Standard: Os 5 Melhores Decks para jogar o Melhor de Um

Se você está buscando jogar o formato Standard no Magic Arena e prefere o ritmo rápido das partidas no Melhor de Um, ter um deck eficiente e bem-adaptado a natureza do Metagame deste formato é essencial e entender o espaço de cada arquétipo em um universo sem Sideboards é necessário para conseguir a sonhada sequência de vitórias na ladre ranqueada.

Neste artigo, apresentamos cinco listas populares no Melhor de Um do Standard, que são uma excelente porta de entrada para quem quer jogar o formato, para quem já joga e deseja experimentar novos decks e também para quem deseja ter uma base de listas competitivas para construir no Melhor de Um e, posteriormente, investir em aprimorá-los para o cenário de Melhor de Três.

Boros Burn

Boros Burn é uma das estratégias mais famosas do Standard tanto da modalidade Melhor de Um quanto no Melhor de Três, e muito se deve à sua consistência em vencer jogos e punir decks despreparados, pois requer apenas três ou quatro turnos para executar seu plano de jogo.

Este deck é basicamente a versão clássica do “Red Deck Wins”: criaturas baratas, mágicas de dano e alguns pumps para fazer suas criaturas crescerem para reduzir a vida do seu oponente de 20 para 0 na menor quantidade de turnos.

Emberheart Challenger, Slickshot Show-Off e Monastery Swiftspear são os protagonistas da lista: eles aumentam de poder com cada mágica jogada e permitem ao Burn sair do plano linear de outras variantes de Prowess, sendo menos dependente de mágicas que dão alvo em suas criaturas para funcionar.

Isso é importante porque Burst Lightning e Lightning Strike garantem alguma interação de mesa. Eles permitem, por exemplo, remover uma Monastery Swiftspear do oponente enquanto desencadeia o Prowess das suas criaturas, além de ter a flexibilidade de acelerar o clock ao darem alvo no oponente.

Boros Charm é o motivo para o splash ao branco nessa lista. Com ele e Monstrous Rage ou Turn Inside Out em um Slickshot Show-Off, é possível causar 16 de dano em um só ataque. Em outros casos, ele será usado para causar 4 de dano ao oponente e até para proteger algumas criaturas de remoções baratas se necessário.

A fraqueza do Boros Burn está no quão preparado seus oponentes estão em atrasar seu plano de jogo. Há diversas listas no Melhor de Um voltadas especificamente para essa partida e não é raro esbarrar com uma delas: um Authority of the Consuls no primeiro turno já é um atraso significativo na partida, e se acompanhado com muitas remoções baratas, impossibilitando de vencer o jogo.

Boros Auras

O Boros Auras segue uma temática semelhante à do Boros Burn, mas abdica da velocidade em prol de um jogo com mais poder permanente na mesa.

Nessa lista, apostamos integralmente na interação de Manifold Mouse e Optimistic Scavenger com a habilidade de Valiant, que se tornam o cerne do nosso plano de jogo, onde Heartfire Hero e Emberheart Challenger são as principais ameaças.

Para desencadear Optimistic Scavenger, temos um pacote de Auras poderoso que inclui Ethereal Armor para acelerar o clock, Sheltered by Ghosts como uma remoção que dobra como efeito para proteger criaturas no início da partida e também um meio de ganhar jogos gratuitamente contra Burn e Red Aggro, além de Shardmage’s Rescue para proteger criaturas-chave de remoções.

O Boros Auras, enquanto semelhante aos decks de Burn, opera muito mais focado na ideia de ter criaturas para suas mágicas funcionarem. Por um lado, isso torna o seu plano um pouco melhor na mirror de Aggro porque Sheltered by Ghosts e Ethereal Armor são cards muito poderosos nessas partidas. Por outro lado, ele torna esse arquétipo mais vulnerável contra remoções e, consequentemente, com um topdeck pior em uma mesa vazia.

Mono Black Slasher

E por falar em remoções, o Mono Black Slasher combina o pacote de melhores interações baratas de mesa do Standard hoje com um combo de duas cartas que evita fazer o oponente ter tempo demais para voltar à partida.

O combo funciona assim: Unstoppable Slasher faz o oponente perder metade da vida quando ele causa dano. Bloodletter of Aclazotz diz que sempre que um oponente perder vida, ele perde o dobro dessa quantidade arredondada para cima. Como Slasher faz o oponente perder metade, Bloodletter fará com que ele perca o dobro da metade - ou seja, o seu total de vida.

Esse plano é complementado por remoções baratas e alguns cards de custo baixo para segurar a partida, com muitas sendo necessárias para segurar os Aggros do Metagame, além de uma fonte de card advantage com Unholy Annex // Ritual Chamber, que interage com Bloodletter of Aclazotz e Archfiend of the Dross, uma das nossas ameaças complementares.

Outras criaturas incluem Sheoldred, the Apocalypse para ter inevitabilidade e Aclazotz, Deepest Betrayal para segurar o clock do Aggro enquanto realiza trocas favoráveis contra outros decks de atrito.

O problema do Mono Black Slasher é o mesmo de qualquer outro Midrange: ele pode comprar a metade errada do deck e perder na corrida do Burn e de outros Aggros porque tem muitas ameaças e poucas remoções, ou ficar muito atrás contra outras estratégias porque comprou remoções demais. A falta de uma segunda cor também limita significativamente sua quantidade de interação.

Azorius Oculus

Azorius Oculus é um deck de Tempo baseado em jogar cards no cemitério para reanimar com efeitos baratos, burlando custos adicionais de criaturas como Abhorrent Oculus enquanto alimenta Haughty Djinn e Kiora, the Rising Tide

Uma vez que Abhorrent Oculus está em jogo, bastam alguns turnos para ele gerar valor o suficiente e colocar tantos corpos na mesa ao ponto de dominar a partida, e por termos muitos cards que o devolvem para o campo de batalha, este deck, em partes, invalida muitas remoções do Metagame.

Para alimentar o cemitério, temos cards como Picklock Prankster e Founding the Third Path, além de Moment of Truth e Chart a Course.

Também contamos com interação: de bounces como Into the Flood Maw e Unsummon até sweepers baratos como Temporary Lockdown para segurar os Aggros enquanto Three Steps Ahead gera card advantage e lida com mágicas ou criaturas problemáticas antes que elas cheguem até a mesa do oponente.

A fraqueza do Azorius Oculus, tal qual qualquer arquétipo com muitas cantrips, é de passar tempo demais comprando mais mágicas que não fazem nada além de comprar outros cards, gastando recursos preciosos em mana e turnos até chegar na sua ameaça.

Outro problema inclui os jogos que o deck passa tempo demais preparando um setup e o oponente se aproveita disso para ganhar na race. Às vezes, um Abhorrent Oculus não é o suficiente para segurar um Slickshot Show-Off quando este vem acompanhado de Monstrous Rage e outro pump.

Golgari Midrange

Golgari Midrange é o clássico arquétipo visando responder a tudo. Diferente do Mono Black Slasher, ele tenta seguir o plano mais justo possível e sem combos: jogar criaturas eficientes, destruir qualquer coisa que acerte a mesa, ganhar o jogo antes que seu oponente consiga se recuperar.

Uma das vantagens dessa combinação de cores foi o reprint de Llanowar Elves em Foundations, que deu ao arquétipo a possibilidade de pular de uma mana no primeiro turno para jogar Glissa Sunslayer no segundo e sequenciá-la com Sheoldred, the Apocalypse ou Archfiend of the Dross, tornando-o mais rápido em “segurar” os Aggros através uma posição de mesa superior do que as demais variantes.

Além do mana dork, o splash para o verde garante algumas respostas pontuais para o cemitério com Scavenging Ooze ou Tranquil Frillback, além de remoções contra encantamentos com Tear Asunder e Pawpatch Formation. Outra adição relevante é Mosswood Dreadknight, uma ameaça difícil de remover e uma poderosa fonte de card advantage em jogos mais longos.

O Golgari Midrange sofre de tentar responder demais e acaba não lidando com tudo muito bem. É possível direcionar uma lista para lidar com um Metagame específico: mais remoções baratas contra Aggro, ou mais Scavenging Ooze contra Azorius Oculus, mas isso vem com alguma concessão de outro lado, e o deck pode ser punido por isso.

Isso é tudo por hoje!

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