Magic: the Gathering

Deck Guide

Jump Start é Promissor Para o Pauper

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Jump Start começou trazendo grandes novidades para o Pauper !

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revisado por Tabata Marques

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Metagame.

Chamamos de metagame os decks que compareceram em grandes quantidades em eventos, ou fazem muitos resultados em torneios. Costuma-se ser estabelecido um metagame de acordo com como o formato se regula para lidar com as estratégias dominantes, e cria-se um efeito de "pedra-papel-tesoura" entre os melhores decks. Em seguida, uma nova edição sai e novas cartas ou estratégias entram para o meta e movimentam os decks estabelecidos, criando um novo metagame.

Quando se trata do Pauper, nos acostumamos a ver quase sempre os mesmos oito ou dez decks entre os que mais fazem top 8 nos eventos. O formato estagnou e, desde o banimento de Arcum's Astrolabe, nada muito relevante surgiu e nenhum arquétipo novo começou a fazer bons resultados ou nenhuma grande inovação foi feita nas listas recentemente.

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Quando tratamos de cartas comuns, atualmente esperamos que elas sejam cartas com o power level mais baixo, visto que o design dos sets hoje são projetados para o limitado e o 'power creep' existe. Você não pode esperar que um efeito como Lightning Bolt ou Counterspell sejam reeditados como comum numa edição voltada para o Standard.

Normalmente, as cartas novas com potencial para ver jogo no formato costumam ser efeitos já preexistentes ou que são, de fato, relevantes para um dos oito melhores decks do formato hoje.

Frantic Inventory, de M21, é um ótimo exemplo disso: Sendo um reprint funcional de Accumulated Knowledge, a sua clausura de funcionar somente para a quantidade em seu cemitério gera uma vantagem significativa nas mirrors de decks azuis do formato, e com certeza verá jogo em decks onde Accumulated Knowledge faz presença.

Normalmente, os jogadores de Pauper contam com produtos suplementares para agitar o formato, com adições saudáveis que criam ou habilitam novos arquétipos, como Seeker of the Way em Iconic Masters ou Burning-Tree Emissary em Modern Masters ou com adições que desequilibram o formato e criam um metagame onde há um deck dominante, como foi com Peregrine Drake em Eternal Masters, Foil em Ultimate Masters e Arcum's Astrolabe em Modern Horizons.

E hoje estamos diante de um produto suplementar: Jump Start, no seu primeiro dia, trouxe um ciclo de lands que acredito ser uma grande adição ao formato: as Thriving Lands.

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O sonho de todo jogador de Pauper é um downshift das trilands de Alara/Tarkir. Os jogadores acreditam que ajudaria a diversificar o formato se essas lands entrassem, pois poderiam melhorar a manabase de decks multicolor, que hoje contam principalmente com Prisma Profético para funcionar.

Acredito que as Thriving Lands são o mais próximo que teremos das trilands em algum momento: Assim como trilands, elas entram viradas sem gerar valor algum além do manafixing. Entretanto, diferente das duais que temos hoje no formato, elas oferecem a versatilidade de você escolher qual cor você deseja gerar além da cor principal dela. Isso significa que haverão menos situações onde você precisa de uma cor, mas você comprou as lands erradas na hora errada.

E quais decks podem se beneficiar do uso dessas lands ? A primeira opção que imagino são os Midranges.

Decks como Boros Monarch possuem listas que fazem um splash para o azul ou o preto para cartas no maindeck ou para ampliar as respostas no sideboard, e costumam contar com Prophetic Prism e os slots de lands utilitárias para jogar estas mágicas. Com as Thriving Lands, o Boros pode optar por utiliza-las no lugar de outras duais em suas respectivas cores, visto que elas ainda podem gerar vermelho e branco se necessário.

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Dessa forma, o deck ainda consegue ter espaço para lands utilitárias sem precisar se preocupar com utilizar mais slots para diversificação de cores. Vale lembrar que a escolha da cor das Thriving Lands é um efeito de ETB e, portanto, pode ser reutilizado com cards como Kor Skyfisher.

Além do Boros, outros decks que não estão entre os Tier 1 do formato, como o Jeskai Ephemerate e a versão Naya dos Slivers podem ver uso dessas lands. E elas ainda podem habilitar um splash para outras cores em decks que não costumam se beneficiar de cards como Prophetic Prism e, para exemplificar, vou usar uma lista muito conhecida aqui no Brasil, especialmente no cenário carioca: O BR Monarch.

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É um fato conhecido que a pior match para os midranges pretos é o Burn. O formato não tem um ganho de vida que seja rápido o suficiente no preto, e a maioria dos decks aposta em opções como Syphon Life para tentar ganhar vida repetidamente, ou apenas aceitam que a match é um pesadelo e, portanto, não vale os slots no sideboard.

O BR Monarch já é um deck que utiliza uma determinada quantidade de lands que entram viradas, e não se importa com o tempo loss nos primeiros turnos do jogo pois utiliza de respostas de custo eficiente, como Lightning Bolt, para lidar com as ameaças de early game. E suas lands continuam a gerar as cores necessárias sem nenhum problema, mas podem optar por gerar outras cores. Por exemplo, elas podem gerar verde para um Weather the Storm no G2 contra um Burn ou outro deck mais agressivo.

Este foi apenas um exemplo simples, existe uma infinidade de opções de splash que o BR ou outros decks poderiam adotar ao utilizar essas lands. A questão é saber o quanto esses splashs valem a pena já que você perde, nessa lista, a interação de Rakdos Carnarium com Bojuka Bog e Radiant Fountain.

Cabe á cada jogador decidir o custo que é necessário para equilibrar sua manabase e ampliar sua diversidade de cores, e o quanto isso é necessário para lidar com o metagame. Perder a interação das Bouncelands, ou as Lifelands, ou lands utilitárias pode ser um custo caro para alguns desses decks, enquanto a adição de uma nova cor ou uma manabase mais equilibrada pode ser exatamente o que outros precisam para se tornar mais consistentes e surgirem como opções viáveis.

É possível ver essas lands jogando também nos Aggro-Control do formato, como alguma variante inesperada de Ux Faeries, ou quem sabe um Delver de 3 cores, mais parecido com as listas do Legacy ?

Não vou citar a possibilidade delas jogarem no Control pelo fato de que o Tron é o control mais eficiente do formato, e nenhum outro consegue ser tão eficiente quanto ele nesse quesito. Apesar de que, é possível testar algumas cópias delas no Tron para tentar aumentar a consistência da distribuição de cores do deck.

Pelo visto, a Wizards finalmente encontrou uma maneira saudável de viabilizar decks multicoloridos no Pauper. Basta saber se isso será o suficiente para agitar o formato e introduzir novos decks ao metagame.

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Além disso, entre reprints e cartas novas, ainda restam cerca de 400 cartas de Jump Start para conhecermos , e outra novidade revelada foi o downshift de Cauldron Familiar e Hungry Flames.

Novidades estão vindo por aí, e eu estou ansioso para saber o quão relevante Jump Start será para o Pauper !