Olá! Faz pouco mais de duas semanas desde o lançamento da mais nova coleção de Magic, Strixhaven; e, com ela, algumas novas cartas entraram nos decks Standard. Mas, como esperado, a coleção causou pouco impacto no formato devido ao seu power level baixo. Neste artigo vamos analisar os principais decks do metagame e quais cartas no novo set estão vendo mais jogo.
Vamos começar com as listas antigas e assim compará-las às novas para vermos as diferenças:
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Desses arquétipos, o Mono White foi o que acabou perdendo mais, pois a única carta nova que encaixou no deck foi Elite Spellbinder, a carta do PV, que apesar de ser uma das melhores da coleção, não resolve os problemas contra Mono Red e Temur Adventures, dois dos melhores decks do formato ao lado do Sultai Ultimatum. O Gruul também caiu no metagame por ter recebido basicamente nenhuma carta na coleção, mas uma lista diferente com foco em Jaspera Sentinel e Magda, Brazen Outlaw vem sendo mais utilizada desde que o último League Weekend no qual Raphael Levy usou o deck.
Enquanto isso, o Naya Adventures e Rogues continuam sendo sólidos com algumas cartas novas e, dependendo do quanto o field respeita esses decks, eles obtêm melhores ou piores resultados, como o Rogues que foi campeão de um classificatório da Star City Games, o principal torneio não profissional do momento para o Standard.
O primeiro deck que iremos analisar é o Sultai Ultimatum. O baralho continua sendo um dos melhores do formato e a cada semana surge alguma tech que incrementa a build. As cartas de Strixhaven que se mostraram muito boas no deck são Professor Onyx e Quandrix Cultivator. Algumas listas usam uma cópia de Baleful Mastery para lidar definitivamente com algumas criaturas, mas a carta não vingou até então no arquétipo (para o Rogues, como veremos, ela é melhor). A nova planeswalker vem sendo bastante utilizada por ser uma das melhores escolhas de pilha para o Emergent Ultimatum e comba com Vorinclex, Monstrous Raider quase sempre ganhando o jogo. O Cultivator encaixou bem no deck por rampar uma ilha ou floresta básica, permitindo conjurá-lo com alguma interação aberta e é um corpo 3/4 na mesa que consegue segurar um pouco o jogo contra os aggros ou pressionar na mirror, além de ter sinergia com Yorion, Sky Nomad quando blinkado.
Outro deck tier 1 que recebeu algumas modificações foi o Temur Adventures que conta com a base de aventuras de Eldraine e interações que permitam o kit Eldraine ganhar a partida. Nos últimos dias temos visto uma build sem Obosh, the Preypiercer para utilizarmos Decisive Denial no main deck e acho que vale muito a pena abrir mão do companion em troca dessa carta porque ela é boa contra basicamente todos os decks, seja aggro, seja mid/control.
A versatilidade de counterar mágicas de não criaturas ou a habilidade de lutar com uma criatura oponente é extremamente relevante em um metagame dominado por Mono Red e Sultai, decks contra os quais o counter/luta é muito bom. Além disso, temos Scorching Dragonfire no sideboard para melhorar a match contra os aggros. A base do deck continua sendo de cartas ímpares, mas ter uma mágica de anulação que não é somente uma carta morta contra Sultai faz dela boa o suficiente para adicionarmos 4 cópias e a parte da anulação não é péssima contra Mono Red, já que countera Embercleave e Stomp a menos que pague 3 e, sendo um deck com poucos terrenos, a mágica provavelmente será anulada.
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O terceiro deck que fecha o tier 1 é o Mono Red. Por ser um deck bastante restritivo quanto à adição de novas cartas, pois temos uma build bastante fechada com o set de Kaldheim, a única carta nova é um drop 1 que traz muita vantagem no mid/late game a pressão no early game, estamos falando de Hall Monitor. O lagarto de Strixhaven consegue fazer de um Elder Gargaroth, Polukranos, Unchained ou uma Lovestruck Beast inútil para bloquear sendo uma boa mana sink para o deck. Fora isso, o baralho não sofreu alterações, até mesmo o sideboard é bastante rígido, somente mudando algumas cópias das cartas já utilizadas a partir do field que esperamos enfrentar.
Falando em decks rígidos que não receberam muitas adições, temos o Dimir Rogues. Temos duas anulações bem interessantes que cobrem o ângulo de exilar cartas problemáticas; são elas Test of Talents e Reject. Não tem muito o que falar sobre elas além de que Reject lida de uma vez por todas com criaturas que possuem habilidade de escape, como Polukranos, Ox of Agonas e Phoenix of Ash enquanto Test of Talents é a principal anulação contra Emergent Ultimatum, apesar de se tornar praticamente inútil pós-side já que Sultai tira todos os Ultimatos contra o Rogues. De qualquer forma, são cartas que deixam o deck um pouco mais resiliente a um field com diversas cartas com escape ou mágicas caras de alto impacto.
O Naya Tokens, assim como o Mono White, recebeu Elite Spellbinder, ótima carta contra Sultai e boa o suficiente contra todo o metagame atual. A habilidade de taxar em 2 qualquer não terreno mesmo quando Spellbinder morre é bastante forte para atrasar a curva da oponente ou alguma resposta ao que já temos na mesa. Rip Apart também é uma adição relevante no deck por sua versatilidade de causar 3 de dano em alguma criatura ou destruir um artefato ou encantamento, como Embercleave, Anax, Hardened in the Forge e The Great Henge.
Essa versão do Gruul com menos power level individual e curva mais baixa é bastante frágil e mais all in do que a anterior. Basicamente essa lista conjura Jaspera Sentinel na 1 e Magda, Brazen Outlaw na 2 para fazer 3 ou 4 jogadas na 3, sendo uma delas Goldspan Dragon ou concede. É uma lista bem sinérgica e explosiva, mas por não ter tantas criaturas de impacto como Questing Beast e Kazandu Mammoth // Kazandu Valley, é bastante frágil e disrupções em seu plano de jogo costumam funcionar muito bem. Gargaroth entra no pós-side tentando suprir essa deficiência, mas contra Sultai, há muitas remoções, sendo assim uma carta melhor contra decks agressivos.
A última lista aqui menciona é o Boros Winota por sua recente ascensão. Graças ao Blade Historian, o deck centrado em Winota, Joiner of Forces finalmente não é exclusivamente focado nela, dividindo os holofotes com o Historiador que é provavelmente a melhor criatura para ser revelada com Winota desde o banimento de Agent of Treachery. Elite Spellbinder também encontrou uma casa no deck sendo uma boa jogada para atrasar o oponente e pressionar com evasão. Todavia, como já mencionado, Blade Historian é a carta que faz do deck competitivo novamente ao dar double strike para todas suas criaturas atacantes, literalmente dobrando o dano causado. Esse combo com Kenrith, the Returned King dando atropelar para todas as criaturas vai ganhar o jogo basicamente sempre. Professor of Simbology é uma boa carta para triggar Winota e habilitar lições no sideboard, mas não é tanto o cerne do deck.
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No geral, a coleção de Strixhaven é bem fraca e trouxe poucas adições ao Standard, poucas o suficiente para mudar em praticamente nada o metagame. Os decks que já existiam substituíram uma ou duas cartas para deixar as builds mais consistentes e melhores contra o field. Não mostrei aqui o Mono White, Izzet Dragon, Sultai Nest entre outros decks porque não se mostraram competitivos até o momento. Futuramente talvez isso mude, mas não creio que qualquer desses 3 decks faça parte do metagame competitivo por serem frágeis ou, no caso do Mono White, é um aggro mais fraco que o resto.
Por hoje é isso, espero que tenham gostado das listas e dos comentários acerca das “novas” listas do Standard! Sempre estou disponível para tirar dúvidas, feedback e comentários por aqui ou pelo meu canal da twitch todos os dias a partir das 22h. Abraços e até a próxima!
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