positiva contra Demons, a amostragem é muito pequena- e umas respostas mais ideais contra Aggro, mesmo tendo 62% de vitória contra as versões com Innkeeper's Talent.

Sinto que Oculus se tornou uma ótima opção para torneios médios e grandes com Metagames desconhecidos. Sua taxa geral foi muito positiva tanto em relação ao melhor deck do formato (Gruul Prowess) quanto aos arquétipos menos jogados. Um trabalho precisa ser feito para evitar que os Midranges tomem toda a glória do seu jogador, mas ele está bem posicionado hoje.

Dimir Midrange

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Dimir Midrange será solidificado como melhor Midrange do Standard agora que colocou duas cópias no Top 8 do mundial e se provou mais diversificado entre suas versões tradicionais ou o Dimir Demons. Dentre os dois, o Midrange teve os melhores resultados gerais com 54% de taxa de vitórias no evento, com sua pior partida sendo contra um arquétipo que teve um desempenho bem ruim: Temur Otters.

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Kaito, Bane of Nightmares provou seu valor em toda partida onde a câmera estava mostrando um jogo do Dimir Midrange. Sua mistura de ameaça que se protege, condição de vitória, fonte de card advantage e interação de mesa o tornam um Planeswalker extremamente versátil.

Jeskai Convoke

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Jeskai Convoke está em uma posição relativamente parecida com a do Azorius Oculus, mas com números menos expressivos. Inclusive, o grande motivo da sua winrate de 50% não ser mais alta é a presença do Azorius Oculus, contra quem teve uma taxa de 25%.

Sua partida contra os Midranges foram medianas para boas em maioria e ele conseguiu manter-se acima dos 50% contra Gruul Prowess, deixando-o em uma situação favorável para as próximas semanas, mas dificilmente na posição de um dos melhores decks por conta da abundância de hate especificado contra ele disponível no formato.

Os Decks Perdedores do Campeonato Mundial 30

Domain Ramp

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Entre o Gruul Prowess como melhor deck e o Azorius Oculus operando na categoria de Tempo, além do Dimir Demons com combo-kills e o Dimir Midrange com respostas melhores do que as outras categorias sendo arquétipos em alta, o Domain Ramp tem um futuro tenebroso pela frente. Com apenas 39% de Winrate, ele se destaca contra Golgari Midrange e as listas de Caretaker’s Talent que, em maioria, também foram muito mal.

Temur Otters

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Temur Otters chegou ao Mundial como uma incógnita e sairá dele na mesma posição. Em teoria, ele teve uma winrate muito boa contra Dimir Midrange e Demons enquanto tem uma partida horrenda contra Gruul Prowess e Golgari Midrange. Seus outros resultados apontam que ele é ruim contra Aggro e bom contra arquétipos que demorem demais para interagir - o que é difícil de encontrar quando Aggro é o deck to beat.

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Caretaker Tokens

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As variantes de Caretaker’s Talent do mundial fizeram, juntas, um total de 41% de Winrate, com 0% contra Dimir Midrange ou Dimir Demons, dois arquétipos com expectativas de crescimento nas próximas semanas. Ele também tem uma partida supostamente ruim contra Temur Otters, mas a amostragem é baixa.

Acredito que o problema do Tokens é que ele é feito para jogar por cima de Midranges e é extremamente vulnerável contra toda a categoria de counterspell, tornando-o ruim contra Phantom Interference e Spell Stutter de uma maneira que nem o Domain Ramp sofre. Enquanto ele for um tap-out de topo de curva sem acesso à Ramp eficiente, ele continuará sofrendo nas mãos das jogadas de Tempo.

Golgari Ramp

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Golgari Ramp sofre do mesmo problema do Tokens: ele é muito vulnerável contra jogadas de Tempo e o crescimento do Dimir Midrange e Azorius Oculus significa mais partidas onde ele é passivo de passar turnos e turnos tentando fazer algo sem conseguir. Em comparação, ele teve 40% de winrates, 9% menos que o Golgari Midrange e que manteve na posição em que estava antes do Mundial.

O Caso do Dimir Demons

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O Dimir Demons é um deck difícil de avaliar. Nos números, sua taxa de vitória foi de 44%, abaixo do ideal para ser considerado um vencedor e muito abaixo das versões tradicionais de Midrange. No entanto, esse era um arquétipo que não estava tanto no radar do formato no início do torneio e conseguiu levar o Campeonato Mundial nas mãos de Javier Dominguez em uma das três variantes distintas do arquétipo: sem combos, com Unstoppable Slasher e Bloodletter of Aclazotz ou com Doomsday Excruciator e Jace, the Perfected Mind.

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Esse tipo de arquétipo tem muito potencial de crescimento e, particularmente, costuma ligar um alerta. Híbridos de combo têm um histórico em Magic e eles não terminam bem quando um arquétipo cresce demais. Agora que Doomsday Excruciator e Jace, the Perfected Mind ou Restless Reef estão no radar, jogadores vão aprimorar a lista várias vezes até chegarem, eventualmente, em uma versão boa demais para ser ignorada.

Novamente, fica a sensação de que nunca foi tão importante ter Aggro como melhor deck do formato: em um ambiente de grindfests, um “Combo-Midrange” como esse já teria potencial para dominar o Standard. Mas precisamos ficar de olho no deck, o custo de Excruciator é um grande limitador de deckbuilding e as versões com Unstoppable Slasher têm elementos que devem ser considerados na equação também.

Talvez, o Dimir Midrange apenas se prove uma versão melhor da categoria e ganhe adições mais relevantes com Foundationslink outside website, mas até lá, jogadores precisam estar prontos para lidar com Unholy Annex e com potenciais combos vindos do nada.

Conclusão

Isso é tudo por hoje!

Em caso de dúvidas, fique à vontade para deixar um comentário!

Obrigado pela leitura!

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