O Pro Tour sempre foi um dos torneios mais importantes de Magic: The Gathering. Além de servir como uma demonstração dos novos cards nos formatos competitivos, ele serve para ditar os rumos do Metagame - muitas estratégias novas surgem, decks consolidados são devidamente respondidos, e a lista dos melhores arquétipos se transforma com cada inovação apresentada nas partidas.
Com Aetherdrift, não foi diferente: além da ascensão do Domain Overlords como potencial novo melhor deck, estratégias como Azorius Control voltaram ao cenário competitivo, enquanto arquétipos consolidados, como o Dimir Midrange e as diversas variantes de Bounce parecem estar em declínio, como apresentado pelas planilhas de taxas de vitórias do matemático Frank Karsten.
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Neste artigo, avaliamos o desempenho dos principais arquétipos do Pro Tour Aetherdrift e destacamos os principais vencedores e perdedores do torneio, e também quais decks jogadores devem ficar de olho nas próximas semanas!
Os Vencedores do Pro Tour Aetherdrift
Domain Overlords
Domain Overlords foi o deck destaque do Pro Tour Aetherdrift. Apesar de estar fazendo resultados consistentes nos Challenges há meses, a variante que mistura Zur, Eternal Schemer com o ciclo de Overlords de Duskmourn ganhou Ride’s End como uma remoção barata e eficiente que interage com Up The Beanstalk.
Sendo o arquétipo mais presente no Top 8, protagonizando uma semifinal e as finais, além de ter uma winrate de 55%, é provável que ele se torne o deck a ser batido nas próximas semanas - e apesar das estatísticas dizerem que ele é desfavorecido contra Gruul Mice e Mono Red Aggro, os resultados do Top 8 mostram que é possível se adaptar bem a essas partidas sem abdicar de vitórias nas outras.
Azorius Control
Tudo o que o Azorius Control precisava para voltar ao Metagame era uma fonte de seleção e vantagem em cartas eficiente, e Stock Up, que tem mostrado resultados até no Modern e Legacy, deu ao arquétipo as ferramentas para voltar ao Metagame com tudo, tendo a taxa de vitórias mais alta entre os arquétipos com alta representatividade.
A partida contra Domain parece levemente desfavorável segundo os números, mas a amostragem (3-4) não é suficientemente clara para dar um resultado sólido. Fora dele, todos os jogos que o Azorius Control enfrentou no Pro Tour foram relativamente favoráveis ou medianas para o arquétipo, tornando-o um novo competidor em potencial.
Azorius Omniscience
Em termos de amostragem e percentual de vitórias, acredito que o Azorius Omniscience seja o verdadeiro ganhador deste Pro Tour em números brutos, e um dos motivos é o fato dele estar muito bem favorecido contra Domain Overlords e Jeskai Convoke em detrimento da partida contra Mono Red e Gruul, mas com a vantagem de que as demais partidas ruins dele no atual Metagame são de arquétipos que tiveram um desempenho ruim no torneio e devem ficar em baixa nas próximas semanas.
Este é um bom momento para os jogadores de no Standard, visto que os dois arquétipos com a melhor taxa bruta de vitórias do Pro Tour estão nessa combinação de cor, e depende do jogador optar se prefere ter uma partida mais sólida contra Aggro, onde Azorius Control se destaca, ou contra Domain, onde Omniscience é uma opção melhor.
Jeskai Convoke
O Jeskai Convoke está em uma posição parecida com a do Azorius Control, mas com números menos impressionantes: exceto pela partida de Domain, ele teve uma taxa positiva contra a maioria relevante do formato enquanto os decks contra os quais ele foi pior são arquétipos que devem declinar de posições nas próximas semanas.
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Vale ressaltar que ele não teve jogos contra Azorius Control no Pro Tour, e tecnicamente a partida é desfavorável para o Convoke, visto que Azorius tem múltiplas cópias de Temporary Lockdown, Day of Judgment e Beza, the Bounding Spring no maindeck.
Mono Red Aggro
Mono Red Aggro teve um resultado geral melhor do que o Gruul Mice no agregado de partidas, enquanto uma parcela considerável dos decks contra os quais ele perdeu são estratégias que devem cair em declínio até abril, com exceção de dois arquétipos: Jeskai Oculus e Azorius Control - se ambos crescerem demais, a posição dele no Metagame pode estar bem comprometida.
Os Decks Perdedores do Pro Tour Aetherdrift
Dimir Midrange
Como os poderosos caíram. Antes o melhor deck do formato, o Dimir Midrange teve a pior taxa de vitórias do torneio entre os arquétipos mais jogados e certamente entrou na lista de pior conversão de um arquétipo na história do Pro Tour.
A mensagem é muito clara: Dimir Midrange, tal qual as demais variantes tradicionais, são justas demais para o Standard de hoje, e com Domain - um predador natural dos Midranges tradicionais - sendo o melhor deck, restam poucos motivos para tentar jogar com ele até o lançamento de Tarkir Dragonstorm trazer um novo Metagame.
Golgari Midrange
O Golgari Midrange não foi tão mal quanto o Dimir, mas o resultado geral do arquétipo é essencialmente o mesmo: sua estratégia é justa demais para os padrões atuais do Metagame do Standard, e até nas partidas em que ele se destacou, a nova variante com Bushwhack e Phyrexian Obliterator se mostrou mais eficiente.
Bounce (Esper Pixie, Esper Paragon, Dimir Bounce)
Exceto pela versão Dimir, as variantes de Bounce não foram tão mal quanto esperado para um Metagame munido de cards e arquétipos para enfrentá-lo, mas a partida deles contra a maioria dos vencedores desse Pro Tour é muito desfavorável, e independente da versão utilizada, lidar com os ETBs constantes do Domain ou com um set de Temporary Lockdown no maindeck do Azorius Control significa precisar reformular o arquétipo inteiro.
Muitos jogadores de Bounce devem migrar nas próximas semanas para a versão Orzhov, que teve a maior taxa de vitórias do evento.
Selesnya Cage
A matemática é simples: o Selesnya Cage nasceu para responder aos decks de Bounce. Se Bounce está em declínio, ele piora consideravelmente, e somado com a partida horrenda contra Domain, ele se encontra em uma posição bem desfavorecida nas próximas semanas.
Gruul Leyline
Apesar dos resultados de Lucas Duchow e o fato dele ter chegado ao Top 8 do Pro Tour, o Gruul Leyline permanece menos consistente e com resultados piores do que o Gruul Mice ou o Mono Red Aggro, e dada as situações que testemunhamos nas partidas de Duchow nas oitavas de final, é perceptível que o arquétipo ainda é inconsistente e depende demais da sorte para ser um competidor em ascensão.
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Decks para Ficar de Olho
Domain Overlords
O Domain Overlords foi o destaque do Pro Tour, ganhou o torneio e já era uma estratégia popular nos Challenges antes do evento, então é provável que ele cresça em representação nas próximas semanas e o próximo dilema do Metagame gire em torno de qual é a melhor resposta contra ele.
Azorius Control
Azorius Control tem muitos fãs e entusiastas em Magic: The Gathering e esteve ausente da temporada atual do Standard desde o início dela. Com Stock Up e a melhor taxa de vitórias entre os decks mais representados, jogadores têm um bom motivo para experimentar o arquétipo em partidas ranqueadas do MTGArena, no Magic Online e também nos RCQs.
Golgari Mill
Zevin Faust chegou ao Top 8 do seu primeiro Pro Tour usando um deck pouco conhecido no Metagame, com uma temática que muitos jogadores gostam e com a consistência e suporte que apenas Up the Beanstalk pode oferecer.
Todos esses fatores ajudam a colocar o Golgari Mill no radar durante algum tempo. Além disso, este é um deck barato de craftar no Magic Arena quando comparado com outros arquétipos, o que deve ajudar a manter sua popularidade em alta nos jogos ranqueados.
Golgari Obliterator
O Golgari Obliterator utiliza basicamente a mesma composição do Golgari Midrange, mas com o “combo” entre Phyrexian Obliterator e Bushwhack para arruinar a mesa do oponente, dando-lhe uma camada de “injusto”, proposta que muitos decks precisam para competir no Standard hoje.
É provável que muitos jogadores de Midrange optem por essa variante nas próximas semanas em detrimento das versões mais tradicionais.
Orzhov Pixie
Apesar da baixa amostragem, o Orzhov Pixie foi o arquétipo com a maior taxa de vitórias do Pro Tour Aetherdrift, e dado o declínio das versões mais tradicionais de Bounce, é muito provável que jogadores experimentem com variantes como esta, mais orientada para jogos longos, nas próximas semanas.
Bant Gearhulk
Brightglass Gearhulk foi uma das maiores novidades de Aetherdrift para o Standard, e este deck o utiliza da melhor forma possível ao misturá-lo com cards como Mockingbird, Warden of the Inner Sky e uma dúzia de one-drops de qualidade, e há muito espaço para crescimento e evolução nesse arquétipo nas próximas semanas
Izzet Repurposing Bay
Repurposing Bay e Radiant Lotus foram dois dos cards com mais hype de Aetherdrift durante a temporada de prévias, e se encontraram no Standard em um deck focado em usar a quantia absurda de mana gerada pela Lotus para um Boommobile cuja habilidade de Exhaust cause dano letal ao oponente.
Este deck tem potencial e o Metagame não está exatamente preparado para lidar com ele hoje, tornando-o uma boa opção para eventos competitivos ou jogos ranqueados nas próximas semanas.
Conclusão
Isso é tudo por hoje!
Em caso de dúvidas, fique à vontade para deixar um comentário!
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Obrigado pela leitura!
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