Top 5 Modern - Melhores Cards de Kamigawa: Neon Dynasty

Kamigawa: Neon Dynasty é algo que sempre esperei ver em Magic. Como bom assistidor de animes e leitor de mangás, para mim, a coleção não só é um retorno a uma cultura tradicional da qual eu gosto muito, como também traz todo um lado contemporâneo que me agrada. Esse flavor é evidenciado no próprio set, em que temos cards de encantamento que exaltam as tradições do mundo de Kamigawa, e entram em contraste com os artefatos mecânicos, enaltecendo a inovação pela qual o plano passou.

Essa modernidade toda é muito bem-vinda ao… Modern, nos permitindo novas abordagens a antigos problemas do formato, alternativas promissoras para construir seus decks e, claro, muitos robôs gigantes.

Ao som de muita musiquinha de anime, inclusive gosto muito de L’ArcEnCiel, e assistindo episódios de Kamen Rider na TV, vamos nos juntar e descobrir os cinco melhores cards de Kamigawa: Neon Dynasty para o Modern.

Se Bogles ainda fosse uma realidade no formato, essa carta seria um monstro. Produzindo o mais puro suco de card advantage que o deck poderia ter, Light-Paws, Emperor’s Voice permite despejar inúmeras auras de seu baralho diretamente ao campo, anexadas a ela.

Essa interação não só melhora qualitativamente o seu lado do campo, como também te ajuda a agregar valor com cards do Bogles que se importam com o número de encantamentos que você tem em sua posse, como Ethereal Armor, por exemplo.

Infelizmente, as coisas não são favoráveis para essa raposa. Não só o deck de Bogles não se encontra em um bom momento, como também ele é bem "fechadinho" e balanceado em suas criaturas e auras. Retirar qualquer uma delas para colocar uma criatura lendária, que não se pode ter múltiplas cópias em campo, de custo dois e que tem dificuldades para se defender sem o auxílio de meios externos, é de extrema complicação.

Não quer dizer que não possa ser testada, claro, mas ainda assim, na build atual de Bogles ela pode ser, algumas vezes, mais um obstáculo do que o passe para a terra prometida.

Tempered in Solitude tinha tudo para ser uma das melhores da coleção. Custo baixo, somada a falta de meios de lidar com encantamento no Modern no momento, deixam o card estável na mesa. Sua habilidade de exilar cards do topo do seu deck e permitir que eles sejam jogados até o fim do turno, é um prato cheio para decks de Prowess, que usam de criaturas pequenas que crescem à medida que novas mágicas são conjuradas.

Infelizmente, o card só tem sua habilidade desencadeada quando criaturas atacam sozinhas, que é justamente o contrário que esses decks extremamente agressivos gostariam. Uma pena, pois isso desvaloriza muito as possibilidades do deck, fazendo com que ele encaixe bem em algum Voltron da vida.

Esperar que um card de duas manas exilasse um card para cada atacante é realmente muito fora da casinha e não é o caminho que essa argumentação visa. Uma aproximação mais factível para deixar essa carta adequada para decks agressivos do Modern seria o bom e velho “Quando uma ou mais criaturas atacam”. Mas, infelizmente, a habilidade só serve perante um único atacante declarado, privando esse card de ser um dos melhores da coleção para o Modern.

Vamos começar tirando o elefante branco, ou melhor, vermelho, da sala. Sim, Invoke Calamity conta com um custo carregado de mana vermelha. Isso pode parecer um empecilho para a conjuração da mágica, mas esse custo não é nada que Cryptic Command já não faça com mana azul.

A manabase do Modern, que permite facilmente lands de duas, ou até três, cores ao mesmo tempo, em conjunto com as fichas de tesouros que Ragavan, Nimble Pilferer, que já é vermelho, podem facilmente deixar Invoke Calamity propícia para entrar em campo.

Após isso, podemos usufruir de seu efeito, que é tudo que um deck UR gostaria. Se Cryptic Command é conhecido por sua versatilidade, o que acham das infinitas possibilidades que esse card pode trazer? Inclusive, você pode invocar o próprio Cryptic Command e alguma outra carta mais simples, como um Lightning Bolt, por exemplo. Também possui uma ótima interação com cartas com Suspender como Living End.

Invoke Calamity é uma carta muito poderosa e faz uso de um dos melhores efeitos da cor vermelha, conjurar cards de graça no puro impulso. Se não fosse seu custo carregado de ícones com um foguinho desenhado, essa carta estaria bem mais alta na lista.

Containment Construct está aqui por diversos motivos, sinergizando bastante com cards dentro e fora da coleção. A habilidade de exilar e reutilizar cards que você descarta é muito bem-vinda, mas só serve quando esses cards são, de fato, descartados.

Quando pensamos em descarte no Modern, pensamos em mágicas pretas que fazem com que nosso oponente escolha cards para descartarmos, como Inquisition of Kozilek ou Thoughtseize. De fato, usar o Constructo como uma proteção contra essas mágicas é uma opção, mas está longe de ser a melhor opção, mesmo que ela exista.

O valor implícito do robozinho está na sua habilidade de aproveitar os cards que você mesmo descarta, e o Modern é cheio dessas opções, escondidas em formas mais tímidas. Por exemplo, Cycling é uma habilidade presente na forma de cards como Wilt e Ketria Triome, assim como os outros triomas, cujo custo é descartar um card, que com o constructo, podem ser jogados em seguida, agregando muito valor a sua play.

Liliana of the Veil junto a criatura em campo pode gerar um motor no qual você não precisa, necessariamente, perder um card. E claro, o mesmo vale para cartas com Cycling, uma vez que Containment Construct permite jogadas em instant speed. Além disso, o texto dele te deixa jogar cartas, ou seja, terrenos também são reutilizáveis.

Esse card consegue gerar muito valor nas suas jogadas, te prevenindo de perder pouco e se tornando mais promissor ao longo das cartas lançadas em futuros sets, devido a sua habilidade interagir com uma mecânica básica do jogo. Inclusive, sinergiza com alguns cards que veremos a seguir.

Esse é um card que eu não queria que fosse tão bom, por que eu realmente gostei da sua versão de arte alternativa. Lion Sash é um side perfeito contra decks de cemitério e um card branco ótimo para dar algumas porradas pesadas no oponente.

Seu charme se encontra no fato de não precisar ser virado para sua habilidade ser ativada, diferente de cards como Relic of Progenitus que podem ser ativados uma vez por turno.

Custando pouca mana e sendo capaz de crescer por si mesmo, ou crescer de modo que ajude uma outra criatura com alguma habilidade ou evasão, esse gatinho é bom de uma forma bem simples, e o fato dele acumular marcadores em si e não nas criaturas equipadas por ele, faz com que esse carinha tenha uma ótima evasão a remoção.

March of Otherworldly Light é a mágica mais forte dessa coleção, mesmo estando em segundo lugar. No presente momento, o melhor removal do formato Modern é o Prismatic Ending, permitindo o exílio de permanentes não-terreno do oponente de acordo com os tipos de mana pagos para ser conjurado.

March of Otherworldly Light tem um funcionamento similar ao card de MH2, a diferença está que, tal qual Martyr of Sands, você pode usar de cards da cor branca em sua mão para que a mágica atinja seu maior potencial. Ou, apenas pagar muita mana, caso ela esteja disponível.

De ambas as maneiras, você terá uma remoção por exílio garantida, que não dará nenhum bônus para seu adversário, como Path to Exile, e que assim como Prismatic Ending consegue lidar com uma boa gama de ameaças, sem ter que se apoiar na dificuldade de mudar sua base de mana e encaixar cores nela para usar com o Ending.

Ela ganharia o primeiro lugar tranquilamente no quesito força bruta, quando comparada com as cartas outras nessa lista, mas o primeiro lugar tem uma gama de usabilidades maiores, e é ela que veremos a seguir.

As Channel Lands estão entre as cartas de maior utilidade que já vimos no Magic até hoje. Apesar dos efeitos providos por ela serem de certa simplicidade e comuns entre diversas cartas do jogo, não devemos as comparar com as mágicas que causam tais efeitos, e sim com terrenos básicos.

No começo do jogo esse tipo de terreno funciona tal qual um básico. Entra em pé, gera mana de uma cor específica. Eles são desprovidos de tipo, o que não é negativo, pois você não quer buscá-los com fetchlands.

No fim do jogo se comportam como mágicas, permitindo que você use seus efeitos as descartando. Lembram um pouco as lands modais da terceira ida a Zendikar, exceto que elas não podem ser alvos dos descartes de cartas como Thoughtseize. Além disso, os efeitos de terrenos com a mecânica Channel não podem ser anulados por Archmage's Charm ou Counterspell, anulações muito presentes no formato.

De longe, a melhor de todas elas é Boseiju, Who Endures, possuidora de um custo baixo e que permite que destrua tipos de permanente problemáticos e sem tanta interação no Modern. Otawara, Soaring City é outra carta poderosa, retornando permanentes para a mão do oponente. A interação delas com Wrenn and Six ou qualquer recursão de terreno torna as jogadas ainda mais absurdas.

No fim, todas as lands com Channel são boas para seu deck, principalmente monocoloridos. Elas garantem que você não vai ter um draw perdido mais no fim do jogo, lembrando o sistema de games como Legends of Runeterra, em que toda carta que você compra tem algum efeito, eliminando a temida variância, razão do ódio de muitos players. As Channel Lands são extremamente polivalentes em jogo e merecem todo o destaque que recebem.

Para mim, a melhor carta de todas é You are Already Dead. Vou garantir uma cópia dela em todos os meus Commanders que usam preto. Sou totalmente apaixonado por Hokuto no Ken, a ponto de que eu estou doido para comprar uma cópia de Kaito Shizuki desenhada pelo Tetsuo Hara, desenhista do mangá. E claro, vou amar poder falar “Omae wa Mou, shindeiru!” quando for utilizar a carta, referenciando a obra.

Por hoje é isso, vou ficar por aqui e até a próxima!