Magic: the Gathering

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Guia de Arquétipos do Pauper - Midrange

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Um compilado de decks que se encaixam na categoria Midrange no Pauper, com uma análise de suas estratégias e seu histórico no formato.

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revisado por Tabata Marques

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Você já se interessou num formato, mas não sabia exatamente qual deck você gostaria de jogar nele? Tem medo de investir em uma lista e não gostar de como ela opera, ou simplesmente não faz ideia de como os principais decks funcionam?

Quando você senta numa mesa para jogar, você prefere jogos rápidos onde você ataca com suas criaturas, ou jogos mais longos onde cada jogada que você faz precisa ser calculada? Ou você é o tipo de pessoa que prefere o fascínio de ver a mágica das interações entre suas cartas funcionarem enquanto o oponente observa? Qual proposta de jogo você deseja para um melhor aproveitamento da sua experiência?

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Este artigo é dedicado aos jogadores que se interessam no Pauper, mas ainda não o conhecem o suficiente para saber com quais decks gostariam de jogar ou quais estratégias se encaixam no que você costuma pilotar em outros formatos. Na busca por facilitar as respostas para essas perguntas, categorizei os principais e mais famosos arquétipos do Metagame ou na comunidade, com base em suas estratégias e com uma análise geral do que esperar de cada uma das suas respectivas listas, abrangendo os principais arquétipos dentro de cada categoria, além de explicar como elas funcionam e seus prós e contras.

No artigo anterior, abordamos o macro-arquétipo Aggrolink outside website, e hoje estarei direcionando sua atenção gradualmente até o outro espectro, passando pelo Midrange para, no próximo artigo, falarmos sobre Control e posteriormente sobre Combo.

Midrange no Pauper

Midrange foi sempre uma estratégia viável no Pauper, mas sua posição no Metagame se consolidou como principal pilar do formato nos últimos anos ao ponto de ser possível afirmar que, hoje, o Pauper é ditado por este macro-arquétipo.

Diversos fatores colaboraram para chegarmos no momento onde estamos hoje: a introdução da mecânica de Monarca, o banimento das free spells Gush e Daze, que reduziram a exigência de uma altíssima eficiência de mana no Metagame, o lançamento de mágicas, interações e mecânicas que reforçam essa estratégia, e mais recentemente, o banimento de peças essenciais do principal predador de Midranges do — Tron.

No entanto, o ponto mais importante para o crescente sucesso dessa categoria é dado pela própria natureza do Midrange, onde sua estratégia não inclui ser, especificamente, o deck mais rápido ou o que controla melhor o jogo, mas se adaptar à situação da partida, sendo o Aggro quando a mesa está propensa para isso e sendo o Control quando você precisa segurar o jogo, e o Pauper é um formato que é particularmente carente de elementos excepcionais para decks Aggro rápidos (como criaturas agressivas que geram valor agregado ou que aceleram demais o clock, você provavelmente nunca verá nada nos moldes de Gruul Spellbreaker saindo em um slot de comum) e para Control (não existem Planeswalkers, sweepers são condicionais e as melhores engines de Card Advantage envolvem interações com criaturas, forçando que os decks Control do Pauper também precisem se portar ocasionalmente como um Midrange), enquanto é abundante de mecanismos e interações entre cards que terminam por complementar muito bem estratégias voltadas para jogos de atrito e trocas de recursos, com múltiplos meios de se obter valor e card advantage. Ou seja, exatamente o universo que o Midrange procura.

Para uma melhor compreensão da categoria de Midrange, separei os decks com base nos mecanismos que os tornam viáveis no cenário competitivo, mas ressalto que o arquétipo é, atualmente, voltado para a junção de dois ou mais mecanismos em uma única lista. Faeries, por exemplo, utiliza a base Blue-Based junto do Monarca para estabelecer sua vantagem em jogos longos, Boros utiliza tanto a mecânica de Monarca quanto as interações com Kor Skyfisher, e assim por diante.

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Os Blue-Based

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Blue-Based Decks são um elemento recorrente do Pauper desde a década passada, e se destaca pela consistência que suas cantrips oferecem em encontrar as respostas certas no momento certo, funcionando com base em uma teoria conhecida como Turbo Xerox, que é, comumente, a estratégia que define as melhores estratégias de formatos eternoslink outside website.

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Outro importante pilar dos Blue-Based são a base de Fadas com efeitos de ETB poderosos, como Spellstutter Sprite que, na pior hipótese, vêm acoplada com um Mental Misstep e a manipulação de topo de Faerie Seer junto a um pseudo “bounce” com o Ninjutsu de Ninja of the Deep Hours, forçando uma abertura agressiva no começo do jogo que obriga o oponente a responder ao Ninja, ou permitindo reutilizar suas criaturas no momento propício, oferecendo um meio extremamente flexível de Card Advantage.

Izzet Faeries

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Com os dois maiores predadores históricos de Faeries, Stompy e Boros, fortalecidos pela inclusão de Palace Sentinels e Burning-Tree Emissary, o Mono Blue Faeries (que comentamos na seção de Aggro) perdeu popularidade por não conseguir acompanhar o resto do Metagame. Poucos meses depois, jogadores começaram a adotar um splash para o vermelho para ter acesso a cartas melhores no maindeck, como removals funcionais com Lightning Bolt e Skred, além de opções melhores no Sideboard para lidar com essas partidas e também melhorar o jogo contra a mirror e as então recentes variantes de Flicker Tron com Pyroblast.

Esse splash deu origem às versões menos agressivas de Faeries, que trocavam muitos elementos de Tempo (algumas listas nem sequer utilizavam Daze porque ele ficava pior conforme o jogo se estendia) em prol de melhorar a partida de atrito contra outros decks Midrange, capacitando ao arquétipo se portar bem em jogos mais longos e não precisar se preocupar com quantos turnos se passaram ou se a utilidade de suas mágicas estavam sendo limitadas no Late-Game.

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Após o Blue Monday, as variantes Izzet permaneceram no Metagame e formaram o Tier 1 do Pauper por bastante tempo em todas as ocasiões onde o formato esteve saudável, e até a publicação deste artigo, ainda se encontra bem-posicionado e possui vantagens inerentes se comparado a outras versões, como ter melhores respostas contra artefatos e a inclusão de Pyroblast no Sideboard.

Dimir Faeries

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No entanto, o lançamento de Cast Down em Double Masters e a inclusão de diversas outras peças poderosas em 2020 e 2021, como Suffocating Fumes e Unexpected Fangs, trouxeram à tona o potencial que o Dimir Faeries poderia ter, especialmente pelo uso da mais poderosa free spell disponível atualmente, Snuff Out.

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O Dimir Faeries também oferece duas vantagens relevantes para o Metagame: removals pretos não podem ser alvo de Hydroblast, enquanto Gurmag Angler oferecia uma ameaça fácil de proteger e que estabelecia um clock de quatro turnos numa mesa vazia, complementando uma das principais fraquezas que o Faeries possui por ter como principal ângulo de ataque pequenas criaturas, dando ao oponente a oportunidade se recuperar através de bons topdecks.

O splash para o preto oferece um ótimo alcance de respostas com descartes dedicados como Duress, efeitos de sacrifício como Chainer’s Edict, além de uma ameaça poderosa em partidas de atrito, Okiba-Gang-Shinobi, tornando da combinação Dimir a mais eficiente hoje dentre os Blue-Based por se portar bem contra a maioria do Metagame.

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Com o advento de um arquétipo focado em jogos de atrito, ambas as variantes de Faeries passaram a adotar a mecânica de Monarca como meio de estabelecer seu card advantage, já que com tantas criaturas pequenas e efeitos em Instant-Speed, não é muito difícil manter a coroa por alguns turnos ou tomá-la de volta caso o oponente conjure seu próprio Monarca.

O que nos leva à próxima categoria de Midrange:

Os Monarcas

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O Monarca, uma habilidade vinda de um set especial focado em draft multiplayer, Conspiracy: Take the Crown, foi uma das maiores mudanças que o Pauper sofreu com a sua chegada no Magic Online no começo de 2017.

Antes da chegada dessa mecânica, muitos arquétipos precisavam contar com micro-interações para obter card advantage, como utilizar efeitos de bounce somado a efeitos de ETB com Kor Skyfisher e Prophetic Prism, ou com criaturas que oferecessem um 2-por-1 imediato, como Sea Gate Oracle e Phyrexian Rager. Mas o Monarca possibilitou que jogadores que pudessem manter a mesa limpa pudessem ter um pseudo-Phyrexian Arena todo turno num formato onde draw recorrente era escasso, criando uma ascensão de jogos longos e partidas voltadas principalmente para quem retém o Monarca por mais tempo.

Isso eventualmente levou a um gravíssimo problema no Pauper, onde o Monarca criava uma disparidade de recursos tão grande entre os dois jogadores que tudo o que determinados decks precisavam fazer para ganhar era evitar tomar dano de combate do oponente a qualquer custo, porque eventualmente você o atropelaria numa avalanche de valor com os recursos extras que você recebia todo turno, levando até a ascensão de efeitos como Prismatic Strands que, junto dos soft-locks de combate com Stonehorn Dignitary e Moment’s Peace do Tron, criaram uma situação onde os Aggro simplesmente não tinham como se manter no Metagame.

Com o passar dos anos, o Monarca se tornou tão predominante que até listas que não necessitavam dele, como vimos com os Blue-Based acima, passaram a necessitar incluir a mecânica em suas listas. Porém, nos últimos meses, o Monarca se tornou menos relevante no Pauper devido ao posicionamento mais rápido e agressivo que os novos meios de obtenção de valor, como veremos a seguir com as interações com artefato, possibilitaram, fazendo com que ele se torne menos essencial, mas ainda relativamente presente no Metagame.

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Quanto às estratégias voltadas para a obtenção e retenção do Monarca ao longo da partida, podemos os dividir em duas categorias: Black-Based e White-Based decks.

Mono Black Devotion

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O Mono Black Devotion (ou como alguns chamam, Mono Black Control, apesar de eu os categorizar como arquétipos diferentes) foi, no começo do formato, o principal exemplo de Midrange por ter um “fair game” contra basicamente qualquer outro deck que não se chamasse Burn.

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A estratégia dele basicamente envolve conjurar diversas criaturas que possuem algum efeito adicional além de corpos decentes, como Chittering Rats e Phyrexian Rager, controlar a mesa com removals eficientes e em seguida manter os recursos fluindo com Thorn of the Black Rose. Por fim, Gray Merchant of Asphodel oferece uma quantidade altíssima de lifedrain caso você impeça o oponente de interagir com suas criaturas, excelente contra arquétipos agressivos, em geral.

Porém, o Mono Black Devotion possui um seríssimo problema se comparado aos demais Midranges: sua estratégia é extremamente linear e carece de micro-interações que o permitam acompanhar o resto do Metagame que, agora, possui dois a três mecanismos de card advantage em suas listas.

Rakdos Monarch

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Antes do Blue Monday, uma das maiores fraquezas do Mono Black Devotion era a ausência de respostas realmente relevantes para os Blue-Based Decks, o que levou a popularização do Rakdos Monarch, inicialmente uma lista que trocava o plano de Devotion por poderosas ameaças individuais como Gurmag Angler e, posteriormente, pela adição da temática de descarte acoplada a efeitos de 2-por-1 mais poderosos no Late-Game, como Boarding Party.

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Atualmente, o Rakdos Monarch não oferece nada que o Metagame realmente necessite, mas deu espaço e relevância para a construção da base de um dos principais arquétipos que veremos ainda neste artigo, o Jund Cascade.

Boros Bully

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No espectro dos White-Based, a opção mais popular de Monarch é o Boros Bully, lista que aposta numa postura mais agressiva utilizando mágicas como Battle Screech e Seeker of the Way para popular a mesa e, dessa maneira, reter sua principal fonte de card advantage enquanto consegue adotar uma postura proativa, inclusive com um botão de “free win” com Rally the Peasants.

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A lista também adota um subtema de recursão do cemitério com cards com Flashback, possibilitando que Faithless Looting não apenas filtre sua mão, mas lhe ofereça, virtualmente, dois cards “extras” por apenas uma mana, já que você pode facilmente reutilizar o que foi descartado.

Atualmente, o Boros Bully é, provavelmente, o único Monarch-Based que obtém resultados consistentes mesmo diante de todas as engines alternativas que o formato possui, e apesar de sua fraqueza inerente contra Suffocating Fumes e outros sweepers, sua matchup positiva contra Faeries e sua capacidade de jogar “por cima” de outro top tier como o Affinity e buscar vencer por meio da race lhe oferece uma vantagem estratégica no atual Metagame.

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Boros Monarch

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Apesar de não ser mais tão utilizado por conta da ascensão do Boros Synthesizer, o Boros Monarch foi o arquétipo que deu origem a maioria das listas baseadas nessa mecânica. Portanto, merece uma menção honrosa nessa categoria.

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Tendo nascido como uma variante de atrito do então famoso Kuldotha Boros, outra lista histórica que se consolidou como o predador natural de Faeries, o Boros Monarch procura estabelecer a reutilização constante de artefatos com efeitos de ETB que comprem cards para se manter na partida, dando bounce nelas para obter valor de efeitos que, naturalmente, seriam desvantajosos, como Kor Skyfisher e Glint Hawk.

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Por ter tantos artefatos, era possível usar um dos melhores mix de removals que o Pauper oferece, com tanto Galvanic Blast quanto Lightning Bolt servindo para aumentar o clock ou encerrar o jogo no late-game.

O Boros Monarch tinha a vantagem de ser extremamente adaptável ao Metagame, com slots flexíveis e uma manabase que, inclusive, permitia o uso de splash para preto ou azul para elementos pontuais no maindeck ou no Sideboard, como Reaping the Graves e Okiba-Gang Shinobi.

Orzhov Monarch

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Encerrando a seção dos Monarcas, temos uma variante que tenta captar o melhor de diversos mundos dentro dessa estratégia, o Orzhov Monarch.

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Essa variante procura misturar as interações de Kor Skyfisher junto de remoções e disrupções típicas dos Black-Based decks, enquanto também procura tirar proveito da inevitabilidade que Omen of the Dead e Custodi Squire podem lhe oferecer ao serem constantemente reutilizados.

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Outra interação que a lista recorre é a função básica do Orzhov Pestilence, uma lista Control que será mencionada no próximo artigo, de manter a mesa limpa constantemente com Pestilence, um encantamento que você pode manter no campo de batalha enquanto tiver uma criatura em jogo, algo não muito difícil quando você utiliza Guardian of the Guildpact, que possui proteção ao dano causado pelo encantamento às criaturas.

A junção dessas interações torna dessa versão extremamente versátil, tanto no jogo proativo quanto no reativo, mas não excede em nenhum dos dois se comparado às outras listas, fazendo com que ela caísse em desuso.

Os Artefatos

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Entre 2020 e 2022, um dos temas mais abordados em cards comuns de lançamentos recentes foram artefatos, estabelecendo dessa maneira um aumento significativo na quantidade de interações com esse tipo de permanente no Pauper.

Diferente do que costumamos ver com cantrips, que apostam na qualidade ao invés da quantidade pelo menor custo, e no Monarca, que aposta na quantidade no longo prazo, a interação com artefatos aposta na quantidade imediatada pelo menor custo.

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Por exemplo, tanto Deadly Dispute e Thoughtcast oferecem dois novos cards por apenas uma ou duas manas, e algumas interações com artefatos como Experimental Synthesizer oferecem até quatro cards por um custo extremamente baixo, tornando dessa o mecanismo de valor mais eficiente do formato atualmente.

Boros Synthesizer

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Dentre esses, o Boros Synthesizer recebe destaque como a evolução natural do Boros Monarch, e o retorno às origens do Kuldotha Boros possibilitado com interações de Experimental Synthesizer.

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Apesar de nem toda lista utilizar Kuldotha Rebirth, a mágica de uma mana possibilita uma das aberturas mais agressivas do formato enquanto oferece dois cards extras por duas manas ao lado do artefato de Kamigawa: Neon Dynasty, que também interage excepcionalmente com Kor Skyfisher e Glint Hawk, duas criaturas que estabelecem o clock pelo ar e bloqueiam excepcionalmente fadas e outras criaturas.

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Um grande destaque do Boros Synthesizer para mim, é que ele provavelmente é a melhor variante de Midrange para utilizar Seeker of the Way, pois é muito fácil obter dois ou mais triggers dele no late-game, oferecendo uma ameaça eficiente dessa forma e um lifegain gigantesco que pode, facilmente, ditar o rumo da partida, além de estabelecer um plano de jogo mais agressivo no early-game.

Grixis Affinity

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O Affinity é um dos arquétipos históricos do Pauper e um que fez o círculo quase completo dentre a categoria de arquétipos: começando como um Aggro-Combo explosivo, mas inconsistente devido a sua manabase, se tornou um Midrange-Combo quando Modern Horizons II trouxe as Bridges para complementar significativamente sua manabase e, após três banimentos consecutivos que o afastaram integralmente da categoria de combo, o Affinity permanece como um Midrange poderosíssimo, sendo possivelmente o melhor deck do formato hoje.

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Encontrado ocasionalmente em versões Rakdos, mas principalmente nas versões Grixis, o Affinity une uma poderosa base de criaturas que podem ser conjuradas por pouca mana, ou até de graça, a artefatos que oferecem efeitos adicionais além de contarem para a afinidade.

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Cada artefato na lista também interage incrivelmente bem com outras peças que visam estabelecer o card advantage ou adicionar inevitabilidade ao jogo, como Makeshift Munitions.

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Já que a maioria deles possui um efeito de draw ao ser colocado no cemitério, é possível comprar até três cards com Deadly Dispute por apenas uma mana, transformando-o num pseudo-Ancestral Recall.

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A manabase reforçada com as Bridges facilita que o Affinity possua as cores necessárias para conjurar suas mágicas, permitindo-o usar uma série de respostas muito eficientes entre o maindeck e o sideboard para as principais partidas do Metagame, tornando-o uma máquina completa e robusta capaz de ter um jogo favorável contra a maioria dos demais decks, levando jogadores a questionar se a permanência de Deadly Dispute no formato ainda é saudável.

Mardu Affinity

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Tendo aparecido ocasionalmente nas últimas semanas, o Mardu Affinity procura misturar o melhor de dois mundos entre o Boros Synthesizer e o Rakdos Affinity, oferecendo uma base que possibilita tirar o máximo de proveito de Experimental Synthesizer com efeitos de bounce e Deadly Dispute, enquanto também oferece tanto um poderoso clock no chão com Myr Enforcer quanto no ar com Kor Skyfisher e Glint Hawk.

Cascade

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A engine de Cascade consiste em acelerar sua mana para conjurar ameaças grandes que oferecem efeitos de 2-por-1 ou 3-por-1 se você tiver sorte, e podemos os categorizar em duas variantes: Disruptivo e Interativo.

Gruul Cascade

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As versões que considero como disruptivas são baseadas no Gruul Cascade, que procura recorrer à mágicas de LD como Mwonvuli Acid-Moss e Thermokarst para atrasar o jogo do oponente enquanto acelera sua mana com Arbor Elf e Llanowar Visionary, além de encantamentos como Utopia Sprawl e Wild Growth.

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Essas listas, pelo menos no maindeck, tendem a carecer de muitas interações e apostam amplamente em jogar com uma postura mais agressiva após destruir os primeiros terrenos do oponente, sequenciando uma ameaça após a outra até soterrá-lo em card advantage e criaturas altamente impactantes.

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Pós-sideboard, o Ponza (como alguns chamam decks de LD) pode abdicar da sua principal estratégia em prol de uma partida mais interativa com removals, sweepers, ameaças adicionais, dentre outras opções.

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A vantagem que o Gruul Cascade possui no atual Metagame se refere à possibilidade de conjurar criaturas tão grandes quanto ou maiores do que as do Affinity rapidamente, enquanto consegue atacar ativamente a manabase de arquétipos como o Boros Synthesizer sem dificuldades, já que eles costumam utilizar apenas quatro Bridges.

Jund Cascade

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Ao invés de se apresar das lands do oponente, o Jund Cascade opta pela interação direta e troca de recursos, como um clássico Midrange faria, estabelecendo trocas de 1-por-1 enquanto acumula valor com suas permanentes.

Para acelerar a mana, ao invés de apostar em topdecks ruins como Utopia Sprawl e Arbor Elf, o Jund Cascade recorre à outra poderosa interação do Pauper:

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A interação de Cleansing Wildfire com as Bridges é outro ponto recorrente de discussão na comunidade, e é amplamente utilizado não apenas em variantes de Cascade, mas também em arquétipos de Flicker e inclusive em listas que não se encaixam exclusivamente na categoria de Midrange, como o Jeskai Ephemerate.

A ideia dessa interação é, basicamente, dar alvo em uma das Bridges com Cleansing Wildfire para buscar uma land básica e comprar um card, mas Cleansing Wildfire também possui alguma utilidade em destruir lands encantadas com Utopia Sprawl ou fazer o oponente perder uma mana ao destruir uma Bounceland.

Com isso, o Jund Cascade consegue começar a jogar suas ameaças de médio e grande porte, com todas elas oferecendo algum efeito de 2-por-1 com o Monarca, ou com um draw, ou com mais corpos na mesa.

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Em seguida, as ameaças na mesa ficam ainda maiores ao conjurar as criaturas com Cascade, que trarão sempre junto algo que será prejudicial para os planos do oponente, seja recursão, descarte, remoções ou mais criaturas.

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O Jund Cascade é uma opção interessante para o Pauper, mas tem dificuldades em acompanhar o atual clock agressivo e valor barato que os demais Midranges oferecem, apesar de ainda ser uma escolha sólida.

Menções Honrosas

Mardu Reanimator

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O Mardu Reanimator estabelece uma enorme junção de pequenas interações para estabelecer seu plano de jogo, como Cleansing Wildfire + Bridges, Monarch, Faithless Looting + Flashback e o ainda não mencionado nesse artigo, Ephemerate.

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A interação de Ephemerate, também conhecida como Flicker devido às similaridades com a engine de Ghostly Flicker + Archaeomancer, muito presente em decks Control e Combo, envolve utilizar Ephemerate em qualquer outra criatura que você deseja reutilizar o efeito de ETB ou proteger de um removal e, na sua upkeep, conjurar a mágica pelo custo de Rebound, dando alvo em uma criatura cujo efeito de entrar no campo de batalha envolva devolver uma mágica de seu cemitério para sua mão, onde você dará alvo no Ephemerate que, agora, estará em seu cemitério, lhe permitindo repetir qualquer loop de ETB a cada turno.

Esse loop é extremamente famoso por uma série de ocasiões, especialmente pelo lock de combate com Stonehorn Dignitary, mas o Mardu Ephemerate procura abusar ao máximo dele com suas criaturas, indo de um exército de tokens com Soul of Migration, draw recorrente com Thraben Inspector, lifedrain com Bleak Coven Vampires e descarte com Mournwhelk.

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Outra interação que a lista procura recorrer é a menos popular, mas ainda interessante, estratégia de reanimar suas criaturas com Late to Dinner, possibilitando reutilizar rapidamente as criaturas com Evoke após conjurá-las pelo custo alternativo, além de também possibilitar a inevitabilidade de sempre ter uma cópia de Late to Dinner, uma cópia de Ardent Elementalist e uma cópia de Ephemerate no Late-Game, já que você pode reanimar Ardent Elementalist, devolver Late to Dinner e reutilizar o reanimate sempre que necessário ao dar alvo em Ardent Elementalist no primeiro cast do Ephemerate (para devolver Late to Dinner).

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Aristocrats

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O tema de sacrifício vem ganhado novos elementos nesses últimos anos e vêm sendo quase onipresente na maioria dos formatos competitivos. Apesar de ainda não ser o caso do Pauper, estratégias de Sacrifice, conhecidas como Aristocrats, apresentam resultados ocasionais em ligas e possuem uma engine própria voltada para sacrificar criaturas para obter valor e tornar de outras mais fortes.

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Apesar de não ser uma estratégia Tier 1, existem inúmeras variantes de Aristocrats no Pauper, incluindo versões voltadas para combos, como as variantes Golgari e/ou Rakdos que procuram usar criaturas com Persist como Safehold Elite e Putrid Goblin junto de efeitos que adicionam marcadores +1/+1 como First Day of Class ou Ivy Lane Denizen, e creio que a inclusão de um ou dois elementos a mais no futuro pode facilmente tornar dessa estratégia competitivamente viável.

Domain Zoo

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Por fim, o Domain Zoo recorre às interações com Kor Skyfisher e efeitos de ETB para estabelecer valor enquanto procura usar múltiplos tipos de terreno para aumentar o potencial de suas mágicas com a habilidade de Domain.

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O destaque dessa lista é o uso de Nylea’s Presence para dar todos os tipos de terrenos a uma land encantada enquanto compra um card, fazendo com que qualquer um dos efeitos acima cause 5 de dano ao oponente sem dificuldades, e possibilitando o uso de criaturas agressivas e de custo baixo, como Wild Nacatl e Qasali Pridemage.

Conclusão

Chegamos ao fim da apresentação dos principais decks Midrange do Pauper na primeira metade de 2022. É claro que existem diversas outras listas que poderiam ser apresentadas aqui, mas algumas se encaixam melhor na categoria Control nos padrões do Pauper, enquanto outras foram deixadas de fora por não serem tão relevantes para a história do formato.

Na próxima semana, retorno com outro artigo comentando sobre os arquétipos de Control e como eles operam sem Planeswalkers.

Obrigado pela leitura!