Jogadores e jogadoras, no Metagame dessa semana estaremos fazendo uma análise do impacto inicial de Adventures in the Forgotten Realms nos formatos competitivos nesta primeira semana da coleção no formato.
Obviamente, Adventures in the Forgotten Realms é uma edição feita para o Standard e com um power level comparável ao de um Core Set, o que significa que apesar de ter bons cards, seu impacto é muito mais notável em formatos que possuem uma pool de cartas menor do que em formatos eternos com uma grande variedade de cards, como é o caso do Modern e do Legacy.
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Estarei neste artigo procurando dar ênfase para as novidades que o set trouxe para o cenário competitivo, enquanto analiso um panorama de cada formato. Quando isso não for possível, farei a análise que sempre costumo fazer, dando ênfase aos decks que se destacaram na semana.
Standard
Esta semana, não tivemos muitos eventos expressivos de Standard acontecendo para termos uma análise mais ampla do impacto da nova coleção, portanto vamos nos ater aos Challenges.
O Standard Challenge de sábado terminou com o seguinte Top 32:
7 Sultai Ultimatum
4 Mono-Green Midrange
4 Mono-Red Aggro
3 Jeskai Cycling
3 Rakdos Sacrifice
2 Dimir Rogues
2 Temur Lukka
1 Esper Doom
1 Naya Adventures
1 Gruul Aggro
1 Mono-White Control
1 Naya Winota
1 Mono-Black Devotion
1 Dimir Control
E o seguinte Top 8:
2 Dimir Rogues
1 Rakdos Sacrifice
1 Jeskay Cycling
1 Temur Lukka
1 Sultai Ultimatum
1 Esper Doom
1 Mono-Green Midrange
Já no domingo, o evento terminou com os seguintes decks:
9 Sultai Ultimatum
4 Dimir Rogues
3 Jeskai Cycling
3 Mono-White Aggro
2 Mono-Red Aggro
2 Naya Adventures
2 Rakdos Sacrifice
2 Mono-Green Midrange
1 Izzet Dragons
1 Mono-White Control
1 Mono-Black Devotion
1 Sultai Nest
1 Temur Lukka
E o Top 8 foi composto por:
3 Sultai Ultimatum
2 Jeskai Cycling
1 Mono-Red Aggro
1 Naya Adventures
1 Mono-Black Devotion
É sempre importante mencionar ser muito comum uma nova coleção ter uma primeira semana pouco impactante nos Challenges e isso deve-se ao fato de que o evento possui uma taxa de inscrição relativamente mais alta (30 tix), o que é um valor um pouco alto para testar suas novas ideias, especialmente quando você possui uma plataforma como o Magic Arena para testá-las.
Portanto, é mais comum vermos esta novidade após duas ou mais semanas desde o lançamento da coleção nas plataformas digitais. Mas isso não significa que não tivemos novidades esta semana:
Vamos começar com um deck que não fez resultados expressivos, mas que gerou com certeza muito assunto e declarações frustradas nesta semana: O Mono-White Control que recorre ao combo de The Book of Exalted Deeds e Faceless Haven para criar um lock onde você não pode perder o jogo.
O combo consiste em transformar Faceless Haven em uma criatura e então ativar a habilidade de The Book of Exalted Deeds para dar um marcador a um anjo que não permite que você perca o jogo. Como Faceless Haven possui todos os tipos de criatura, ele pode se tornar alvo desta habilidade e, após receber o marcador, basta nunca mais transformá-la em criatura para criar um lock permanente para o oponente, já que não existe nenhum deck no Standard que use destruição de terrenos e não existem boas interações com terrenos no formato.
Apesar do combo parecer inconsistente e demandar muita mana, o deck conta com meios de acelerar a mana com Solemn Simulacrum e de tutorar as peças necessárias com Search for Glory, além de diversos elementos para segurar o jogo como Doomskar, Skyclave Apparition e Portable Hole.
Feito isso, o objetivo do deck é essencialmente segurar o jogo até que o oponente perca por não ter mais cartas para comprar ou utilizar Emeria’s Call para criar tokens de anjo e ganhar o jogo com elas.
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Porém, apesar de você não poder perder o jogo e nem o oponente ganhar, você ainda segue as regras ditadas pela plataforma da qual você joga e pelo relógio do jogo. Se o seu relógio chegar a zero antes do relógio do oponente, seu oponente será declarado o vencedor, é inevitável.
Para evitar esta possibilidade, principalmente contra decks agressivos, e para também pegar desprevenidos os oponentes que retirarem seus removals eficientes, o deck conta com um pacote de agressão com Baneslayer Angel e Starnhein Unleashed.
Apesar desta versão ser a que mais tem visto jogo nesta semana, ela não é a única, já que tenho visto versões de Azorius Control aparecendo ocasionalmente no Arena e, honestamente, esta versão também não me parece ser a melhor build que o combo pode ter.
Um ponto a se considerar é que, caso este combo se popularize, incluir algum nível de land destruction ou destruição de artefatos no Standard pode se tornar uma opção viável e, apesar de não haver as melhores opções no formato hoje, cards como Cleansing Wildfire e Lithoform Blight estão presentes no Standard e são boas respostas para o combo.
Um deck que reapareceu nesta semana foi o Mono-Green Midrange, que recebeu duas adições poderosíssimas com Forgotten Realms: Werewolf Pack Leader e Ranger Class.
Werewolf Pack Leader interage muito bem com o plano de jogo do deck, é um ótimo mana-sink no late-game e oferece uma ameaça e uma engine de card advantage numa curva onde normalmente o arquétipo possuía dificuldades em ter uma boa ameaça na mesa.
Já Ranger Class é provavelmente a melhor carta da nova coleção que oferece um corpo 2/2 por duas manas, a habilidade de Luminarch Aspirant por mais duas manas e um Future Sight para criaturas por mais quatro manas. Com todos os seus efeitos sendo relevantes e o investimento em mana podendo ser utilizado a longo prazo, o card possui potencial para se tornar uma das maiores Staples do formato e a principal carta de Adventures in the Forgotten Realms.
A manabase limpa do deck também permite ao arquétipo usar Lair of the Hydra sem grandes dificuldades, dando ainda mais resiliência ao seu plano de jogo até mesmo contra decks que possuem muitos removals.
Outro deck que surgiu esta semana e fez um ótimo resultado no Challenge de domingo foi o Mono-Black Devotion.
Os cards do arquétipo sempre estiveram presentes no formato, mas nunca tiveram espaço o suficiente para poderem realizar grandes feitos no Metagame, mas parece que a inclusão de uma base de Aristocrats que tira proveito de cards como Shambling Ghast e Lolth, Spider Queen e que permite fazer com que seus cards interajam incrivelmente bem entre si torna do arquétipo uma opção viável neste novo Metagame.
A grande interação da lista está na interação dos death triggers com cards como Nightmare Shepherd e Lolth, Spider Queen, que permitem ao deck abusar ainda mais de seus efeitos, criar mais corpos na mesa, entre outras opções.
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É interessante mencionar que o jogador Mazuku94 resolveu respeitar o combo de Faceless Haven e The Book of Exalted Deeds, utilizando um playset de Lithoform Blight em seu sideboard.
Standard 2022
Uma novidade que o lançamento de Adventures in the Forgotten Realms trouxe foi a inclusão do formato Standard 2022 no Magic Arena, que essencialmente consiste em um formato com uma “rotação antecipada” onde já não são mais válidos as coleções que rotacionarão quando Innistrad: Midnight Hunt for lançado.
Este formato permite aos jogadores terem uma ideia de como será o próximo Standard, se preparar para ele e, principalmente, livrar-se de Throne of Eldraine, que essencialmente foi a coleção que ditou o rumo de todo o Standard durante a atual temporada.
Organizadores independentes já começaram a realizar eventos deste formato neste fim e de semana e, dada a boa receptividade deles, considero válido mencioná-lo nas próximas semanas que antecedem a rotação.
É importante mencionar que, a partir do dia 16 de Julho, o card The Book of Exalted Deeds estará banido do formato.
Por exemplo, o evento da Insight E-Sports teve um total de 66 jogadores, e seu Top 32 foi composto por:
13 Izzet Dragons
10 Mono-Green Aggro
2 Dimir Control
1 Rakdos Midrange
1 Abzan Snow
1 Mono-White Aggro
1 Mono-Black Aggro
1 Jund Midrange
1 Boros Aggro
1 Temur Ramp
E o Top 8 terminou da seguinte maneira:
3 Izzet Dragons
3 Mono-Green Aggro
1 Dimir Control
1 Rakdos Midrange
O Hooglandia Open contou com 53 jogadores, e o Top 32 terminou da seguinte maneira:
9 Mono-Green Aggro
7 Izzet Dragons
2 Mono-White Aggro
1 Golgari Elves
1 Orzhov Angels
1 Mardu Midrange
1 Rakdos Control
1 Grixis Control
1 Azorius Control
1 Orzhov Aggro
1 Orzhov Midrange
1 Abzan Snow
1 Temur Ramp
1 Izzet Midrange
1 Naya Midrange
1 Simic Aggro
1 Azorius Midrange
E com o seguinte Top 8:
3 Mono-Green Aggro
2 Izzet Dragons
1 Orzhov Angels
1 Mardu Midrange
1 Mono-White Aggro
Existem muitas listas diferentes no evento para conseguir mencionar todas neste artigo (e pretendo, dentro de algumas semanas quando tivermos mais resultados e mais eventos, fazer um panorama do formato), mas hoje vou destacar os principais decks desta semana.
Com 20 cópias no Top 32 de ambos os eventos, o principal deck de destaque esta semana foi o Izzet Dragons, que essencialmente funciona como uma versão “atualizada” do arquétipo que comumente vemos no Standard, sem muitas novidades e não surpreende que tenha se tornado o melhor deck desta semana, já que cards como Goldspan Dragon Expressive Iteration e Alrund’s Epiphany são absolutamente poderosos no Standard atual e possuem grandes chances de se tornarem Staples do Standard futuro.
Já o arquétipo que ganhou ambos os eventos e possuiu um total de 19 cópias no Top 32 deles foi o Mono-Green Aggro, que utiliza a mesma base do deck mencionado no Standard atual, mas que, por conta da saída de Ikoria e Throne of Eldraine, abrem espaço para alguns cards que pareciam ser opções bem poderosas para o formato, como Old-Growth Troll como uma ameaça de custo baixo, poder alto e capaz de proporcionar um poderoso 2-por-1, Gnarled Professor como uma ameaça evasiva que oferece card advantage e Froghemoth como um substituto de Questing Beast que oferece um grande impacto na mesa ao entrar em jogo.
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O deck também possui mecânicas de card advantage. com cards como Ranger Class e Esika’s Chariot para invalidar os efeitos de 1-por-1 que decks como o Izzet Dragons costumam utilizar para lidar com decks agressivos, fazendo com que o deck se torne um grande competidor neste formato, já que suas criaturas são significativamente maiores do que a dos outros decks agressivos enquanto o deck também é menos suscetível a perder jogos longos devido aos seus efeitos de 2-por-1 e card advantage.
Os demais decks do formato possuíram uma aparição mínima, com o terceiro deck mais presente sendo o Mono-White Aggro com 3 cópias.
Apesar de atualmente parecer um formato de dois decks, é sempre bom ressaltar que esta foi a primeira semana do formato e os jogadores foram atrás dos decks que pareciam opções óbvias dentro do Metagame, e tanto o Izzet Dragons quanto o Mono-Green com a inclusão de Ranger Class pareciam ser listas perfeitas para o novo formato,
pois já continham uma boa base em cima do que vemos no Standard atual.
Portanto, é necessário considerar como o formato vai se adaptar nas próximas semanas antes de pensarmos que o Metagame do Standard 2022 já está quebrado ou algo assim.
Historic
Neste fim de semana, o maior evento de Historic foi o Gouda Wars, com 40 jogadores e o evento terminou com o seguinte Top 8:
2 Selesnya Company
2 Izzet Phoenix
1 Mono-White Aggro
1 Azorius Auras
1 Mono-Black Aggro
1 Selesnya Angels
Não houveram grandes novidades neste fim de semana para o formato, exceto as listas de Izzet Phoenix experimentando de maneira tímida o Demilich, nos slots que comumente seriam do card Crackling Drake.
Pioneer
O Pioneer Challenge de Sábado teve o seguinte Top 32:
4 Bant Spirits
4 Vampires
3 Izzet Phoenix
2 Enigmatic Fires
2 Niv-to-Light
2 Boros Burn
2 Dimir Control
2 Four-Color Ascendancy
2 Mono-Black Aggro
1 Mono-Green Stompy
1 Mono-Red Aggro
1 Simic Spirits
1 Azorius Control
1 Azorius Ensoul
1 Four-Color Ultimatum
1 Gruul Legends
1 Gruul Aggro
1 Boros Cycling
E o Top 8:
1 Enigmatic Fires
1 Izzet Phoenix
1 Azorius Ensoul
1 Four-Color Ascendancy
1 Vampires
1 Niv-to-Light
1 Mono-Green Stompy
1 Boros Burn
Já no Domingo, o Top 32 do Pioneer Challenge foi composto por:
5 Bant Spirits
4 Rakdos Pyromancer
4 Izzet Phoenix
4 Azorius Ensoul
3 Selesnya Angels
2 Boros Burn
2 Niv-to-Light
2 Dimir Control
2 Vampires
1 Jeskai Control
1 Jeskai Fires
1 Four-Color Ascendancy
1 Mono-Green Walkers
E o evento terminou com o seguinte Top 8:
2 Rakdos Pyromancer
2 Bant Spirits
1 Selesnya Angels
1 Boros Burn
1 Izzet Phoenix
1 Azorius Ensoul
Como mencionei no meu review de Pioneer, The Book of Exalted Deeds parecia a opção perfeita para fazer com que o Selesnya Angels do Historic pudesse encontrar um meio de migrar para o Pioneer, já que o artefato interage muito bem com o plano de jogo de lifegain do deck e possui o combo de lock com Mutavault.
O plano de jogo do Selesnya Angels consiste em essencialmente ser um tribal de lifegain que se apresa dos decks Aggro enquanto consegue estabelecer pressão o suficiente para ser um problema para decks Midranges, e, portanto, não me surpreende que ele tenha tomado forma no Pioneer.
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Porém, o deck é frágil contra decks de Combo ou decks que possuem muitos removals como os Controls e não costuma se recuperar bem de sweepers e, logo, não creio que o arquétipo virá a ser predominante no formato, apesar de ser uma ótima adição ao Pioneer, além de mais um deck que foi exportado de outro formato.
Aparentemente, a inclusão de The Blackstaff of Waterdeep e Portable Hole foi bem mais impactante para os decks de Ensoul do que eu inicialmente esperava, e o deck fez sua presença ser notada neste fim de semana ocupando um espaço no Top 8 de ambos os eventos.
The Blackstaff of Waterdeep oferece ao deck a possibilidade de sempre possuir um Ensoul Artifact na mesa, o que interage muito bem com uma quantidade significativa dos seus cards como Ornithopter, Stonecoil Serpent, Gengibrute, Hope of Ghirapur, entre outros cards, sendo então uma grande ajuda em fazer com que o deck consiga manter a sua consistência.
Outro deck que surgiu esta semana com novidades de Adventures in the Forgotten Realms foi o Gruul Legends, que essencialmente utiliza a base das versões mais agressivas do Gruul Aggro e procura tirar vantagem de Bard Class para tornar algumas das lendas que o formato dispõe como Kari Zev, Skyship Raider, Hazoret the Fervent e Questing Beast em ameaças ainda mais fortes na mesa, além de permitir um investimento em mana para fazer com que estes cards custem bem menos do que eles normalmente custariam.
Modern
O Modern Challenge de sábado terminou com o seguinte Top 32:
6 Izzet Tempo
6 Hammer Time
5 Rakdos Midrange
2 Temur Cascade
2 Izzet Blitz
2 Living End
2 Jund Midrange
1 Dimir Mill
1 Ad Nauseam
1 Jeskai Monkeyblade
1 Urza’s Kitchen
1 Grixis Shadow
1 Merfolks
1 Humans
1 Four-Color Turns
1 Boros Stoneblade
E o seguinte Top 8:
2 Rakdos Midrange
1 Temur Cascade
1 Izzet Tempo
1 Hammer Time
1 Izzet Blitz
1 Living End
1 Dimir Mill
Já no Domingo, o Challenge nos apresentou o seguinte Top 32:
6 Hammer Time
4 Izzet Tempo
3 Four-Color Turns
2 Bant Stoneblade
2 Five-Color Scapeshift
2 Dimir Mill
1 Azorius Whirza
1 Rakdos Midrange
1 Elementals
1 Eldrazi Tron
1 Infect
1 Humans
1 Niv-to-Light
1 Amulet Titan
1 Living End
1 Gruul Scapeshift
1 As Foretold
1 Jeskai Control
1 Four-Color Cascade
1 Heliod Company
E terminou com o Top 8 abaixo:
4 Hammer Time
1 Four-Color Turns
1 Azorius Whirza
1 Izzet Tempo
1 Gruul Scapeshift
O Modern continua com uma natureza cíclica como foi visto na semana passada, e o deck que se destacou essa semana com um número maior de colocações nos Challenges foi o Hammer Time.
O deck faz parte de uma longa escala de decks do Modern que se beneficiou de Urza’s Saga, e possivelmente um dos melhores decks em fazê-lo já que o terreno permite ao deck criar corpos para segurar os equipamentos e tutorar Colossus Hammer por essencialmente nenhum custo, dando maior consistência ao arquétipo enquanto você pode apenas continuar jogando o jogo normalmente utilizando suas mágicas e criaturas.
O que torna do Hammer Time um deck muito poderoso no formato é o fato do arquétipo ter uma mistura eficiente entre velocidade, consistência, cartas eficientes para a proposta do deck e até mesmo um “combo-kill” com Inkmoth Nexus e Colossus Hammer, que não é essencial para ganhar o jogo, mas é algo que o oponente precisa estar atento a possibilidade em cada turno em que Inkmoth Nexus estiver na mesa.
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Uma novidade de Adventures in the Forgotten Realms para o arquétipo foi Ingenious Smith como um meio de ter mais um corpo de custo baixo que funciona essencialmente como um Militia Bugler para equipamentos, permitindo ao deck “cavar” as quatro cartas do topo e revelar um artefado dentre eles.
Se esta é uma opção melhor do que outras criaturas que o deck utiliza, como no caso desta lista, onde o jogador optou por substituir Giver of Runes, é algo que ainda precisa ser considerado e provavelmente depende muito do tipo de Metagame que você está enfrentando.
Todavia, caso seja uma opção pior, o fato deste deck ter ganhado o Challenge mesmo utilizando um card sub-otimizado demonstra o quão poderoso o arquétipo é ao todo.
Temos visto diversas variantes de decks de Urza reaparecendo no Modern desde o lançamento de Modern Horizons II, como mais um arquétipo que se beneficia significativamente de Urza’s Saga e, apesar de termos visto como principal referência as versões utilizando The Underworld Cookbook, esta semana foi a vez do Whirza retornar ao formato.
O Whirza usa Whir of Invention para criar um arquétipo que possui um poderoso toolbox com cards pontuais como Engineered Explosives, Ensnaring Bridge, e as peças do combo de Thopter Foundry com Sword of the Meek.
O combo opera quando ambos os cards estão em jogo, onde você pode pagar uma mana e sacrificar Sword of the Meek com Thopter Foundry para criar um Tóptero 1/1.
Isso desencadeará a habilidade de Sword of the Meek, que voltará para o jogo equipado no token, podendo dessa maneira repetir o combo, criando um token para cada mana que você tiver. Com Urza, Lord High Artificer, você pode virar Sword of the Meek para adicionar uma mana azul e, dessa maneira, você pode fazer tokens infinitas, vida infinita e mana infinita.
A novidade de Adventures in the Forgotten Realms para o Modern veio de Portable Hole, que funciona como um removal muito eficiente no formato, já que pode responder a qualquer permanente que não seja terreno e corresponde bem tanto em lidar com um formato que tem diminuído sua curva, quanto com a estratégia do deck, já que pode ser virado para adicionar azul com Urza, essencialmente entrando no jogo de graça.
Apesar de não ter adições de Adventures in the Forgotten Realms, é interessante ver uma versão de Titanshift que utilize a base das versões clássicas do deck, de uma época onde o plano do arquétipo era tentar fechar o combo rapidamente com uma manabase limpa, ao invés de procurar investir num plano de jogo voltado para valor, utilizando múltiplas cores e tecnicamente funcionando como um Midrange com um combo-kill.
Pauper
O Pauper Challenge de sábado terminou com o seguinte Top 32:
11 Affinity
6 Rakdos Storm
3 Tron
2 Burn
2 Dimir Faeries
1 Dimir Delver
1 Elves
1 Orzhov Pestilence
1 Mono-Blue Delver
1 Jund Ponza
1 Mono-Black Control
1 Soul Sisters
1 Orzhov Sisters
Já no Top 8, tivemos os seguintes decks:
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4 Affinity
2 Rakdos Storm
1 Tron
1 Mono-Blue Delver
No Domingo, o Pauper Challenge terminou com o seguinte Top 32:
10 Rakdos Storm
8 Affinity
3 Dimir Faeries
3 Tron
1 Dimir Delver
1 Burn
1 Jeskai Ephemerate
1 Mono-Black Control
1 Soul Sisters
1 Mono-Black Ponza
1 Gruul Cascade
1 Jeskai Metalcraft
Já o Top 8 foi composto por:
3 Rakdos Storm
2 Affinity
2 Dimir Faeries
1 Tron
O Pauper continua, pela sexta semana, num estado quebrado com Storm e Affinity como absolutos melhores decks no formato, com a grande maioria dos Challenges durante este período tendo mais da metade de seus decks do Top 32 compostos por estes arquétipos.
Não há muito o que dizer sobre o Pauper, continuamos sem uma solução e sem uma atualização na banlist.
Porém, o Soul Sisters é um deck que tem se destacado nesta primeira semana com Adventures in the Forgotten Realms, e que recebeu dois cards bem interessantes: Celestial Unicorn é uma versão comum de Ajani’s Pridemate, um card que permite ao deck atacar por um ângulo em que ele não conseguia anteriormente, e Priest of Ancient Ways que é essencialmente um Phyrexian Rager, que lhe dá um de vida ao invés de lhe fazer perder vida, o que interage muito bem com Celestial Unicorn e permite ao arquétipo manter o seu fluxo de cartas.
Este arquétipo é um meta call interessante contra os decks de Chatterstorm, já que ganha uma quantidade significativa de vida, utiliza Suture Priest como um ótimo hate de maindeck que interage bem com o plano de jogo do arquétipo e possui elementos o suficiente para estabelecer alguma pressão contra o oponente enquanto ele não fecha o combo.
Por outro lado, este arquétipo provavelmente não sucederia num Metagame “normal” do Pauper, já que possui partidas significativamente ruins contra muitos dos decks que estão em baixa hoje como Orzhov Pestilence, Elves, Jund Cascade, decks com Fiery Cannonade, entre outros.
Legacy
O Legacy Challenge de sábado terminou com o seguinte Top 32:
9 Izzet Delver
4 Sneak and Show
2 Jeskai Tempo
1 Bant Midrange
2 Aluren
1 Miracles
1 Doomsday
1 Omni-Tell
1 All Spells
1 Death & Taxes
1 Selesnya Depths
1 Food Chain
1 Rector Fit
1 Temur Delver
1 Cheerios
1 Izzet Painter
1 Four-Color Loam
1 Painter Welder
E o seguinte Top 8:
2 Izzet Delver
1 Jeskai Tempo
1 Miracles
1 Cheerios
1 Sneak and Show
1 Izzet Painter
Já no domingo, tivemos o seguinte Top 32:
5 Izzet Delver
5 Jeskai Tempo
3 Doomsday
3 Bant Uro
2 Death & Taxes
1 Miracles
1 Cloudpost
1 The Epic Storm
1 Omni-Tell
1 Hogaak
1 Jeskai Stoneblade
1 Maverick
1 Selesnya Depths
1 Snow Miracles
1 Reanimator
1 Izzet Painter
1 HollowVine
1 Grixis Delver
E terminou com o seguinte Top 8:
2 Izzet Delver
1 Jeskai Tempo
1 Miracles
1 Izzt Painter
1 Bant Uro
1 Cloudpost
1 Death & Taxes
Já ouviram falar do nome “tribal de carta boa”?
É essencialmente um deck que procura utilizar as melhores cartas do formato da maneira mais eficiente o possível. Tivemos uma quantidade significativa destes decks no Legacy nos últimos anos, todos comumente impulsionados por cards agora banidos como Deathrite Shaman e Arcum’s Astrolabe, que facilitava muito a construção desses decks sem restrições devidas a baixa suscetibilidade a cards como Wasteland e Blood Moon.
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Foi assim que surgiram decks como o Four-Color Leovold e o Snowko.
Visto que não existem mais tantos meios de facilitar a manabase como antes, hoje estes decks precisam encontrar meios alternativos para abusar das melhores cartas do jogo e/ou para manter uma manabase consistente.
No caso do Bant Uro, o deck aposta numa base de Bant se utilizando verde para Ice-Fang Coatl e Uro, Titan of Nature’s Wrath, dois cards que se tornaram grandes Staples do formato desde que saíram em suas respectivas edições. O arquétipo conta também com Abundant Growth como o card mais próximo de Arcum’s Astrolabe que o formato possui.
A inclusão do encantamento, inclusive, permite ao deck um leve splash para o vermelho para utilizar o muito necessário no formato Pyroblast, que funciona como a principal resposta contra os inúmeros decks azuis.
Outro deck que surgiu com esta mesma natureza é o Jeskai Tempo, que alguns têm chamado de Jeskai Standstill, um nome válido visto que o arquétipo utiliza uma ou duas cópias do encantamento, mas não parece captar a essência do deck.
Na verdade, o nome deste deck poderia ser “Tribal de Modern Horizons II”, já que ele utiliza quase todas as melhores cartas que o set tem a oferecer: Ragavan, Nimble Pilferer, Murktide Regent e Urza’s Saga.
O que se cria desta junção é um arquétipo que consegue jogar um plano de Tempo eficiente com suas criaturas, enquanto também pode estender o jogo de maneira mais eficiente do que os Delver decks costumam fazer, apostando em respostas baratas e eficientes e tendo como uma de suas principais engines de Card Advantage a junção de Urza’s Saga com Retrofitter Foundry para criar um exército de criaturas no longo prazo, além de fortalecer os tokens de Golem de Urza’s Saga no longo prazo.
O que resta saber é se esta combinação é mais eficiente do que os atuais Delver decks e como este deck ainda pode evoluir ao decorrer do tempo, já que ele cresceu em popularidade faz algumas semanas.
Para não dizer que não tivemos novidades de Adventures in the Forgotten Realms no Legacy, esta lista de Aluren procurou usar Acererak para fechar o 2-card combo.
Porém, como já era de se esperar, Acererak the Archlich é um topdeck muito ruim para o arquétipo porque faz muito pouco ou nada por conta própria, e a melhor maneira de resolver isso é utilizando Living Wish para deixá-lo no sideboard e abrir espaço para um número significativo de criaturas que você pode buscar do Sideboard, criando assim um elemento de “toolbox” no arquétipo e abrindo espaço para lidar com as mais diferentes ocasiões na mesa.
Conclusão
Esta foi minha análise do Metagame desta semana, vendo o impacto da primeira semana de Adventures in the Forgotten Realms.
Vemos que, apesar de uma maneira ainda tímida e possivelmente isso não mudará na próxima semana, a coleção aparece em essencialmente todos os formatos de alguma maneira, sem necessariamente estar quebrando a estrutura de alguns deles.
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Gostaria de ressaltar, como faço após o lançamento de cada nova coleção, a necessidade em saber filtrar a sua opinião dos fatos que se apresentam e de como as coisas são em termos estatísticos, e não é porque um formato parece quebrado ou resolvido nas primeiras semanas que ele realmente está.
Da mesma maneira, não é porque a coleção teve um impacto tímido na primeira semana que devemos invalidar seu potencial. Jogadores ainda estão experimentando ideias, analisando decks novos, analisando o quão funcional algumas cartas podem ser, enquanto outras cartas tornam-se úteis de acordo com como o Metagame continua se desenvolvendo.
Dê tempo ao tempo.
Obrigado pela leitura!
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