O Pioneer tem gradualmente recebido reprints de staples antigas do Modern e do Legacy. De Liliana of the Veil até Pyroclasm e uma dúzia de reprints em Foundations como Elvish Archdruid, o formato ganhou acesso a alguns cards icônicos da história de Magic.
Este padrão deve continuar em 2025 e se estender pelos próximos anos também. Aos poucos, o power creep vai tornando segura a inserção de staples pontuais que, em outros momentos, se tornariam opressoras demais para o cenário competitivo do Standard e consequentemente do Pioneer.
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Neste artigo, listamos dez cards que gostaríamos de ver entrar no Pioneer nos próximos anos e especulamos como eles ajudariam ou mudariam o Metagame do formato!
10 Reprints que Gostaríamos de ver no Pioneer
Ajani Vengeant
Ajani Vengeant teve um histórico e tanto no universo de Magic. Ao ser lançado, ele foi utilizado em algumas listas de Standard, mas nunca chegou ao patamar de uma staple - no Modern, por outro lado, ele foi uma staple dos decks Control durante alguns anos e até chegou a ser - junto de Lingering Souls - um motivo para um splash de nas listas de Jund enquanto Deathrite Shaman era válido no formato.
A filosofia atual da Wizards não é muito fã da ideia de travar recursos e ainda menos da de negar mana a um jogador, mas Ajani demora até entrar em jogo e leva ainda mais tempo para usar sua ultimate e a verdadeira vantagem deste card está em como ele trava ameaças individuais enquanto oferece um Lightning Helix ou dois no médio prazo, sendo opções justas perante os atuais padrões do Metagame do Pioneer.
Decks como Bring to Light se beneficiariam dele, e talvez algum Midrange ou Control nas cores de Jeskai poderia encontrar espaço para Ajani Vengeant, mas ele teria de, primeiro, provar-se um card tão eficiente quanto The Wandering Emperor.
Cursecatcher
O debate em torno do que falta para o Merfolks ser um deck competitivo no Pioneer costuma girar em torno de três cards: Master of the Pearl Trident, Aether Vial e Spreading Seas - todos parecem pouco prováveis de ganhar um reprint para o Standard. Aether Vial está muito acima do padrão de poder que a Wizards propõe hoje, Spreading Seas nega a mana de outros decks por um custo muito baixo e Master of the Pearl Trident possui uma habilidade afastada do design contemporâneo de Magic, e oferece uma saída fácil para atacar desimpedido.
Recentemente, joguei com Merfolks em algumas partidas no MTGArena e eventos de Pioneer e percebi como o próprio padrão do deck mudou para se adaptar ao Magic de 2024 onde toda criatura precisa ter uma habilidade relevante, e neste ponto, eles ainda carecem de cards com alta qualidade nos drops iniciais.
Um Kumena’s Speaker, mesmo sendo um 2/2 por uma mana, não se compara a um Heartfire Hero em outros decks Aggro e nem a Bloodtithe Harvester ou Thalia, Guardian of Thraben para os tipais, e o mesmo pode ser dito de Cenote Scout. Hoje, o que o Merfolks requer vai além de apenas “um pouco mais de sinergia” - seu deck já tem o suficiente com Deeproot Pilgrimage e Kumena, Tyrant of Orazca -, ele precisa de drops de custo baixo de qualidade, e Cursecatcher seria um primeiro passo importante nessa categoria.
Death’s Shadow
Não é surpresa que Death’s Shadow esteja nessa lista quando ele é o meu card favorito de Magic: The Gathering e um com o qual tenho um longo histórico no Modern antes do power creep de Modern Horizons II, que o puxou para os confins do formato e o forçou a fazer apenas algumas aparições ocasionais.
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Sem Fetch Lands, Death’s Shadow perde muito do potencial que o tornou o melhor deck do Modern durante 2017: um dos atrativos dele estava em poder jogar com 4 ou 5 Shock Lands ao lado de dez ou doze Fetchs para ter uma alta consistência em corrigir suas cores e reduzir sua vida em múltiplos de três, somado com Thoughtseize, Dismember e Street Wraith para ampliar o dano autoinfligido por turno.
Sem esses elementos, ele teria de contar com cards “ruins” como Adanto Vanguard ou Agadeem’s Awakening enquanto, ao não oferecer qualquer vantagem ao seu controlador além do seu corpo e em um formato onde todo deck possui uma resposta ou um clock muito rápido para lidar com ele.
Seu melhor lar seria, provavelmente, nas listas de Rakdos Prowess e ainda nelas ele não conseguiria grandes resultados por conta das concessões de deckbuilding - tentei uma versão com Scourge of the Skyclaves e tenho bons resultados com ela, mas porque é muito mais fácil transformá-lo em um 5/5 ou maior quando se joga de Aggro do que transformar Death’s Shadow em um 5/5 sem Fetch Lands.
Ainda assim, Death’s Shadow é um card que certamente gostaria de ver no Pioneer e não mediria esforços para tentar fazer funcionar, mesmo que envolvesse alguma lista de precedência duvidosa com Varolz, the Scar-Striped.
Gaddock Teeg
Uma antiga staple do Modern, Gaddock Teeg é um card que protege decks Aggro ou até com combos de sweepers como Supreme Verdict enquanto também atrapalha o cast de peças de combo como Karn, the Great Creator (agora banido) ou Planeswalkers dos Control como Teferi, Hero of Dominaria e The Wandering Emperor.
Ele seria uma adição arriscada, mas que resolveria alguns problemas crônicos que enfrentamos no Pioneer no passado e podemos enfrentar novamente no futuro enquanto serve de salvaguarda para decks como o Selesnya Company terem mais um turno antes de um sweeper e/ou de um turno com The Wandering Emperor.
Com o retorno de Lorwyn programado para o início de 2026, um reprint de uma das lendas mais icônicas do plano e com grande impacto competitivo é uma possibilidade.
Grim Lavamancer
Grim Lavamancer é um card que mencionamos na lista de reprints que gostaríamos de ver em Foundations, mas não aconteceu. A lógica para o reprint, entretanto, permanece: decks de Burn precisam de mais fôlego nas partidas e arquétipos vermelhos não-Agro poderiam aproveitar o card para segurar mesas complicadas.
O fato curioso é que Grim Lavamancer é uma resposta contra os arquétipos vermelhos mais fortes do formato hoje: Prowess. Responder a um trigger de Monastery Swiftspear ou lidar com Slickshot Show-Off sem gastar recursos da mão é um meio de manter o equilíbrio entre a velocidade desses arquétipos em relação ao que jogadores precisam para segurá-los.
Ao mesmo tempo, ele também é o meio dos decks de Prowesss manter o fluxo de dano mesmo quando seu plano “All-In” não funciona, tornando-o a peça de atrito ideal para o atual estado do Metagame do Pioneer e do Standard.
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Lingering Souls
Lingering Souls tem um histórico parecido com o de Ajani Vengeant, sendo o motivador para jogadores optarem por um splash de no Jund e por jogarem com ao invés das cores tradicionais do arquétipo até antes de Siege Rhino ser lançado em Khans of Tarkir.
Tal como Grim Lavamancer, Lingering Souls serve tanto para pressionar o estado de jogo quanto para segurar a partida por alguns turnos. Quatro chump blocks podem ser o necessário para encontrar uma remoção, sweeper, ou card para vencer ou virar a partida, enquanto decks como os de Greasefang, Okiba Boss poderiam usá-lo para seu plano de “Midrange” enquanto o torna mais dependente do cemitério.
Não tenho dúvidas que essa mágica mudaria a maneira de avaliar algumas listas e cards para o Pioneer e causaria mudanças substancias no Metagame do formato, possivelmente até forçando o splash em arquétipos como os de Arclight Phoenix para extrair valor dele - e talvez seja dessas mudanças que o Pioneer necessite hoje.
Silhana Ledgewalker
Bogles é um deck histórico que nunca teve muito espaço no Pioneer desde o banimento de Lurrus of the Dream-Den, independente do suporte que ele ganhe e o principal motivo é a falta de criaturas baratas com a habilidade de Hexproof disponíveis no formato, tendo apenas Gladecover Scout.
Um ponto importante, entretanto, é que Hexproof é uma mecânica não interativa e difícil de lidar para muitas estratégias, e por isso, ter outro one-drop como Slippery Bogle se provaria um problema de médio prazo, então é necessário aumentar os custos para melhorar a capacidade de resposta.
Mas também falamos de um Magic onde tudo precisa ter um benefício além de ser um corpo na mesa, e Silhana Ledgewalker se encaixa nesse padrão. Por , parece justo que ele dificulte o bloqueio no combate ao mesmo tempo que abre espaço para jogadores usarem cards que lidem com ele antes que ele possa lidar com o oponente - de sweepers como Temporary Lockdown até remoções como Sheoldred’s Edict, não faltam respostas úteis para manter criaturas com Hexproof em cheque enquanto abre a oportunidade de decks de Auras existirem consistentemente no Pioneer.
Spell Snare
Tal qual todo formato competitivo, o Pioneer ficou mais rápido. Os banimentos recentes levaram à ascensão do Rakdos Prowess e, enquanto este já não é mais o melhor deck do Metagame, ele permanece sendo o melhor Aggro*, ditando como as listas precisam ser construídas para responder ao oponente no menor custo possível.
Spell Snare garante essa categoria de resposta ao azul, sendo um meio de responder a Slickshot Show-Off, Bloodtithe Harvester ou qualquer outro two-drop tão cedo quanto no primeiro turno, e conforme o power creep do jogo crescer nas suas escalas de mana mais baixas, mais necessário será ter um card dessa categoria no formato.
Spellstutter Sprite
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Originalmente, Snapcaster Mage estava nessa lista, mas bastou relembrar o histórico desse card no Standard e no Modern e considerar as possibilidades dele no Pioneer que ficou claro que um dos melhores two-drops azuis de todos os tempos pode ser um forte demais para o Pioneer ainda.
Spellstutter Sprite, por outro lado, é bem forte sem necessariamente quebrar os padrões do Metagame. Como alguém que iniciou sua criação de conteúdo falando sobre Pauper, reconheço o potencial dela no ponto de vista competitivo e, por isso, este seria um card interessante de ver: o combo de Ninja of the Deep Hours com fadas é possível graças ao Dimir Ninjas com Kaito, Bane of Nightmares e Moon-Circuit Hacker, permitindo reutilizá-la para lidar com diversos cards do formato enquanto aproveitamos sua sinergia com Faerie Miscreant.
E até em um vácuo, Spellstutter Sprite é um Snapcaster Mage para Mental Misstep. Houve momentos em que isso era o suficiente para ela ver jogo no Pauper - na época de Arcum’s Astrolabe, ela era a melhor resposta possível contra os decks de Ephemerate - e tenho certeza de que o Pioneer poderia ter ou já tem momentos em que essa lógica também se aplica.
Ao mesmo tempo, sem Bitterblossom ou todo o suporte de Fadas que a tornou uma staple de um dos decks mais poderosos do Standard de todos os tempos, Spellstutter Sprite não parece opressiva o suficiente para quebrar o Metagame do Pioneer.
Manlands Aliadas
Já temos acesso a dois ciclos de Manlands inimigas no Pioneer e um ciclo de aliadas, mas ainda não temos os terrenos originais de Worldwake no formato.
Deles, os prováveis de ver jogo seriam Celestial Colonnade e Creeping Tar Pit. O terreno seria uma adição fácil para as listas de Control e também encontraria um slot ou dois no Dimir Ninjas e variantes, mas o terreno Azorius - considerado o mais forte do ciclo - teria alguns desafios no caminho: atrapalhar as sinergias da versão atual.
Celestial Colonnade oferece um clock respeitável por um custo decente, tal qual Hall of Storm Giants. No entanto, ao entrar virado, ele diminui a velocidade do deck e não possui também os tipos necessários para interagir com Lay Down Arms, cuja função de lidar com ameaças baratas ou grandes tem sido essenciais no Azorius Control.
Conclusão
Isso é tudo por hoje!
Em caso de dúvidas, fique à vontade para deixar um comentário!
Obrigado pela leitura!
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