Caso você não esteja devidamente atualizado, a Wizards anunciou na última quinta-feira, dia 20 de Janeiro que, na próxima terça-feira, dia 25 de Janeiro, haverá uma atualização de Banidas e Restritas para diversos formatos competitivos.
Como este momento sempre traz uma certa agitação aos jogadores e à comunidade, decidi hoje trazer as minhas especulações sobre o que acredito que será banido na próxima semana, com base em representatividade destes cards no formato, seu impacto no Metagame e na saúde do cenário competitivo, e também com base nos padrões utilizados pela Wizards nos últimos banimentos, especialmente nos formatos eternos.
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É sempre bom ressaltar que, como todo artigo de especulação, este artigo tem um teor opinativo e analítico, e como todo tópico sobre banimentos, é aberto ao debate e a contrapontos sobre minhas colocações e posicionamentos.
No entanto, também ressalto que este artigo não reflete particularmente a minha opinião sobre o que deve ou não ser banido. Por exemplo, eu acredito que o Pioneer está num bom momento e se adaptando às mudanças do Metagame ao ponto de que ele não necessita de uma intervenção direta, mas isso não significa que eu possa simplesmente, com base apenas minha convicção pessoal, desconsiderar as possibilidades de banimentos que podem ocorrer no formato.
A minha posição, como deveria ser a da grande maioria dos jogadores de Magic, é a de espectador. Nós não podemos decidir por opinião ou gosto pessoal o que deve ou não ser banido, e por muitas vezes as decisões tomadas na hora de banir cards podem criar sentimentos desagradáveis ou até de revolta em parcelas da comunidade, e aceitar que não somos donos absolutos da verdade por conta das nossas convicções sobre um jogo de cartas é uma boa maneira de amadurecer a nossa perspectiva.
Eu vi muita repercussão negativa e agressiva nos últimos dias com os anúncios de banimentos que ocorreram para o Pauper no dia 20 de janeiro, e não pude deixar de pensar que essas reações poderiam ter sido evitadas se enxergássemos as mudanças no jogo como elas se apresentam, e não como o que gostaríamos ou esperávamos que elas fossem, mas infelizmente, eu tenho certeza que veremos mais cenas lamentáveis como essas ocorrerem no próximo anúncio para os outros formatos.
Dito isso, vamos às minhas especulações para a próxima terça-feira:
Standard
O card mais polêmico do Standard ainda é Alrund’s Epiphany.
O Izzet Epiphany é o deck com os melhores resultados nos últimos 90 dias no Standard e, apesar dele não estar tão presente quanto o Mono-White Aggro ou o Mono-Green Aggro em colocações recentes, é comum que em torneios de alto nível, como os Set Championship e outros torneios com uma quantidade significativa de jogadores profissionais, o arquétipo costuma compor a maioria do Metagame e dos slots de Top 8 desses eventos, o que deve-se ao fato de que o Izzet Epiphany e suas variantes, como o Izzet Dragons, recompensam muito o jogador pelas decisões certas que ele toma, enquanto pune severamente cada decisão errada.
Porém, o grande problema de Alrund’s Epiphany atualmente é que ele ainda é um card que compõe e promove uma estratégia que é amplamente criticada pela comunidade de Magic por criar um estado de anti-jogo, onde um jogador terá múltiplos turnos e vencerá a partida sem que o oponente tenha qualquer oportunidade de interação.
Falando em interação, o fato de você poder exilar a mágica através do Foretell faz com que se torne ainda mais difícil de se interagir com ela através de meios como descarte, basicamente exigindo que o oponente esteja jogando com counterspells, ou seja, mais rápido do que você em fechar o jogo antes que você feche o combo.
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Por conta dessas situações, creio que o banimento muito provavelmente removerá Alrund’s Epiphany do Standard e, se não ocorrer agora (possivelmente pelo fato de que agora a Wizards possui nerfs e rebalanceamentos no Magic Arena através do Alchemy), creio que então nunca acontecerá durante esta temporada do formato.
Esika’s Chariot também é considerado um card problemático pela facilidade com a qual produz um rápido e poderoso efeito de bola-de-neve na partida, tratando-se de uma ameaça que precisa ser respondida imediatamente, ou poderá levar a partida o jogo por conta própria.
O fato deste artefato produzir dois tokens ao entrar no campo de batalha significa que, mesmo que você o destrua com algum efeito como o de Abrade, ele já gerou um valor imediato que será problemático no turno seguinte e, mesmo que você possa simplesmente remover as criaturas criadas por ele, qualquer outra criatura que entre em jogo pode tripular o artefato para lhe atacar e, se esta criatura for um token produzido por algum efeito como o de Old-Growth Troll ou Wrenn and Seven, o ataque torna-se ainda mais devastador.
No final das contas, Esika’s Chariot é simplesmente fácil demais de se abusar e de criar situações no jogo onde conjurar uma ou duas cópias dela lhe coloca numa posição vantajosa demais para que os oponentes possam lidar na mesma eficiência.
Logo, não me surpreenderia se a carroça for banida do Standard na próxima terça-feira.
Opções menos prováveis
Apesar de Goldspan Dragon estar muito presente nos decks vermelhos do formato e ser um card que foi nerfado em Alchemy, eu não creio que ela seja tão opressora ao ponto de necessitar de um banimento no Standard, mas como poderia tornar-se excessivamente representado no Metagame num field onde Mono-Green é enfraquecido e Izzet Epiphany não existe mais, além do fato dele também estabelecer uma vantagem muito grande em mana que pode ser utilizada para os mais diversos fins, é possível que a Wizards decida que o formato será melhor sem sua presença.
O maior payoff para se jogar com decks monocoloridos atualmente é a existência de Faceless Haven como uma poderosa manland capaz de estabelecer um clock relativamente alto, enquanto o fato dele ter Changeling pode fazer alguma ocasional diferença.
O problema é que sua existência simplesmente define ser muito mais vantajoso jogar com uma lista monocolorida e ter a melhor manland do formato como payoff do que tentar jogar com combinações de duas cores, tecnicamente limitando o espaço que muitos decks agressivos podem ter no Metagame.
Logo, é possível que considerem que Faceless Haven padroniza demais a maneira como os Aggros são construídos e o removam do Standard para aumentar a diversidade dessa estratégia.
Pioneer
As Delve Spells são algumas das mágicas mais poderosas lançadas em Magic: The Gathering na última década, e tanto Treasure Cruise quanto Dig Through Time são tão poderosas ao ponto de que são banidas do Modern e do Legacy, e restritas no Vintage.
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Apesar de muito do sucesso destes cards em outros formatos eternos estar diretamente conectado às suas interações com Fetch Lands, banidas no Pioneer, o formato se refinou ao ponto de que existem muitos meios de tirar um enorme proveito da redução de custo oferecida por estes cards.
Por exemplo, arquétipos como o Izzet Phoenix e o Four-Color Ascendancy comumente utilizam Treasure Cruise como parte da sua principal engine de draw, e ambos conseguem encher o cemitério com uma velocidade tremenda através de cantrips de custo baixo, em especial, Consider, uma cantrip lançada em Innistrad: Midnight Hunt que oferece dois cards extras em seu cemitério além do draw, agilizando ainda mais a quantidade de cartas necessárias para conjura-lo.
Consider também é amplamente utilizado em outros arquétipos para conjurar Dig Through Time rapidamente, como Azorius e Dimir Control, que também não possuem muita dificuldade em ter cards o suficiente no cemitério para conjurar a mágica de Delve por um custo baixo.
Por fim, temos Temporal Trespass, que eu não consideraria na minha lista se não fosse pelo Izzet Phoenix estar utilizando cada vez mais cópias do turno extra de Fate Reforged ao lado de Galvanic Iteration, criando uma situação parecida com o que o Izzet Epiphany faz com Alrund’s Epiphany, exceto pelo fato de que, normalmente, seus pássaros serão criaturas 3/2 com Flying e Haste, sem contar a ocasional transformação de um Thing in the Ice que esteja em jogo.
Apesar de Consider ser o card que aumentou o potencial das Delve Spells, acredito que seria um erro removê-lo por conta de cards que são fundamentalmente quebrados desde o seu lançamento e, dado o padrão da Wizards de banimentos, acredito ser muito mais fácil que eles removam as três mágicas que podem ser abusadas por diversos arquétipos do que a nova cantrip.
Winota, Joiner of Forces, banida do Historic faz bastante tempo e assim permanece mesmo após o bizarro acréscimo de power level do formato, sempre demonstrou potencial para tornar-se uma criatura problemática no Pioneer, pela sua poderosa interação com os mais diversos não-humanos, como Mana Dorks aos moldes de Llanowar Elves e Gilded Goose ao lado de humanos poderosos e com um alto impacto no jogo.
Com Innistrad: Midnight Hunt, Winota ganhou o payoff que ela precisava na forma dos Lobisomens, criaturas do tipo Humano com um altíssimo impacto na partida quando entram no campo de batalha através do trigger dela, que se transformam em não-humanos caso os jogadores não utilizem mágicas e que ainda permite ao deck jogar de forma justa como um Midrange eficiente com um potencial “free-win” com o seu principal card.
Apesar de crer que o formato adaptou-se ao ponto de que Winota já não é mais uma ameaça ao Metagame, como acreditávamos ser faz poucos meses, ela cria um problema crônico para o Pioneer onde todos os humanos lançados futuramente podem colaborar para ela quebrar o formato ao ponto de precisar de um banimento emergencial, algo que a Wizards procura evitar fazer em seus formatos eternos, o que provocaria uma situação onde teríamos de lidar com este problema por mais tempo do que realmente gostaríamos.
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Como o card que oferecerá sempre este risco é a própria Winota, suponho que a Wizards venha a reconhecer o risco que ela representa para os seus lançamentos a longo prazo ao ponto de adiciona-la à lista de Banidas e Restritas do formato.
Opções menos prováveis
Lurrus of the Dream-Den é uma peça predominante de muitos decks no Pioneer: Boros Burn, Boros Heroic, Orzhov Humans, Rakdos Arcanist, Auras e Azorius Ensoul, mas nenhum deles é realmente predominante no formato atualmente e o deckbuilding deles não é tão padronizado como Lurrus faz ser em outros formatos, como o Modern, porque existe uma concessão real em utilizá-lo como Companion para uma grande maioria desses arquétipos (ao ponto de vermos versões de Rakdos com Lurrus e sem Lurrus, tal como versões de Red-Based Aggro e Humans que também não utilizam a felina).
Logo, não creio que este seja o momento ou situação onde a Companion mais famosa do jogo precise ser banida do Pioneer.
Muito do sucesso de arquétipos como Izzet Phoenix ou Four-Color Ascendancy também se dá pelo fato de que eles são os melhores decks de Expressive Iteration do formato, com ela sendo uma das melhores mágicas de card selection já lançadas, jogada em praticamente todos os formatos competitivos e, se a proposta da Wizards for enfraquecer significativamente estes decks, é possível que a sorcery de Strixhaven seja banida.
No entanto, não faria sentido para mim, remover Expressive Iteration e deixar as Delve Spells, e um banimento em ambos causaria um estrago muito grande para estes arquétipos, e acredito (ou prefiro acreditar) que a proposta dos banimentos nunca é remover permanentemente um arquétipo do formato, mas sim equilibrá-lo para aumentar a diversidade.
Modern
Estou colocando estes dois cards juntos porque creio que um deles deixará o formato, não ambos.
Eu creio que o Modern seja o formato que melhor capitaliza em cima de Lurrus of the Dream-Den ao ponto que ela essencialmente define como decks Tempo e Midrange precisam se comportar e ser construídos no formato.
Além disso, a felina de Ikoria está presente não apenas nos Midranges, mas também nas mais diversas categorias de arquétipos existentes, indo do Aggro, como os decks de Prowess ou Burn, até arquétipos de Aggro-Combo, como o Hammer Time, Control como Grixis e Dimir Control também utilizam do Companion, além de outras estratégias menos estabelecidas, como o de Mill.
Essa presença recorrente da Companion no formato deve-se, primeiramente, ao fato de que o Modern sofreu algumas significativas mudanças no último ano e passou a ser ditado especialmente por eficiência em mana, onde as jogadas precisam ser impactantes com a menor quantidade de investimento o possível, como vemos ocorrer com cards como Ragavan, Nimble Pilferer ou Dragon’s Rage Channeler e, caso você necessite investir mais mana para realizar suas jogadas, elas precisam definir a partida para estados irreversíveis na maioria das vezes, como é o caso de Shardless Agent, Primeval Titan, Omnath, Locus of Creation ou Murktide Regent.
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E neste tipo de formato, Lurrus of the Dream-Den torna-se ainda mais importante porque ela oferece uma engine de recursão poderosíssima ao lado das mais diversas maneiras de se grindar e obter valor na partida para arquétipos que, comumente, não costumam ter tanto motor ou gás para estender jogos, dando-lhe um fôlego adicional, com mecânicas que podem facilmente ser abusadas através dela (como Mishra’s Bauble e, numa escala menor, Dress Down e Seal of Fire) e tornando dela um card que precisa ser respondida a qualquer custo.
Dado o quanto ela é presente nos mais diversos arquétipos e padronizou, mesmo que com muita colaboração dos sets lançados nos últimos dois anos (especialmente Modern Horizons II), determinadas categorias de deckbuilding e o quanto essas listas conseguem a utilizar com pouca ou nenhuma concessão, é possível que Lurrus of the Dream-Den seja banida na próxima terça-feira.
Todo Companion precisa de cards que possam ser utilizados para tirar o máximo de proveito das suas mecânicas e habilidades, e Mishra’s Bauble é um dos melhores efeitos para se utilizar com Lurrus of the Dream-Den.
Mas mesmo que a Companion não existisse no Modern, o artefato de Coldsnap ainda seria amplamente utilizado porque oferece uma série de vantagens para vários decks atualmente: Bauble facilita em habilitar o Delirium de Dragon’s Rage Channeler e Unholy Heat, garante triggers do Revolt de cards como Fatal Push, interage absurdamente bem com Fetch Lands para remover algo indesejado do topo ou com mágicas de descarte como Thoughtseize para obter mais informação da mão e do topo do oponente, conta como um artefato para Urza’s Saga e, não menos importante, é uma free spell que dá um draw.
Dentre todas essas qualidades, o fato dela ser uma free spell é justamente a que mais me leva a crer que, eventualmente, com ou sem Lurrus, Mishra’s Bauble será banida do Modern por ser útil e eficiente demais para os padrões do formato, além de sabermos da tendência que a empresa possui em querer evitar que free spells sejam uma troca positiva de cards na mão de seu controlador.
Opções menos prováveis
Urza’s Saga cai numa categoria parecida com a de Mishra’s Bauble: A land/encantamento de Modern Horizons II faz muita coisa, muito bem, para muitos arquétipos, sendo amplamente utilizada no formato pelos mais diversos decks.
A presença dela é tão grande no formato ao ponto de que está entre os quatro cards mais jogados do Modern atualmente, à frente até mesmo da própria Mishra’s Bauble, que está em sexto. E até mesmo estratégias que possuem pouco ou nenhum vínculo com artefatos conseguem utilizá-la para extrair valor, como é o caso do Jund Sagavan, que procura abusar dos efeitos da land ao reutiliza-la com Wrenn and Six, além de listas mais recentes terem até trocado Dragon’s Rage Channeler por Elvish Reclaimer para obter uma maior consistência em grindar partidas com a land.
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O único motivo pelo qual acredito que não teremos um banimento de Urza’s Saga é que, apesar de a sua presença no formato ser maior que a dos dois cards acima, ele oferece padrões de jogos únicos para cada um dos decks em que ele está presente. Além de ser, ao lado de Ragavan, Nimble Pilferer, um dos principais cards da edição dedicada ao formato.
Vi alguns jogadores comentando sobre a possibilidade de banir Yorion, Sky Nomad para enfraquecer os decks de Four-Color Goodstuff existentes no Modern atualmente, mas não me parece haver uma lógica plausível para o seu banimento no formato por a criatura ser apenas um payoff para algo que o arquétipo já se propõe a fazer: Encher a lista com as melhores cartas do formato e soterrar o oponente numa gigantesca onde de valor e card advantage.
Esses arquétipos reduziriam a quantidade de cards em suas listas sem o Companion? Provavelmente, mas eles conseguem jogar muito bem apenas com a sua shell de maindeck contra uma grande parcela do oponente, chegando ao ponto de que Yorion não faz tanta diferença até estados mais elevados do jogo e, na pior hipótese e dependendo da versão, você sempre pode colocar uma cópia no Maindeck para buscar com Bring to Light, se você quiser.
Logo, não creio que um banimento em Yorion, Sky Nomad seria realmente relevante para afetar as listas de Goodstuff.
Legacy
O único senso comum que a maioria dos jogadores possui hoje, e a única certeza que eu tenho, é que algo será banido do Legacy para enfraquecer os decks de Izzet Delver e os demais URx que predominam no formato desde o lançamento de Modern Horizons II.
A questão é não haver uma concordância geral sobre o que deve ser banido e eu não sinto que a Wizards, assim como no Pauper, conheça o Legacy o suficiente para tomar decisões cirúrgicas e de longo prazo, e vão apenas remover os cards que parecem mais problemáticos porque a shell desses arquétipos atualmente é muito eficiente.
E apesar de novas listas, como o Four-Color Control, aparecerem, e o Izzet Delver estar em um notável declínio nas últimas semanas, creio ser o momento certo para uma intervenção direta que afete este e outros arquétipos, dado o quão pouco frequente banimentos no Legacy costumam ser.
Dada as circunstâncias com as quais alguns cards foram banidos do formato nos últimos anos, e o quão presente ele tem sido no Metagame geral e o quanto ele faz diferença num formato onde os meios de o proteger são mais eficientes, eu creio que, exceto por razões comerciais, é quase certo que Ragavan, Nimble Pilferer será banido do Legacy na próxima terça-feira por oferecer card advantage demais com uma única ameaça, além de que a mana extra que você recebe do token de Tesouro criado pelo macaco albino tem um valor muito maior no Legacy do que no Modern, dado o quão comum é você ter uma mágica de custo baixo para utilizar no topo do deck do oponente.
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Além disso, porém não menos importante, Ragavan essencialmente mudou a estrutura do Legacy, e muitas de outras listas que estão conseguindo suceder no atual Metagame possuem como uma de suas maiores vantagens utilizar cards aos quais os decks URx não costumam conseguir capitalizar em cima, como o Reanimator, Elves, Lands, dentre outros.
Logo, por conta do quão influente e impactante a existência de Ragavan é para o formato, creio que o macaco albino deixará o formato na próxima terça-feira.
Não creio que apenas banir Ragavan será o suficiente para equilibrar o Metagame para uma situação onde o formato esteja menos voltado para URx, e dentre as outras possibilidades, creio que Expressive Iteration ou Murktide Regent sejam as prováveis de partirem junto do macaco.
Opções menos prováveis
Já li debates sobre o banimento de Prismatic Ending por oferecer aos decks Control uma resposta eficiente e flexível demais para toda ocasião, podendo ser utilizado por uma mana para lidar com Ragavan, Nimble Pilferer ou um token de Marit Lage, enquanto pode ser utilizado por três ou quatro manas para lidar com Teferi, Time Raveler ou Jace, the Mind Sculptor, fazendo com que as listas que utilizem branco não precisam se preocupar em diversificar seus removals e possam seguir um padrão de 4 Prismatic Ending e até 4 Swords to Plowshares.
A questão é que eu não consigo imaginar isso sendo ruim para os padrões que a Wizards tenta propor para o jogo, além do Legacy ter evoluído a um ponto onde esta categoria de resposta possa ser realmente necessária para a saúde do Metagame.
Urza’s Saga é muito presente no Legacy, e é muito eficiente em dar suporte para os mais variados arquétipos, indo de listas voltadas para artefato como o Painter Stone e o 8-Cast até decks onde a land é apenas uma peça de suporte e wincondition, como o Lands e o Jeskai Sagavan.
Segundo os dados da Cards Realm, a Saga encontra-se em 23% das listas da nossa página de Metagame, um número relativamente bem alto e comparável à representatividade dela no Modern e apenas 3% menos do que a presença de Ragavan, Nimble Pilferer atualmente.
Porém, Urza’s Saga levou para os níveis competitivos do formato alguns arquétipos que estavam nos confins dos Tiers menores do Metagame, e seu banimento provavelmente faria com que a maioria deles voltassem para lá, podendo diminuir a diversidade do formato.
Portanto, eu não estou tão certo de afirmar que Urza’s Saga pode ser banido ao ponto de considerar como uma probabilidade.
Conclusão
Estas são minhas apostas pessoais para o que acontecerá na atualização de Banidas e Restritas da próxima terça-feira, 25 de janeiro.
Por fim, provavelmente Urza’s Saga será restrito do Vintage pela sua alta representatividade nos decks e por oferecer um tutor muito eficiente para diversos dos mais poderosos cards do formato.
Porém, como desconheço o Metagame do formato e seu cenário competitivo, preferi não me aprofundar sobre este assunto.
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Também decidi não falar sobre desbanimentos neste artigo, pois é uma zona cinzenta da qual, particularmente, acredito que não entraremos neste próximo anúncio. Nada na maioria dos formatos parece digno ou relevante o suficiente para ser desbanido (exceto por Splinter Twin no Modern, mas essa é apenas uma manifestação da minha vontade pessoal) ao ponto de que não me pareceu pertinente comentar sobre.
E você? Quais são as suas apostas para o próximo anúncio de Banidas e Restritas da semana que vem? Fique à vontade para deixar suas ideias nos comentários!
Obrigado pela leitura!
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