Magic: the Gathering

Deck Guide

A um pacto da vitória - Construindo o Oracle Pact no Histórico

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Nesta série de dois artigos, estarei compartilhando (quase) tudo o que aprendi pilotando o Oracle Pact, novo combo do Historic! Hoje, faço uma análise profunda de como elaborar a sua lista!

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revised by Tabata Marques

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Desde o lançamento de Strixhaven, Oracle Pact foi o baralho com o qual mais joguei e mais me dediquei.

Como um grande fã de "Combo-Control' que sou, com um longo histórico com decks desse arquétipo, eu não podia deixar passar a oportunidade de jogar com um deck que muito me lembrava o Inverter, deck que me trouxe grandes resultados antes da pandemia.

Nesse processo, foram mais de 100 partidas jogadas no Magic Arena com o arquétipo e entre erros, acertos, estudo e análise do arquétipo, posso dizer que possuo algum conhecimento com relação a um dos decks mais fascinantes existentes no Historic.

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E nesta série de dois artigos, compartilharei com vocês (quase) tudo o que aprendi nesses jogos!

Afinal, o que é o Oracle Pact?

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O plano do deck é ser um combo-control que tenta fazer uma junção de Thassa’s Oracle + Tainted Pact para ganhar o jogo, visto que, se seu deck for composto totalmente de cards com nomes diferentes, você pode revelar todas as cartas do deck e portanto, fazer com que o Pact exile todo o grimório e, em seguida, a habilidade de Thassa’s Oracle ganhará o jogo.

Apesar das primeiras listas levarem esta ideia para o sentido literal, atualmente a maioria das listas adota uma junção de 2 Pact + 2 Oracle no Maindeck, com mais um de cada no Sideboard, pois em conjunto com os tutores e card selection do deck, aumenta a consistência com a qual você consegue ganhar o jogo utilizando o combo.

Existem diversas variantes do deck hoje (Dimir com ou sem Lurrus of the Dream-Den, Grixis ou Sultai sem companion, versões com Lutri, the Spellchaser e por aí vai), mas antes de abordar suas variantes, devemos começar analisando aquilo que considero o essencial para o deck:

Peças-Chave

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A faca e o queijo.

Thassa’s Oracle é, na realidade, uma das mais poderosas criaturas já criadas na história de Magic e a wincondition alternativa mais eficiente da história do jogo. O card custa apenas duas manas, sua forma de ganhar o jogo é imediata, algo que pouquíssimos outros cards com o texto “você ganha o jogo” realmente faz, dispensando o uso de uma terceira peça para se ganhar o jogo (como, por exemplo, Laboratory Maniac precisa que você compre um card) e sua condição de vitória é relativamente mais simples do que, por exemplo, estar com 50 de vida, ou ter 200 cartas no deck.

Você só precisa ter uma devoção ao Azul maior do que a quantidade de cartas no seu deck, o que pode ser adquirido tendo uma quantidade absurda de devoção (por exemplo, criando uma quantidade absurda de cópias do Oráculo), ou removendo cartas do seu deck até ter nenhuma ou quase nenhuma.

Thassa’s Oracle, na pior das hipóteses, também oferece um bom corpo para bloqueio e um bom filtro do topo do seu deck se assim for necessário, fazendo com que o card seja útil na maioria dos estados de jogo.

Tainted Pact está no deck basicamente para fazer com que Thassa’s Oracle funcione como um combo, mas é sempre bom lembrar que o card possui outras funções neste tipo de deck, inclusive servindo como um tutor para o card que você precisa, se assim for necessário.

Utilizando dois de cada, você possui maiores chances de comprar ambos ao decorrer de uma partida, mas não se deve contar que você possa simplesmente comprá-las enquanto segura o jogo.

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Portanto, o deck também possui um pacote de tutores para buscar suas winconditions e/ou respostas necessárias.

Wishclaw Talisman é o meu favorito neste deck pois é uma ótima jogada nos primeiros turnos que lhe permite fechar o combo a partir do turno 5, caso você já tenha uma das peças na mão. Além disso, o card também é ótimo em buscar a proteção que você precisa quando vai combar, como Thoughtseize ou Pact of Negation. Atente-se para o fato de que não é recomendável fazê-lo sem ativar caso o oponente tenha alguma possibilidade de removê-lo com cards como Skyclave Apparition, Abrade ou Rip Apart.

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Grim Tutor funciona quase da mesma maneira, mas pior contra decks Aggro e acaba demandando setup (ou um pouco de sorte) para que esses 3 de dano não signifiquem uma derrota. A menos que o jogo se estenda, dificilmente será usado no mesmo turno que o combo.

Solve the Equation busca apenas Tainted Pact. Mas, caso você já possua um Pact na mão, você pode buscar outro e utilizá-lo para buscar Thassa’s Oracle e, então, finalizar o jogo com Thassa’s Oracle + o segundo Tainted Pact.

Mastermind’s Acquisition e Fae of Wishes comumente possuem um efeito diferente: eles servem para buscar o combo OU buscar respostas específicas no Sideboard.

Você precisa descartar a mão do oponente? Busque Thought Distortion.

Precisa de um sweeper? Busque aquele que tiver no Sideboard.

Precisa fechar o combo? Tainted Pact e Thassa’s Oracle comumente estarão também no Sideboard, acompanhados de uma cópia de Jace, Wielder of Mysteries que, mesmo que você utilize Lurrus of the Dream-Den na sua lista, é possível deixá-lo no sideboard para ser tutorado quando necessário.

Estes dois são os melhores e, ao mesmo tempo, por custarem mais caro, os piores tutores do deck, pois necessitam de um setup maior nas partidas para serem devidamente utilizados. Porém são ainda mais essenciais do que os demais tutores pois protegem o seu combo de efeitos como Necromentia, que poderia remover permanentemente seus Tainted Pact.

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Outro card que eu gostaria de abordar e que considero parte essencial do deck é Sea Gate Stormcaller.

O card, que nunca teve um lar dentro dos demais arquétipos ou formatos fora o Neoform Combo, é uma grande adição para este deck pois possibilita jogadas extremamente explosivas com mágicas de descarte como Thoughtseize, enquanto também serve como outro tipo de 2-card combo com Tainted Pact, onde utilizá-la para copiar o Pacto poderá fechar o combo naturalmente, já que a cópia buscará um Thassa’s Oracle do deck, e o pacto original poderá então exilar o resto para que, em seguida, você jogue Thassa’s Oracle e ganhe o jogo.

O mesmo pode ser feito com Lutri, the Spellchaser que pode ser utilizado no maindeck em listas sem Lurus para obter o mesmo efeito, inclusive em Instant-Speed.

Falando em outro card que pode ser utilizado no maindeck em listas sem Lurrus, temos o Jace:

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Jace, Wielder of Mysteries funciona como mais uma wincondition para o deck que pode, inclusive, funcionar por conta própria caso o jogo se estenda demais, além de também ser uma perfeita engine de Card Advantage nas partidas mais longas.

Em geral, Jace é um ótimo card para se ter no deck especialmente em matchs onde você não está sendo constantemente pressionado pelo oponente; eu não diria que é necessariamente essencial, já que muitas listas conseguem obter bons resultados sem utilizá-lo no maindeck (mas sempre no Sideboard para ser tutorado), mas bom o suficiente para servir tanto como outra wincondition quanto para gerar valor todo turno.

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Tenha em mente que, com um Tainted Pact e um Jace na mesa, você não necessariamente está apto a combar, pois precisará de ao menos um Thassa’s Oracle na sua mão ou cemitério para que os cards não se “esbarrem” no topo do seu deck e acabem levando o pacto a falhar. Porém, você ainda pode arriscar fazer essa combinação e torcer para que sobrem poucas cartas no seu deck ao fim do processo.

Dito isso, a proposta do Oracle Pact é ser um Combo-Control. Ou seja, um deck combo que se comporta como um deck control até juntar suas peças e fechar o jogo. Exemplos recentes deste tipo de deck incluem o próprio Dimir Inverter no Pioneer, além de Splinter Twin no Modern, Izzet Drake no Pauper.

O principal motivo para esta decisão é que o deck necessita de setup para poder funcionar e, tratando-se de um deck majoritariamente singleton, pode fazer melhor uso de cantrips e card selection para buscar o que precisa, onde, se optasse por seguir outro tipo de plano de jogo, como por exemplo, ser um deck puramente combo, teria problemas em conseguir lidar com a pressão dos decks agressivos e a disrupção dos decks midranges e control.

Quanto aos demais slots do deck, podemos dividi-los em categorias e cartas a serem utilizadas em cada uma delas, junto de uma descrição das que considero mais importantes e uma ordem de prioridade recomendada quanto a quais encaixar no seu deck.

Card Selection

Card Selection, ou Cantrips, se preferir, são essenciais num deck como o Oracle Pact pois te levam cada vez mais perto das peças do combo e, quando não o fazem, ajudam a corrigir a curva do deck, buscar o removal ou o counter para se proteger, ou até mesmo encontrar um tutor ou outro meio de cavar mais fundo.

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Brainstorm é um dos cards mais complexos de se utilizar nesta lista por conta da infinidade de possibilidades que ela oferece. Eu quero manter ela na minha mão para proteger uma peça do combo de um Thoughtseize? Ou eu quero utilizá-lo para tentar cavar mais fundo por uma carta que preciso nesse momento? E se eu não encontrar o que quero, tenho como tirar as cartas inúteis do topo?

Esses são apenas alguns dos pensamentos que ficam na cabeça quando você possui um Brainstorm na mão com essa lista, mas a quantidade de possibilidades e interações que o card permite torna a sua inclusão quase obrigatória.

Cling to Dust pode até parecer fraco como uma cantrip, mas o Historic é um formato com um grande foco em cemitérios por conta de decks como Izzet Phoenix, Dimir Rogues e Rakdos Arcanist, e ter um out para estas estratégias que também te compra um card (ou te garante vida extra, o que é tão relevante quanto em outras partidas) faz muita diferença. O fato do card poder ser reutilizado constantemente em jogos mais longos também o torna extremamente relevante contra os decks Control.

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Omen of the Sea é um Preordain por duas manas em instant-speed, mas possui um “bônus” de cavar ainda mais fundo no deck ao ser sacrificado e, inclusive, poder ser reutilizado com Lurrus of the Dream-Den.

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Shimmer of Possibility é o melhor dentre os cards de custo 2, já que busca entre as quatro cartas do topo, sem restrição alguma, ampliando as opções do que pode ser útil e do que pode não ser.

Augur of Bolas pode ocasionalmente dar um enorme “whiff”, principalmente quando você está buscando Thassa’s Oracle, mas o deck possui mais do que o suficiente de mágicas para justificar seu uso, e um corpo 1/3 ainda é um bom bloqueador contra alguns decks agressivos. Na pior hipótese, ele te dá um block e um turno a mais para interagir.

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Silundi Vision é outro card extremamente eficiente em buscar um tutor ou Tainted Pact que, além disso, também soma como mais um land drop que gera azul, quando necessário.

Supreme Will apresenta função dupla no deck ao servir tanto como um elemento disruptivo ou de proteção quanto para como um Shimmer of Possibility em Instant-Speed. Lembre-se que você possui somente uma cópia no seu deck e, portanto, decida cautelosamente quando e como deve utilizá-lo.

Narset, Parter of Veils pode não estar disponível nas versões com Lurrus of the Dream-Den, mas a capacidade de servir como um pseudo-Dig Through Time ao cavar oito cartas do deck e ainda ser um ótimo elemento para impedir que decks como Izzet Phoenix consigam rodar consistentemente e necessitem gastar recursos contra ela a tornam uma ótima adição.

Behold The Multiverse pode custar relativamente alto se for utilizado em hardcast, mas a capacidade de cavar o deck e ainda gerar card advantage o tornam uma opção a ser considerada dentro do formato e é um ótimo efeito em Instant-Speed.

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Ambos os cards acima são staples do arquétipo pois oferecem uma quantidade absurda de valor por um custo muito baixo.

Mazemind Tome pode ser utilizado todo turno durante quatro turnos seguidos para buscar os cards que você necessita quando você está sob pressão, já que o artefato ainda lhe ganhará 4 de vida ao final do processo. Enquanto, contra decks mais lentos, é possível apenas mantê-lo na mesa e utilizá-lo para comprar cards e gerar uma quantidade significativa de card advantage no longo prazo.

Search for Azcanta serve, inicialmente, como um Surveil 1 em toda manutenção, o que é muito útil para um deck cheio de singletons tirar as cartas inúteis do topo, enquanto no late-game torna-se um dos melhores meios que o baralho possui de buscar proteção, removals ou até mesmo uma peça do combo.

Para escolher quais cantrips utilizar, normalmente faço um comparativo entre eficiência de mana e quantas cartas eu consigo “cavar” com cada uma delas.

Por exemplo: Shimmer of Possibility, apesar de ser uma Sorcery, é melhor do que Deliberate pois me permite cavar uma carta a mais. (Shimmer me permite ver quatro, enquanto Deliberate me permite ver duas e, se não gostar delas, comprar uma terceira).

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Omen of the Sea é superior á Opt, apesar de custar uma mana a mais, porque me permite ver até 5 cartas entre cast e ativação, enquanto Opt me permite ver apenas duas.

Behold the Multiverse, apesar de me permitir ver menos cartas que Drawn from Dreams possui a vantagem de ser uma instant e poder ser “parcelada” e protegida de descartes com o Foretell e, portanto, possui a prioridade.

Portanto, considerando Dimir, a prioridade fica assim:

Essenciais: Brainstorm, Cling to Dust, Omen of the Sea, Shimmer of Possibility, Silundi Vision, Supreme Will, Search for Azcanta, Mazemind Tome.

Opcionais, por ordem de prioridade: Augur of Bolas, Behold the Multiverse, Narset, Parter of Veils, Opt.

Não utilizados, mas úteis: Deliberate, Curate, Drawn from Dreams.

Removals

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Fatal Push e Bloodchief’s Thirst possuem efeitos parecidos, porém Fatal Push é significativamente inferior, pois temos pouquíssimos meios de ativar o Revolt, fazendo com que ele seja, na maioria das vezes, um removal para criaturas de custo 2 ou menor.

Bloodchief’s Thirst também dobra como removal para Planeswalkers quando você está enfrentando decks Control, tornando-o significativamente mais relevante do que Fatal Push nessa lista, mas você deve utilizar ambos.

Apesar de não ser um removal de custo 1, Erebos’ Intervention é um card que gosto muito por possuir múltiplas funções em diferentes partidas, servindo como um hate de cemitério quando necessário e sendo uma ótima ferramenta para segurar os decks Aggro também!

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Eliminate é um ótimo removal que lida com a maioria das ameaças dos Company decks, do Mono-Black, de Death’s Shadow, Rakdos Arcanist, além de remover as Narset e, ocasionalmente, os Gideon of the Trials do oponente.

Heartless Act é um removal tão eficiente quanto, mas que funciona melhor contra cards como Stormwing Entity, Crackling Drake ou Arclight Phoenix.

Cast Down é um removal limpo contra grande maioria das criaturas do formato, perdendo eficácia apenas contra cards específicos (e alguns muito ameaçadores) como Kroxa, Titan of Death’s Hunger, Thalia, Guardian of Thraben, Questing Beast, Korvold, Fae-Cursed King, Sram, Senior Edificer e Lurrus of the Dream-Den.

Tyrant’s Scorn é muito eficiente em lidar com as mesmas criaturas que Eliminate, enquanto também pode servir como um bounce para lidar com criaturas maiores como o já citado Stormwing Entity e Crackling Drake.

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Murderous Rider é uma ótima opção para listas que não utilizam Lurrus of the Dream-Den, já que não só funciona como um removal incondicional contra criaturas e planeswalkers, como também adiciona um corpo na mesa que pode segurar o jogo por alguns turnos ou até estabelecer pressão contra decks mais reativos.

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Baleful Mastery é um card que tenho gostado muito de utilizar pois cria uma versatilidade em responder ameaças rapidamente pelo custo de uma carta pro oponente, enquanto no Late-Game também se trata de um removal incondicional. Mastery também possui um módulo secreto na Mirror match, onde se o oponente fizer Pact e exilar todo o grimório, você pode responder ao trigger de Thassa’s Oracle pagando o custo alternativo, forçando o oponente a comprar um card antes da habilidade dela resolver e, portanto, fazendo com que perca o jogo.

A minha escolha para removals envolvem abrangência e eficiência de mana. Por exemplo:

Eliminate é preferível no maindeck ao invés de Doom Blade porque lida com Planeswalkers como Narset, Parter of the Veils e Gideon of the Trials caso as pessoas passem a adotar medidas que costumavam adotar contra Inverter.

Heartless Act é melhor do que Doom Blade no maindeck porque a quantidade de criaturas pretas no formato é maior do que a quantidade de criaturas que utilizam marcadores.

É válido ressaltar que a quantidade de removals no deck depende do quanto você espera enfrentar decks em que eles serão relevantes, mas num metagame diversificado, eu os utilizaria dessa forma:

Maindeck, por ordem de prioridade: Bloodchief’s Thirst, Fatal Push, Eliminate, Heartless Act, Tyrant’s Scorn, Baleful Mastery.

Sideboard, por ordem de prioridade: Cast Down, Erebos’s Intrvention, Doom Blade

Sweepers

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Cry of the Carnarium é muito bom contra Mono-Black, Orzhov Shadow e Elves, enquanto é relativamente ruim ou medíocre contra Selesnya Company e Gruul Aggro. O fato de exilar as criaturas é muito importante contra Gutterbones, Scrapheap Scrounger e Agadeem’s Awakening.

Languish é um removal limpo e por um custo justo sem muitas restrições. É muito bom contra a maioria dos decks Aggro do formato, mas não lida com ameaças muito grandes como Kroxa ou Lovestruck Beast.

Ritual of Soot é muito bom em lidar com Selesnya ou Gruul Aggro além de Rakdos Arcanist, mas deixa a desejar contra ameaças recorrentes.

Yahenni’s Expertise é um card que eu não coloquei muita confiança no início, mas que provou ser um ótimo sweeper no formato atual, já que alguns dos melhores decks não incluem tantas ameaças que possuem resistência maior do que 3, e jogar uma mágica de graça no processo ajuda a agilizar a proposta do deck. É uma jogada poderosíssima fazer Expertise seguido de um Grim Tutor ou Solve the Equation.

Extinction Event é um ótimo sweeper, mas um que normalmente prefiro utilizar no sideboard por não lidar com tudo o que está na mesa o tempo todo. Mas se trata de um ótimo meio de lidar com múltiplos Arclight Phoenix, por exemplo.

Shadows’ Verdict é o melhor sweeper preto do formato atualmente pois possui todas as qualidades de Ritual of Soot enquanto também é relevante contra ameaças recorrentes como Cry of the Carnarium.

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Crux of Fate é basicamente um Wrath of God preto por 5 manas na grande maioria das partidas. No atual metagame, nem sempre você consegue segurar o jogo sem um sweeper antes do turno 5, o que pode ser prejudicial para a inclusão deste card no maindeck, especialmente visto que muitos decks possuem meios de recursão. Mas eu definitivamente usaria uma cópia entre as 75.

Aqui, a seleção e a quantidade de sweepers a se manter no maindeck depende muito do quanto você espera enfrentar decks agressivos. Os cards que eu recomendo ter no maindeck são Shadows’ Verdict e Languish, por serem cards que abrangem estratégias distintas muito bem.

Se você espera enfrentar decks com criaturas menores e/ou maior recursão, as preferências são Cry of the Carnarium e Extinction Event.

Se você espera enfrentar decks agressivos com criaturas maiores, Yahenni’s Expertise e Ritual of Soot são opções viáveis.

Normalmente, eu prefiro manter Cry of the Carnarium, Ritual of Soot, Extinction Event e Crux of Fate no sideboard, por serem mais específicos que os demais.

Disrupção & Proteção

Descartes são muito relevantes em decks de combo ou combo-control porque eles permitem atrapalhar o plano de jogo do oponente e obter informação de quando/se é seguro realizar determinadas jogadas ou não, fazendo com que o jogador possa planejar adiante e sequenciar suas jogadas de forma a mitigar a mão do oponente de acordo com a melhor conveniência naquele momento.

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Thoughtseize é o melhor descarte do formato. Não há motivos para não utilizá-lo. O mesmo pode ser dito sobre Inquisition of Kozilek, já que ambos são descartes incondicionais de custo 1.

É importante ressaltar que, caso você possua ambos os cards na mão no primeiro turno, Inquisition of Kozilek é o descarte preferível pois irá afetar tudo o que é relevante nos primeiros turnos do oponente. Thoughtseize pode ser utilizado em um turno posterior para tirar um card que você não quer ter de enfrentar no longo prazo ou pode ser mantido na mão como uma válvula de segurança para quando você precisar combar.

Duress é outro descarte importantíssimo, mas um que preferencialmente deve ser utilizado no Sideboard pois possui maiores chances de falhar ou ser pouco relevante em partidas contra decks mais agressivos.

Thought Erasure foi uma staple de Standard e ainda é uma jogada de grande valor neste deck, pois não apenas é capaz de remover qualquer card da mão do oponente, como também lhe permite filtrar seu deck ou até mesmo agilizar a transformação do seu Search for Azcanta.

O único descarte que eu não necessariamente recomendo no Maindeck é Duress, todos os outros são bons o suficiente para terem um espaço na sua lista. Caso você queira usar menos descartes, você pode jogar Agonizing Remorse para o Sideboard. De qualquer maneira, recomendo utilizar todos eles nas 75.

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Censor e Jwari Disruption punem o oponente por dar tapout, enquanto possuem outras utilidades dentro do que o deck necessita, com Jwari Disruption servindo como um land drop e Censor servindo como um draw adicional.

Memory Lapse se tornou rapidamente uma staple do formato, já que se trata do melhor counter incondicional de custo 2. Apesar de não resolver de imediato a mágica do oponente, é um card muito necessário para atrasar um turno dele e se trata de uma ótima proteção para o turno do combo.

Drown in the Loch dobra como Counter e Removal, mas diferente do Rogues, este deck não consegue tornar deste card tão hipereficiente no early game, pois não possui bons efeitos de mill para o oponente, mas ainda é uma ótima resposta que acumula valor ao decorrer do jogo.

Por fim, existe o caso peculiar de Pact of Negation.

O “free-counter” é, muitas vezes, a melhor proteção para quando você quer combar rapidamente contra um deck Control. Mas, ao mesmo tempo, o card é relativamente bem ruim contra decks mais agressivos e não lida bem com descartes. Portanto, apesar de ter utilizado-o no maindeck por muito tempo, recomendo deixá-lo no Sideboard já que o card pode ser tutorado com Fae of Wishes.

A quantidade de Counters também depende do que você espera enfrentar, já que estes cards são significativamente piores e topdecks ruins contra decks mais agressivos e/ou recursivos.

Os únicos que eu posso 100% recomendar o uso são Censor, Jwari Disruption e Memory Lapse no maindeck, enquanto Negate e Pact of Negation podem ficar no Sideboard. Drown in the Loch e os demais são opcionais.

Outros

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Mind Stone e Coldsteel Heart são meios eficientes de acelerar a mana do deck e, inclusive, possibilitar o combo ainda no turno 3 com uma mão perfeita.

Coldsteel Heart é muito recomendado em listas que possuam uma terceira cor, como o Grixis Pact, já que é necessário ter duas manas da mesma cor para jogar determinados cards como Storm’s Wrath ou Anger of the Gods.

Mind Stone é muito utilizado em listas Dimir, onde não se faz necessário uma terceira cor e, inclusive, em listas utilizando Lurrus, já que o Companion pode fazer com que o card se torne uma engine de draw todo turno.

Falando em Lurrus, a adição do companion também permite fazer uso de dois outros meios de obter card advantage recorrente com Scrabbling Claws e Soul-Guide Lantern.

Ambos os cards são úteis no formato hoje, onde os melhores decks do formato incluem boas interações de cemitério como Izzet Phoenix, Rogues, Rakdos Arcanist e até decks com Torrential Gearhulk. Portanto, os artefatos possuem um valor adicional além de servir como draws adicionais com Lurrus.

Particularmente, recomendo ao menos uma pedra de mana, pois o deck pode ocasionalmente zicar ou você pode precisar dessa mana extra em turnos posteriores para fazer mágicas mais pesadas ou sequenciar suas spells e, se você estiver utilizando Lurrus, recomendo utilizar Soul-Guide Lantern.

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Sideboard

Algo importante de se ressaltar no Oracle Pact é que o maindeck e o sideboard se mesclam muito. Há muitos cards que poderiam estar no maindeck e estão no sideboard, e vice-versa. Tudo de acordo com o que você espera enfrentar num evento ou nas ranqueadas do Arena.

Além disso, é sempre importante relembrar que, devido a natureza singleton do deck, ele funciona muitas vezes como um toolbox e, portanto, os cards que buscam cartas no sideboard podem encontrar cards relevantes para a partida específica durante o G1, fazendo com que todas as cartas que entrem no deck e no side sejam importantes.

Existem alguns cards, entretanto, que são muito mais importantes de se manter no sideboard por se tratarem de efeitos específicos para partidas específicas.

Porém, é importante ressaltar que seu Sideboard vai sempre começar com esses três cards:

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Estes três cards são peças do seu combo e podem ser buscados com Mastermind’s Acquisition e Fae of Wishes, o que é muito importante para quando o oponente utilizar cards como Necromentia na sua wincondition ou, se por algum motivo, o oponente remover todas as suas winconditions através de descartes e/ou counters.

Existe também outra carta que considero essencial para o sideboard do deck:

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Pack Rat é a melhor wincondition alternativa que existe para o deck.

Primeiro, é muito comum os decks tirarem os removals e sweepers no Game 1 para adicionar mais disrupção e counters. Logo, um Pack Rat resolvido cria um clock significativo para o oponente.

Segundo, existem muitos cards que, por diversas ocasiões, você não precisa para aquele momento e são facilmente descartáveis para Pack Rat.

Portanto, numa matchup contra decks sem muita pressão na mesa, especialmente decks Control ou na Mirror, Pack Rat é o melhor card que você pode adicionar porque ele pode, sozinho, estabelecer pressão o suficiente para levar o jogo em pouquíssimos turnos.

Além desses cards, existem opções situacionais que são recomendáveis de se manter no Sideboard de acordo com o que você espera jogar contra, e eles incluem:

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Mais respostas, counters e descartes contra decks voltados para mágicas.

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Mais hate contra decks de cemitério.

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Mais removals e respostas contra decks agressivos

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Outros meios de card advantage.

O Sideboard do Oracle Pact funciona muito como uma extensão do seu maindeck e, portanto, os cards que não se encaixarem no maindeck ou as partidas que você acredita que estarão carecendo de respostas no maindeck são normalmente os cards que você quer no Sideboard.

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O que eu recomendo é, quando construir o deck, jogar todas as opções que te parecem favoráveis no deck e então começar a jogar as que você acredita que serão menos importantes para o Sideboard e, feito isso, filtrar no seu Sideboard o que pode ser realmente útil ou não com base no que você tem jogado contra ou espera que jogue num evento.

Manabase

Não existe a necessidade de explicar a fundo em cada land do deck, pois é possível categorizar as lands que você quer em duas categorias:

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Você quer a maior quantidade o possível de lands que possam entrar desviradas.

É válido lembrar que, para cada cor (azul e preto), existem três Pathway Lands que podem ser usadas para entrar desviradas.

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As lands que entram viradas devem fazer algo além de serem apenas manafixers.

Como o deck usa em torno de 23 a 25 lands (contando lands modais), você pode ocupar alguns slots restantes de terrenos com cards como Dimir Guildgate para aumentar a consistência de cores ou adicionar lands utilitárias como Radiant Fountain ou Field of Ruin.

Com ou Sem Companion?

Existem dois Companions possíveis para este deck: Lutri, the Spellchaser e Lurrus of the Dream-Den.

Na minha experiência, o deck prefere ter a consistência de utilizar 2 Pactos e 2 Oráculos ao invés de utilizar Lutri, pois o Companion não é tão forte a ponto de justificar essa queda significativa de consistência. Como mencionado anteriormente, Lutri pode ser utilizado no maindeck como uma cópia adicional de Sea Gate Stormcaller se você quiser.

Lurrus é um caso um pouco diferente, pois trata-se de um card do qual você fará muito melhor uso em partidas grindadas do que Lutri, e é também um card que leva o oponente a tomar decisões questionáveis contra você como, por exemplo, sidear Grafdigger’s Cage.

Além disso, Lurrus interage com o seu próprio package de cartas:

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Qualquer um desses cards pode ser uma engine de draw todo turno com Lurrus, e todos eles são cards relevantes dentro do que o deck se propõe a fazer pois ajudam de alguma maneira a cavar o deck.

Mas, utilizar Lurrus também significa abrir mão de alguns cards poderosíssimos disponíveis no formato:

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Todos esses cards são extremamente impactantes e existe um custo em não utilizar alguns deles.

Particularmente, acredito que as versões sem Companion são as que possuem maior potencial, pois utilizar Lurrus faz com que seu deck fique totalmente direcionado ao combo e seja mais fácil de ser interrompido por conta disso. Quando você abre espaço para outros cards como Shark Typhoon, você cria um outro ângulo de ataque para o qual o deck pode eventualmente ganhar a partida.

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E aqui entra outra questão:

Devo adicionar uma terceira cor?

Apesar de ter citado aqui as opções nas cores Dimir, diversas listas tem feito resultados com um splash para o vermelho ou o verde (aparentemente, não existe nenhum motivo para splashar branco neste deck).

A primeira coisa que você deve pensar é “mas isso não vai prejudicar a manabase?” A resposta é: Nem tanto.

Num deck Singleton, o Historic possui mais do que o suficiente para fazer com que um deck de três cores consiga funcionar de maneira quase tão eficiente quanto um deck de duas cores, apesar disso custar um pouco em termos de velocidade.

Afinal, cada combinação de três cores vai dispor de, pelo menos:

3 Shocklands

3 Checklands

3 Pathway Lands

3 Lands Básicas

3 Lands Nevadas

3 Triomas (uma pra cada combinação de duas cores)

3 Scry Lands

2 Cycle Lands

1 Fabled Passage

1 Fast Land

É claro que você possivelmente não utilizará todos esses cards, mas o custo de fazer um deck com três cores para este arquétipo é muito pequeno se comparado a fazer com duas cores, com a concessão sendo principalmente em termos de velocidade ou lands utilitárias.

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O vermelho adiciona bastante coisa para o deck: Mais removal, mais meios de recursão, outros bons meios de cavar o deck, sweepers eficientes e cards que podem ser utilizados no maindeck dar outro ângulo de ataque enquanto colaboram para o seu plano de jogo, como Crackling Drake.

Existem também possibilidades nas cores Sultai, mas sinceramente acredito que Sultai adiciona, fora Regrowth, pouquíssimo efeitos relevantes para o deck e, portanto, tenho a tendência a acreditar que Dimir ou Grixis são opções melhores.

A verdade é que acredito que a inclusão de uma terceira cor pode vir a ser preferível para o Pact futuramente, já que o custo de restrição para fazê-lo é bem menor e os cards ganhos ao fazê-lo são suficientemente relevantes.

Continua!

Você pode conferir a segunda parte deste artigo aquilink outside website !!