Legacy: Yorion Beanstalk Control Deck Tech e Sideboard Guide

Saudações Legaceiras, caros leitores da Cards Realm! Depois de duas semaninhas para recarregar as baterias, retornamos à nossa programação normal de Deck Techs. E por programação normal eu quero dizer uma sequência de vários decks a usar a nova queridinha do formato: Up the Beanstalk!

Na minha análise sobre as cartas de Wilds of Eldraine, falei o seguinte sobre o encantamento verde, Pé-de-Feijão:

“Esse encantamento já se paga ao comprar uma carta quando entra em jogo e pode gerar mais ao longo da partida.

- Mas Eltinho, você disse que cartas de custo 5 são inviáveis! - Geralmente, sim, quando pagas integralmente. Sabe quem custa 5, mas não custa 5? Coisas como Force of Will, Solitude e Fury.”

Pois bem, aparentemente eu e todo mundo percebemos isso e a carta se alastrou por diversos arquétipos. Com isso, temos material para falar de muitos decks nas próximas semanas. Só agora, no momento em que escrevo esse artigo, tenho visto resultados positivos com a carta em decks como Yorion Control (que será discutido hoje), Temur Aggro (basicamente Delver sem Delver), Affinity (Myr Enforcer em 2023? Sério mesmo?), Bant Show and Tell e um deck novo que usa pérolas como Commandeer, Temporal Mastery e Vanishment.

O hype vem forte porque, embora tenhamos acesso às melhores cantrips do mercado (Brainstorm e Ponder), as opções baratas que geram card advantage de fato já são bem mais limitadas (e a maioria banida). Por apenas duas manas, o Pé-de-Feijão consegue comprar sem muito esforço 2 cartas, e já ficar emparelhado com coisas como Night’s Whisper e Reckless Impulse. A partir daí, o resto é lucro. Mas vamos ao que interessa: a análise do deck!

O deck de hoje é uma versão atualizada do 4 Color Control, um deck que já tinha recebido armas novas com a inclusão de The One Ring e Forth Eorlingas!, e que agora fez algumas concessões e adaptações para extrair mais valor do Pé-de-Feijão. A lista abaixo foi usada para alcançar o top 4 no Super Qualifier do Mol pelo jogador McWinSauce.

Algumas cartas que chamam a atenção aqui por não aparecerem nas versões pré-Eldraine são Leyline Binding, Solitude, Terminus e, obviamente, Up the Beanstalk. As três primeiras cartas, somadas a Force of Will, Lórien Revealed e, eventualmente, Forth Eorlingas!, fornecem combustível para comprar cartas com o Pé-de-Feijão.

O encantamento branco, que foi alvo de muita controvérsia quando a Wizards o citou como uma carta que havia impactado o Legacy (a carta não aparecia em praticamente nenhum deck na época da declaração), agora tem a chance de brilhar, já que esse deck tem o potencial de reduzir o seu custo de mana para 1 ou 2 com bastante facilidade, lidando com cartas problemáticas e comprando cartas.

Por falar em comprar cartas, esse é um deck com acesso a Yorion, Sky Nomad. Aliado ao novo encantamento verde, o Companion compra cartas quando você o invoca, exila os Pés-de-Feijão que você controla e, olha só que legal, quando sua habilidade os retorna para a mesa, mais cartas são compradas!

O resto do deck é aquele verdadeiro canivete-suíço que o 4 Color Control se tornou, com respostas para todo o tipo de situação, agora com Up the Beanstalk em adição ao The One Ring para gerar gás e ajudar a encontrar as respostas, apesar das 20 cartas extras.

De destaque, gostaria de comentar as inclusões de Comet, Stellar Pup, que apesar do efeito aleatório, é capaz de carregar um jogo sozinho, e dos hates de cores no main deck, Carpet of Flowers e Veil of Summer. Este é um sinal que o jogador esperava enfrentar uma quantidade acima da média de outros decks azuis e/ou Grief.

Como a maioria dos Control, esse é um deck que permite manter muitas mãos iniciais, já que você não está indo atrás de nenhuma carta em particular, mas está procurando mãos que tenham interação e maneiras de fazer sua mana fluir. Com o acesso às cantrips e ao Islandcycling de Lórien Revealed, até mesmo mãos com poucos terrenos podem ser mantidas se tiverem as ferramentas adequadas.

O que não é viável é manter mãos muito caras sem maneiras de dar vazão às cartas como Solitude, sem cartas para exilar, sem cantrips ou Planeswalkers, e sem outras interações para segurar o oponente.

Exemplos de mãos:

Embora tenha 2 Encarnações mortas e apenas 1 terreno, esse é o tipo de mão interessante, pois Lórien Revealed encontra os terrenos que faltam e ainda serve para embaralhar o deck depois de uma Brainstorm que devolva as cartas mortas. Veredito: Keep.

Essa mão está pesada nos terrenos, mas tem uma proteção de Force of Will e o Pé-de-Feijão para tentar achar mais gás. Na play, o ideal é nem fazer o Ponder para garantir a Force, pegar um Zagoth Triome e fazer o encantamento verde na volta. Veredito: Keep arriscado.

Esta é outra mão com muitos terrenos, mas dessa vez sem nenhuma interação e um Forth Eorlingas! que você não precisa agora. Essa não dá, não. Veredito: Mulligan.

Essa aqui veio toda a curva pesada do deck sem nenhuma maneira de fazer o jogo fluir e só 1 terreno. Até mesmo a proteção da Force of Negation não é suficiente caso o oponente abra com uma criatura problemática. Veredito: Insta Mulligan.

Um deck com acesso às 5 cores e bastante efeitos de compra pode muito bem usar um verdadeiro arsenal contra o qualquer coisa que espere enfrentar.

As opções que McWinSauce escolheu refletem a realidade do Magic Online: Carpet of Flowers e Pyroblast contra a horda de decks azuis do formato; Lavinia, Azorius Renegade para frear os combos – em particular os de Creative Technique que estão em alta; e Hydroblast e Force of Vigor servem para lidar com um pesadelo para o deck: Blood Moon.

Force também se alia a Meltdown como resposta aos vários decks de Urza’s Saga que rondam por aí. Por fim, Surgical Extraction segue como uma das melhores respostas para cemitério.

Outras cartas a serem consideradas são Endurance, Veil of Summer, Containment Priest, Collector Ouphe e Flusterstorm.

Grixis Delver

O perigo aqui são os Orcs: Orcish Bowmasters coloca pressão demais nos seus mecanismos de compras, portanto é bom estar atento para não tomar uma flechada em resposta a um Brainstorm. Em relação às listas pré-Eldraine, essa aqui é bem abastecida de remoções, então há a possibilidade de frear a mesa deles e tentar se proteger das mágicas de dano.

Entra:

Sai:

Reanimator

Apesar dos vários descartes deles, o seu deck ainda tem muitas respostas para algum bichão ressuscitado, mesmo que ele gere gás para uma nova onda de ataque. Pós-side, é possível exauri-los com as Extraction. Eventualmente um Uro leva o jogo.

Contra listas sem Azul

Entra:

Sai:

Contra listas com Azul

Entra:

Sai:

Stompy (Red Prison, RG, RW e W Initiative)

O Red Prison tem a temida Blood Moon já no game 1, enquanto os demais conseguem forçar os bichos Initiative com Cavern of Souls. Essas matchups são bastante difíceis, pois esse deck tem muita dificuldade em tomar o controle da Masmorra.

Entra:

Sai:

Blue Control (UW, Bant, Jeskai, 4CC)

Prepare-se para um jogo arrastado. Ambos os decks possuem muitas cartas mortas e aquele que conseguir juntar a maior quantidade recursos para forçar alguma das cartas que ganham (Forth Eorlingas! ou Comet, Stellar Pup) leva o game. Uro, Titan of Nature’s Wrath é mais complicado, pois é um para-raios para todas as remoções mortas.

Pós side, saem algumas dessas mesmas cartas mortas para algumas um pouco menos inúteis. Surgical tem por alvo principal Uros alheios.

Entra:

Sai:

UB Shadow / UB Scam

Ambas as versões atacam implacavelmente a sua mão, então você acaba ficando refém do topo do deck. Felizmente, seu deck tem muitas respostas para lidar com criaturas e até mesmo os Orcs podem ser freados pelo turno livre concedido pelo Anel e há tempo de refazer a sua mão.

Pós-side, counters que custam 2 cartas não parecem muito atraentes.

Entra:

Sai:

Encerro por aqui a primeira das análises dos decks do Pé-de-Feijão, e mais ainda virão por aí. Aparentemente o Legacy está para virar uma grande feijoada!

Um abraço leguminoso e até a próxima!