Magic: the Gathering

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Carta Destaque: Phyrexian Obliterator no Standard, Pioneer e Explorer

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Phyrexian Obliterator será reprintada em Phyrexia: All Will Be One, mas será que um dos four-drops mais famosos da década passada é bom o suficiente para merecer um lar no Standard e no Pioneer em 2023?

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revisado por Tabata Marques

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Em mais um capítulo da interminável temporada de previews de Magic: The Gathering, a Wizards apresentou ontem os primeiros detalhes da edição que será lançada em 10 de fevereiro de 2023, Phyrexia: All Will be One.

O set nos leva de volta para o mundo que um dia já foi Mirrodin, corrompida pelas forças phyrexianas durante o bloco de Scars of Mirrodin, em 2012. Além de alguns breves detalhes da história, o streaming oficial mostrou alguns dos novos cards que estarão presentes, inclusive outro reprint da década passada:

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Phyrexian Obliterator é uma criatura famosa que saiu originalmente em New Phyrexia, mas que teve poucos momentos de brilho no cenário competitivo. Os tempos mudaram, Black-Based Midranges hoje estão no topo do cenário competitivo do Standard e do Pioneer/Explorer, então como exatamente esse reprint pode afetar esses formatos competitivos?

Sobre Phyrexian Obliterator

Phyrexian Obliterator é uma referência a Phyrexian Negator, um card que saiu em Urza's Destiny e foi por anos uma staple do Extended e do Legacy em arquétipos Aggro/Midrange que buscavam manter a mesa do oponente limpa para não ser punido pelo efeito da criatura. Obliterator reverte esse efeito pelo preço de um custo mais alto e reversível, tornando das trocas que o oponente faz com ele significativamente piores se ocorrerem na forma de bloqueios e/ou mágicas de dano, como Lightning Strike.

Isso torna da criatura uma ameaça que precisa ser respondida e/ou ignorada para ganhar na race, e a maioria dos jogadores apenas permite que ela o ataque sem bloqueios, estabelecendo um clock de quatro turnos. Por outro lado, Phyrexian Obliterator funciona bem como uma grande muralha contra decks Aggro voltados para criaturas de corpo eficiente de custo baixo, como vemos com o Gruul Aggro no Pioneer, já que eles não costumam crescer tanto no "go wide", apostando na eficiência do "go big", e ter um 5/5 que vai te obrigar a sacrificar várias permanentes caso receba dano é útil o suficiente para segurar um ou dois turnos.

Porém, a maior desvantagem do Horror Phyrexiano é a sua ausência de qualquer valor imediato ou acoplado ao seu corpo no curto prazo. Phyrexian Obliterator é uma criatura grande e punitiva de se bloquear por um custo relativamente baixo, e esse foi o principal motivo pelo qual o card nunca apareceu tanto no Metagame competitivo do Modern, Legacy — onde o The Gate, arquétipo Mono Black que existia quando ele foi lançado, optava por Abyssal Persecutor pela flexibilidade de recorrer à lands incolores como Wasteland — e nem mesmo no Historic, onde ele está disponível desde o lançamento do primeiro Anthology.

Phyrexian Obliterator no Standard

Black-Based Midranges estão hoje no topo da cadeia do Metagame competitivo do Standard. Em especial o Grixis Midrange que, apesar de ser um arquétipo com três cores, consegue conjurar Invoke Despair com facilidade graças à sua manabase flexível e aos tokens criados por Fable of the Mirror-Breaker.

Tal predominância se estende em outras estratégias, mas no que concerne a Phyrexian Obliterator, suas melhores opções de ver jogo são no Rakdos Midrange e no Mono Black, mas ele tem uma barreira gigantesca que terá de superar para merecer um slot nesses arquétipos.

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O melhor four-drop do Standard no momento é Sheoldred, the Apocalypse pelo seu efeito simétrico capaz de punir oponentes e beneficiar seu controlador em jogos de atrito.

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Além disso, seu corpo 4/5 somado às suas habilidades criam um potencial de seis de dano por ciclo de turno apenas com o draw de cada jogador, sem considerar habilidades como Connive, ou Fable of the Mirror-Breaker, dentre outros.

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Como explicado acima, Phyrexian Obliterator é um clock, um corpo eficiente que pune oponentes por realizarem o bloqueio e/ou não recorrerem a removals em seus decks. Ele é excelente quando você está lidando com estratégias lineares que não se importam tanto com interação.

Sheoldred, the Apocalypse pune o oponente por algo que não está sob o controle dele, forçando-o a lidar com a pretora caso não queira ficar mais longe da vitória e/ou mais próximo da derrota todo turno.

Dada a configuração da maioria das listas, não parece haver espaço para mais do que quatro ou no máximo seis permanentes de quatro manas, e Sheoldred tem a vantagem em uma comparação direta.

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Porém, um espaço onde a nova criatura pode prevalecer e arruinar o dia de vários jogadores é no Melhor de Um, onde é comum que estratégias mais agressivas como Mono Red Aggro, Soldiers ou Gruul Stompy* tenham presença nos eventos ranqueados, e qualquer arquétipo que possa sustentar quatro manas pretas para conjurar Phyrexian Obliterator terá removals o suficiente para segurar as criaturas com flying do Soldiers ou a explosão de early-game do Mono Red.

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Nessa ocasião, Phyrexian Obliterator está competindo também com Sorin the Mirthless, e apesar do Planeswalker gerar uma quantia extra de valor em partidas contra Midrange e o lifelink dos seus tokens ajudar a segurar a race, a disputa entre ambos pelos slots adicionais no Mono Black Midrange parece mais equilibrada do que em relação a Sheoldred.

Phyrexian Obliterator no Pioneer e Explorer

Tal como no Standard, Phyrexian Obliterator terá dificuldade em encontrar um lar porque compete com Sheoldred, the Apocalypse e também com Kalitas, Traitor of Ghet. Além disso, a manabase de arquétipos como o Rakdos Midrange, já que eles contam com uma variedade ampliada de lands utilitárias, como Den of the Bugbear.

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Outro lugar onde ele poderia ter algum espaço é no Mono Black Aggro, mas o uso de Mutavault na lista torna do seu cast mais inconsistente, e a troca por lands que gerem preto não compensa num deck que precisa continuar agredindo e se recuperar rápido diante de um sweeper. Além disso, o slot de four-drops é ocupado por Spawn of Mayhem, da qual o jogador consegue conjurar por três manas com facilidade nessa lista e possui um efeito simétrico que ajuda com o clock de curto prazo.

Porém, o Pioneer tem mais espaço para a nova criatura devido a sua card pool estendida e uma estratégia com muitos fãs desde o lançamento de Theros — Mono Black Devotion.

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A combinação de Phyrexian Obliterator como uma ameaça que ganha o jogo por conta própria e um lifedrain gigantesco com Gray Merchant of Asphodel no turno seguinte pode até não ter força o suficiente para competir no Pioneer hoje, o que é majoritariamente comprovado pelo fato dele nunca fez muito sucesso no Historic nem mesmo quando o formato era mais próximo do que o Pioneer foi um dia, mas ele é bem conhecido pelos fãs de Gray Merchant of Asphodel — que muito se deve ao seu tempo no Standard de 2013 e ao Pauper — e deve reaparecer com alguma frequência no Explorer, especialmente nas partidas ranqueadas.

Conclusão

Phyrexian Obliterator é outro reprint poderoso de tempos passados para o Pioneer e o Standard, mas que, assim como Delver of Secrets em Innistrad; Midnight Hunt, é devorado pelo power creep dos lançamentos mais recentes.

Ele tem espaço para ambientes onde o Aggro reina, mas uma década após seu primeiro lançamento, em um universo composto de Midranges e competindo no slot de four-drop com Sheoldred, the Apocalypse, a nova criatura deixa a desejar para os padrões atuais do jogo.

Obrigado pela leitura!