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Review de Kamigawa: Neon Dynasty para o Pauper

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No artigo de hoje, apresento a minha análise da nova edição, Kamigawa: Neon Dynasty, para o Pauper!

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revisado por Tabata Marques

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Com o fim da temporada de spoilers, chegou o momento de avaliarmos o potencial da nova edição, Kamigawa: Neon Dynasty, através da perspectiva dos mais diversos formatos competitivos e casuais, e hoje estarei apresentando-lhes a minha análise do novo set para o Pauper.

Kamigawa: Neon Dynasty e o Pauper

Particularmente, percebi um padrão muito interessante na nova edição: a maneira como, diferente do habitual para sets de Standard, o power level foi diluído entre todas as raridades, ao invés de concentrarem-se apenas nas raras e míticas, e isso traz uma perspectiva muito promissora para Neon Dynasty e os próximos lançamentos, pois amplia o potencial delas para formatos conectados à raridade para definir sua legalidade, como é o caso do Pauper.

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Essa decisão de tornar comuns e incomuns mais relevantes e diluir o power level de maneira a abrir espaço para que cards mais impactantes em diversos formatos possam ser lançados nesses slots parece ser uma iniciativa que eu espero que se repita nos próximos lançamentos, tanto por ampliar a possibilidade de inclusões cada vez mais relevantes surgirem no Pauper, como também por ser um meio saudável de gerenciar o jogo em outros formatos competitivos, principalmente o Standard no Magic Arena, onde a incansável busca por wildcards raros e míticos para completar decks o torna muito menos atrativo (e nem todo mundo tem a paciência ou tempo de tentar premiar em 30 drafts).

Temos mais cards neste review para o Pauper do que o habitual para uma edição focada no Standard, e ele é possivelmente ainda maior do que o meu review de Modern Horizons II, se desconsiderarmos as Duais Artefato, o que me traz uma perspectiva animadora para os lançamentos de 2022 ou, pelo menos, uma fagulha de esperança.

No entanto, preciso esclarecer que muitos dos cards que serão mencionados aqui não se tratam especificamente de adições que alterarão todo o rumo do formato. Apesar de termos uma quantia de menções neste review comparável à de Modern Horizons II, o impacto de muitas dessas novas adições não chegarão perto do que o set premium do ano passado causou. Isso não significa que eles sejam ruins, mas sim que o Metagame do Pauper, como qualquer outro formato competitivo, é bem estabelecido e poucas cartas deste set parecem ter o potencial de alterar significativamente o Metagame, especialmente quando algumas das mais importantes entram justamente em arquétipos que já estão entre os top decks atualmente.

Mas Kamigawa: Neon Dynasty traz muito espaço para experimentação, efeitos que nunca existiram anteriormente no formato e muitos cards altamente flexíveis ou num power level comparável ao que costumamos ver num produto premium. E isso, por conta própria, já é motivo o suficiente para celebrarmos.

Branco

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Começamos o review com um card flexível que permite aumentar o poder de uma de suas criaturas, ou protegê-la devolvendo-a para sua mão. Não creio que Light the Way tenha potencial o suficiente para adentrar os decks de Heroic, mas ele merece uma menção honrosa por ser útil em ambas as estratégias que o arquétipo necessita para ser eficiente.

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Vi algumas pessoas entrando no hype com este card nas redes sociais e, apesar da sua ilustração maravilhosa, Lucky Offering parece uma versão piorada de Fragmentize, e o fato de não lidar com encantamentos significa que ele também não é bom o suficiente para merecer um slot contra Burn, já que não lida com Curse of the Pierced Heart.

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He’s a good boy.

O branco finalmente recebe mais um efeito de draw decente e não-condicional com Spirited Companion.

O fato dele ser um encantamento pode criar algumas implicações relevantes na sua inclusão em decks como Heroic (já que ele aumenta o buff de Ethereal Armor e melhora Karametra’s Blessing automaticamente), mas Spirited Companion me parece muito melhor como uma carta de suporte para um Midrange. Se o Boros Monarch e outros arquétipos que apostam em interações com Kor Skyfisher ainda fossem bons o suficiente para manter o card advantage no Pauper, eu diria que a nova criatura é uma opção viável para estes decks.

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Outro lugar onde o Elvish Visionary branco pode receber alguma atenção são nas variantes não-azuis dos decks com Ephemerate, como o Mardu Wildfire, para compensar a ausência de Augur of Bolas ou similares.

Azul

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Temos visto a ascensão de alguns Blue-Based Affinity no formato, em especial as variantes de Dimir Affinity que procuram pilotar o arquétipo como se ele fosse um Dimir Delver menos frágil.

Apesar destas listas já utilizarem Counterspell, posso ver uma possibilidade onde Disruption Protocol adentra a lista como as cópias 5-6, além de também conseguir imaginar cenários onde Disruption Protocol é incluso em outros arquétipos Blue-Based que recorram a artefatos em suas listas.

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Efeitos de Stifle saindo como cartas comuns definitivamente não estava dentre as coisas que eu esperava em Neon Dynasty para o Pauper. No entanto, Mirrorshell Crab chega ao formato como uma habilidade exclusiva para o formato e por um custo razoável.

No Pauper, existem diversas habilidades que se tornam extremamente relevante pela ausência de maneiras de lidar com elas. Alguns exemplos incluem: Monarch, Spellstutter Sprite, Storm, ETB de cards como Mnemonic Wall, Cascade, ETB de Gray Merchant of Asphodel, dentre outros milhares de opções que agora podem ter uma resposta efetiva.

Existem muitos decks que podem fazer bom uso da nova criatura em seu sideboard conforme o formato necessitar, mas creio que os maiores ganhadores da sua chegada ao formato sejam o Cascade Walls, por Mirrorshell Crab poder ser encontrado com Lead the Stampede, além de não ter grandes problemas em ter sete manas disponíveis para conjurá-lo, e também arquétipos que possam tirar proveito de sua habilidade de Channel para reanimá-lo com cards como Late to Dinner ou Exhume, já que um 5/7 com Ward 3 por quatro manas é uma ameaça por conta própria.

O Tron também pode se beneficiar da nova criatura, caso jogadores encontrem maneiras eficientes de fazê-lo funcionar após o banimento de Bonder’s Ornament e Prophetic Prism, já que ele comumente será um counterspell acoplado a uma ameaça de late-game.

Não creio que Mirrorshell Crab se tornará um instant-staple no maindeck e sideboard de diversos decks, mas ele definitivamente traz algo inteiramente novo para o formato e pode alavancar arquétipos que façam bom uso de sua habilidade e corpo. Portanto, o considero o melhor card de Kamigawa: Neon Dynasty para o Pauper.

Gostaria de enfatizar também como Mirrorshell Crab abre espaço para mais um bastião de interações com e contra Monarch, apesar de que na maioria das vezes valerá mais a pena apenas anular a criatura com a habilidade, mas sua inclusão também abre espaço para situações específicas, como anular o trigger do Monarch ao tomar dano de combate de uma criatura, por exemplo.

E também não podemos esquecer: Mirrorshell Crab também lida com triggers de Storm (e não pode ser removido por um Duress), e eu espero ver mais deste tipo de efeito surgindo no Pauper no futuro.

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A comparação direta de Moonsnare Prototype é, obviamente, com Springleaf Drum, e enquanto o artefato de Lorwyn é muito mais útil em consertar a mana dos arquétipos que o utilizam, o novo artefato de Neon Dynasty é mais flexível em decks que estejam mais interessados em apenas acelerar a mana e ter um topdeck melhor.

Aqui, podemos voltar novamente às variantes Blue-Based de Affinity, que possuem uma manabase mais sólida e consistente a ponto de talvez ter espaço para incluir Moonsnare Prototype para acelerar o cast de mágicas mais pesadas como Gearseeker Serpent, enquanto a sua natureza de Tempo Deck pode beneficiar-se da habilidade de Channel para lidar provisoriamente com alguma permanente problemática ou atrapalhar a matemática de ataque e bloqueio do oponente.

No entanto, cinco manas é bastante coisa para um efeito que nem sempre será muito relevante num formato onde tantos decks procuram abusar de efeitos de ETB e eu não tenho tanta certeza que tal flexibilidade justifique a sua inclusão, já que o artefato requer mana colorida e produz mana incolor.

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Courier’s Capsule, até onde sei, nunca viu muito jogo no Pauper, e Mnemonic Sphere é uma versão melhorada deste artefato. No entanto, a possibilidade de poder descartá-lo para comprar um card por apenas uma mana a torna uma opção razoável para algumas estratégias específicas.

Um ponto muito importante sobre Mnemonic Sphere é que ele, assim como outros cards da edição, é um ótimo enabler para Delirium por não requerer muitos custos adicionais para ser levado ao cemitério, tornando-o uma opção sólida para ter o tipo ‘artefato’.

Mas o Pauper, até o momento, não possui elementos bons o suficiente (exceto por Unholy Heat, um ótimo removal que lida com praticamente todas as criaturas presentes no formato atualmente) para justificar uma temática de Delirium, a menos que seja através de um efeito colateral do que um deck já tende a fazer por outras razões, como ocorre no caso do Modern, onde cards como Mishra’s Bauble já são naturalmente utilizadas pelas suas infinitas interações com fetchlands, Lurrus, Fatal Push, dentre outros.

Infelizmente, exceto pela remoção mencionada acima, nenhum card comum com a mecânica de Delirium é realmente bom. Quem sabe um lançamento futuro não possa mudar isso? Com tantas coisas podendo ser descartadas através de Channel e tantos subtipos nas permanentes de Neon Dinasty, consigo imaginar um retorno de Delirium em Streets of New Capenna ou em The Brothers War.

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Ter um efeito de looting parcelado e um corpo 2/3 Flying no longo prazo pode ser relevante em algum momento, mas The Modern Age está sendo mencionado como possivelmente a única Saga lançada com potencial o suficiente para o Pauper, apesar de não eu não ter certeza de onde esse encantamento poderia se encaixar.

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Moon-Circuit Hacker é provavelmente o card mais comentado da nova edição para o Pauper por ser a metade de um Ninja of the Deep Hours pela metade do custo, mas com prós e contras significativos numa comparação direta.

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Minha percepção sobre o novo ninja azul é provavelmente um pouco impopular porque não o vejo como uma inclusão automática de 4-ofs nos Blue-Based Decks como os conhecemos hoje, basicamente porque ele não oferece card advantage como o seu predecessor, mas sim card filtering, ou seja, ele lhe permite uma filtragem dos seus recursos ao substituir cards ruins por cards melhores, como uma land no Late-Game por um removal.

No entanto, as variantes Dimir e Izzet do Faeries são, na sua atual composição, decks midrange com algumas jogadas de Tempo que lhe permite começar à frente na partida, e card advantage torna-se mais importante porque o jogo tende a se estender e onde a quantidade de recursos que você acumula torna-se bastante relevante, ao ponto de que o vimos adotar elementos como Monarch para estabelecer esta vantagem ao decorrer da partida (e melhorar a matchup contra seus predadores naturais), enquanto a manipulação de mão e topo é feita por cantrips e Faerie Seer e, nessa atual composição, não consigo imaginar esta criatura ganhando tanto espaço nas versões de duas cores.

Moon-Circuit Hacker é um card de Tempo, e sua vantagem com relação a Ninja of the Deep Hours se dá pela velocidade e recursos necessários para utilizá-lo. Por exemplo, uma jogada de Faerie Seer no turno 1, com Moon-Circuit Hacker no turno 2 é muito mais poderoso quando você possui um Force Spike ou Spell Pierce para protegê-lo de removals ou punir a sua jogada de turno 2, enquanto estabelece um card advantage inicial e ainda consegue filtrar o topo e causar alguns pontos de dano extra no turno seguinte.

Ou seja, a melhor shell para o card mais polêmico de Neon Dynasty é o Mono Blue Faeries, que carrega a essência de um Tempo Deck em sua forma mais pura, abdicando do uso de Azure Fleet Admiral, por exemplo, em troca de eficiência de mana, e onde Faerie Miscreant são comumente utilizada como one-drop adicional, e onde Moon-Circuit Hacker pode substituir uma das piores criaturas que o arquétipo ainda utiliza: Delver of Secrets (e eu nunca imaginei que chegaria o dia onde eu diria que o Delver é ruim no Pauper).

Eu não estou dizendo que ele nunca verá jogo nas variantes Dimir e Izzet: o novo ninja tem significativas vantagens se comparado a Ninja of the Deep Hours, como ser mais fácil de estabelecer uma pressão inicial, e um Split de 3-1 ou até utilizá-lo como as cópias 5-6 de Ninjas são opções viáveis, a depender do Metagame, mas as listas mais orientadas para o atrito e card advantage provavelmente estabelecem melhor o seu jogo através de Deep Hours + Monarch.

Também vale ressaltar que Moon-Circuit Hacker é muito mais fácil de conjurar através do cast do que Ninja of the Deep Hours, um ponto que deve ser considerado quando falamos de manter uma criatura em jogo com backup de Counterspell. Mas se você já chegou nesse ponto na partida em que você precisa conjurar um Ninja, é provável que você já tenha mana o suficiente para fazer o mesmo com Ninja of the Deep Hours.

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Em resumo: grande staple para o Mono-Blue Faeries, mas não tão boa para outras variantes.

Preto

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Num formato onde Lands Artefato e criaturas X/1 são recorrentes, Clawing Torment me parece uma ótima adição como removal contra algumas criaturas, ou apenas como uma versão de uma mana de Curse of the Pierced Heart para arquétipos mais agressivos, como o Black Burn.

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Pharika’s Libation viu e ainda vê algum jogo ocasional no Pauper em listas de Mono-Black Devotion e similares, e Debt to the Kami é um bom upgrade por conta das situações onde exilar criaturas é relevante, mas não existem tantas ocasiões ao ponto dessa nova remoção se tornar uma staple.

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Eu tenho realmente gostado desta ideia recente de “Mind Rot com efeito adicional”, e Go Blank é um dos melhores descartes incomuns já lançados nos últimos anos.

Kaito’s Pursuit não é tão bom quanto, mas consigo imaginar situações onde fazer o oponente descartar dois cards e dar Menace para um ou dois Ninja of the Deep Hours faça uma enorme diferença numa partida.

É bem provável que essa mágica não seja boa o suficiente, mas vale uma menção honrosa.

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Por uma mana, Okiba Reckoner Raid oferece 2 de dano e um Rogue 2/2 com Menace pode ter alguma utilidade em arquétipos como o Black Burn, já que estabelece um bom clock de longo prazo.

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Reckoner’s Bargain não é Deadly Dispute” é uma afirmação óbvia, suponho.

Essa instant é muito boa e provavelmente verá jogo? Sim, mas não ao nível da Instant de Adventures in the Forgotten Realms que se tornou uma gigantesca staple do Pauper porque a mana extra (e o token que a gera ser um artefato) são muito mais importantes do que vida extra em uma significativa maioria das ocasiões.

Recentemente, temos visto listas de Affinity optando por utilizar Costly Plunder como cópias extras de Deadly Dispute, e é óbvio que Reckoner’s Bargain entrará nesses slots e será extremamente benéfico porque uma das suas poucas matchups ruins, especialmente para versões sem azul do arquétipo, é justamente decks que conseguem ignorá-lo ou jogar por baixo, como o Burn, e comprar dois cards e ganhar 7 de vida ao sacrificar um Myr Enforcer ou Gearseeker Serpent pode ser absolutamente devastador, cobrindo outra fraqueza que ele ainda possuía.

Fora do Affinity, esta mágica também é muito útil para os Black-Based Midranges que podem beneficiar-se da vida extra gerada por ele (ganhar 7 de vida ao sacrificar um Gurmag Angler também é devastador se sua estratégia é causar grande quantidade de dano em poucos turnos), acoplado a comprar dois cards.

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Twisted Embrace é um removal em um encantamento que aumenta o poder de uma de suas criaturas e aumenta os seus pontos de devoção. Apesar de já termos Oubliette como uma opção melhor na maioria das ocasiões, o design deste card é específico demais e faz com que ele mereça uma menção honrosa.

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Ravenous Rats na forma de uma criatura artefato abre espaço para diferentes interações. Pode não ser o suficiente para um cenário altamente competitivo (Ravenous Rats e Liliana’s Specter não costumam ver muito jogo), mas é definitivamente uma inclusão muito interessante para o Pauper.

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“Nani?!”

- Alguém que já está morto

You Are Already Dead provavelmente não é bom o suficiente para o Pauper atualmente, apesar da óbvia interação com Cuombajj Witches.

Vermelho

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Houve uma época em que existia um combo que envolvia encantar uma Bounce Land, como Dimir Aqueduct, com Wind Zendikon e Freed from the Real para fazer mana infinita, e eu tentei diversas variações dessa lista por alguns meses para ver até onde era possível ir.

Um dos problemas das variantes Izzet era que, apesar dessa combinação de cores ter as melhores opções para o combo, os encantamentos que podiam transformar Izzet Boilerworks em uma criatura tinham um custo muito alto, e Crackling Emergence conserta este defeito.

Porém, os tempos mudaram, e num formato onde muitos procuram combinar Cleansing Wildfire com lands indestrutíveis, um combo baseado em encantar uma Bounce Land não parece mais uma opção viável.

Fora dessa possibilidade, eu realmente gosto de Crackling Emergence como um pseudo-Boggart Ram-Gang que não torna da sua manabase mais suscetível a remoções, e acredito que pode existir um slot para este encantamento em algum deck vermelho agressivo.

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Vejo este como um dos cards mais poderosos da nova Kamigawa, e provavelmente um que aumentará significativamente o power level das variantes Rakdos e Grixis do Affinity, mas que também pode marcar presença em outros arquétipos vermelhos que se importem com artefatos.

Diferente de Ichor Wellspring, Experimental Synthesizer não é o card que você gostaria de jogar, sacrificar ou dar bounce “na curva”, mas uma engine para turnos posteriores onde você possui mana sobrando, podendo oferecer dois cards extras naquele turno, enquanto também cria um corpo para atacar/bloquear, ou um artefato para gerar valor com sac outlets como Makeshift Munitions e Deadly Dispute.

O novo artefato vermelho também é uma adição interessante para um arquétipo que não surge no Pauper faz algum tempo, mas que pode provar-se eficiente se reformularmos sua base conforme as atuais necessidades do Metagame: os decks de Kuldotha Rebirth, que podem tirar proveito de Experimental Synthesizer enquanto criam três tokens de Goblin, além de o token criado pelo artefato se sacrificá-lo com sua própria habilidade pode melhorar a posição na mesa e aumentar o clock, especialmente em conjunto com outros cards que comumente costumavam ver jogo ao lado dessas interações.

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Não creio que Kami of Industry possa ver muito jogo, pois o seu custo é relativamente alto para sua habilidade e corpo, mas ele traz mais um novo efeito para o formato na forma de devolver artefatos para o campo de batalha provisoriamente.

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A interação óbvia é como Ichor Wellspring pode ser muito bem reaproveitado com ele ao torná-lo um Mulldrifter vermelho, e a possibilidade de utilizá-lo como um efeito recorrente com Ephemerate e afins pode gerar bastante valor na lista certa, além de poder também devolver artefatos cujas habilidades podem ser ativadas, como Wedding Invitation ou Blood Fountain e Experimental Synthesizer.

Talvez ele mereça um slot nos recentes decks de Rakdos/Mardu Metalcraft.

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Menção honrosa, pois faz alguns bons anos desde a última vez que o Pauper recebeu uma instant que causasse dano relevante tanto na criatura quanto no seu controlador por um custo baixo.

Verde

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Uma criatura 3/3 por duas manas faz um ótimo trabalho em bloquear criaturas do Faeries e, apesar de considerar que Bamboo Grove Archer não possui qualidades o suficiente para merecer espaço no maindeck ou sideboard atualmente, suponho que ele mereça uma menção honrosa como possível adição ao Walls.

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NOTA: Eu negligenciei o fato de que Careful Cultivation comba para mana infinita com Pili-Pala.

Como se trata de um combo de duas cartas, é possível que exista algum potencial nele, mas dado que você precisa de um turno inteiro com Pili-Pala em jogo e uma terceira peça do que fazer com a mana infinita, além de nenhuma das duas peças ser naturalmente boa por conta própria, não consigo imaginar uma situação onde este combo se torne um Tier 1.

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Um card selection para lands ou encantamentos por uma mana pode ter alguma utilidade nas já não presentes listas de Enchantress Control, que surgiram por volta de 2017/2018, além de também ser uma possibilidade para o Auras, apesar que suponho que Kruphix’s Insight seja uma opção muito melhor se a ideia for repor seus recursos.

A história seria muito diferente se Commune With Spirits pudesse selecionar criaturas também.

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Greater Tanuki é um ramp que não pode ser anulado e uma ameaça de Big Mana num único card, e pode ser muito útil para arquétipos como Jund Cascade por cumprir duas funções necessárias para a lista com um único slot.

A dúvida é o que poderia sair para encaixá-lo na lista. Talvez o draw adicional de Llanowar Visionary não seja tão relevante quanto dobrar funções entre ameaça e wincondition?

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Poder recorrer uma criatura e um encantamento de seu cemitério em Instant-Speed pode ser muito útil para o Bogles, dado o quanto ele sofre com a falta de meios de filtrar os seus draws e possui uma severa dificuldade em encontrar a combinação certa entre criaturas e Auras após lidarem com as suas primeiras ameaças.

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Eu não creio que Tamiyo’s Safekeeping seja bom o suficiente para substituir outros efeitos de proteção como Vines of Vastwood no Pauper, mas estou dando uma menção honrosa por se tratar de uma mágica naturalmente muito poderosa, que faz muita coisa para uma comum.

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Artefatos

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Iron Apprentice é a mais nova encarnação de criaturas que possuem “modular para qualquer outra criatura”, visto primeiro em Star Pupil em Strixhaven.

Como estamos falando de uma criatura incolor e um artefato, a sua chegada ao formato abre algumas possibilidades para decks que se importam com Marcadores +1/+1, ou com efeitos de sacrifício, como o Aristocrats ou o Project X, já que você pode transferir estes marcadores para outra criatura ao sacrificá-lo.

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Com o banimento de Bonder’s Ornament, muitos jogadores procuram encontrar um substituto viável e, no que concerne ao Tron, é possível que Network Terminal faça um bom trabalho, já que oferece um card filtering pelo custo de dois artefatos e duas manas.

Será este o elemento que falta para que o Tron possa retornar como um grande competidor para o formato? Provavelmente não, mas é outro passo adiante de criar bons efeitos de manafixing e ramp com valor agregado.

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Três manas e uma criatura para dar três de dano com uma fonte incolor não parece grande coisa, mas posso ver algumas listas optando por utilizar uma cópia de Ninja’s Kunai como um possível removal que pode ser tutorado com Trinket Mage e recorrido com Leonin Squire ou Archaeomender.

Conclusão

Chegamos ao fim do meu review de Kamigawa: Neon Dynasty para o Pauper.

Numa visão geral, suponho que o grande vencedor desse set foi o Affinity, com a inclusão de diversos artefatos poderosos e efeitos que interagem com artefatos, além da inclusão de Reckoner’s Bargain para melhorar sua matchup contra Aggro.

Outros vencedores incluem o Mono-Blue Faeries, com Moon-Circuit Hacker como um card que substituirá o já obsoleto Delver of Secrets, tornando da lista ainda mais sinérgica entre as interações de Ninjutsu com os one-drops que oferecem draws ou manipulação de topo.

Outro possível vencedor foi o Walls Combo com a inclusão de Mirrorshell Crab como um Mana Leak que pode ser utilizado junto de Lead the Stampede, e não me surpreenderia se outros decks majoritariamente focados em criaturas, como o Elves, utilizassem o “Stifle do Pauper” em seu sideboard.

Concluo este artigo mencionando que Neon Dinasty não necessariamente traz elementos que alterarão drasticamente o Metagame, mas sim novas inclusões que fortalecem arquétipos bem estabelecidos, e suponho que ainda estaremos vivendo num formato onde Faeries e Affinity são os melhores decks.

Dito isso, estou empolgado para ver como o Pauper se desenvolverá nas próximas semanas, e deixo o meu habitual lembrete de que devemos esperar algumas semanas ou até um mês antes de apertar o botão de pânico referente aos cards de uma nova edição, a menos que eles evidentemente criem um arquétipo opressivo e quebrado por conta própria, como foi o caso de Chatterstorm.

Obrigado pela leitura!