Todo jogador tem suas preferências pessoais no Magic.
Seja nas cores, seja no formato, seja na maneira de se jogar, na criatura, no comandante, na wincondition, no arquétipo, entre outros. Essas preferências são parte essencial do jogo e parte do que torna do Magic um jogo tão amplo, complexo e divertido.
Jogadores se identificam com cartas, estratégias, decks, entre outras coisas e acabam criando, à partir desse ponto, a sua própria expressão pessoal com base nas cartas e no próprio jogo.
Isso é algo tão natural quando você joga o jogo com alguma frequência ou por bastante tempo que até mesmo os jogadores mais competitivos, conhecidos como Spikes, possuem suas preferências pessoais mesmo quando a opção mais óbvia para eles costuma ser “jogar com o melhor deck do formato”, eles possuem uma preferência em particular sobre qual arquétipo ou deck eles se divertem ou gostam de jogar.
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No meu caso em particular, tenho uma preferência por Tempo decks, ou seja, decks que procuram utilizar disrupções e trocas de 1-por-1 contra seu oponente como remoções e counters, que são comumente vistos também em decks Control ou Midrange.
O que diferencia o Tempo desses decks é que, ao invés de procurar utilizar estes cards para estender a partida e então jogar suas bombas e estabilizar o jogo, decks de Tempo procuram utilizar estes recursos para acelerar o clock apresentado pelas suas ameaças de custo baixo ou para garantir poder utilizá-las no jogo com a segurança de protegê-las.
Obviamente, isso não é uma exclusividade dos Tempo decks e o conceito de tempo inclusive vai bem além do que apenas os decks.
Inclusive, há muitas pessoas que acreditam que o termo Tempo deck nem deveria ser aplicado como arquétipo. Mas existe um determinado tempo dentro desta categoria que é uma referência bem melhor para defini-los: Delver Decks.
Num contexto geral, a maneira como Delver decks costumam transitar constantemente entre jogadas proativas e reativas tornam esta categoria de deck extremamente desafiante de se pilotar, mas muito recompensador quando pilotado da maneira certa. Entender quando você precisa ser o beatdown, quando você precisa responder ao que seu oponente está fazendo, quando deve-se proteger suas ameaças, entre outros pontos, tornam desses decks uma ótima experiência para o jogador.
Seja para obter bons resultados ou para aprimorar sua experiência e entendimento do jogo ou de um formato especifico.
Já no que se trata de formatos, apesar de não ser um formato do qual eu jogo ativamente (especialmente por conta do preço dos cards), o Legacy é um dos meus formatos favoritos de se jogar e assistir por conta da quantidade significativa de cards poderosos e interações impactantes existentes no formato.
Não há nenhum outro formato com uma ótima base de jogadores onde você pode jogar com Force of Will, Wasteland, cantrips poderosas como Brainstorm e Ponder, além de outras mecânicas poderosas de outros arquétipos como Hogaak, Arisen Necropolis, Ancient Tomb, Green Sun's Zenith, entre outros.
Por conta disso, vejo o Legacy como um dos formatos mais empolgantes de se jogar já que se trata de ter acesso significativo as melhores cartas de todo o jogo e fazer o melhor uso o possível delas. E a cereja do bolo é que Delver, meu arquétipo favorito, é o melhor deck do formato.
Ou melhor, Delver é o “fun police” do formato, o deck que consegue segurar os decks injustos enquanto joga bem contra os decks justos e, dessa maneira, tornou-se o melhor arquétipo do Metagame do Legacy nos últimos oito anos, perdendo este espaço apenas quando um deck quebrado surge no formato, isso quando o deck quebrado não é uma variante do próprio Delver utilizando uma ou outra carta injusta.
Afinal, o Legacy é um formato com infinitas interações e é impossível ter um rastreio significativo de todas elas ao criar uma edição. Também não é possível entender todo o potencial de uma carta antes de seu lançamento, antes que a mente coletiva da comunidade não faça seu devido trabalho em tentar quebrar os formatos com cada novo lançamento.
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Com Modern Horizons II, o Izzet Delver ganhou novas adições e fez excelentes resultados neste fim de semana, e não pude resistir a vontade de testar a nova versão do deck nesta semana e por consequência preparar um deck tech informativo para vocês poderem conhecer um pouco mais do atual melhor deck do formato.
Sem mais delongas, apresento-lhes o novo Izzet Delver:
Esta foi a lista utilizada pelo jogador stainerson para ganhar o Legacy Showcase Challenge neste fim de semana, utilizando um total de onze cartas novas de Modern Horizons, sendo todas cartas de grande efeito para o arquétipo.
O objetivo do Izzet Delver, tal como das demais variantes do arquétipo, é jogar uma ameaça ou duas de custo baixo e mantê-las em jogo enquanto procura atrapalhar os planos do oponente com disrupções de custo baixo como counters e removals.
Cada variante de Delver tem seus prós e contras, mas Modern Horizons II trouxe cards o suficiente para que a versão Izzet possa facilmente ser considerada a melhor versão devido à consistência de ameaças que o deck agora possui, que passou a superar as criaturas da versão Temur, junto a uma manabase mais robusta e menos suscetível a cards como Wasteland.
Outra vantagem da versão Izzet é a possibilidade de jogar, com consistência, Expressive Iteration, que se mostrou ser um card fortíssimo dentro de todos os formatos em que é permitido como um ótimo meio de se obter card selection e card advantage por um custo baixo.
Dito isso, acho importante dissecarmos o deck para entendermos como exatamente ele funciona o que o colocou direto para o topo do formato:
Maindeck
Todo jogador de Legacy, Pauper, ou qualquer jogador que tenha jogado o Standard de 2012 sabe o quão poderoso Delver of Secrets é.
O card que se tornou uma staple do formato permite ao deck ter aberturas agressivas com um corpo 3/2 com evasão, o que representa um clock de sete turnos caso o oponente não consiga respondê-lo ou contorná-lo, algo que é muito complicado de se fazer quando o oponente consegue passar o resto do jogo respondendo ao que você joga e removendo as suas ameaças.
Dragon’s Rage Channeler ou “o Delver vermelho”, como apelidei carinhosamente, pode até ser mais difícil de transformar-se num 3/3 Flying, mas a habilidade de Surveil e a qualidade dos cards que você utiliza, além das ameaças que precisam ser imediatamente respondidas no deck, faz com que transformá-lo, até mesmo em listas sem Mishra’s Bauble, seja mais fácil do que parece.
Além disso, Dragon's Rage Channeler interage muito bem com o restante do deck por conta do Surveil, que pode ser utilizado de diversas maneiras: seja para tirar as cartas ruins do topo que você deixou com uma cantrip, seja para se certificar que seu Delver vai se transformar ao responder à habilidade dele com um removal, entre outras opções.
Por fim, Ragavan, Nimble Pilferer, um card que o oponente deveria procurar responder a qualquer custo no começo do jogo, seja com bloqueadores, counters ou removals.
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Ragavan é exatamente tudo o que as pessoas esperavam que ele fosse no Legacy: Caso fique na mesa e não seja bloqueado, o macaco albino vai gerar uma quantidade absurda de card advantage e mana advantage todo turno.
Primeiro porque o Legacy é um formato onde as cartas tendem a ser muito eficientes em termos de custo de mana e, portanto, é muito fácil você jogar até mesmo cartas de outras cores com Ragavan por conta do token de Tesouro que ele produz. E mesmo que você não o faça e/ou não tenha interesse em jogar o card revelado, o Tesouro produzido é uma vantagem enorme num deck que usa tantos cards de custo baixo.
Dessa forma, de muitas maneiras, Ragavan realmente lembra Deathrite Shaman no Legacy em que ele sempre ameaça gerar uma quantidade significativa de valor e mana desde o turno 1 e é capaz de simplesmente dominar o jogo se o oponente não interagir.
Uma das vantagens que existiram sempre no splash ao verde ou ao preto era a possibilidade de ter uma ameaça capaz de acabar com o jogo em poucos turnos e com um corpo que não fosse tão vulnerável a Lightning Bolt.
O verde tem Tarmogoyf e Hooting Mandrils, o preto tem Gurmag Angler e o seu antecessor, Tombstalker. E agora o azul tem Murktide Regent.
Há muitas comparações entre este card e Ethereal Forger, e apesar de considerar essas comparações justas, Murktide Regent possui a função de acelerar o clock, sendo comumente um 6/6 ou mais forte no mid ou late-game e demanda muito mais trabalho para o oponente resolver do que Ethereal Forager, que comumente seria utilizado como uma engine de card advantage.
Um dos motivos pelo qual Delver of Secrets é tão forte no Legacy, mas não consegue reproduzir o mesmo resultado no Modern, é por conta das cantrips.
Enquanto no Modern faz-se necessário se contentar com cards como Serum Visions e Opt, o Legacy possui as melhores das melhores cantrips disponíveis no jogo.
Brainstorm é, apesar de não parecer, um dos cards mais complexos de se jogar na história do Magic e possui o seu completo potencial no Legacy, onde interage com Fetchlands, outras cantrips de qualidade, serve para proteger suas mágicas de descartes (que no momento não são comuns no Legacy) e abre inúmeras árvores de decisões no que se trata de quais cards manter, quando utilizar, etc.
Ponder é potencialmente a segunda melhor cantrip do Legacy, interage muito bem com Brainstorm ao retirar as cartas inúteis do topo, e olha uma quantidade de cartas maior do que outras opções como Preordain.
Expressive Iteration funciona muito mais como um “compre duas cartas e jogue uma carta inútil para o fundo” por duas manas já que você comumente jogará o card exilado com ela no mesmo turno. É importante ressaltar que você deve sempre priorizar colocar a carta reativa na mão e a carta proativa no exílio, caso contrário você estará apenas “comprando” um card por duas manas.
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O seu pacote de free counters contra os decks injustos, e também são os cards que permitem ao deck jogar de maneira eficiente e proativa no começo do jogo.
Daze é um card bem poderoso dentro do Legacy, onde a mana precisa ser utilizada de maneira eficiente, e o fato do deck utilizar Wasteland maximiza ainda mais o seu valor.
Force of Will é muitas vezes uma válvula de segurança contra os decks injustos e os decks de combo, mas também funciona como um ótimo meio de proteger suas criaturas contra cartas pontuais em determinados estágios do jogo.
Force of Negation funciona basicamente com a mesma natureza que Force of Will, mas com a vantagem de ser viável no hardcast, ao contrário do card anterior.
Seu pacote de remoções que, por acaso, também servem para acelerar o clock contra o oponente em partidas não-interativas.
Lightning Bolt é o melhor no que ele faz. Não há muito o que se dizer sobre.
Forked Bolt é um ótimo meta-call para um formato onde você espera que a mirror seja frequente. A capacidade de matar duas criaturas por uma mana é relevante o suficiente para o formato. O card também é muito útil contra Elves, Death & Taxes, entre outros arquétipos com criaturas pequenas.
Wasteland é tecnicamente essencial para qualquer deck proativo do Legacy, pois é um dos meios mais eficientes de atrasar o jogo do oponente e um card que ele precisa respeitar significativamente ao considerar seus land drops.
Wasteland é basicamente um elemento disruptivo crucial para atrasar as jogadas do oponente e também torna de cards como Daze mais relevantes por mais tempo.
Uma clássica base de fetchs e duais. Você sempre quer mais fetchs do que duais ou lands básicas por conta das diversas interações existentes entre elas e suas cantrips.
3 Volcanic Island parece o número certo para um deck que não possui uma manabase gananciosa e procura se beneficiar em não dar muito espaço para a Wasteland do oponente.
Lands básicas são ótimas para jogar em torno de Wasteland, Blood Moon, Back to Basics, etc.
Particularmente, trocaria elas por lands básicas nevadas. Meramente porque não há nenhum custo em fazê-lo e é benéfico caso você exile cards como Ice-Fang Coatl ou On Thin Ice com Ragavan.
Sideboard
O seu pacote anti-Delver (e anti-Azul)
Pyroblast, na realidade, é um card de múltiplas utilidades no Legacy já que o formato majoritariamente definido por decks azuis e sua inclusão é uma ótima resposta para diversas opções. De Delver of Secrets a Uro, Titan of Nature’s Wrath, passando por uma infinidade de opções em que este card possui um alvo válido.
Blazing Volley é uma resposta barata e eficiente para a mirror, já que pode lidar com múltiplas cópias das criaturas X/1 que o deck utiliza atualmente. O card também é eficiente contra Elves e Death & Taxes.
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Com um significativo crescimento do Affinity no formato, a popularização de Urza’s Saga e o fato de que uma das piores matchs de Delver são decks de Prison que procuram utilizar Chalice of The Void e Trinisphere, hates de artefato se fazem necessários.
Abrade dobra como removal flexível contra decks de criatura enquanto também serve para responder aos artefatos que o oponente utiliza.
Meltdown e Null Rod tornam-se opções muito relevantes com o crescimento do Affinity, já que esses podem destruir múltiplos artefatos com apenas uma mágica e são hates muito eficientes contra as lands artefato, já que Null Rod impossibilita que até mesmo habilidades de mana sejam utilizadas e um Meltdown para 0 essencialmente destrói todas as lands artefato na mesa do oponente.
Decks de cemitério sempre foram e continuam sendo opções muito viáveis para o Legacy, e respeitá-los se faz necessário. Especialmente quando uma das piores matchs do Delver é o Hogaak.
Surgical Extraction ainda é um dos melhores hates tanto contra cemitérios quanto contra decks com combos específicos no Magic. A possibilidade de fazer um efeito de exílio que pode essencialmente lockar um combo ou remover uma grande ameaça do cemitério do oponente de graça supera praticamente as demais opções existentes no jogo hoje
Grafdigger’s Cage já é um hate mais dedicado que impede que criaturas entrem em jogo vindas de cemitérios. O artefato também é útil contra decks que utiliza Green Sun’s Zenith.
Submerge é uma boa resposta para criaturas problemáticas que comumente ganham o jogo para o oponente, como Hogaak, Arisen Necropolis, Uro, Titan of Nature’s Wrath ou Elvish Reclaimer (que tutora Dark Depths e Thespian’s Stage), e também serve como uma resposta para criaturas que comumente apresentarão um clock maior que o seu ou bloquearão suas criaturas de maneira eficiente como Tarmogoyf.
Por fim, uma das fraquezas do deck é que, apesar de possuir diversas cartas disruptivas e até meios de acumular card advantage com Ragavan, Nimble Pilferer ou Expressive Iteration, ele sofre significativamente quando o oponente consegue desacelerar seu clock, principalmente com Uro, Titan of Nature’s Wrath.
Sulfuric Vortex é um card que ajuda contra este plano já que impede lifegain e também trata-se de uma permanente difícil de remover para muitos decks enquanto causa uma fonte constante de dano ao oponente.
Análise de Desempenho
Primeiramente, este deck é sensacional e divertidíssimo de se jogar. Ele captura a exata essência do que um deck com Delver of Secrets almeja ser e adiciona consistência e valor graças aos novos cards, criando uma verdadeira máquina de ganhar jogos.
Eu joguei diversas partidas no Tournament Practice, até chegar ao ponto onde me senti seguro o suficiente para jogar uma Liga com essa lista.
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Feito isso, terminei a Liga da seguinte maneira:
2-0 vs. Burn
2-1 vs. GW Depths
2-1 vs. Izzet Delver
1-2 vs. Bant Snow
2-0 vs. Show And Tell
Terminei a liga com um resultado de 4-1.
Um sentimento em particular que tive enquanto pilotava o deck é que ele parece estar um passo acima dos demais decks do formato.
Afirmo isso principalmente porque não sou familiarizado com o Legacy e não jogo o formato ativamente desde 2018 e, ainda assim, consegui obter resultados muito positivos com o deck, mesmo cometendo ocasionais gafes gritantes por desacostumar em jogar no Magic Online, como colocar um counter no exílio e Delver of Secrets na mão com Expressive Iteration ou sequenciar o topo errado com Ponder em um jogo.
Delver não é um deck que costuma ser muito permissivo com misplays e pequenas gafes de jogadores e é justamente esse aspecto que torna do arquétipo tão fascinante, mas quando você tem cards que são significativamente mais poderosos do que os do oponente, a sua margem de erro se torna menos punitiva porque as suas cartas geram tanto valor que você vai ganhar o jogo mesmo cometendo erros.
E é nesse ponto que entra o Ragavan.
Ragavan, Nimble Pilferer é de longe o card mais poderoso que Modern Horizons II trouxe para o Legacy e é provavelmente o card mais poderoso que o formato recebeu desde Oko, Thief of Crowns.
Ele é sua jogada de turno 1 perfeito, idealmente com um backup de Daze ou algum removal para lidar com o que o oponente jogar e, a partir disso, começar a acumular valor em cada turno.
Além disso, a habilidade de Dash permite criar diversas brechas e aberturas para utilizá-lo e obter valor no mesmo turno, o que é importante em jogos onde você precisa jogar de maneira reativa, ou quando seu oponente é forçado a gastar seus recursos lidando com suas outras ameaças. Houveram diversos jogos onde meu foco era apenas manter o Ragavan vivo ou a mesa do oponente vazia para poder atacar com ele utilizando o Dash e ganhar o jogo com a mana e as permanentes que ele me dava.
O único momento onde me senti realmente a par contra o oponente foram nos jogos onde o oponente conseguia manter um Uro, Titan of Nature’s Wrath na mesa, já que o Uro é uma criatura significativamente maior que Ragavan e gera mais valor que o próprio macaco albino, apesar de ser jogado muitos turnos depois do que ele.
Fora disso, sempre parecia que deixar um Ragavan na mesa ou topdeckar um Ragavan numa mesa vazia me levaria o jogo por conta própria e eu nem precisava me preocupar muito em deixar o oponente gastar recursos nas minhas demais criaturas, desde que ele não pudesse responder a ele. Os tesouros produzidos por ele são puro mana advantage e há muitas ocasiões onde isso permite jogadas absolutamente explosivas ou até mesmo agilizar no cast de uma ameaça que fechará o jogo na forma de Murktide Regent.
Falando em Murktide Regent, apesar de parecer contraprodutivo, existem diversas ocasiões onde você utiliza a habilidade de Dragon’s Rage Channeler para aumentar a quantidade de cartas do seu cemitério para jogá-lo mais rápido, garantindo uma significativa vantagem em partidas onde você precisa estabelecer uma race ou um clock rápido o suficiente para não permitir que o oponente estabilize.
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Dragon’s Rage Channeler, inclusive, sempre pareceu uma ameaça pouco empolgante no early game, mas sempre se mostrou um dos melhores topdecks em termos de ameaças que o deck poderia ter, ficando inclusive à frente de Delver of Secrets em muitas ocasiões pelo mero fato de não precisar de nenhum outro setup para funcionar.
Dito isso, a base do Izzet Delver já era bem reconhecida no Legacy e não me surpreende que este deck coloque tantos bons resultados na última semana, e as adições de Modern Horizons II levaram o deck a um novo patamar.
A dúvida que fica é se este deck, que já era desde antes da coleção uma variante do melhor deck do formato, se tornará opressivo pro Metagame, como foi durante o período em que o Legacy tinha Wrenn & Six, ou se o formato se adaptará e criará meios de interagir melhor com os novos cards.
Outro ponto a considerar também é se os decks que comumente se apresam do Izzet Delver continuarão a fazer um bom trabalho ou se terão dificuldades em acompanhar a consistência em ameaças e valor que Modern Horizons II adicionou ao deck.
Quanto a mudanças que eu faria no deck: particularmente, não sou nenhum especialista em Legacy para poder ditar como listas devem ser utilizadas e esta lista definitivamente tem seu resultado comprovado, mas a adição de lands básicas nevadas ao invés de básicas comuns abrem pequenas possibilidades interessantes com Ragavan e determinados cards que se importam com permanentes nevadas, portanto eu consideraria fazer essa troca já que não é como se alguém estivesse usando Reidane, God of Worthy no Legacy para travar lands nevadas.
Outra opção a se considerar, e que jogadores já tem experimentado, é a inclusão de Mishra’s Bauble nas listas, já que este card facilita em atingir o Delírio, é uma cantrip gratuita e possui diversas interações interessantes com Fetchlands. Porém, o deck está bom nesta configuração e não consigo definir se seria realmente benéfico enfraquecer o Delver ou Murktide Regent e até mesmo suas Force of Will em prol de fortalecer Dragon’s Rage Channeler.
Conclusão
Este foi meu deck tech para o Izzet Delver do Legacy, que atualmente apresenta-se como o melhor deck do formato.
Modern Horizons II chegou em todos os formatos eternos com os dois pés na porta, criando mudanças significativas no Metagame de todos eles e mostrando-se tão impactante quanto o seu predecessor. Não me surpreenderia se a edição por conta própria mudasse significativamente a forma como decks são construídos de modo a lidar com os cards inclusos nela da melhor maneira o possível.
Basta ver agora se os formatos conseguirão se adaptar as mudanças ou se intervenções diretas se farão necessárias nos próximos meses para regular o metagame caso estes cards se provem fortes demais para os seus respectivos formatos.
Obrigado pela leitura!
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