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Metagame da Semana: o impacto de Modern Horizons II

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Uma edição especial do Metagame da Semana, analisando a fundo o impacto de Modern Horizons II no Modern, no Pauper e no Legacy!

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revisado por Tabata Marques

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Jogadores e jogadoras, estamos de volta com mais um Metagame da Semana. Nessa edição, especial e dedicada ao impacto de Modern Horizons II, estarei dando total ênfase aos formatos impactados pela nova edição, procurando dar maior atenção às listas com cards da coleção.

Modern Horizons II mexeu com a estrutura dos formatos eternos e trouxe muitas novidades para o Modern, o Legacy e o Pauper. Praticamente todo o metagame dos torneios deste fim de semana para os três formatos tiveram listas completamente inovadoras em abundância enquanto houve um afastamento de alguns dos arquétipos tradicionais.

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Caso você esteja interessado na minha cobertura de Standard e Historic, fiz um artigo totalmente dedicado ao Strixhaven Championship e você pode encontrá-lo aquilink outside website.

Porém, antes de falarmos de Modern Horizons II, preciso compartilhar uma péssima notícia para os jogadores de Pioneer.

Pioneer

Não houve eventos de Pioneer neste fim de semana.

Ou melhor, os Challenges estavam lá, mas não tinham jogadores o suficiente para completar o quórum.

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Isso basicamente simboliza que os jogadores não estão tendo o interesse de jogar Pioneer, um efeito que só ocorreu anteriormente na época em que a Tríade dos Combos ainda existia no formato.

O que pode ter levado os jogadores a perderem o interesse no formato? Minha suposição mais óbvia é que Modern Horizons II saiu e parecia mais interessante jogar formatos onde o novo set impactou do que um formato que não teve mudança nenhuma nesta última semana.

A outra suposição pode ser que os jogadores não estejam se divertindo com o formato. E, se for esse o caso, o que pode ser feito para mudar isso? Não é como se houvesse um deck opressor ou um metagame distorcido, os jogadores apenas não estão interessados em jogar o formato.

Vamos aguardar as próximas semanas para tirarmos nossas conclusões sobre qual é o problema do Pioneer e o que pode ser feito a respeito.

Modern

Agora, ao que interessa:

O Modern Challenge de Sábado teve o seguinte Top 32:

5 Living End

2 Temur Cascade

2 Four-Color Cascade

2 Humans

2 Burn

2 Izzet Blitz

1 Amulet Titan

1 Hammer Time

1 Dimir Inverter

1 Niv-to-Light

1 Grixis Shadow

1 Heliod Company

1 Jeskai Ascendancy

1 Ad Nauseam

1 Five-Color Domain

1 Azorius Stoneblade

1 Esper Stoneblade

1 Dimir Rogues

1 Sultai Urza

1 Sultai Lantern

1 Selesnya Enchantress

1 Four-Color Recruiter

1 Azorius Spirits

E o Top 8 foi composto por:

3 Living End

1 Azorius Stoneblade

1 Humans

1 Amulet Titan

1 Temur Cascade

1 Hammer Time

Já no primeiro grande evento de Modern, temos diversas inovações e ideias já surgindo com Modern Horizons II.

Mas devemos começar este dia falando do Living End, que ganhou um ótimo upgrade com Shardless Agent.

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O Living End já havia adotado faz algum tempo uma base Blue-Based, optando por utilizar outras cores apenas para jogar as mágicas de Cascade.

Com a adição de Shardless Agent, o deck pode melhorar a sua manabase ainda mais, removendo a necessidade de mana branca para Ardent Plea, tornando-o significativamente mais consistente.

Além disso, o fato de Shardless Agent ser uma criatura tem suas vantagens, já que o card colabora com o significativo tamanho da mesa quando você joga Living End.

Mas Shardless Agent também protagonizou outro deck neste evento:

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Era óbvio que Shardless Agent habilitaria versões de Cascade procurando utilizar cards como Ancestral Vision ou, nesse caso, Crashing Footfalls já que este, com o Agente, simboliza 10 de poder dividido em 3 corpos por apenas 3 manas.

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O package de Adventures novamente demonstra seu valor como interações de custo baixo que escapam da mecânica de Cascade por conta do seu custo. O mesmo inclusive é feito com outro card recém-adicionado ao Modern: Fire // Ice, que possui um custo total de quatro mana.

Subtlety também possui seu espaço na lista, como uma ótima interação de early game que também serve como uma ameaça evasiva no meio do jogo caso se faça necessário.

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Shardless Agent também marcou presença no Humans, como uma inclusão praticamente óbvia e infinitamente superior a outros slots de card advantage como Militia Bugler.

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Outro deck que fez um ótimo resultado foi o Esper Stoneblade, cuja base inclui diversos cards de Modern Horizons II:

Esper Sentinel e Dauthi Voidwalker tem se provado cards extremamente poderosos para os formatos eternos enquanto Counterspell já possui seu valor comprovado faz pelo menos duas décadas.

E já que o deck aposta no pacote de Stoneforge Mystic, não poderia faltar no deck uma cópia de Kaldra Compleat, que compete com Batterskull como o card que você quer jogar utilizando a habilidade de Stoneforge Mystic.

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Outro deck que se destaca fortemente é o Five-Color Domain, que recebeu diversas adições com Modern Horizons II.

Primeiro, a inclusão de Ignoble Hierarch torna do deck e da sua manabase gananciosa muito mais acessível para o formato, e graças a isso, é possível ousar ainda mais com suas lands e apostar no uso das Triomas para obter todos os tipos de lands rapidamente, o que habilita um Territorial Kavu 5/5 no turno 2 ou um Scion of Draco também no turno 2.

Outra grande inclusão para a lista foi General Ferrous Rokiric, que em um deck com tantas mágicas multicoloridas pode criar um verdadeiro exército de Golems 4/4 e precisa ser respondido imediatamente.

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Falando em criaturas, o Four-Color Recruiter é essencialmente um Abzan Company que utiliza Imperial Recruiter como um tutor para um verdadeiro leque digno de toolbox, enquanto abusa de cards com ETB utilizando Ephemerate e Flickerwisp.

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Já um card que se destacou na grande maioria dos decks azuis e brancos do formato foi Solitude. Aparentemente, uma Swords to Plowshares de graça é realmente muito poderoso quando você precisa apenas segurar o jogo ou manter a vantagem na mesa.

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Por fim, o último deck a destacar deste evento é o Enchantress, utilizando Sterling Grove e Solitary Confinement em conjunto com Enchantress’s Presence e Sythis, Harvest’s Hand para criar um soft-lock no jogo que comumente será o suficiente para que jogadors com decks mais agressivos não possam mais ganhar a partida.

No Domingo, o Modern Challenge apresentou o seguinte Top 32:

4 Living End

3 Temur Cascade

3 Amulet Titan

2 Burn

2 Golgari Yawgmoth

1 Mono-Green Scales

1 Azorius Control

1 Ad Nauseam

1 Eldrazi Tron

1 Hammer Time

1 Crab Vine

1 Esper Control

1 Humans

1 Sultai Foodgaak

1 Sultai Shadow

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1 Temur Turns

1 Esper Stoneblade

1 Dimir Rogues

1 Orzhov Reanimator

E o Top 8 foi:

1 Mono-Green Scales

1 Temur Cascade

1 Niv-to-Light

1 Golgari Yawgmoth

1 Sultai Foodgaak

1 Azorius Control

1 Ad Nauseam

1 Eldrazi Tron

Muitas novidades no Domingo, também. Com uma vantagem razoável por parte dos decks de Cascade.

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Mas um dos decks mais comentados na última semana foram as variantes de Foodgaak.

Existem diversas variantes, as de Jund com Hollow One e Vengevine junto a Goblin Lore foram as mais comentadas, mas como não há nenhum exemplar nas listas de Top 32, estarei utilizando a versão Sultai.

Aparentemente, Asmoranomardicadaistinaculdacar (sim, eu copiei e colei) é um card muito mais jogável do que parece não apenas por ser uma criatura 3/3 por uma mana caso você consiga jogá-la, mas porque tutora The Underworld Cookbook, que permite mais interações de descarte e criação de tokens que podem ser utilizados como remoções por Asmoranomardicadaistinaculdacar.

Porém a mecânica de Food possuiu um grande suporte em Throne of Eldraine, incluindo Feasting Troll King, que pode ser jogado do cemitério sarificando três tokens de comida. Ou seja, se ele estiver no seu cemitério, você pode essencialmente jogá-lo de graça, tal como você fazia com Hogaak, Arisen Necropolis.

As comparações entre os dois arquétipos logo começaram e esta mistura de cartas ficou conhecida como Foodgaak. Porém, dado o resultado ruim do arquétipo nos Challenges dessa semana, creio que não estamos diante de um novo Hogaak. Pelo menos não na mesma natureza.

Mas existe um card que tem sido amplamente utilizado em diversos decks e já se provou extremamente eficiente para o formato:

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Urza’s Saga é provavelmente o card mais poderoso printado em Modern Horizons II, fazendo jus à edição de mesmo nome, sendo um dos sets mais quebrados de toda a história do jogo.

Primeiro, porque Urza’s Saga é um land drop que começa gerando mana, então essencialmente ele custa zero.

Segundo porque as habilidades de Saga vão para a pilha, portanto, você pode respondê-las. Dessa maneira, você pode utilizar a segunda habilidade do terreno duas vezes, criando dois tokens de Construto que serão, no mínimo, 3/3 cada uma porque a última habilidade irá tutorar um artefato.

Terceiro, porque a última habilidade permite procurar qualquer artefato de custo 1 ou 0. E não faltam opções no Modern.

Veja, por exemplo, essa lista de Mono-Green Scales (que finalmente está de volta, depois do banimento de Mox Opal): você tem The Ozolith, Animation Module, Zabaz, the Glimmerwasp, Welding Jar, Pithing Needle no side.. Todos esses cards são extremamente relevantes para o arquétipo e os tokens produzidos pelo terreno dificilmente serão apenas criaturas 3/3 num arquétipo como esse.

E não se limita apenas a decks voltados a artefatos a utilidade de Urza’s Saga.

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Até mesmo decks com nenhuma interação com artefatos podem tirar proveito do terreno porque existe um custo mínimo em utilizá-lo e um valor muito grande em fazê-lo.

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E eu mencionei que Urza’s Saga tutora Amulet of Vigor e Expedition Map?

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Ou que tutora Colossus Hammer?

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Seguindo adiante, é interessante ver que a inclusão de Dauthi Voidwalker como uma ameaça que não pode ser bloqueada com uma habilidade relevante e Counterspell levaram o Rogues a ser um arquétipo competitivamente viável dentro do Modern também, fazendo com que, dessa maneira, seja possível ter acesso ao arquétipo em praticamente todos os formatos competitivos.

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Por fim, temos a primeira versão do Reanimator utilizando Persist com cards como Archon of Cruelty ou outras antigas Staples do Reanimator do Legacy antes de Griselbrand ser o principal alvo: Terastodon e Ashen Rider.

E assim concluímos a seção de Modern deste artigo, mas não foi apenas aqui que Modern Horizons II teve um grande impacto.

Pauper

O Pauper também sentiu o impacto da coleção, como poderemos ver abaixo:

O Top 32 do Pauper Challenge de Sábado foi composto por:

8 Rakdos Storm

7 Affinity

6 Dimir Faeries

4 Burn

3 Boros Bully

3 Izzet Storm

1 Dimir Reanimator

1 Turbo Fog

1 Izzet Faerues

1 Boros Monarch

1 Jeskai Ephemerate

1 Elves

1 Tron

1 Mono-Black Control

1 Naya Domain.

E o Top 8 foi composto por:

4 Dimir Faeries

2 Boros Bully

1 Grixis Affinity

1 Izzet Storm

Já no Domingo, o Top 32 foi composto por:

18 Affinity

9 Rakdos Storm

6 Izzet Storm

5 Dimir Faeries

3 Boros Bully

2 Izzet Faeries

2 Elves

1 Dimir Delver

1 Gruul Cascade

1 Jund Cascade

1 Mono-White Heroic

1 Mono-Black Control

1 Stompy

1 Orzhov Pestilence

1 Bogles

1 Burn

A primeira coisa que todo mundo sabia que aconteceria desde o dia do lançamento da coleção é que Chatterstorm faria com que os decks de Storm voltassem ao formato.

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Aparentemente, existem duas versões atuais de Storm, cada um com seus prós e contras.

De um lado, você possui o Rakdos Storm, que utiliza de lands que dobram sua mana como Peat Bog junto a rituais e draws e é significativamente mais explosiva do que a outra versão por incluir um número maior de rituais baratos.

Do outro, você tem o Izzet Storm, que troca a velocidade que o Rakdos Storm possui pela consistência de cantrips melhores e a resiliência de uma manabase mais equilibrada e menos suscetível a cards como Cleansing Wildfire, que se tornaram bem populares por conta das novas Duais Artefatos.

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O Affinity foi um deck que melhorou significativamente com a adição das Duais Artefato e de Sojourner’s Companion, que funciona essencialmente como cópias extras de Myr Enforcer.

Essas adições e uma vulnerabilidade significativamente menor contra Gorilla Shaman levaram o deck ao topo do formato nesta semana, inclusive sendo representando 1/3 do Top 32 de domingo.

Atualmente, existem duas versões com ótimos resultados: O Izzet Affinity é a versão mais “pura” do deck, com uma manabase melhor e mais rápida e que possui melhor acesso a cards como Gearseeker Serpent e Etherium Spinner, que tem se destacado por aumentar a Afinidade de maneira absurdamente alta enquanto cria tokens que seguram muito bem as criaturas dos decks de Faeries.

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A outra versão, que pode ser vista como a melhor versão para jogar num Metagame voltado para Affinity é o Grixis, onde Disciple of the Vault faz um ótimo trabalho em tornar da mirror um match muito mais favorável.

Inclusive, fiz um pequeno deck tech dele esta semana, você pode conferi-lo aquilink outside website.

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Porém, não são apenas os decks de Affinity que abusam das novas lands: cards como Cleansing Wildfire são ótimas respostas para decks com manabase gananciosas como é o caso do Rakdos Storm, do Tron ou outros decks, mas agora torna-se também uma grande jogada de valor caso você a utilize nas suas próprias lands, já que você poderá buscar um land básico E comprar um card com ele.

Apesar de considerar que utilizar oito cópias deste efeito é meio overkill, o Boros Bully parece relativamente favorável nesse formato, já que possui uma boa match contra Faeries, Cleansing Wildfire é uma ótima resposta contra o Rakdos Storm, e o deck pode utilizar bons hates contra Affinity como Ancient Grudge ou Dust to Dust.

Outros decks, inclusive, estão apostando nesta mesma proposta e fazendo bons resultados:

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O então melhor deck do formato, Dimir Faeries, continua apresentando bons resultados e parece ser um dos poucos decks capazes de competir sem mudanças significativas contra este novo Metagame.

Como esperado, o Dimir Faeries consegue ter um match relativamente positivo contra Storm, enquanto possui os elementos necessários para segurar o Affinity com os removals certos e ainda funciona muito bem contra os outros decks que já existiam no formato e não foram tão impactados com a nova edição.

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Ainda assim, a redução de diversidade nos removals em prol de maior consistência nas respostas necessárias demonstra que o deck precisou se adaptar.

Legacy

Por fim, temos o Legacy. E eu preciso confessar: eu amo o Legacy, ele é meu formato ideal na maioria das ocasiões porque seus cards são tão incrivelmente poderosos que você se sente bem jogando com eles, principalmente jogando com coisas que não são permitidas em outros formatos.

E Modern Horizons II causou um impacto relevante no Legacy também!

Começando por Sábado, o Legacy Challenge teve o seguinte Top 32:

10 Izzet Delver

4 Affinity

2 Elves

2 Reanimator

2 Food Chain

1 Snow Miracles

1 Death & Taxes

1 Mono-Red Prison

1 Temur Delver

1 Mono-Green Post

1 Abzan Lands

1 Goblins

1 Lands

1 Sultai Zenith

1 Four-Color Uro

1 Temur Uro

1 Mono-Black Curses

E o Top 8 foi composto por:

4 Izzet Delver

2 Affinity

1 Snow Miracles

1 Temur Uro

Eu até diria que dez Delver no Top 32 é normal pro Legacy, mas vamos abordar isso depois, tem outro ponto mais interessante primeiro: o Affinity.

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O Affinity ganhou muitos brinquedos novos em Modern Horizons II, e parece que não só o arquétipo possui o potencial para renascer no Modern como se torna um potencial competidor no Legacy.

Esper Sentinel é muito mais efetivo no Legacy do que no Modern por se tratar de um formato mais intensivo de mana, e o deck conta ainda com cards como as lands artefatos originais, Mox Opal e Ancient Tomb para agilizar seu jogo.

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Além disso, o deck possui bastante card advantage com Thought Monitor, que é essencialmente um Mulldrifter por 1 mana e, é claro, Urza’s Saga que criará sozinho corpos que serão muito grandes neste deck, já que tudo nele é um artefato, enquanto pode buscar Retrofitter Foundry, que mantém um fluxo constante de criaturas.

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Outro card que se destacou no Legacy foi Endurance.

O card já era considerado bom no formato por conta de ser um ótimo hate contra os decks de Doomsday, mas o card é bem melhor do que parece: a habilidade de embaralhar cemitérios é muito relevante para lidar com as atuais ameaças que o Delver adotou como Dragon’s Rage Channeler e Murktide Regent enquanto também é um corpo que oferece um clock razoável E que bloqueia o próprio Delver of Secrets incrivelmente bem.

E antes de falarmos de Delver, no Domingo aconteceu o Legacy Showcase Challenge, e terminou com o seguinte Top 32:

12 Izzet Delver

2 Hogaak

2 Esper Vial

2 Lands

2 Doomsday

2 Mono-Red Prison

1 Death & Taxes

1 Temur Delver

1 Snow Miracles

1 Elves

1 Sultai Zenith

1 Sultai Midrange

1 Food Chain

1 Affinity

1 Echo Storm

1 Mono-Green Post

E o Top 8 foi composto por:

3 Izzet Delver

1 Death & Taxes

1 Hogaak

1 Esper Vial

1 Affinity

1 Lands

O Izzet Delver representou mais de 35% do Top 32 do Legacy Showcase, e mais de 30% do Top 32 do Legacy Challenge, o que são números alarmantes até para o melhor deck do formato.

E tudo isso porque o Delver ganhou muitos cards bons em Modern Horizons II:

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Esta combinação de cards, junto à base já bem estabelecida do Izzet Delver, torna-o uma das versões mais eficientes que o arquétipo já teve em sua história.

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Antes do lançamento de Modern Horizons II havia uma discussão de qual card seria o melhor drop 1 para o Delver: Dragon’s Rage Channeler ou Ragavan, Nimble Pilferer?

A resposta, pelo visto, é ambos.

Dragon’s Rage Channeler funciona essencialmente como suas cópias extras de Delver of Secrets que apesar de um pouco mais difícil de “transformar”, pelo menos nessa lista, gera muito valor com a habilidade de Surveil 1 num deck que utiliza diversas mágicas ao decorrer do jogo. Ela, inclusive, interage incrivelmente bem com Delver of Secrets, onde você pode, por exemplo, utilizar um Lightning Bolt com a habilidade do Delver na pilha para olhar a carta do topo e garantir a transformação do Delver.

Ravagan, Nimble Pilferer é uma combinação poderosíssima de card advantage e mana advantage num formato onde as mágicas tendem a custar muito pouco e a mana costuma ser muito eficiente. Ele é uma ameaça que precisa ser respondida ou bloqueada, caso contrário, todo turno ele estará gerando muito valor.

Por fim Murktide Regent, que em muito se compara com Tombstalker, é muito superior ao demônio que já foi staple de Legacy no passado pelo mero fato de ser uma carta azul e, portanto, ser um pitch para Force of Will ou Force of Negation, sendo dessa maneira melhor caso você compre vários do que Gurmag Angler, por exemplo.

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Além disso, Murktide Regent comumente entra em jogo como, no mínimo, um 6/6, o que é um clock considerável no Legacy.

Essa combinação de cards transformou o Izzet Delver em, de longe, a melhor versão de Delver do formato, e resta saber se os demais decks do formato conseguirão acompanhar e se seus predadores naturais conseguirão fazer um bom trabalho.

Talvez seja um bom momento para jogar de Hogaak no Legacy.

A propósito, estive jogando de Izzet Delver esta semana. Portanto, você pode esperar um deck tech do arquétipo em breve!

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Outro deck que ganhou cards importantes foi o Echo Storm, que procura utilizar Song of Creation para criar uma engine de Storm e draw com mágicas de custo 0 ou mágicas que geram mana, reabastecendo a mão com Echo of Eons quando necessário.

O deck ganhou Strike it Rich, que funciona como mais uma free spell para o deck, além de Galvanic Relay, que funciona essencialmente como um “3 manas, compre uma carta” com Storm neste arquétipo.

Conclusão

E este foi o Metagame da Semana, destacando o impacto da primeira semana de Modern Horizons II nos formatos eternos!

Gostaria de ressaltar novamente uma frase que costumo dizer frequentemente no nosso twitchast, o Amigos do Meta: não se deixem levar pelo overreacting. Analisem as situações, os jogos e os formatos de acordo com como eles se apresentam e não necessariamente com base em opiniões tendenciosas ou com base no viés de confirmação que você deseja ler ou ouvir.

Isso, inclusive, se aplica a muito mais do que apenas Magic.

Portanto, antes de dizer que um card precisa ser banido, dê um tempo e analise se o formato possui os meios necessários para impedir a dominância de cards e estratégias que podem parecer inicialmente quebradas.

Particularmente, estou empolgado com o impacto de Modern Horizons II nos formatos eternos, e ansioso para ver como cada um deles se transformará nas próximas semanas!

Obrigado pela leitura!