O lançamento de Edge of Eternities
deu início à nova temporada do Standard, com diversas estratégias — antigas e novas — surgindo nas partidas ranqueadas do Magic Arena e também nos Challenges do Magic Online, que ocorrem já com a rotação desde 28 de julho.
Dentre estes decks, existe o Azorius Blink, uma estratégia nova motivada pela mescla dos cards com a mecânica de Warp com efeitos que exilam criaturas e as devolvem para o campo de batalha, permitindo reutilizar seus efeitos de ETB e LTB e “trapacear” nos seus custos de mana.
A Decklist
Essa é a mesma lista utilizada pelo jogador DB_Dykman no primeiro Standard Challenge após a rotação, sem qualquer mudança no maindeck ou sideboard, pois o formato continua se adaptando e se redescobrindo ao ponto que criar meta calls e/ou adaptar a lista contra um “ambiente esperado” parece antecipar situações ainda inexistentes no Standard.
O Azorius Blink tem um plano de jogo objetivo, se você já conhece o tema: usar os custos alternativos de Warp das novas criaturas de Edge of Eternities com cards que exilam a criatura e a devolvem para o campo de batalha. Assim como Evoke, o trigger de Warp considera o objeto que estava na mesa naquele momento, e quando o blink (exilar e devolver para o jogo) ocorre, aquele card é tratado como um novo objeto e não precisa ser exilado no fim do turno.
Com efeitos de ETB se tornando cada vez mais prevalentes em Magic, é natural que habilidades de Bounce e Blink ganhem mais destaque, mas existe um problema específico nessa lista: ele tenta demais repetir o mesmo efeito ao ponto de ter cards em excesso que fazem o mesmo — temos 16 cards que exilam criaturas, sendo um deles um efeito repetitivo, para 11 payoffs.
Dentre eles, Splash Portal seria facilmente o card que eu removeria para adicionar mais interação de pilha, ou até mais remoções e/ou fontes de vantagem em cartas. A ideia de pagar três manas e colocar um Quantum Riddler na mesa como um 4/5 por 
, ou 
com Anticausal Vestige para ter um 7/6 e mais uma permanente em jogo pode parecer muito atraente, mas está longe de fazer o suficiente no Standard para valer os slots de um dos piores topdecks que você pode ter em jogos mais interativos, e apesar do Metagame ainda estar se moldando, os oponentes têm interagido muito.
Em defesa do card, ele é absurdo com Beza, the Bounding Spring e praticamente pode nos fazer voltar para um jogo perdido com ela, mas o mesmo pode ser mencionado de qualquer ouro card com Blink da lista, e todos fazem algo além de ser um meio de reutilizar ETBs.
Se preferirmos manter o tema com 16 cards, Parting Gust parece uma opção mais eficaz por funcionar como remoção de duas manas e efeito de Blink no mesmo slot, enquanto Abuelo, Ancestral Echo tem a vantagem de funcionar como um pseudo-Eldrazi Displacer, que apesar das restrições, pode reutilizar ETBs duas vezes a cada ciclo de turno enquanto também protege suas criaturas de remoções pontuais.
Maindeck
Os payoffs. Alvos primários dos efeitos de blink e motivos para este deck existir.
Quantum Riddler talvez tenha se tornado o melhor cards de Warp de Edge of Eternities. Apesar das semelhanças com Mulldrifter, seu corpo é mais relevante e a possibilidade de ganhar um Divination com qualquer efeito de draw é relevante ao lado de cópias extras dela, e um 4/6 com Flying pode finalizar jogos enquanto soterramos o oponente em vantagem em cartas.
Essa habilidade de Riddler interage também com Anticausal Vestige, que além de ter um efeito de LTB relevante, conta com um corpo 7/6 que pune o oponente por destruí-lo. É comum utilizar diversos efeitos de Blink nele para colocar permanentes em jogo de graça no mesmo turno.
Beza, the Bounding Spring não possui custos alternativos, mas faz tudo o que desejamos de um efeito de ETB: vantagem em cartas, vida extra, mais corpos na mesa e o que for necessário para cada situação na partida, além de também ter um corpo decente para o combate.
Os Blinks.
Charming Prince é o mais eficiente entre eles por fazer algo além de ser um Blink com seu ETB e por um custo baixo. O ganho de vida é importante contra Aggro e o Scry ajuda a filtrar o topo nas partidas de atrito.
Fortune, Loyal Steed tem uma boa interação com as criaturas com Warp já que elas não possuem Haste para atacar no turno em que entram, então podem ser viradas para selar a criatura para ela, quando atacar, exilá-las e devolvê-las para o campo de batalha. Seu maior problema é, além de ser lendária, precisar esperar o fim do combate para desencadear sua habilidade.
Twining Twins é um Momentary Blink (o card deu origem ao nome do arquétipo em 2007) com um corpo 4/4 com Vigilance e Flying. Não é a melhor criatura de todos os tempos, mas garante mais uma ameaça na mesa durante as partidas sem perder slots para as interações da lista.
Splash Portal, como mencionado acima, parece ser o card menos impressionante entre esses efeitos, mas é o único que custa uma mana que temos no formato, permitindo jogadas mais explosivas com as criaturas com Warp.
Seam Rip e Get Lost são nosso pacote de interação, com Get Lost sendo uma resposta mais abrangente contra o Metagame enquanto Seam Rip lida com ameaças menores, além de ter o bônus de responder Agatha’s Soul Cauldron e Astrologian’s Planisphere.
Elspeth, Storm Slayer oferece uma segunda linha de vitória enquanto transforma todas as suas criaturas em ameaças relevantes com os marcadores +1/+1, e o Flying é extremamente perigoso com Anticausal Vestige e Beza, the Bounding Spring se ela tiver criado algumas fichas. Elspeth também funciona como remoção contra criaturas maiores.
Não há muito a dizer sobre a base de mana. Queremos a maior quantidade possível de duais que entrem desviradas nos turnos mais importantes, mas não temos Hallowed Fountain para complementar Floodfarm Verge, então apostamos em terrenos condicionais como Starting Town e Fabled Passage nesses slots.
Sideboard
A interação contra criaturas menores.
As cópias extras de Seam Rip funcionam contra Aggro e também contra as listas de Agatha’s Soul Cauldron. Tem algumas outras partidas onde ele pode ser um side-in relevante, como nas variantes de Dimir Midrange que têm se orientado mais para o Tempo com mais criaturas baratas com voar como Deep-Cavern Bat.
Elspeth’s Smite lida com criaturas menores, pode entrar contra alguns Midranges, mas evito o usar contra arquétipos com facilidade de botar muito poder permanente na mesa, como Mono Green/Temur/Naya Landfall.
Negate e Spell Pierce servem tanto como proteção para nossas criaturas e interações como para responder arquétipos muito baseados em mágicas de não-criatura como Azorius Control, Izzet Prowess e Mono White Tokens.
Annul complementa esse pacote contra Prowess e Tokens, mas também entra nos jogos contra Naya Yuna/Abzan Yuna.
A cópia extra de Beza, the Bounding Spring entra em diversas partidas e até poderíamos considerar uma inclusão no maindeck, mas já temos cards demais com valor de mana mais alto na lista.
Rest in Peace e Kutzil’s Flanker entram principalmente contra os decks de Yuna hoje. Eles também são úteis na partida de Izzet Cauldron, mas não utilizaria muitas cópias de Rest in Peace neste jogo porque é fácil para o oponente se aproveitar de termos incluído hate de cemitério demais e nos punir com o plano de beatdown.
Guia de Sideboard
Izzet Prowess
IN
OUT
Azorius Control
IN
OUT
Gruul Aggro
IN
OUT
Green Landfall
IN
OUT
Izzet Cauldron
IN
OUT
Naya Yuna
IN
OUT
Concluindo
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