Introdução
O Commander, ao contrário dos outros formatos amplamente jogados pelo público, possui um comitê não ligado a Wizards of the Coast, que analisa o formato e define quais cartas vão ou não estar permitidas nele, e como o EDH nasceu como um formato casual este comitê olha para este lado quando faz seus banimentos ou retira cartas do banimento. Isso coloca os jogadores de cEDH em uma situação complicada, já que o que é um problema em mesas casuais nem sempre é problemático em mesas competitivas, e vice-versa.
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Este artigo se trata de uma especulação acerca do dos banimentos, baseada no feedback que recebo de jogadores e do que acredito que esteja sendo um problema para o formato. Também estão sendo consideradas as opiniões postadas por membro notáveis deste comitê em redes sociais, que podem ou não estar corretas sobre o que será ou não banido este ano.
Lista de cards
Cyclonic Rift
Uma carta amplamente utilizada desde o seu lançamento em decks casuais e competitivos, justamente por ser duas manas para voltar uma permanente que não seja terreno ou 7 manas no custo de sobrecarga para voltar tudo que não é terreno para a mão de seus respectivos donos.
Sua versatilidade e o fato de ser uma global de velocidade instantânea que não afeta o conjurador, acaba deixando-o em uma posição de vantagem total e removendo de campo também a diversão de alguns jogadores, já que para muitos não será possível correr atrás de todo prejuízo enquanto um jogador permaneceu intacto.
Isso faz com que jogadores de Commander tenham problemas com este tipo de carta, por diversas vezes jogadores em mesões já reclamaram de Cyclonic Rift e de como é absurdamente forte. Mesmo assim ela se manteve permitida no EDH ao longo destes anos, e estes jogadores podem ou não ser ouvidos este ano, mas suponho que o card esteja numa lista de observação.
Dockside Extortionist
Uma criatura lançada na edição de Commander do ano de 2019, que custa duas manas e possui um efeito muito forte; quando este Goblin entra em campo, cria uma quantidade de fichas de tesouro equivalente ao número de artefatos e encantamentos que seus oponentes controlam, ou seja, ela gera mana se baseando em permanentes dos oponentes. Não é difícil ele gerar mais de 6 tesouros em uma mesa com decks que não possuem como tema/estratégia fazer muitos encantamentos ou artefatos.
O Extorsionista sozinho tem o potencial de mudar o jogo, garantindo uma grande quantidade de mana, na forma de tesouros para quem o conjurou, e se o jogador quiser abusar disso, ele pode, já que existem inúmeras cartas que podem te proporcionar mais triggers de ETB, seja um Panharmonicon, seja formas de copiá-lo ou voltá-lo para a mão, e este goblinzinho te gera tantos recursos que não existe um motivo para não fazê-lo... porém, este tipo de coisa remove a diversão de mesas casuais muito rapidamente e por isso esse tem sido um dos maiores palpites de banimento do formato, ou talvez seja o reprint da nova Commander Legends deste ano.
Ad Nauseam
Mais uma carta amplamente utilizada em mesas competitivas: por cinco manas, este card te possibilita ir revelando o card que se encontra no topo de seu deck e perdendo vida de acordo com o valor de mana deste card para colocá-lo em sua mão, permitindo uma permuta de pontos de vida por cartas extras na sua mão em velocidade instantânea, e se o seu deck for composto de muitas cartas de custo baixo, provavelmente resolver um Nauseam até enjoar fará seus adversários vomitarem de tantas cartas que você comprará.
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Mesmo assim, não vejo esta carta como um problema, já que em mesas de EDH dificilmente não haverá criaturas na mesa para causar dano e fazer este tipo de carta ver ainda menos jogo, porém ainda existe a possibilidade desta carta ser banida como uma forma de parar essa categoria de estratégia, principalmente se pensarmos que não tem muito que se possa fazer contra um jogador que compra 15 cartas por cinco manas no passe para o turno dele.
Tymna the Weaver
A mecânica de parceiros divide opiniões: por um lado, ela te permite montar um deck com dois comandantes com estratégias totalmente diferentes, e também possibilita criar inúmeros decks com 3 ou 4 cores totalmente diferentes simplesmente juntando dois comandantes, entretanto quando se tem escolhas claramente mais fortes e que suprem determinadas fraquezas do deck, fica muito mais difícil não pensar nela, e a Tymna the Weaver é este tipo de comandante.
Por 3 manas, sendo uma incolor, uma preta e uma branca, ela é uma criatura 2/2 com vínculo com a vida e que te permite na etapa pós combate, pagar x de vida, que é o número de oponentes que sofreram dano de combate neste turno; se fizer isso, você compra x cartas.
Ela é uma fonte de card advantage muito forte e que consegue fazer isso desde os turnos iniciais. Por ser uma forma tão consistente de garantir card advantage, faz com que essa comandante esteja presente em muitos decks e de qualquer estratégia, sem necessidade de prender o jogador somente nas cores da comandante, tanto pelo partner quanto pela versatilidade.
Tymna, por desempenhar tão bem sua função como motor de card advantage e ser essa opção tão forte pode ser um alvo para banimentos, está mais presente no cenário competitivo, mas não é uma carta que acaba com a diversão dos jogadores ou com a chance de eles jogarem a partida.
Thassa, Consult e Pact
O problema da Thassa e de outras cartas com o efeito semelhante, Laboratory Maniac e Jace, Wielder of Mysteries, é a possibilidade de se livrar das cartas no grimório facilmente, usando a Demonic Consultation e o Tainted Pact, isso permite vitórias fáceis e rápidas dependendo de duas cartas facilmente tutoráveis e por ser um combo A+B acaba sendo muito mais simples. Consult e Pact definitivamente não estão sendo utilizados da maneira que foram criados para serem utilizados.
Decks que se utilizam destas cartas em mesas casuais certamente geram desconforto aos adversários, já que acabam com o jogo rápido demais e definitivamente não são divertidas.
Destas três cartas, se alguma fosse ser banida provavelmente seriam os tutores proibidos, justamente por não estarem sendo utilizados para seu real propósito e por existirem outras cartas com efeitos e habilidades semelhantes e que não são exatamente problemáticas.
Conclusões
Reitero aqui que este artigo é uma especulação baseadas nas informações que possuo sobre a situação do formato. Percebi que muitos dos problemas que são vistos nos cards se dão quando jogadores mais casuais encontram jogadores com decks mais otimizados e a diferença de deckbuilding entre os dois é muito grande; não vejo como uma mesa dessas possa ser divertida, já que claramente os decks tem propostas diferentes. Tentar organizar os grupos de jogo me parece uma boa alternativa, mesmo quando se trata de um jogo em loja, evitando todo o estresse e situações chatas que podem acontecer.
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Commander é um formato onde muitos jogadores conseguem se divertir e que não restringe em quase nada este aspecto, e vejo que manter um diálogo aberto talvez seja a maneira mais efetiva de não se estressar com determinadas coisas. Não quer enfrentar um deck de Consult? Converse com os colegas para evitar isso, Commander é um formato casual, mas ainda existe o Commander competitivo onde os oponentes vão esperar que os decks estejam otimizados e ir com um deck preconstruído, por exemplo, não seria divertido nem pra você, nem para os outros jogadores, já que a mesa não teria um equilíbrio, o que é importante para manter a competitividade.
Despeço-me por aqui e espero que tenham bons jogos! Se quiser que eu fale sobre algum tema específico, pode comentar abaixo. Até a próxima!
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