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Pioneer: Melhorando o Challenger Deck - Izzet Phoenix

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Os Pioneer Challenger Decks de 2022 chegaram! E hoje, apresentamos um guia de como melhorar a lista de Izzet Phoenix vinda do produto selado!

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revisado por Tabata Marques

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Os Pioneer Challenger Decks de 2022 tiveram suas decklists reveladas na semana passada, com quatro arquétipos diferentes: Izzet Phoenix, Orzhov Humans, Gruul Aggro e Dimir Control — cada um com uma estratégia distinta e pronto para jogar de fora da caixa, sendo perfeito para torneios em lojas locais.

O principal foco desse produto é servir como uma porta de entrada para que jogadores possam ingressar em um formato eterno sem a necessidade de buscarem incessantemente por cards mais antigos que nem sempre estão facilmente disponíveis, garantindo-lhes a experiência de aproveitar o formato a partir de uma caixa fechada encontrada em qualquer loja local.

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Diferente do que fizemos no ano passado, onde analisamos os quatro decks e demos dicas de upgrades, nesse faremos um review de cada um individualmente, com uma visão aprofundada de qual é a proposta que a lista, vinda direto da caixa, busca proporcionar e quais direções podemos tomar com base no conteúdo dele.

E para começar essa série, vamos falar sobre a mais polêmica entre eles: Izzet Phoenix.

Direto da Caixa - Izzet Phoenix

Caso você tenha perdido, essa é a lista do Izzet Phoenix:

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Sim, ela é confusa e quase ofensiva de se denominar Izzet Phoenix, já que tem apenas duas cópias de Arclight Phoenix enquanto também leva duas cópias de Expressive Iteration — banida do Pioneer em 7 de junho.

Como já aconteceu nos Challenger Decks do Standard esse ano — onde o Mono White Aggro vinha com quatro cópias de Faceless Haven — a Wizards abriu uma exceção onde, se você jogar com as exatas 75 cartas do maindeck e sideboard do produto vindo direto da caixa, você pode usar as cópias do card banido presentes nele.

É possível ver as boas intenções em adicionar Expressive Iteration na decklist, dado que a mágica é uma staple de múltiplos formatos e retém um preço relativamente alto para uma incomum, o que dificultaria sua aquisição em um mundo onde ela ainda fosse válida. No entanto, também fica claro que eles provavelmente retiraram algo errado para incluir essas cópias: não faz sentido um produto chamado Izzet Phoenix ter apenas dois Arclight Phoenix — ele é, literalmente, o coração da estratégia como a conhecemos no Pioneer desde sua concepção.

Isso é um erro grotesco de design e planejamento do deck, porque ele conta com quatro Crackling Drake, do qual normalmente usam-se um ou no máximo dois, e até mesmo retirar os dois Thing in the Ice para ter quatro Arclight Phoenix ao lado de Crackling Drake faria mais sentido do que essa composição errática de criaturas no produto final, mesmo que isso tornasse da lista um pouco pior.

No entanto, fica evidente que a ideia do R&D era fazer do Izzet Phoenix o "arquétipo flexível" dentre os quatro produtos fechados: aquele que segue um meio-termo entre duas direções e cabe ao jogador decidir qual das duas rotas é mais interessante e/ou vantajosa: Izzet Phoenix ou Izzet Drake, que ainda faz bons resultados no cenário competitivo também.

Dissecaremos a lista para entender melhor sua funcionalidade.

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Começando pela manabase, por um lado o R&D acertou em incluir uma Steam Vents e um playset de Shivan Reef, mas os números de Temple of Epiphany e Sulfur Falls parecem trocados sem nenhum motivo: o Scry 1 é legal e ajuda a consertar o topdeck, mas o Izzet Phoenix é uma estratégia de Tempo e não quer perder um turno com lands viradas se elas não adicionam nenhum valor agregado de alta relevância.

Se fosse para ter um playset de uma land que entra virada, que fosse algo realmente útil, como até mesmo Wandering Fumarole — que adicionaria uma ameaça extra enquanto corrige sua manabase.

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Como mencionado acima, a base de criaturas do produto direto da caixa é estranho e completamente desfocado: você quer jogar coisas no cemitério, quer conjurar múltiplas mágicas, mas uma parcela significativa da lista não interage bem com o seu sequenciamento de ameaças, já que você será muitas vezes forçado a se dar tapout para conjurar Crackling Drake, ou até terá de evitar jogar mágicas demais para não devolvê-lo para sua mão em uma situação favorável com Thing in the Ice.

No final das contas, o sequenciamento de ameaças da lista acima é ruim e pouco eficiente. Você raramente terá as jogadas mais explosivas que o Izzet Phoenix competitivo oferece, e seu deck não interage tão bem ao ponto da tática de Crackling Drake carregar o jogo por conta própria devido a um número relativamente alto de mágicas voltadas exclusivamente para a tática que Arclight Phoenix demanda.

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A lista conta com um mix de draws e cantrips típico de uma estratégia de Turbo Xerox, com 24 meios de comprar cards no seu maindeck. E assim como a base de criaturas, elas não interagem integralmente bem com ambas as propostas.

Enquanto Consider, Opt, Treasure Cruise e Expressive Iteration facilmente estariam presentes em ambas as estratégias, mas Pieces of the Puzzle piora conforme você reduz o número de Arclight Phoenix na lista, dado que seu principal uso é justamente de servir como um "mini"-Dig Through Time que lhe recompensa agilizando a quantidade de cartas no cemitério para reanimar os pássaros e conjurar Treasure Cruise.

Dito isso, exceto por essa mágica em particular, sua composição de cantrips é bem sólida e provavelmente colabora em manter a consistência.

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O pacote de interações conta com 10 cards, e poderia facilmente subir para 12, principalmente considerando haver apenas dois Thing in the Ice. Eles provavelmente serão o suficiente para lidar com as ameaças de arquétipos mais agressivos no early-game por tempo o suficiente para estabilizar com Crackling Drake, mas talvez você passe tempo demais precisando buscá-las com cantrips no timing certo, o que é uma proposta perigosa.

Dito isso, a flexibilidade dos removals escolhidos é um ponto positivo num Metagame tão diversificado quanto o Pioneer e, apesar de Lightning Axe também interagir mal na ausência de Arclight Phoenix, ele lida com ameaças grandes que, normalmente, removals vermelhos tem dificuldades em lidar.

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O Sideboard é bem mais decente e "conforme o esperado" do que o Maindeck, com removals mais flexíveis como Lava Coil, Abrade e Sweltering Suns — cuidadosamente selecionado para não ser contrainterativo, como seria o caso com Anger of the Gods.

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Isso além de counterspells necessários, como Mystical Dispute e Invasive Surgery, e por fim, Narset, Parter of Veils sendo uma tech poderosíssima em jogos de atrito e uma das principais armas do arquétipo contra a mirror match.

Guia de Upgrades

Vindo direto da caixa, o Izzet Phoenix está num meio-termo entre um arquétipo de Arclight Phoenix e um de Crackling Drake, e para realizar os upgrades necessários, o jogador precisará decidir qual rota ele prefere seguir.

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A boa notícia é que em ambos os casos, apesar de ser útil, Ledger Shredder não é exatamente obrigatório: Ele está presente em, em média, 44% das listas de Izzet Phoenix atualmente, e em menos de 20% nas de Izzet Drake — logo, você pode realizar upgrades na lista sem necessariamente precisar de uma das staples mais caras da atualidade.

Logo, assim que você definir sua rota, uma mudança se tornará obrigatória antes de qualquer outra: remover duas cópias da opção que você não escolheu, além de dois Expressive Iteration, para maximizar os números de Thing in the Ice, além de mais cópias de coisas que realmente interagem com a proposta selecionada.

Base de Mana

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Em ambos os casos, no entanto, você precisará melhorar sua manabase. Numa primeira opção voltada para o budget, você poderia começar com:

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No entanto, Shock Lands frequentemente valem o investimento, então uma opção mais otimizada seria:

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Assim, você maximiza a possibilidade de ter acesso às cores necessárias no early-game, enquanto também ganha mais uma wincondition com Wandering Fumarole sem precisar gastar tanto dinheiro.

Dito isso, a sua prioridade das outras lands deveriam ser, na respectiva ordem e sempre focando no playset: Spirebluff Canal, Riverglide Pathway, Stormcarved Coast, em seguida, duas cópias de Hall of Storm Giants e uma de Otawara, Soaring City.

As demais opções devem ser ponderadas conforme as necessidades do Metagame, não sendo especificamente obrigatórias.

Quanto às mudanças pertinentes para cada arquétipo, temos:

Izzet Phoenix

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Primeiro, você precisa maximizar as ameaças aumentando o número de Arclight Phoenix e Thing in the Ice para estar à par das listas mais jogadas do Metagame hoje, enquanto Expressive Iteration terá de sair de qualquer forma e não há a necessidade de quatro Crackling Drake nessa variante, enquanto dois podem ajudar como ameaças complementares.

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Num universo sem Expressive Iteration, necessitamos de métodos mais eficientes de filtrar os nossos draws e agilizar nosso plano de jogo. Nesse sentido, apesar de não oferecer virtualmente dois cards como a mágica banida, Strategic Planning dá uma filtragem de topo impressionante enquanto alimenta o cemitério rapidamente para Treasure Cruise.

Izzet Charm, enquanto bom e flexível, é condicional demais em todos os seus módulos, sendo menos útil em todas as funções conforme o jogo se estende. Logo, você dificilmente quer mais do que uma cópia num Metagame mais abrangente.

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Com mais Arclight Phoenix, Lightning Axe se torna automaticamente o melhor removal do arquétipo, por lidar com 90% das permanentes que importam no Metagame atual por apenas uma mana.

Chart a Course, apesar de útil e oferecer um pseudo-card advantage, é comumente lento demais e oferece menos benefícios do que as demais mágicas, então ele acaba saindo para que coisas mais importantes possam entrar.

Sideboard

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O Sideboard é frequentemente uma questão de atender às necessidades do Metagame onde você joga, então opções podem ser muito abrangentes e condicionais.

E com o Izzet Phoenix sendo um Turbo Xerox, creio que podemos diversificar mais a sua gama de respostas.

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Young Pyromancer é uma resposta necessária contra Liliana of the Veil, enquanto também segura com excelência o clock de alguns decks Aggro. Aether Gust é útil contra o Mono Green Devotion e arquétipos com vermelho, como Mono Red, Gruul Aggro, Boros Heroic, Jund Sacrifice, entre outros.

Apesar de mais barato e por isso ser adicionado, Spell Pierce perde sua utilidade no longo prazo, então você pode considerar Negate. Por fim, Chandra, Torch of Defiance é um ótimo card para jogos de atrito, e talvez você queira mais um Planeswalker além dela caso Midranges e Controls sejam recorrentes nos eventos que você frequenta.

Lembre-se que o Sideboard é frequentemente uma questão de adaptar-se ao Metagame, então ajuste o seu conforme as suas necessidades.

Outros Upgrades

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Com essas alterações, a lista terá consistência o suficiente para se portar bem em lojas locais e eventos de pequeno porte, como o FNM, permitindo-lhe se divertir e competir enquanto busca os upgrades necessários para a sua manabase.

No entanto, há outros dois upgrades que recomendo para a lista, podendo adicioná-las além das opções mencionadas acima:

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O combo de Temporal Trespass com Galvanic Iteration é uma das jogadas mais explosivas disponíveis para o Izzet Phoenix — motivo pelo qual o turno extra sofreu um spike gigantesco no início da temporada de RCQs, já que jogos são frequentemente ganhos numa combinação entre transformar Thing in the Ice com esse combo e atacar para letal durante três turnos seguidos.

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Essa é uma tech pessoal e poucos jogadores a adotam, mas Dig Through Time é uma Delve spell poderosíssima e comumente mais eficiente do que Treasure Cruise quando você está procurando alguma coisa específica, além de possibilitar jogar em torno de Narset, Parter of Veils e manter as lands desviradas durante o turno do oponente por seja lá qual motivo for necessário.

Além disso, por ser uma Instant, ela também funciona melhor quando precisamos jogar em torno do hate de cemitério.

Izzet Drake

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Assim como na versão acima, no Izzet Drake, retiramos a peça menos importante e Expressive Iteration para maximizar a quantidade de Thing in the Ice e incluir Kazuul's Fury, que não só aumenta a quantia de lands na nossa manabase, como também funciona em uma espécie de 2-card combo ao lado de Crackling Drake onde você pode atacar com a criatura e, após o combate, sacrificá-la para causar dano letal ao oponente.

Há muitas rotas que você pode tomar com esse arquétipo: algo mais próximo do Izzet Control com Hullbreaker Horror e/ou Niv-Mizzet, Parun, ou uma versão com um pseudo-lock de Narset, Parter of Veils com Day's Undoing, entre outros.

Porém, o foco aqui será a versão do que a lista do Challenger Deck propõe: um Midrange/Control com respostas baratas e que recorre à Crackling Drake e Thing in the Ice como winconditions.

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Como o foco dessa estratégia não é realizar uma sequência de mágicas e estamos tentando ser mais reativos em relação a como o oponente se comporta, Treasure Cruise é uma opção sub-otimizada se comparado à Dig Through Time, que aumenta o escopo de busca por uma resposta específica e/ou uma ameaça e pode ser conjurada no turno do seu oponente.

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Chart a Course não interage com a proposta do Izzet Drake, funciona como Sorcery-Speed e não impacta a posição de mesa do oponente, então pode ser substituído por Censor, que funciona como um tempo play ocasional do qual força o oponente a jogar em volta enquanto não perde utilidade no late-game devido ao cycling.

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Fiery Impulse é mais abrangente do que Flame-Blessed Bolt, enquanto Lightning Axe não interage bem com a proposta do arquétipo, e Anger of the Gods ajuda a segurar as estratégias de "go wide", como Humans, Spirits, Mono Red Aggro, entre outros.

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Você pode trocar Anger of the Gods por Sweltering Suns, que já está presente na caixa, mas o sweeper de Theros funciona melhor contra ameaças recorrentes enquanto não é tão caro a ponto de precisar reconsiderar o investimento.

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Divide By Zero é uma resposta temporária abrangente que foi tão importante pro Standard que acabou sendo banida. Num universo de Midranges e outros arquétipos que buscam usar o máximo de mana à cada turno, ele comumente será um pseudo-Time Walk que lhe oferecerá um looting ou algo importante do seu Sideboard.

Inclusive, entre as Lessons, você possui meios de garantir seus land drops, draws extras, ou até uma winconditions.

Saem Izzet Charm e Lightning Axe por serem condicionais demais ou oferecerem um card disadvantage.

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Pieces of the Puzzle é o pior card do deck quando não temos Arclight Phoenix para recorrer do cemitério, então o trocamos junto da última cópia de Treasure Cruise por mais interações baratas.

Esses slots são relativamente flexíveis, então você pode adicionar o que parecer mais pertinente no seu Metagame local.

Sideboard

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Com Divide By Zero, temos acesso às Lessons, e as melhores opções disponíveis para o arquétipo são Environmental Sciences para garantir os land drops, Mascot Exhibition como uma wincondition extra e Teachings of the Archaics para partidas de atrito.

Sweltering Suns foi movido para o Maindeck, ou substituído por Anger of the Gods, e Invasive Surgery é uma resposta específica demais.

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Hullbreaker Horror é um recurso útil contra Control se a partida se estender demais, tornando-se um trunfo se jogado com algum backup, Negate e Disdainful Stroke são counterspells condicionais, mas que resolvem mágicas problemáticas no late-game, e Aether Gust é um meio padrão de atrasar muitas estratégias do Metagame competitivo.

Narset, Parter of Veils é excelente nas variantes com Day's Undoing e Collective Defiance, mas na versão que adotamos, ela faz muito pouco até no Sideboard e, portanto, foi removida da lista. Já Abrade e Mystical Dispute tinham uma representação excessiva na lista original.

Com essas mudanças, sua lista ficará assim:

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Indo mais a fundo, você pode por outras variantes conforme o seu interesse, mas o foco principal deve ser voltado para os upgrades na base de mana.

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Conclusão

Isso é tudo por hoje.

Caso você queira ver as versões das listas mais competitivas e as variantes de cards mais usados, a nossa página de Metagamelink outside website está sempre atualizada com os Challenges e Ligas.

Você pode encontrar as listas de Izzet Phoenix aquilink outside website e as de Izzet Drake aquilink outside website.

Em caso de dúvidas, fique à vontade para deixá-las nos comentários. Obrigado pela leitura!