Neste artigo, mergulhei fundo na nova edição The Brothers' War, mesmo que eu não seja muito fã da lore do jogo. Até hoje não sei pelo que os irmãos Urza e Mishra estão brigando, mas sei das melhores cartas da coleção para serem usadas em seus baralhos competitivos do Modern.
É isso que exploraremos no artigo de hoje: as melhores cartas da coleção para o formato, dando ideias, visões de jogo e ensinando como transformar seus cards em armas mortais.
Menção Honrosa — Arcane Proxy
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Arcane Proxy se comporta de um jeito estranho, graças à mecânica Protótipo, que permite sua conjuração por um custo mais baixo do que o que está no canto superior direito do card. Fazendo o cast do card como um Protótipo, temos um ser que parece muito um Snapcaster Mage, tem o tipo, o poder, resistência, mas não é um Snapcaster.
Sua habilidade de conjurar mágicas de graça do cemitério perde um pouco o sentido pela falta da habilidade Flash, tornando aquele Counterspell no seu grave inútil ou tirando muito da eficácia de um Lightning Bolt.
Ainda assim, pode ser que ele performe como uma versão Budget do mago, sendo um ótimo substituto para ele quando analisamos financeiramente. É possível ler uma análise sobre este card aqui.
5 — Gix, Yawgmoth Praetor
Gix, Yawgmoth Praetor é uma ótima carta, mas tem uma certa dependência com outras criaturas para extrair o máximo de suas capacidades. A possibilidade de trocar vida por cartas é o que fez cards como Necropotence e Yawgmoth’s Bargain tão forte. E é isso que Gix tenta replicar.
Contudo, o que fazia esses encantamentos serem bons era a capacidade de fazer seus efeitos múltiplas vezes, de acordo com a própria vontade, coisa que nós e a Wizards, hoje sabemos ser MUITO forte. Assim, o Pretor de Yawgmoth nos dá a possibilidade de escolher pagar vida ou não mediante a cada criatura que acerte um golpe no oponente. Sendo necessário para isso as tais criaturas, e tendo que decks sejam pensados para incluí-lo.
Sua segunda habilidade custa sete manas, e consigo imaginá-la sendo usada apenas nos cenários mais arrastados e demorados do Modern. Mesmo que boa, ela se torna perfeita quando se tem muitos cards na mão, que você, provavelmente, deveria ter juntado através de ataques. E se você já deu vários ataques com múltiplas criaturas, a ponto de encher sua mão, porque o jogo ainda não está ganho? Sendo assim, ela se encaixa muito mais no EDH do que no Moderno.... Mas um dia, quem sabe né?
Gix, Yawgmoth Praetor é, sim, muito legal. Mas a estranheza de como ele é conduzido para sua habilidade final cara e o fato de não colaborar com qualquer deck preto o confinam aqui, na quinta posição.
4 — Myrel, Shield of Argive
Myrel, Shield of Argive tem tudo para ser uma das melhores cartas da coleção, capaz de estabelecer o Mono White Aggro e afins, no mapa do formato. Estando totalmente ciente de que quatro manas é uma quantidade absurda no atual Modern, essa carta quase foi colocada como Menção Honrosa. Mas aí me ocorreu a existência de Thalia, Guardian of Thraben e Thalia, Heretic Cathar, ambas capazes de atrasar bem o jogo, e ainda por cima sendo soldadas, sinergizando muito bem com Myrel.
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Capaz de atrasar o jogo oponente bloqueando mágicas e habilidades durante o seu turno, Myrel se torna uma ameaça a controles e midranges, obrigando-os a agir mais devagar, de forma a premiar um estilo de jogo mais White Weenie, com criaturas pequenas e baratas, mas que compensam nas habilidades.
Além disso, ela entrega novos soldados em progressão, crescendo sua mesa de forma exponencial, sendo que o único jeito disso se tornar melhor, seria a criação de Humanos Soldados, ao invés de simples Soldados, o que melhoraria a sua sinergia com outros decks. Somando isso a um buff como In the Trenches, uma versão melhorada de Glorious Anthem, temos em Myrel, Shield of Argive uma sólida opção no Modern.
É boa para ataque e resistente a ações inimigas em seu turno e a Lightning Bolt, quando o deck é montado em um escopo mais parecido com o de um Death & Taxes, se encaixando bem em decks de humanos, soldados e outros.
3 — Phyrexian Fleshgorger
Aqui temos um card bem interessante e versátil. Em decks pretos midrange, como o Jundão do amor, ela pode entrar cedo pagando o seu custo de Protótipo de três manas, uma genérica e duas manas pretas, e ser uma 3/3 com Keywords relevantes e que favorecem seu tamanho.
Não só tem Ameaçar, que é uma ótima evasão, como também é munida de Vínculo com a Vida, ajudando a agregar recursos durante o jogo. Como se não bastasse, ela tem Ward baseado em seu poder, no caso três, mas que pode ser aumentado. O Ward é essencial em decks midrange, pois fará o oponente gastar mais mana do que deve para a alvejar com sucesso, assim gerando uma perda de recursos maior para o oponente caso ele resolva enfrentar essa criatura com mágicas ou habilidades.
Em contrapartida, seu custo comum é de sete manas genéricas. Isso no Modern quer dizer o quê? Exatamente, Tron. Quando seu Phyrexian Fleshgorger é invocado por esse custo, que no Tron significa apenas três lands, seu Menace ficará mais pesado, seu Lifelink te dará mais vida e seu Ward se tornará, praticamente, um Hexproof.
Me faltam palavras para descrever o como essa carta pode ser incrível como out no baralho que busca sempre controlar até o jogo ficar no Top Deck para ambos os players, algo que o Tron tem sempre maestria. Phyrexian Fleshgorger pode ser maravilhoso para o baralho, talvez ajudando a dar uma melhorada, como uma variável para o já conhecido Wurmcoil Engine, ou até como uma ameaça a mais ao seu lado.
2 — Haywire Mite
Ainda no campo dos artefatos, temos um que irá jogar facilmente de side em muitos decks. Haywire Mite tem a promissora habilidade de exilar artefatos e encantamentos, que não sejam de criatura, pelo baixo custo de uma mana verde. A criaturinha, de cara, está apta a lidar com Urza’s Saga, inclusive ele sendo buscável por ela, e as principais buscas que ela faz, assim como também lida com o ciclo de terrenos indestrutíveis, como Darkmoss Bridge.
Decks como Hammer Time, que estão no topo do metagame, sofrem muito tendo alvos para sua Colossus Hammer, Batterskull e uma vez que exila e não destrói, pode pegar até mesmo Kaldra Compleat presente no deck ou lidar com ameaças perigosas de outros baralhos, como Heliod, Sun-Crowned, quando este não é uma criatura, sem causar grandes sofrimentos. E para uma jogada extremamente apetitosa, que tal combinar ele com Liquimetal Coating para sumir com terrenos e planeswalkers?
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Um exílio de custo baixo é sempre uma habilidade extremamente versátil e bem-vinda, como visto em Swords to Plowshares, mas quando atrelado a um corpo que pode ser sacrificado, tal qual em Sakura-Tribe Elder é possível criar ótimas jogadas em que dano é prevenido através de bloqueios e a criatura sacrificada logo em seguida. Tornando essa uma das melhores cartas da coleção para o Modern.
1 — Diabolic Intent
Meu intento original era o de colocar Haywire Mite nessa posição, uma vez que era uma carta barata de efeito simples, forte, certeiro e que encaixaria na maior parte dos decks verdes no Side Board. Dito isso, Diabolic Intent é uma carta barata de efeito simples, forte, certeiro e encaixa na maior parte dos decks pretos no Main Board.
Reprint da coleção Planeshift, o feitiço tem o efeito de te permitir sacrificar uma criatura, e então procurar em seu deck por qualquer card, colocando-o na sua mão. Assim sendo, podemos encaixar a carta como um tutor, na mesma vibe de Mystical Tutor e Vampiric Tutor.
E, deixando claro desde cedo, um bom tutor é fortíssimo em qualquer formato. A capacidade de buscar em seu deck por qualquer carta e a colocar na mão, ou até mesmo no topo dele, é atroz contra seus oponentes, especialmente quando falamos de cards sem limitações no conteúdo do card. Podendo ir de uma land inocente que falta para sair da zica e fazer seu jogo rodar, para até mesmo uma carta que vai definir seu jogo, como um Temur Battle Rage, por exemplo.
Mesmo com limitações, como a necessidade de sacrificar uma criatura, ou a velocidade de feitiço, podemos claramente perceber o como esse card pode afetar o formato. Colocando-a assim, nessa posição no nosso Top 5 de melhores cartas de Brother’s War para o Modern.
Editorial
Lay Down Arms
Vi algumas comparações do card Lay Down Arms com Path to Exile e Swords to Plowshares, pelo seu custo baixo e a capacidade de exilar. Ao invés de dedicar uma posição de menção honrosa só para isso, venho aqui no meu espacinho aconchegante falar dela. Comparar a mágica branca nova com as outras duas acaba não fazendo muito sentido, isso porque a principal qualidade desses exílios de baixo custo está em sua velocidade, instantânea.
Por mais que, sim, Lay Down Arms possa quebrar um baita galho em formatos sem as mágicas citadas, ela ainda é um feitiço e ainda depende do número de planícies que você controla, o que a prejudica pesadamente para lidar contra ameaças maiores, prejudicando muito a sua qualidade e aumentando as suas chances de vir em hora errada.
Uma boa noite para todos, e não usem Lay Down Arms no Modern.
Vou ficando por aqui, até o próximo!
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