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Standard - Gruul Prowess Leyline: Deck Tech e Guia de Sideboard

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Neste artigo falaremos sobre como jogar com o Grull Prowees, o sideboard para as principais matchs, seu desempenho no Mundial e as conclusões finais sobre o deck!

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Introdução

Finalizado o campeonato mundial com Javier Dominguez como bicampeão do mundo, temos muitos dados para serem analisados referentes ao Standard. Dentre eles, o desempenho de um dos decks mais jogados do formato, o Gruul Prowess, que conseguiu apenas um representante entre os oito melhores do torneio.

Porém, o mais divertido é que três jogadores optaram por ir com uma versão baseada no encantamento Leyline of Resonance.

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Hoje, trataremos desta versão com Leyline, avaliando sua performance na competição e falando sobre seu funcionamento, confrontos e sideboard contra os principais baralhos do formato!

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Decklist

Antes de começarmos, vamos ver as listas dos jogadores que tiveram o melhor desempenho.

Jean-Emannuel Depraz

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Depraz opta por uma lista com opção de valor com Questing Druid, tendo um plano de jogo menos dependente do início explosivo.

Overprotect é a surpresa da lista, sendo uma proteção de caráter agressivo, pode ajudar a fechar jogos ou garantir que suas criaturas continuem na mesa.

A lista do antigo campeão mundial tem um plano B, usando uma curva mais alta e cartas de valor. Busca ser agressivo e fechar os jogos rápido, mas se encontra dependente da Leyline para uma sequência impactante nos primeiros turnos.

Brian Boss

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Brian, por sua vez, utiliza uma linha mais direta. Monastery Swiftspear é mais uma carta para o turno 1, demonstrando a clara intenção de impor o ritmo do jogo.

Snakeskin Veil se torna uma peça chave para conservar suas criaturas, precisando de pouca mana para evitar remoções como Anoint with Affliction.

Outra clara demonstração da agressividade aqui é a presença do Giant Growth, que tem o poder de quebrar contas dos oponentes, aumentando a pressão imposta.

Witch's Mark é uma boa opção para cavar o baralho, ativando o Prowess, Valiant e Slickshot Show-Off. Funciona também para evitar o excesso de terrenos buscando ação.

Desempenhos

Analisando exclusivamente os desempenhos na fase Standard do torneio, temos Brian Boss ficando em quarto lugar com 19 pontos e aproveitamento de 79,17% dos pontos disputados, seguido de Depraz com 18 pontos e aproveitamento de 75%.

O percentual de vitórias do baralho foi de 70%, tendo 75% de vitórias contra seu primo Gruul Prowess Inkeeper e 66,6% contra o Golgari Midrange - tais resultados são oriundos de 4 e 3 confrontos respectivamente.

Embora com baixa representatividade e um alto índice de jogadores buscando alternativas para lidar com o baralho, ainda assim colocar 2 dos 3 jogadores entre as 8 melhores performances é um feito significativo.

Melhores desempenhos apenas na fase Standard com pelo menos 5 jogos
Melhores desempenhos apenas na fase Standard com pelo menos 5 jogos

Qual a razão para não termos mais jogadores utilizando esta estratégia?

Grandes riscos para enormes recompensas

Aproximadamente 40% - essa é a probabilidade de se ter uma mão inicial com pelo menos uma cópia de Leyline of Resonance.

E mesmo sem uma mão inicial com o encantamento, ainda conseguimos desenvolver um jogo de pressão com o pacote Heartfire Hero, Emberheart Challenger e Slickshot Show-Off com Monstrous Rage e Turn Inside Out conectando dano.

Mas quando temos a Leyline na mesa, tudo pode explodir de uma hora para outra.

Um dos grandes problemas do baralho é manter o gás, e é nesse ponto que o encantamento brilha. Uma mão com 2 truques de combate se torna uma mão com 4 - Ou seja, abrimos mão de ter 1 carta na mão inicial, mas todos os nossos truques de combates se tornam 2.

E é nesse ponto que o baralho consegue fazer a diferença: iniciando o jogo com uma permanente na mesa, duplicando suas mágicas e potencializando o dano.

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Mas nem tudo são flores. A necessidade de jogar de forma proativa abre janelas para que o oponente consiga remover nossas criaturas sem conseguirmos tirar proveito das mágicas. O poder vem com um custo.

Jogando com o deck

A chave do baralho é o mulligan: buscar uma mão agressiva, de preferência com a Leyline.

É sempre importante ter pelo menos 2 criaturas, e Might of the Meek, embora não seja uma carta muito agressiva, é excelente para se recuperar de um mulligan, podendo ajudar a desenvolver o jogo com um Emberheart Challenger.

Outra estratégia é utilizar o Slickshot Show-Off com plot para utilizar em um momento onde tenhamos proteção suficiente para conectarmos dano.

Glissa Sunslayer é um dos maiores problemas para o baralho, além de dependermos de ter o Slickshot, para conectar dano, ela pode destruir a Leyline, atrasando consideravelmente o nosso jogo.

Importante tomar cuidado e manter bloqueadores que consigam passar dano, se possível utilizando Turn Inside Out para manter a mesa e potencializar o Heartfire Hero e Cacophony Scamp.

Sideboard

Aqui iremos abordar as partidas mais relevantes e considerar a lista do Brian Boss como padrão, mas a teoria segue para qualquer variação que tenhamos.

Outra questão é que iremos abordar os confrontos por arquétipos e não por baralho, visando fornecer mais informação.

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Midranges

O confronto mais comum no momento, os midranges são baseados, em sua maioria, na combinação de preto e outra cor, sendo as mais comuns Golgari (com verde) ou Dimir (com azul) - esta última possui uma variação em utilizar mais demônios, mas o confronto irá funcionar da mesma forma.

Vamos buscar resiliência contra as remoções pontuais. Questing Druid será fundamental na partida gerando card advantage e Urabrask's Forge nos fornece board todo turno, podendo gerar valor no sacrifício com o Turn Inside Out.

Monastery Swiftspear não é das peças mais efetivas do confronto, sendo um alvo fácil para o Cut Down.

Giant Growth se torna mais difícil de tirar proveito, já que as remoções do oponente são maiores.

Witch's Mark se torna menos eficiente que o druida, então fazemos a troca.

Nas matchs contra Demons é interessante subirmos o Pawpatch Formation para lidar com o Unholy Annex // Ritual Chamber ou com as criaturas grandes que precisarmos retirar.

Contra o Golgari Midrange, vamos precisar contar com o Slickshot Show-Off para fugirmos da Glissa Sunslayer.

Side In

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Demons

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Side Out

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Demons

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Aggros

Na corrida por dano, as remoções se tornam fundamentais, vamos querer os Torch the Tower e Obliterating Bolt, principalmente por exilaram as criaturas, evitando o dano do Heartfire Hero e do Cacophony Scamp.

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Nosso intuito vai ser potencializar o nosso jogo e fechar antes do nosso oponente, vamos priorizar a Monastery Swiftspear, Emberheart Challenger e Slickshot Show-Off de forma a aproveitarmos as remoções para fortalecer nossas criaturas.

Nos confrontos contra os decks de Convoke, podemos substituir o Torch the Tower por Lithomantic Barrage.

Side In

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Side Out

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Burn

Domain Overlord Ramp

Domain é o principal ramp do formato, neste confronto vamos precisar de resiliência para lidar com as remoções pontuais do oponente.

Snakeskin Veil é uma peça chave para evitar que soframos um 2 para 1 com as remoções do oponente.

Questing Druid é uma forma de fornecer um gás para conseguirmos manter a pressão.

Devemos priorizar o Plot do Slickshot Show-Off, para podermos aproveitar ao máximo a nossa mana na janela que tivermos, assim conectando o máximo de dano.

Urabrask’s Forge é uma peça excelente para o meio jogo, permitindo continuar a pressão atrapalhando o desenvolvimento do jogo do oponente.

Pawpatch Formation é uma boa opção para nos proteger de Leyline Binding, Glass Casket ou Temporary Lockdown

Rockface Village pode ser incluindo no lugar de uma montanha permitindo ativar as habilidades do Heartfire Hero ou do Emberheart Challenger

Side In

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Side Out

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Azorius Tempo

Nesta partida o que importa é nossa agressividade, precisamos fechar a partida antes do setup do nosso oponente. Lithomantic Barrage, Obliterating Bolt e Pawpatch Formation vão ser as nossas opções para lidar com o oponente e continuar causando dano.

Slickshot Show-Off é uma excelente forma de fugir das criaturas que o Abhorrent Oculus coloca em campo com o Manifest Dread.

Leyline of Resonance é fundamental, permitindo uma pressão muito grande sobre o oponente.

Mágicas que devolvem nossas criaturas para mão são péssimas para nosso plano de jogo, assim como remoções.

Então devemos ter muito cuidado ao gastar nossos truques de combate.

Sheltered By Ghosts é extremamente problemático de lidar, podendo recuperar uma quantidade de vida significativa, sendo um ponto de atenção.

Side In

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Side Out

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Conclusão

O Gruul Prowess Leyline é um deck que apresenta uma jogada de abertura que beira o injusto de tão forte.

Em contrapartida, é um baralho que sofre com a variância. As proporções precisam ser muito bem encaixadas para não ocorrer falta ou excesso de terrenos, falta de criaturas ou falta de truques de combate. É importante treinar bem com o baralho para entender as mãos que devem ser mantidas e quais devem ser mulligadas. Como sequenciar as mágicas é outra característica importante, e embora possa parecer um baralho de fácil manuseio, as contas constantes de dano e mana podem ser muito cansativas.

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Por outro lado, a pressão causada com a Leyline of Resonance na mesa é tão grande que aumenta a possibilidade de erro por parte do oponente, uma conta de dano errada, ou de mana, pode ser a causa da derrota.

Minha opinião pessoal é de que é um baralho com jogadas de uma potência absurda com leylines na mesa que podem decidir o jogo em 1 turno, mas sem o encantamento fica bem aquém dos demais aggros, o que não significa que o torna um baralho fraco.

Se tiverem qualquer dúvida ou queiram compartilhar a opinião de vocês sobre o baralho, utilizem o espaço de comentários, ficarei muito feliz em responder.

Nos vemos no próximo artigo!