Magic: the Gathering

Opinião

Top 7 Cartas boas que não jogam Modern

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Mesmo as cartas mais presentes e poderosas de outros formatos, as vezes perdem desempenho quando mudam de casa. No artigo de hoje, discutiremos as principais cartas que dominam outros formatos, mas não vêem jogo no Modern!

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revisado por Tabata Marques

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Modern, no Magic: The Gathering, é um formato de jogo competitivo que permite aos jogadores construir decks utilizando cartas de todas as expansões lançadas após a oitava edição básica do jogo, lançada em 2003.

Com isso, o Modern oferece uma grande variedade de estratégias e arquétipos, permitindo que os jogadores criem decks poderosos e diversificados. O formato é conhecido por sua alta velocidade e poder explosivo, com jogos muitas vezes sendo decididos em poucas rodadas. É um dos mais populares e jogados no Magic: The Gathering, com eventos regulares sendo realizados em lojas e torneios de grande porte realizados em todo o mundo.

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Com todo esse grande contingente de cards disponível, é obvio que alguns vão se sobressair, enquanto outros vão perder rendimento. Mesmo cartas extremamente viáveis em seus respectivos formatos de Standard podem se mostrar fracas perante ao que domina o Modern, levantando questões sobre como as utilizar e se um dia elas irão ver jogo novamente.

No artigo de hoje, falaremos de cartas que são legais no Modern e, mesmo passando o carro em outros formatos eternos, não mostram resultados no formato, mesmo que tentativas não faltem.

Siege Rhino

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Essa é uma carta que me traz lembranças. Acompanhei bem de perto o T2 de Tarkir, pois era o que virava na loja mais próxima de casa, e Siege Rhino era a carta mais destruidora do formato. Presente no Abzan Midrange, deck tier 1 da época, o Rhino não só drenava três de vida quando entrava, como também colocava uma criatura enorme com atropelar em jogo. Era um efeito simples, mas suas estatísticas, a capacidade de recuperar vida enquanto o oponente perdia e a facilidade de buscar terrenos com as fetchlands que vinham na coleção, permitiam que a carta tivesse um desempenho excelente.

Infelizmente, esse sucesso não se traduziu em outros formatos. No Modern é bem possível colocar um Tarmogoyf quase tão grande quanto o Rhino em campo no segundo turno e sem precisar ficar escolhendo lands de diversas cores diferentes. O Goyf não atropela nem drena vida, mas a vantagem que o corpo dele cria tão cedo era capaz de redimir essa diferença em seu arsenal.

Também devemos levar em conta remoções como Path to Exile que rodavam na época e Fatal Push que veio alguns anos depois, e tem a capacidade de corrigir essa grande ameaça com um gasto muito pequeno de mana.

Uma situação em que ele seria muito bom hoje, é pareado com Elesh Norn, Mother of Machines, que permitiria você recuperar 6 de vida e tirar uma igual quantidade do oponente, mas ficar bom com a mamãe Elesh na mesa não é nenhum mérito.

Monastery Mentor

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Falando de novo em Tarkir, temos Monastery Mentor, carta com ótimo desempenho no Legacy e restrita no Vintage. Esses dois formatos são conhecidos por uma alta velocidade vinda de mágicas instantâneas e artefatos de custo baixo que permitem que os jogadores realizem múltiplas ações em uma única rodada. Essas cartas, muitas vezes chamadas de "cantrips", permitem que os jogadores comprem mais cartas, busquem por outras ferramentas específicas em seus decks e manipulem suas mãos de forma mais eficiente, gerando mana e recursos extras.

Assim, no Legacy e Vintage é possível conseguir colocar o monge em jogo muito mais cedo, às vezes até no primeiro turno, e desenvolver o seu jogo com a habilidade de destreza e com a criação de outras fichas com tal habilidade, fazendo com que decks reativos consigam ter uma postura mais agressiva, se assim necessário.

Infelizmente, o Modern carece de tanta interatividade com essa carta, tendo poucas opções de Mox e de Cantrips num padrão ouro igual ao Legacy, o que deixa a carta mais lenta para ser conjurada e faz com que nem todo o turno você consiga ativar suas habilidades o tanto quanto é necessário, prejudicando o plano de jogo do Monastery Mentor.

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Delver of Secrets

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Delver of Secrets é extremamente popular no Legacy e no Pauper. Sendo uma criatura barata de custo de uma mana azul e com uma habilidade especial que permite que ele se transforme no começo do turno de seu controlador, caso ele tiver e revelar uma carta de mágica instantânea ou feitiço na sua primeira posição de seu baralho. Quando essa habilidade ativada tem êxito, Delver of Secrets é transformado em uma nova criatura chamada Insectile Aberration, que tem voar e um poder e resistência aumentados. Assim, é possível fazer uso de várias dessas criaturas de forma agressiva enquanto se utiliza de outras mágicas para controlar o jogo e garantir que as criaturas conectem os ataques necessários.

Tanto no Legacy quanto Pauper, dispomos de ótimas cartas de custo baixo que nos permitem arrumar o topo do baralho, Brainstorm, Ponder e Preordain. Todas essas são opções que permitem de forma muito mais fácil a transformação do Delver, arrumando o topo do baralho de forma extremamente satisfatória.

Infelizmente, o Modern carece desse tipo de opção, com no máximo Serum Visions disponível, fazendo assim com que o Delver perca um bocado de chances de se transformar, uma vez que ele depende totalmente da sorte, fazendo com que o card perca confiabilidade. Com seu Delver flipando bem menos do que o necessário no Modern, o plano de jogo do seu deck vai pro espaço e a carta perde muito no formato.

Spellstutter Sprite

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Aqui temos um card muito bem posicionado no Pauper e que até já viu certo jogo no Modern, mas que perdeu seu espaço. Spellstutter Sprite é um anula em forma de fadinha, e que precisa de outros seres feéricos para aumentar suas capacidades.

Antigamente, quando Bitterblossom era o terror em decks de controle, a Sprite via mais jogo, uma vez que o encantamento também conta como fada, fazendo a taxa da criatura azul ser maior. Os tokens do encantamento também ajudariam a melhorar a Spellstutter e transformá-la praticamente em um Counterspell com asas.

Hoje em dia temos outras opções de fada, como Brazen Borrower, mas o declínio do UB Control com Bitterblossom e Vendilion Clique fez com que a carta perdesse o pouco e situacional uso que tinha no formato.

Grim Flayer

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Aqui temos outra criatura que foi extremamente prolífica em seu T2, mas que tem dificuldades de lidar com o Modern. Grim Flayer agia em seu Standard tal qual o Tarmogoyf no Modern, uma criatura de duas manas que progressivamente crescia.

Infelizmente, o próprio Goyf botava o Flayer em cheque. O primeiro crescia com ambos os cemitérios, o Grim Flayer apenas com o do próprio jogador. O Goyf consegue aumentar ainda mais, o Flayer fica preso nos status de 4/4. E em uma eventual batalha entre os dois com seu poder em 4, Tarmogoyf sempre ganharia, uma vez que ele tem uma resistência maior. Além disso, o Flayer precisa de duas manas de cores específicas, enquanto o lagartão podia usar mana genérica.

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O card também sofria para Lightning Bolt quando se encontrava menor e Fatal Push, remoção extremamente popular do formato, independente de seu tamanho.

Entretanto, Grim Flayer tem seus trunfos. Além de ser capaz de atropelar, o que fica ótimo quando se tem 4 de poder, ele também pode gerar vantagem para seu controlador na forma de um suculento surveil 3. Capaz de alimentar o grave com as peças certas para entrar delírio e de organizar melhor o seu topo.

Hoje em dia, com Dragon’s Rage Channeler em voga, quem sabe um Jund mais agressivo e com ambos os delirantes não seja uma ótima ideia?

Phyrexian Obliterator

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Essa é sem dúvida a carta que tem mais gente enchendo o saco atrás de tentar fazer funcionar. Toda vez que Phyrexian Obliterator é citado ou reprintado, sua fervorosa legião de fãs aparece tentando forçar ele em algum deck específico do Modern.

Sua habilidade de converter dano em um deficit de permanentes para o oponente, é, sim, muito boa e pode levar ao fim do jogo com certa facilidade. Mas ainda assim, a grande maioria dos removals presentes no formato, como Fatal Push, consegue se livrar dessa criatura sem desencadear seu efeito. E, em último caso, apenas deixá-lo atacar ou bloqueá-lo com criaturas pequenas também ajuda.

Por melhor que sua habilidade seja excelente, seu custo de quatro manas da cor preta torna-se complicado em decks de duas cores e proibitivo em qualquer deck com três ou mais. Ele pode ser contornado facilmente no board e decks em maior posição de controle podem se livrar do obliterador facilmente. Essa é sem dúvida a carta que tentam a mais tempo fazer acontecer no Modern, e sempre sem sucesso.

Winota, Joiner of Forces

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Winota, Joiner of Forces sempre foi muito especulada no Modern, devido a seu grande impacto no Pioneer e Histórico. Entretanto, sua capacidade de trazer um turno forte caem por terra na presença de Solitude ou Fury nos controles mais atuais, que podem prejudicar sua humana antes mesmo de você ser capaz de fazer alguma coisa com ela.

Além disso, decks de Winota começam a acontecer lá pelo turno três ou quatro, dependendo do quão rápido você a bote na mesa, e até lá outros decks como Colossus Hammer, Indomitable Creativity ou até mesmo o sumido Living End estão com o caminho muito mais andado e, provavelmente, já lidaram com suas ameaças. E claro, além disso, muitas vezes ela se comporta como uma carta que só está ali para dar um extra no jogo, com poucos drops de humanos de custo alto que realmente causem impacto sério.

Por mais que Winota, Joiner of Forces tenha sido uma grande ameaça no Pioneer e ela tivesse tudo para se dar melhor com uma maior pool de criaturas no Modern, com o formato também vem uma grande lista de novas ameaças, que podem desperdiçar totalmente o turno de invocação dela.

Considerações Finais

O Modern realmente é um formato interessante. Mesmo algumas das maiores ameaças de outros modos de jogo podem cair por terra quando começamos a jogá-lo.

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Mas mesmo assim, fãs apaixonados pelos seus cards e estratégias favoritos não deixam de insistir mais e mais, na esperança de ver um dia seus decks funcionando.

Até o próximo!