Magic: the Gathering

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Spoiler Destaque: Darkstar Augur no Standard e no Pioneer

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Darkstar Augur é o mais próximo de Dark Confidant que já apareceu no Standard e no Pioneer nos últimos anos, mas será que a nova criatura, custando uma mana a mais, tem potencial para impactar esses formatos e se tornar uma staple?

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revisado por Tabata Marques

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Nós nem sequer tivemos tempo de digerir os cards de Universes Beyond: Assassin’s Creed e já estamos no meio da temporada de prévias de Bloomburrowlink outside website, a próxima expansão de Magic que traz consigo a nova rotação do Standard, onde Innistrad: Midnight Hunt, Innistrad: Crimson Vow, Kamigawa: Neon Dynasty e Streets of New Capenna deixarão o formato.

Com um tema voltado para um mundo onde pequenos animais enfrentam grandes caçadores, o set traz alguns tipos de criatura bem incomuns e lhes oferece sinergias conjuntas, como Ratos, Morcegos, Lagartos, Coelhos e Esquilos. Mas além dessas sinergias, o set também traz algumas dessas criaturas com um nível de poder muito interessante, como o recém-revelado Darkstar Augur, talvez a criatura mais próxima de Dark Confidant que tenhamos visto em muitos anos no Standard e no Pioneer.

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Darkstar Augur - Uma Análise

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Darkstar Augur é mais um no longo ciclo de cards que toda expansão de Magic possui tem mais de uma década: um three-drop preto que oferece algum valor constante na mesa. Estes podem vir na forma de Planeswalkers como Liliana of the Veil, ou como encantamentos no estilo de Phyrexian Arena, ou até como criaturas como o recente Preacher of the Schism.

A nova criatura ganhou notoriedade pela sua semelhança com um card que já foi uma staple de múltiplos formatos durante anos, Dark Confidant, com a exata mesma habilidade, mas custando uma mana a mais - algo já tentado com Dark Tutelage, que não fez qualquer diferença no Magic competitivo - só que compensando esse investimento extra com um corpo melhorado e evasão, sendo um 2/3 com Flying,

Além disso, Darkstar Augur também possui a habilidade de Offspring, isso é, pagando Magic Symbol B a mais, você cria uma ficha 1/1 que é uma cópia dele, o que significa o dobro de valor com um único slot, e apesar de mágicas que oferecem recursos em troca de vida terem seus riscos, o novo “Confidant” é um daqueles cards que vale muito a pena construir em volta para extrair o máximo dele.

Darkstar Augur no Standard

O Standard está passando por uma rotação com Bloomburrow, e portanto, é um pouco difícil prever exatamente onde Darkstar Augur pode entrar quando tantas staples do formato estão saindo, mas acredito que seu impacto na mesa é tão eficiente quanto o de Raffine, Scheming Seer como um three-drop voador que oferece quantias absurdas de valor e recursos se ficar na mesa e que, tal qual seu antecessor, motiva a construção de um Midrange de custo baixo com criaturas ou um deck Aggro.

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Não há falta de criaturas com valores de mana um ou dois para usarmos ao lado de Darkstar Augur, além de remoções baratas permanecerem no formato mesmo após a rotação, ajudando a estabelecer uma estratégia abrangente para ela, mas também existem concessões: exceto por Sheoldred, the Apocalypse e possíveis staples futuras, será complicado usar certas staples da temporada atual e cards com valores de mana muito altos. Virtue of Persistence, por exemplo, se torna perigoso demais, tal qual encher a lista com muitos three-drops que permanecem no Metagame, como Glissa Sunslayer ou Tranquil Frillback.

Acredito que a nova criatura se destacará melhor em listas de Orzhov ou Esper do que em Golgari, que perdem Wedding Announcement e The Wandering Emperor enquanto podem se beneficiar de uma proposta mais agressiva e/ou proativa com cards novos, como Brightblade Stoat (que será excelente nas semanas em que decks Aggro estão em alta).

Darkstar Augur no Pioneer

Seria Dark Confidant forte demais no Pioneer? Provavelmente, mas as diferenças entre Darkstar Augur com o card de Ravnica ficam bem mais evidentes no Pioneer, especialmente porque o slot de three-drop de valor do formato nos Midranges já costuma ser ocupado por outra staple de múltiplos formatos:

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Fable of the Mirror-Breaker é melhor do que Darkstar Augur na maioria das ocasiões - e no formato atual, onde o melhor Midrange é o Rakdos Vampires, a nova criatura também acaba perdendo a disputa contra Preacher of the Schism por conta das interações que este possui com o tipo de criatura escolhido, tornando-o mais seguro de jogar em partidas de Control com Cavern of Souls e mais eficiente em segurar a pressão do oponente nos jogos onde Vein Ripper não domina a partida cedo.

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Onde a nova criatura pode brilhar, no entanto, são nos arquétipos que não possuem os benefícios de usar Preacher of the Schism ou não tem acesso ao vermelho para Fable of the Mirror-Breaker. Listas como Mono Black Midrange podem aproveitar a criatura mesmo que usem uma ou duas cópias de Invoke Despair, dado que a mágica recupera comumente a maioria da vida que seria perdida caso revelada (e, vale lembrar, Dark Confidant já protagonizou decks com Tombstalker no Legacy, então não é como se jogadores não assumissem alguns riscos com cards assim).

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O Waste Not poderia se interessar no card também. Afinal, ele possui uma curva relativamente baixa em suas mágicas e não é difícil manter Darkstar Augur em jogo quando você exaure os recursos do seu oponente - e aqui, ele estaria competindo com Hostile Investigator, cujas interações com a temática do deck são importantes, mas talvez não o suficiente para evitar uma substituição direta.

A possibilidade do surgimento de estratégias com curvas mais baixas no Pioneer por conta da criatura nova parece pouco provável: os Midranges já fazem coisas bem absurdas e Darkstar Augur é meio lento para estabelecer arquétipos quando seu oponente está colocando um Vein Ripper em jogo no terceiro turno com Sorin, Imperious Bloodlord.

Conclusão

Darkstar Augur certamente tem suas semelhanças com Dark Confidant e isso deve lhe render alguns testes e espaço nas listas de Standard e Pioneer nas primeiras semanas de Bloomburrow.

Enquanto tenho certeza que ele pode encontrar um lar no formato rotativo, a presença de Fable of the Mirror-Breaker e a natureza desbalanceada dos turnos do Pioneer o colocam numa posição desfavorecida no formato eterno, onde ele talvez seja “justo demais”.

Obrigado pela leitura!